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{MR} First Class of music

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Mensagem por Ghail C. Mudder Seg 15 Jun 2015 - 21:30


Let's go to work!

A postagem se inicia na sala de música em um dia ensolarado e com leves brisas passando pelas janelas. São 9:32 da manhã e o professor Adryan Mudder estará sentado a frente de um piano esperando os alunos participantes chegarem para preencher seus lugares ao em cadeiras que estão vagas. Esta RP é aberta para qualquer um que seja apenas da instituição e vá fazer a aula. Passando-se esta no dia 03/03/2015, na Winterfiel Academy. O conteúdo é livre. A postagem está  em andamento até o dia 22/06/2015 em dia off.

Obs* O trabalho dado na postagem será avaliado com nota de 5 até 10 podendo ter acréscimos de 0,5.
Obs²* Não haverá prorrogação de dia, favor não insistir.
Obs³* Cada aluno irá receber seu devido resumo de como o professor reagiu conforme o andamento do trabalho.



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Mensagem por Ghail C. Mudder Seg 15 Jun 2015 - 23:57




Soul of music!


i'm not just waiting
i’m walking to find you
O tempo lá fora estava muito atrativo para uma primeira aula bem calma, a vista de Miami daquela sala era linda. Estava sentado em um banco confortável de tecido de couro branco preenchido por uma espuma bem grossa. Meus dedos estavam sobre as teclas do piano branco que estava localizado ao canto direito do local. Habilidosamente eles começavam a soar as notas de acordo com a melodia que eu queria passar para os alunos que chegavam, pouco a pouco eles iam se posicionando em seus lugares me dando mais um tempinho para também soltar a voz e mostrar um pouco do meu talento e da minha merecida vaga de professor de música para eles.
- I'm dying to catch my breath... - comecei a cantar com meu timbre baixo e calmo para acompanhar a melodia lenta das notas.
- Oh why don't I ever learn? - abri os olhos encarando os que entravam e os que já estavam na sala.
- I've lost all my trust though I've surely tried to turn it around. - nesta frase eu a emiti de forma direta quebrando meu ar depois da palavra tried e no embalo continuei sem deixar espaço de tempo com o resto da estrofe prolongando um pouco apenas o around enquanto meus dedos paravam de tocar junto com meu silêncio.

- Can you still see the heart of me?
All my agony fades away
When you hold me in your embrace.
- voltei a tocar continuando com a música que ia fazendo uma forma crescente de estrofe para estrofe, meu timbre ganhava força junto com as notas deixando as palavras saírem mais abertas sem deixar de seguir o soneto melódico da canção que era para trazer uma emoção profunda de cada um.

Com um som da nota dó em forma aguda foi agora tocando pausadamente para deixar com que as frases fossem mescladas a cada som ecoado pelas cordas internas do instrumento.
- Don't tear me down, for all I need - poderia ver cada momento meu em um lugar calmo e romântico junto ao meu companheiro. Meus lábios se moviam degustando dos sons que cada palavra emitia deixando um sorriso bem atrativo surgir em meu rosto.
- Make my heart a better place
Give me something I can believe.
- a música parecia entrar mais em meu espírito, minha voz já se alastrava de forma aveludada pela sala encantando a todos que a ouviam, não era algo alto e bruto, era calmo e romântico, era uma forma de encantamento para os que sentiam a verdadeira emoção da letra que eu cantava.
- Don't tear me down - nessa frase prolonguei da parte do down fazendo níveis de voz por quinze segundos e então quebrei de forma seca a canção para finalizá-la.
- Make my heart a better place
Make my heart a better place...
- com a nota vocal bem baixa e calma cantei a primeira frase e na segunda terminava de cantar bem suavemente apertando a última nota para assim se encerrar aquela breve apresentação de iniciação das aulas.

Me levantei após ouvir aplausos e reverenciei agradecendo pela salva de palmas começando assim a oficialmente a aula.
- Bom dia alunos, me chamo Adryan Louis Mudder, mas por favor podem me chamar de Adryan. - olhava cada um e caminhava assim para frente do piano deixando eles me verem com o look que eu usava. Uma camisa branca em gola "V" de tecido bem fino mesclado com algumas rajadas feitas pelo próprio tecido, com uma calça social preta e um sapato também preto.
- Então, vamos começar a nossa aula de música, mas antes vou explicar algo para vocês. - peguei as pautas que estavam sobre o piano e caminhei indo até uma cadeira vaga a colocando no centro da sala olhando para todos.
- Todos os meus trabalhos valerão notas, sim, algo comum, mas essas notas serão trocadas por premiações que eu irei propor... - esperei a reação deles e fiz um sinal com as mãos para poder continuar. - As pessoas que conseguirem notas acima do oito e meio ganharam um prêmio e as que tiraram abaixo outro. Para ser mais específico, poderão ser dois grupos ou um e para o fim do semestre, aqueles que conseguiram acima de sessenta pontos irão participar de uma festa produzida por mim em minha própria residência.
Havia comentado isso com a direção que me dera o maior apoio com esse tipo de tática diferente.

Novamente me levantei e comecei a entregar duas folhas para cada um explicando o que era a história da música em forma resumida.
- Para começar esse trato eu quero saber qual foram os primeiros instrumentos criados? - entregava todos os papeis e esperava alguém me dar a resposta.
A primeira pessoa que respondeu me fez olhar para ela e um sorriso ganhava.
- Começou com meio ponto, parabéns.- voltava a prosseguir e me posicionei de pé ao lado da cadeira voltando a olhar para os alunos.
- Flauta e harpa são dois instrumentos musicais que surgiram na época das pirâmides. Isoladamente ou em conjunto, podiam se associar à voz e às palmas. A verdade é que os egípcios sempre gostaram de música. Amavam-na bem antes da invenção de qualquer instrumento, quando ainda só sabiam bater com as mãos ao ritmo da voz. Com o decorrer dos séculos passaram a contar com instrumentos musicais variados e bem desenvolvidos.
Terminava minha explicação breve olhando para cada um e peguei então a cadeira a levando para a mesma posição que eles estavam.
- Agora vamos por em prática o uso dos instrumentos, vamos ver se alguém aqui sabe usar algum... Para a primeira tarefa peço que escolham qualquer tipo de instrumento e se apresente cantando qualquer música com ele, sejam criativos e me surpreendam!
Me sentei na cadeira e esperava a os trabalhos começarem.




