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Lago de Cristal

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Mensagem por Beat Dom 23 Fev 2014 - 18:02


Cristal Lake
O lago de cristal é totalmente transparente, tão transparente que é possível ver o seu fundo mesmo à dez metros de profundidade. Algumas árvores com coco rodeiam o lado de água doce.
Beat
Beat
Narrador

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Mensagem por Quinn Fabray Dom 16 Mar 2014 - 21:00

It's over?!


Estar em um lugar,perdida era uma prova ao coração se você é cardíaco ou não. Estar em alto mar, apenas com um colete é a prova que o inferno somos nós mesmo que criamos. A hora passa devagar, o frio é de congelar e arder os ossos, o perigo de tubarão em meio aquele escuro e apesar de estar cansada, dormir é a última opção para alguém perdido.
Eu me agarrava ao colete, na tentativa de me sentir mais protegida, menos à deriva. Eu batia meu queixo em ritmo acelerado enquanto secava as lágrimas que rolavam pelo meu rosto de forma descontrolada. Um sentimento de culpa,desespero e medo me controlava e me enlouquecia só de pensar no que estava acontecendo.
Eu tentava nadar sem rumo, batia meus pés com medo de atrair tubarão,o mesmo medo me impulsionava a bater os pés para evitar os pequenos animais que me mordiam. Meu olhar perdido procurada algum sinal de pelo menos alguém. Minha memória estava falhando, eu não me lembrava do que havia acontecido desde o momento em que eu falei com Puck.... Puck!
Minhas lágrimas antes eram incontroláveis, agora era inevitáveis, mais agitada eu olhava em volta batendo os pés e as mãos seguindo com a corrente de água norma que fazia meu osso arder menos.
Aquela poderia ser a única corrente, mas poderia também ser a primeiras de muitas que carregavam o pai do meu filho para longe de mim.
Eu não tinha noção do tempo,mas tinha certeza que era tempo suficiente para saber que muitos haviam sido mortos.
Cansada de nadar, estiquei meu corpo no mar deixando a correnteza me levar, relaxei meu corpo fechando os olhos ainda chorando de medo.

                                              x-x

Com o corpo relaxado, aos poucos o medo ia embora e me conformava com oque estava para acontecer, um tontura fez com que meu corpo se desequilibrasse deixando minhas pernas caírem me deixando em pé mesmo sem tocar os pés no chão, suspirei fechando os olhos enquanto acariciava minha barriga, parei de pensar na minha vida,parei de pensar no que todos iriam dizer dessa outra imprudência minha e do Noah, se antes tudo estava perdido juraria não pensar mais assim. Novamente lágrimas rolaram em meu rosto,as enxuguei suspirando usando a água molhei minha nuca, ao fechar os olhos pude me ver ao lado de Puck com essa criança e Beth, que dificilmente a teria de volta.
Enxuguei a lágrima que fez com que minha garganta ardesse ao tentar prendê-la, eu não iria desistir, pela Beth, pelo Puck, que onde quer que estivesse ainda iria ser o único que eu amei e que iria amar.
Meus olhos estavam pesados, meu corpo mais ainda, então segurando no colete firme a tontura se tornou mais intensa me fazendo dormir.

                                              x-x


A luz do Sol me fez despertar,a calmaria em volta me sentir que ainda estava viva.  Ao olhar em volta,a água clara feriu meus olhos, reclamei baixo abrindo calmamente meus olhos mantendo-os semicerrados.
Eu estava em uma... Lagoa? Como?
Olhei para água que era cristalina, meu vestido florido estava grudado ao meu corpo, pude ver pequenos peixes nadarem calmamente e apesar de não consegui tocar meu pé no chão eu consegui vê-lo.
Molhei meus rosto e pude sentir a água doce, uni as sobrancelhas e apesar da forte dor muscular consegui bater os pés até os sentir no chão. Meu coração batia mais acelerado então tentei andar para mais perto da borda.
Cansada meu corpo caiu na margem do lago enfim me entregando a exaustão. Com os olhos fechados eu apalpava o colete o tirando, minha respiração enfim estava se restaurando.


-Hum...Onde...?

Antes de completar ergui meu pescoço olhando em volta, o sol estava mais tranquilo, ainda fraca consegui lentamente me sentar na areia.
Abracei meus joelhos escondendo meu rosto entre as pernas a dor de cabeça e a dor no estômago denunciavam minha fome mas aquele não era o me momento de comer,e sim de orar para que todos que estavam no navio tão gigante estivessem a salvo. É mentira minha dizer que orei principalmente para Puck.
Abraçada com os meus joelhos o sol queimava minha pele enquanto me lembrava de tudo oque havia feito durante a minha vida até aquele maldito momento,me culpando mais e mais por ter errado tanto.

-


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Mensagem por Yris Bertrand Mckinley Seg 17 Mar 2014 - 12:48


I just wanna see you be brave.

Crying - The Drift - Unknown Location


O navio estava em completo caos. Quase ninguém encontrava-se mais nele. Eu estava no último bote. Não conhecia ninguém ali, e agora, não era o momento para pensar em fazer novas amizades ou me preocupar com o que poderia vir a acontecer com aquelas pessoas. Era o momento de me preocupar, com o que estava reservado para mim. Egoísmo? Não. Senso de sobrevivência. Como nenhuma das meninas tinha ido, e eu, tinha sido selecionada para acompanhar Charlie nessa, fui sem nem pensar duas vezes, afinal, não era para qualquer um, participar de um cruzeiro. Principalmente, quando se vêm de uma cidade quase que desconhecida. Tinha alguns cortes nas pernas e no pescoço. Nada grave mais. Tinha escorregado e caído algumas vezes, resultando alguns hematomas, também. E como era muito branca, eram todos visíveis de mais. Todos ali estavam assustados.

O tempo passava se arrastando, e agora estávamos a deriva do mar aberto. Seguidas vezes, vimos barbatanas de tubarões rondando o bote, o que nos fez unirmos no meio dele, para diminuir a chance de queda, caso algum tubarão se chocasse contra ele, para nos derrubar e fazer qualquer um de refeição. As lágrimas se misturavam com a água salgada que molhava meu rosto. Estava em um estado de choque e desespero mútuo. O que fazer diante tal circunstância? O que pensar? Não havia nada nos meus pensamentos, que não fosse o fato de que eu jamais iria ver alguém de novo. Que eu jamais subiria em um palco junto com minhas amigas, e fizesse um dos nossos fãs sorrirem. Quem ligava para fama, agora?

xXx

Abri os olhos, tossindo. Estava com algo me incomodando na boca. Cuspi uma grande quantidade de água. O colete fazia com que eu me sentisse asfixiada. Com as mãos trêmulas, procurei por as fivelas que o prendiam ao meu corpo. Em movimentos lentos e desgastantes, o desprendi de mim, jogando por qualquer lugar. Estava próxima a bora de um... Lago? Pisquei os olhos, tentando me situar. O lugar parecia um tipo de selva, ou uma ilha, talvez. Tudo ali era fascinante. Porém, de uma mesma forma, horripilante. Não sabia os perigos que podia conter ali, ou até mesmo onde eu estava agora. Me afastei da água, tentando encontrar