#Post -01 #Tagged -Alunosl #Sound -All I Need
(c)
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Mensagem por Convidado Ter 16 Jun 2015 - 18:01


Say my name say my name
You actin' kind of shady Ain't callin' me baby
Porque eu estava naquela sala mesmo? Assim que vi a quantidade de nerds e perdedores ao meu redor quase desisti e voltei para minha piscina. Mas lembrei do que meu progenitor havia falado, eu deveria ser mais "responsável" e deveria começar por assistir umas das aulas idiotas que existia no campi da WA, só assim eu ganharia o dinheiro para abrir minha casa noturna.

Minha confusão de que talvez eu tivesse me perdido e ido para na perdedorlândia sumiu assim que ouvi alguém cantando. É, parecia que eu teria que participar daquela reunião estudantil querendo ou não.  Abaixei a cabeça e entrei na sala, ignorando os olhares e me aboletando em uma cadeira do fundo.

Sério que os trabalhos valeriam notas? Estamos numa escola, os trabalhos valeriam o quê, ingressos para o inferno que não seriam. Peguei a folha que o professor entregava e revirei os olhos para a animação de algumas pessoas para responder a pergunta que ele fez e que provavelmente estaria escrita em algum ponto do papel.

Eu teria que cantar e tocar alguma coisa na frente daqueles perdedores e não receberia nada por isso, estávamos em Glee por acaso e eu tinha ido parar em um mundo fictício de Ohio quando cochilei ali no canto?. Tinha um motivo do porque daquela série ter falido, que coisa mais chata. Esperei por alguns minutos mas ninguém pareceu se manifestar e o professor ficava olhando para nossa cara como se fossemos um grupo de filhotinhos de cachorros. Me ergui e fui até o violão. -O que não fazemos para sair mais rápido daqui. - murmurei quando fiquei no meio da sala e olhei para o povo e puxei o instrumento de sua base.

Comecei a dedilhar os acordes do violão e olhei arrogantemente para o professor antes de começar a cantar de maneira diferente a clássica música das Destiny Child’s. Me perguntei o que eu faria caso encontrasse novamente aquela garota da praia por aqui enquanto cantava. Seria estranho encontrá-la pela segunda vez no WA e pela segunda vez algum dos dois estaria cantando.

Any other day
I would call, you would say,
"Baby, how's your day?"
But today, it ain't the same
Every other word is "Uh huh", "Yeah, okay"
Could it be that you are at the crib with another homie



Passei a caminhar ao redor da sala fazendo alguns movimentos de dança sem deixar o violão de lado, integrando-o aos passos e transformando ele em “parte” da dança. A voz saía levemente ofegante o que me recordava de Let’s Get it On do Marvin Gaye, que é um gênio musical e um especialista nesse ritmo.

I know you say that I am assuming things
Something's going down, that's the way it seems
Shouldn't be no reason why you're acting strange
If nobody's holding you back from me
I know how you usually do
Where you're saying everything to me times two
Why can't you just tell the truth
If somebody's there, then tell me who



Parei na frente de uma garota aleatoria e olhei fixamente para ela enquanto cantei e dancei a sua frente, como se flertasse com ela. O que era uma grande mentira, mas para performances você nem sempre pode fazer o que deseja e sim o que deve e naquele instante era fazer parecer que eu estava interessado em seduzir.

Say my name, say my name
When no one is around you,
Say baby I love you
If you ain't runnin'
Say my name, say my name
You actin' kinda shady,
Ain't callin' me baby
Why the sudden change?
Oh yeah
Yeah
Change oh yeah

Parei de tocar no mesmo instante em que o ultimo fonema da musica deixou meus lábios e fiquei por alguns segundos em silêncio aproveitando a surpresa dos ali presentes para guardar o violão e tentar escapulir da sala, mas não deu certo e eu tive que voltar para meu lugar distante e assistir o resto daquele inferninho.



PRA QUEM QUISER OUVIR A MUSICA E TALS Q:
Convidado
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Mensagem por Lana Weiszäcker Qua 17 Jun 2015 - 18:47

change
Depois de um luau para dar as boas vindas acadêmicas do ano, as coisas ficaram no completo tédio. Para Lana, isso era algo incomum. Encarregada de se divertir de formas inimagináveis, a menina dirigiu até a costa do litoral de Miami, e se instalou por lá durante seis dias. Não, não em um hotel cinco estrelas ou uma pousada chique, cheia de pessoas frescas e ricas andando de um lado para o outro. Tinha dinheiro para isso, mas, preferia estar no conforto de seu mustang. Invadia algumas escolas para usar o vestiário e se higienizar, e pronto! Estava pronta para outra. Não atendia as ligações do pai, ou da mãe. A única pessoa para quem realmente mandava notícias, era Taylor, sua irmã mais nova. Ainda sim, eram mensagens vagas de "Eu estou bem, não precisa ficar ligando. Ja ja estarei de volta." Não havia se alimentado de uma maneira saudável, o que lhe rendera em uma dor de estômago, com direito a uma ida breve ao hospital. Tomou um soro, e pronto, estava livre e bem de novo. No último dia, havia frequentado uma festa no caís da orla, onde várias brigas ocorreram, e por pouco, Lana não havia sido presa. Havia fumado um cigarro de palha. Apesar de já ter tido contato com drogas, preferia se manter longe e evitar uma vida que certamente ninguém com o mínimo de juízo quereria, mesmo sendo de uma índole como a dela. Só um verdadeiro desorientado entraria de cabeça neste tipo de mundo, e certamente, terminaria sem ela, no final.

[#####################]

Primeiro dia de aula. Para Lana, não era nada. Já fazia parte do segundo ano, e sabia como as coisas funcionavam. Havia reprovado, aliás. Toda sua turma estaria no último ano do médio, enquanto ela e Shane haviam ficado para trás. Não se sentia amargurada ou lamentava por isso. Até havia visto uma coisa boa: Estaria longe dos nerd's chatos e insuportáveis. Zoaria novas pessoas, e deixaria um novo legado. Este ano, as coisas seriam ainda melhores. E o sentido disso? Se provaria com o tempo. Inscreveu-se no programa musical, apesar de ter escolhido o softball como modalidade adjacente. Ouviu dizer que o professor era gato, porém, mantinha relações com outro homem. Pfff. Não tinha nada contra gays, mas que achava um desperdício, sim. Achava. Ja havia ficado com outras garotas, mas nada que não fosse visto apenas para àquele momento, e nada mais que isso. Estava sentada no capô do mustang preto, lendo uma revista em quadrinhos do Capitão América, quando ouviu o sinal soar, indicando que todos os alunos deveriam procurar suas salas de aula. Lana tirou do bolso do jeans um papel amassado, com uma escrita nada legível e bastante borrada. Havia derrubado café no seu horário, mais cedo.

Music Class — Lession with mister A. Mudder.

Ótimo. A primeira aula, era a que menos esperava. Com certeza estaria em um tipo de clube Glee, onde um iria querer aparecer mais do quê o outro, e assim vai. Lana tinha um talento nato para o canto, sabia tocar piano, guitarra, violão e bateria. Porém, nunca havia contado isso para outra pessoa, nem mesmo para Shane. Agora, estava ali, de frente para a sala onde deixaria explícito que não era uma completa faz-nada. Deu meia volta no segundo em que um grupo de pessoas passou por ela, não querendo dividir o ambiente com aquelas pessoas. Estava quase na esquina do corredor, quando um pensamento lhe atingiu.

Você pode fazer qualquer coisa. Mas, nunca foi covarde a ponto de desistir só por que é a primeira vez que vai deixar com que vejam quem realmente é Lana Robinson.

Olhou para trás, vendo que era o que estava fazendo. Sendo covarde. Ergueu o queixo, respirando profundamente. Não desistiria. Mesmo que, estivesse prestes a baixar a guarda por um momento. Refez o caminho de volta para a sala, e entrou, sentando-se um pouco mais afastada dos demais ali. Então, um homem de aparência jovial entrou cantando, a expressão distante, provavelmente dando um toque pessoal à canção. A primeira lição, seria surpreendê-lo. Tocar algo, cantar. Ok. Não seria nenhum problema. Mas, como surpreenderia alguém? Só sabia o sentido disso, quando fazia algo errado e via a surpresa estampada no olhar dos pais.

Ninguém nunca te ouviu cantar. Isso vai ser uma supresa e tanto. Temos uma música. Vá até o piano, e tudo certo.

Precisava ensaiar? Minutos se passaram, e não houve nenhum sinal de que alguma
daquelas pessoas iria se levantar e fazer as honras. Até que Shane apareceu, e fez sua performance de Say my name. Teve que controlar o riso para não imaginar o menino fazendo um cosplay de Beyoncé. Foda-se o ensaio. Aplaudiu quando ele terminou. Lana se levantou, soltando a bolsa de qualquer jeito sob a cadeira que havia estado antes.  Aproveitou que estava de costas para todos, e respirou fundo um par de vezes. Dirigiu-se até o piano Yamaha ali presente, erguendo o tampão das teclas enquanto sentava-se no banquinho. Tomou fôlego, baixando os olhos para as teclas. Sabia de cor todas as notas, mas, preferia encará-las do que mostrar parte de sua alma, enquanto deixava os olhos a amostra para aqueles desconhecidos.

All I knew this morning when I woke
Is I know something now
Know something now I didn't before
And all I've seen since eighteen hours ago
Is green eyes and freckles and your smile
In the back of my mind making me feel like

Tocou a primeira nota, preenchendo o silêncio continuadamente, por uma fração de um quarto do tempo. Logo, sua voz grave e melódica irrompeu o silêncio vocal. A menina procurava esvaziar a mente, aniquilar os pensamentos de que havia sido um erro, estar ali, mostrando-se daquela maneira. Poderia ser algo simples a qualquer olhar, a qualquer desatento. Podia ver a própria imagem - apenas as formas - no torso do piano envernizado. Feições suaves, assim como a voz soava.

I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you know you know you

A verdade nunca dita, era justamente aquela que Lana acabava de cantar. "I just want to know you better now." Não se tratava de uma outra pessoa, era apenas sobre ela. Precisava se conhecer, se encontrar. Seus dedos praticamente acariciavam as teclas, ao dedilhar de uma maneira tão delicada, que até mesmo para a própria Lana, parecia algo que não fazia parte de si. Delicadeza, sutileza, suavidade. Respectivamente tratando-se de seus toques no instrumento, a postura sutil, impecável e a voz suave, aveludada, apesar de grave.

'Cause all I know is we said "hello"
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name
Everything has changed
All I know is you held the door

You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday
Is everything has changed

Aperfeiçoou o contato dos dedos nas teclas, dando um pouco mais de intensidade, enquanto os olhos fecharam-se automaticamente. Era impossível para a menina controlar seu instinto. Seu eu interior gritava para que continuasse a canção, que demonstrasse ser algo muito maior do que uma garota por trás de uma postura de durona e da fachada de inquebrável. Não existia ninguém assim. Enquanto isso, seu eu externo queria correr, fugir daquela sala e nunca mais pisar ali dentro. Desta vez, Lana optou pelo que parecia ser o certo. Continuou a tocar e cantar, mantendo-se fiel ao ritmo imposto. Apenas sua voz e o piano, unidos ao silêncio da sala. Podia ver a forma do próprio rosto, os olhos focados cheios de concentração, cheios de... Mudança. Era sempre assim, quando cantava algo de extremo significado. Algo mudava dentro de si. Era como mágica. Mas, apenas parecia como. A coisa toda era real. Sem mágica, apenas música. Como não estava fazendo daquela canção um dueto, resolveu pular a parte que seria de seu suposto parceiro, assim como era para Taylor Swift na versão original, onde dava a vez para Ed Sheeran.

I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you know you know you

Voltou para a ponte, os olhos novamente fechados, a expressão séria, serena. Quem a visse naquele momento, jamais poderia imaginar que fosse uma pessoa capaz de tantas maldades, apenas para ter alguma diversão. O sentimento estava imposto na voz, a dor precária oculta no tom tranquilo do entoar agregado do som emitido pelas teclas do piano, unidos a sua voz. Restara aquela dúvida com poder suficiente para devastar: Precisava mesmo se conhecer melhor? Ou apenas aceitar o que realmente era? Queria Lana continuar sendo alguém de má índole? Que não chegaria a lugar nenhum, mesmo que, soubesse tocar e cantar tão bem quanto qualquer artista mundialmente conhecido? Ou que fosse alguém com dotes quase que perfeitos para a pintura, como Pablo Picasso havia sido?

'Cause all I know is we said "hello"
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name
Everything has changed
All I know is you held the door
You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday
Is everything has changed

Voltou a impor a mesma intensidade ao dedilhar as notas, nunca errando nem mesmo por meio nano segundo. A voz soava perfeitamente afinada, o vibrato natural dando um maravilhoso final a cada estrofe cantada. Então, os pensamentos voltavam a encher a mente turbulenta daquela Robinson. A única com verdadeiros talentos, e também, a única que os desperdiçava com cada gesto errado que fazia. Seria Lana de alguém, algum dia? Como isso seria possível, se nem ela mesma tinha as rédeas de si? Agora, o ditado de "Só se dá o que se tem" fazia todo o sentido em sua mente. Ela poderia mudar? "Everything has changed" havia sido a sua resposta para muitas perguntas. E ali estava ela, respondendo a cada uma restante, sem perceber. Sim, existia uma outra Lana. Esta, que canta e toca tão bem. Que sabe demonstrar alguma coisa que não seja apenas ignorância e indelicadeza. A que pode ser alguém. Que pode incentivar outras mudanças. Mas, era isso o que queria? Agora?

Come back and tell me why
I'm feeling like I've missed you all this time, oh, oh, oh
And meet me there tonight
Let me know that it's not all in my mind

O que seus pais pensariam, se a vissem daquela forma, agora? Tão dedicada a cantar e tocar, que nada fora dela mesma lhe impediria de continuar? Que estava mostrando-se uma menina delicada, tranquila, apesar de séria e coberta de expressões ocultas que divergiam da Lana sempre vista em problemas? Com certeza seria como uma cortina de borboletas raras voando por ai, levando a felicidade através de suas asas, a cada batida contra o vento. Estariam orgulhosos. Provavelmente apontariam para ela, e diriam "esta é a nossa filha, estão vendo? É nessa Lana que acreditamos." Um par de lágrimas teimosas lhe escaparam dos olhos verdes, que foram reabertos.

I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you know you know you
'Cause all I know is we said "hello"
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name
Everything has changed
All I know is you held the door
You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday
Is everything has changed

No início da ponte, parou de tocar e apenas cantou o "I just want to know you better now" algumas vezes, sendo sua voz, o único som. Lana não precisava se conhecer. Percebia ali, dentro de uma sala da escola que odiava, na aula que deveria estar se mantendo longe, diante de tantos desconhecidos, que precisava apenas se aceitar. Àquela era a verdadeira Lana. Alguém dotado de habilidades incríveis, e que por puro capricho, não usufruía bem do que lhe era reservado. Alguém que acreditava em mudanças, mas que tinha medo de encará-las, de sair da zona de conforto e mergulhar de cabeça em um mundo totalmente novo e incomum. Ja estava tão acostumada com coisas erradas, que para ela, as coisas certas eram o verdadeiro erro. A intensidade continuava ali presente, tanto em sua voz, como na forma a qual tocava. Em sua mente, estava sozinha, em uma sala solitária. Cantava para si mesma, mostrava para si mesma o poder que uma canção poderia ter até para a pessoa mais brusca do mundo. Em como as coisas poderiam mudar por causa de algumas estrofes cantadas com verdadeiro sentimento. Com sua verdadeira voz.

All I know is we said "hello"
So dust off your highest hopes
All I know is pouring rain
And everything has changed
All I know is a new found grace

Ja tocando o piano como acompanhamento, fez um falsete, deixando de cantar o "All I know is pouring rain" ao puxar o "hopes". Não havia intenção maior do que a de apenas por algo seu naquela versão, apesar do que já vinha demonstrando desde o começo. Ja ouviu o dizer de que "os olhos são a janela da alma", e concordava. Era por este motivo que não havia olhado para ninguém. Mas, sabia que se os olhos tinham àquele poder, a voz, tinha o dobro dele. Por quê, além de transmitir coisas para si mesma, também passava para as outras pessoas ao redor. Podia fazê-las sentir o que você mesmo sentia, e não haveria poder maior que este, na música.

All I know is we said "hello"
So dust off your highest hopes
All I know is pouring rain
And everything has changed
All I know is a new found grace
All my days I'll know your face
All I know since yesterday
Is everything has changed

Repetiu a parte central, a voz um tom mais grave ainda, fazendo recaídas em notas diversificadas, deixando para o professor e os demais presentes, o fato de que não tinha nenhuma dificuldade em sair do grave para o sustenido, e do sustenido para o bemol. Dedilhava as teclas com tamanha devoção, como se fosse Beethoven em alguma convenção de sua sinfonia. A voz estava com mais força, voltando a suavidade inicial, ao pronunciar o último "everything has change", findando a canção. Permaneceu sentada no banco por alguns segundos, e quando estava pronta para levantar, fez a ação e parou ao centro da sala.

Me chamo Lana Robison, e esta foi minha versão ao piano de Everything has change, da Taylor Swift com o Ed Sheeran. Flauta. A flauta é o instrumento mais antigo. – e sem olhar para ninguém em comum, voltou para seu lugar.

Passou as mãos pelo rosto, limpando os traços das lágrimas que havia deixado escapar. Arrumou a bolsa em cima do próprio colo, unindo as mãos por cima, fitando-as enquanto se recuperava do que havia acabado de fazer.


 
everything has
make by dianna for lutw
Lana Weiszäcker
Lana Weiszäcker
famous

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Mensagem por Vincent Lachlan Qua 17 Jun 2015 - 19:56



To all skeet skeet motherfuckers, to all skeet skeet goddamn!


3,6,9 damn she's HOT


Depois de rodar por diversos quarteirões em círculos, avistei o enorme prédio cinza no centro de Miami. Arqueei a sobrancelha de imediato quando vi um shopping logo em frente à mesma. Ou ela era, realmente, muito rígida e conseguia segurar seus alunos ou toda aquela pose de escola militar era só fachada. Dei de ombros pegando minha bolsa-carteira na cor preta do banco de carona e colocando no meu colo. Senti meus olhos marejarem juntamente com aquela vontade enorme de bocejar e assim o fiz, me espreguiçando ao máximo dentro do carro. Cacei dentro da bolsa o folheto da escola, lendo-o assim que o encontrei. Nada falava sobre estacionamento. Olhei em volta e só o que vi foram alguns ônibus grandes e amarelos no estilo escolar.
- Era só o que me faltava. Vou ter que vir pro colégio de ônibus escolar agora? – Falei comigo mesmo rolando os olhos, já manobrando em direção a entrada do shopping.  Achar uma vaga ali não fora difícil graças à hora. Estava a dez minutos atrasado, mas isso não me impediu de dar uma passada na Starbucks e pedir um café grande pra viagem.
                                                                   
                                                                       
 •••

Umedeci meus lábios dando duas batidas na porta. – Licen... – Parei de falar no instante em que vi o professor cantando Within Temptation. Não pude deixar de abri um pequeno sorriso. Aquela era uma das minhas bandas favoritas. Letras simples, mas que passavam sempre alguma mensagem. Música boa era assim. Como de costume abaixei um pouco a cabeça para passar na porta, devido aos meus 1.96 de altura, mas logo olhei pra cima vendo que ainda tinha uns 5 centímetros e eu não correria o risco de bater com a cabeça ali. Meu olhar passou pelas pessoas que se amontoavam em lugares diferes da sala, algumas com olhares fixos no professor, outras fofocando e algumas patricinhas checando suas unhas. Fiz uma careta me encaminhando para uma carteira no fundo da classe. Sentei-me logo tirando meu bloco de notas onde era possível ver a imagem do Poderoso Chefão na capa.  O som de All I need fugiu aos meus ouvidos e palmas foram postas no lugar, me acordando de uma falta de atenção para o lugar onde estava.  Dei-me conta que meus sentidos ainda estavam adormecidos, tendo em vista que perdi o foco do que o professor falara nos primeiros minutos e só fui acordar novamente quando o vi colocando folhas na minha mesa e perguntando algo que eu sabia.  – Flauta e Harpa. – respondi automaticamente, tendo em vista que aquela informação era conhecida por mim a bastante tempo. Vi o sorriso no rosto do professor e o mesmo apontando pra mim dizendo que tinha começado com meio ponto. Enruguei minha testa em aprovação. Isso foi bom porque me acordou de vez depois de um ultimo bocejo.

O primeiro cara a subir parecia estar ali por obrigação, o que me fez arquear a sobrancelha já que aquela era uma aula opcional. Dei de ombros o ouvindo cantar. Não era fã de Destiny Child e nem daquela música, mas ele fizera um bom trabalho. Assim que o garoto voltou a seu lugar, olhei pros lados e ninguém levantara. Dei de ombros me preparando pra levantar, mas uma garota morena foi mais rápida, indo em direção ao piano. “Mais tempo pra pensar em que música tocar.” Pensei, me ajeitando na cadeira para assistir a mesma.  

Confesso que foi bonito pra caralho assistir ela cantando e tocando com tanta vontade, mas qual é, eu estava morrendo de sono e só não dormi porque a voz dela era realmente muito bonita. Não estava afim de sentimentalismo. Não era de sentimentalismo, na verdade. Me pus de pé assim que a morena sentara, andando em direção a um violão e o afinando meio tom abaixo. “Sejam Criativos e me surpreendam.” Lembrei da frase do professor. Okay. Serei criativo.

Ao me certificar de que todas as cordas estavam afinadas corretamente, olhei pra “platéia” a minha frente e limpei a garganta iniciando uma introdução improvisada com o ritmo e acordes que seriam usados ao longo da música.

3,6,9 damn you're fine
Suck, suck, suck  it to me baby one more time
From the window, to the wall
The sweat trolli down my balls to all these bitches crawl
Oh skeet skeet mother fucker, oh skeet skeet ah damn
Oh skeet skeet mother fucker, oh skeet skeet ah damn

Pude ouvir os cochichos, alguns risinhos e alguns celulares apontados na minha direção assim que comecei a cantar o segundo verso e a música fosse reconhecida. Minha voz saia calma, sua rouquidão natural sempre dava um “que” em qualquer música cantada. Dei alguns passos pra direita, entrando na segunda fileira e balançando os ombros com a música.

Shorty crunk so fresh so clean
Can she fuck that question been harassing me
In the mind this bitch is fine
I done came to the club about 50-11 times
Can I play with yo panty line?
Club owner said I need to calm down
Security guard go to sweating me now
Cracker drunker then a motherfucker threaten me now

3,6,9 damn you're fine
Suck, suck, suck  it to me baby one more time
From the window, to the wall
The sweat trolli down my balls to all these bitches crawl

Não pude deixar de sorrir enquanto cantava aquela versão adaptada de uma música que me lembrava minha ultima festa com os colegas da antiga escola. Muitos deles já tinham terminado, estavam em grandes times de futebol, torcendo profissionalmente, já estagiando devido a faculdade e eu ainda estava ali, tendo que terminar o High School. Na segunda vez do refrão parei em frente a uma garota morena, ajoelhei na sua frente e fitei seus olhos cantando maliciosamente o “Suck, suck, suck it to me baby one more time” e podendo ouvir alguns risinhos e “uh” da classe. Balancei a cabeça rindo, levando mais animado.

Back, back, back it up
Back, back, back it up
Back, back, back it up
Back, back, back it up
Now stop, then wiggle wit ya
Now stop, then wiggle wit ya
Now stop, then wiggle wit ya

Mudei o ritmo assim que comecei a cantar “back, back, back it up” dando mais curvas na música. Ia andando de volta pra frente da sala e a cada “Now Stop” eu parava e andava dançando no “then wiggle wit ya” até ficar de frente pra todos. Aquilo tinha me animado. Música me animava, na verdade.

3,6,9 damn you're fine
Suck, suck, suck  it to me baby one more time
From the window, to the wall
The sweat trolli down my balls to all these bitches crawl

Deixei que a ultima nota soasse, fiz uma pequena reverencia para as palmas que ouvi. Bom, o professor não poderia reclamar de criatividade. Talvez dos palavrões mas aquilo era liberdade poética, não era? Eu podia muito bem adaptar “We Are The World” para “We Are the Fuckers” se eu quisesse. Quem inventou a liberdade poética mesmo? Vou deixar anotado mentalmente pra agradecer mais tarde. Deixei que meus lábios formassem um sorriso de canto enquanto voltava para minha cadeira. Senti meu celular vibrar e revirei os olhos lendo a mensagem.

“Se vira. Não posso sair daqui agora. Isso não é seu trabalho, se não pode dar conta, me diga que te demito.”

Enviei, voltando a guardar o celular no bolso e prestando atenção. Rezando mentalmente para que não viesse nenhuma melancolia.


Tagged:- Wearing: This! Thank you Lari @ CG


Obs: Quem quiser ouvir a versão dele clica aqui.
Vincent Lachlan
Vincent Lachlan

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Mensagem por Ana Júlia Drummond Qua 17 Jun 2015 - 21:07


Tallulah's Song.
► Fiirst Class
► Tallulah
► Wish me Luck

Estava no carro, Liam estava no carona e eu no banco de trás, Tyler havia ido buscar café para nós três.
-Ansiosa?
-Eu? Ansiosa? Puft... Claro que não.
-É, você está.
-É estou. Sabe que eu descobri? Vai ter canto. Eu não quero ser cantora. Por favor, diga para o professor, diretor, enfermeira ou até para a tia da limpeza que eu não posso fazer esforço vocal. Eu prometo ficar calada! Fico na minha o dia todo! E se precisar finjo até se gaga. Ou digo que passei por cirurgia. As cirurgias estão ótimas, não deixam marcas nas pessoas! Isso, diz que passei por cirurgia!
    Falei quase implorando enquanto ele ria, Liam tirou o cinto se virando para mim, seu olhar cínico foi suficiente para saber que ele iria dizer justamente o contrário.
-Ér... Nopt.
-Qual é Liam! Eu te salvei de muitas!
    Tyler chegou coma bandeja e o silêncio dominou o carro, ele nos olhou sem entender e então entrou os cafés.
-Tallulah quer que digamos que ela é uma ótima cantora! Que ela ganhou concursos e até chance de gravar CD.
-NÃO! MENTIRA!!! LIAM PARA! Tyler, não acredita nele!!
    Quase berrei defendendo minhas palavras, aquela seria a primeira e a única vez que aceitaria carona deles!
    Ao longo do caminho, rindo e ouvindo Tyler mandar a gente tomar cuidado para não sujar o estofado, enfim chegamos ao colégio.

-Lembrando que se perguntarem, você são meus pais. Um casal gay lindo me adotou!
    Falei pegando a bolsa me apressando para sair o mais rápido possível, eles riram de forma irônica e ao fechar a porta do carro Tyler buzinou e deu tchauzinho.

-Estude direitinho meu bem! Nos dê orgulho!
-Não esqueça do lanche! Está embrulhado com um bilhetinho!
-CALEM A BOCA!

    Falei entre dentes para eles enquanto me afastava do carro, humilhação concluída!
    Andava com um papel na mão pelos corredores procurando meu armário, já havia gravado senha e sabia que deveria limpar com bastante álcool! Ao enfim chegar ao lugar desejado, guardei ainda mantendo as coisas no plástico para deixar a mochila mais vazia.

-Vamos lá... Aula. Você consegue. Você passou por cirurgia, ótimo. Isso... Respira fundo...

    Falava baixo tentando movimentar minimamente meus lábios, olhava em volta de forma atenta lendo as placas nas portas.


    Olhei para meu celular preocupada com a hora, estava 15 minutos atrasada e sabia que iria levar esporro, pudera, eu sou "carne nova" naquela área militar! A porta estava encostada, ao ler e me certificar que era a certa vi uma mão fechá-la.

-Não.. Não.. Hey. Ufa... Obrigada...
    Falei tentando não chamar atenção, a menina que estava fechando a porta sorrio sem graça.
-Oi, desculpa é a aula do professor Murder?
    A menina riu baixo e fez sinal para eu entrar, sem pensar duas vezes entrei olhando em volta sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha.
-E é Mudder...
-Oh... Obrigada.
    OKAY! Podem cavar um buraco para eu ficar até os próximos 2 anos. Obrigada.
    Estava destacada, não queria porém era necessário, estava nervosa e a ideia de cantar me fazia tremer, seria tão bonito se eu pudesse só tocar o teclado ou violão, os tímpanos de todos iriam agradecer eternamente! Mesmo aos 80 anos eles iriam me agradecer, afinal melhor perder a audição gradativamente do que de uma vez só né.

    Tallulah, menos.

    Estava concentrada em conseguir pelo menos afinar a voz, ouvia os outros cantando e cantarolava baixo as que eu conhecia afim de aquecer. A ordem era completamente aleatória e uma parte de mim odiava aquilo, e se eu levantasse junto com outra pessoa? Iriam me olhar e eu ia ficar tipo "OMG!" e eu odeio ficar tipo "OMG" por que eu faço besteiras! ... Silêncio para se concentrar Tallulah! ...
    O garoto cantou e o olhava quase de forma assustada, ergui as sobrancelhas com suas demonstrações e sim, ele era o exemplo de pessoa sem vergonha. Talvez em todos os sentidos né, olha a música que ele escolheu! Eca! Rolei os olhos de forma discreta e após ele se sentar olhei em volta percebendo que ninguém se movia levantei tomando ar e coragem.

-Licença Senhor Murder...

    Ouvi alguns risinhos e rolei os olhos, Murder de novo? Não aprende Tallulah?

-Ér... Posso?

    Disse apontando para o teclado e após seu sinal e okay com a cabeça andei de forma rápida até o banco, suspirei me acalmando e sorri completamente sem graça para todos que me olhavam curiosos.

-Ér... Tenho que me apresentar? Tá... Okay... Sou Tallulah Harris, não canto bem e agradeceria se eu pudesse só tocar o instrumento, mas como todos cantaram e de forma incrível estou me arriscando a fazer o mesmo. Tá tá... Okay vou tocar.

    Olhei de forma monstruosamente envergonhada e comecei as primeiras notas, logo parando ao lembrar que não tinha dito o nome da música.

-Ah... Desculpa, mais uma coisinha. É, vou cantar Tallulah da banda Sonata Arctica.

    Continuei a tocar durante meu surto de falação, me foquei e então comecei a cantar de forma tímida.

-Remember when we used to look how sun sets far away?
And how you said, "This is never over"
I believed your every word and I guess you did too
But now you're saying, "Hey, let's think this over"

You take my hand and pull me next to you, so close to you
I have a feeling you don't have the words
I found one for you, kiss your cheek, say bye, and walk away
Don't look back, 'cause I am crying


    Arrisquei em estender algumas notas ao fim, perdia o medo aos poucos de errar. Praticamente cresci com aquela música, meus irmãos me zoando e meus país falando sobre o quanto essa música era bonita. Estava tão focada em não errar que ora olhava para as teclas, ora para o teto de forma envergonhada.

-Remember when we used to look how sun sets far away?
And how you said, "This is never over"
I believed your every word and I guess you did too
But now you're saying, "Hey, let's think this over"

You take my hand and pull me next to you, so close to you
I have a feeling you don't have the words
I found one for you, kiss your cheek, say bye, and walk away
Don't look back, 'cause I am crying


    Fechei os olhos algumas -poucas- vezes para manter o ritmo e a afinação.

-Tallulah, it's easier to live alone than fear the time it's over
Tallulah, find the words and talk to me, oh
Tallulah, this could be...


    Pronunciar meu nomes me fez sorrir de forma envergonhada, que pessoa em sã consciência cantaria uma música desse estilo logo na primeira aula? Shit Tallulah!

-I lost my patience once, so do you punish me now
I'll always love you, no matter what you do
I'll win you back for me if you give me a chance
But there is one thing you must understand


    Queria acabar logo graças a vergonhada, havia pulado alguns trechos importantes para a canção. Chegava enfim a parte em que meu nome se repetia algumas vezes, as pausas eram curtas mas mantinha meu tom, afinação e o ritmo. Agora, mais tranquila, olhava para alguns e para as teclas.

-Tallulah, it's easier to live alone than fear the time it's over
Tallulah, find the words and talk to me, oh
Tallulah, this could be...
Tallulah, it's easier to live alone than fear the time it's over
Tallulah, find the words and talk to me, oh
Tallulah, this could be...


    Dava a famosa pausa dramática e mantinha o sorriso com o fim próximo, ao acabar de cantar tocava de forma simples, tecla por tecla de forma devagar declarando aos outros o fim da música.
Ao acabar me levantei e sorri satisfeita, caminhei até meu lugar e sem olhar nem para os lados aguardei a hora de ser liberada.


           
Thanks Ross & Tiago @ CG


Ana Júlia Drummond
Ana Júlia Drummond

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Mensagem por Ghail C. Mudder Ter 23 Jun 2015 - 17:40




Soul of music!


i'm not just waiting
i’m walking to find you
Era a minha primeira aula com os alunos da instituição, não iria ser um professor carrasco, mas também não seria daqueles que não fazem nada para um bom desenvolvimento entre professor e aluno.
Anotei os dois alunos que responderam a pergunta e depois explicaria uma outra coisa para os demais, havia sido um teste sobre conhecimento musica e infelizmente ninguém havia percebido, porém, as notas extras haviam sido aplicadas pelo esforço e boa vontade das respostas dadas.

As apresentações começaram pelo aluno Shane McCain, sua desenvoltura e novidade exercida na canção me fez abrir um sorriso singelo, minha caneta percorria o papel de anotação lhe dando a devida avaliação a cada momento que ele se desenvolvia na canção.
Sua interação com o instrumento escolhido me motivava a fazer mais anotações sobre ele, controle vocal, manuseio das notas sem desafinação, seu dedos eram habilidosos e me agradava saber que eles faziam um belo trabalho juntos, voz e controle de afinação no violão, sem contar na melodia bem sensual e atrativa.

Ao término me levantei e aplaudi sua performance, assenti com a cabeça lhe enviando um olhar cheio de satisfação e assim me sentei voltando a me recompor e esperar pela próximo aluno que dessa vez era uma linda jovem, Lana Robinson, me empolguei internamente vendo-a se direcionar para o piano, meu instrumento favorito, sabia então que logo viria a escutar uma versão calma de alguma musica que pudesse valer algo sentimental para a outra. O silêncio pairou na sala e assim era dado início a sua apresentação.

Fechei meus olhos ao sentir o primeiro som da nota junto com a voz dela, aquele momento em que uma brisa passa por você fazendo todos seus momentos felizes se colocarem presentes, sabia que era uma música que passaria algo sentimental, brando, voltei ao meu estado consciente e comecei a dar a avaliação da mesma, em alguns momentos parei para observá-la e ver sua expressão, foi ali que vi. A música que ela cantava não falaria sobre outro alguém e sim era pessoal, era para ela mesma, pude ver claramente tudo, os movimentos de seus lábios junto aos olhos que estavam selados para um mundo que só ela poderia se colocar. Algo extraordinário e que poucos sabiam fazer.

Ao fim da apresentação me levantei e fui até ela antes de se sentar e apertei sua mão lhe dando parabéns pela apresentação tão pessoal que ao mesmo tempo compartilhou sentimentos ocultos.
Me direcionei a cadeira que estava e voltei a me sentar finalizando sua avaliação e esperando por outro aluno ou aluna.

Vincent Lachlan era o nome do rapaz que também havia respondido a pergunta e dessa vez completa, abri um sorriso meio singelo com aquilo e lhe dei a autorização para começar a sua apresentação, o violão novamente era o instrumento usado, o vi afinando as cordas e então se preparou para começar, pelo fato de sua resposta ter sido bem na lata esperei uma apresentação cheia de surpresas e foi o que aconteceu...
As risadas e burburinhos vindo de trás de mim me fizeram olhar para os alunos que estavam bem surpresos pela música, até mesmo eu, pigarreei olhando para o outro atenciosamente ouvindo a letra e sua jogada de surpresa; Esse realmente levou ao pé da letra. Não pude deixar de rir também, mas aproveitar a melodia e a forma branda das palavras mencionadas, retirando os palavrões e a mensagem do requisito, é claro.

Anotei sua avaliação depois do término da música, balancei a cabeça negativamente rindo de tudo que havia acabado de ouvir, foi o que pedi em termos, então, além de ser uma música era uma apresentação surpreendentemente louca.

A próxima apresentação veio junto da senhorita Tallulah Harris, o mais engraçado era que sua chegada trouxe uma bagagem fofa de uma jovem doce e cheia de inocência, claro que as aparências poderiam enganar, mas não tiraria conclusões sem mesmo saber da história alheia. A respondi com toda educação e com graça, quis lhe dar um conforto sobre minha pessoa e presença para que na hora de sua apresentação ela não pudesse ficar nervosa.

Ao começar já estava preparado para fazer a avaliação e assim deixei que ela se sentisse livre para começar quando quisesse, mas em um tempo limite deixando que os outros também pudessem se apresentar.

Suas primeiras notas vinham, uma voz jovem sempre tinha um timbre mais firme e presente para uma apresentação, mas ela sabia como deixar o som do teclado mais presente em alguns momentos surpreendendo com potências vocais em elevações de algumas palavras, senti meu corpo se movimentar a cada nota tocada de seu som, achei também interessante o nome da música ser o mesmo que o da menina, isso poderia ser o elemento surpresa? Continuei anotando sua avaliação quando ouvi um breve de agudo me fazendo ter a atenção, mas fora por ali apenas, sutil e em nivelação contida pela vocalidade inocente. Pude ali ter a certeza da delicadeza  de Tallulah.

- Uma salva de palmas para os que se puseram a tocar e mostrar o talento que cada um demonstrou! - as palmas eram soadas e então com as duas mãos pedi para que cessassem.
- Certo, vamos então as explicações...
Me levantei da cadeira e levei as avaliações comigo, apenas quatro alunos se saíram bem, o que me deixou meio preocupado, mas não os culpariam.
- Sou um professor e meu dever é ensinar. Bom, para começar de forma correta, a pergunta dada no início da aula fora uma pegadinha, os que puderam perceber responderam conforme a resposta que dei logo a seguir, mas na verdade os primeiros instrumentos criados foram os tambores, a flauta, xilofones e os litofones, algo que vem aproximadamente nove mil antes de Cristo. Aos que responderam eu dei mesmo assim a nota por terem prestado a atenção em minhas palavras, aos demais, mantiveram sua nota apenas pelas apresentações.
Peguei os papeis e distribuí para cada aluno dando a eles o resultado das notas e as avaliações.
- Para os que ganharam acima de oito, estão anotados e receberão a notificação da premiação, aos demais só digo que melhorem mais e não se envergonhem, estamos apenas no início do semestre.

O sinal tocou, todos puderam ser liberados, mas antes lhes dei um aviso sobre o próximo trabalho.
- Nosso próximo encontro vai ser em um espaço público, pensem em formas de apresentações podendo ser em solos ou duplas, o local será dito apenas no dia... Até a próxima!
Deixei eles saírem arrumei a sala me retirando em seguida.




#Post -02 #Tagged -Alunos #Sound -xxx
(c)


Notas da Avaliação:

RP ENCERRADA!
Ghail C. Mudder
Ghail C. Mudder

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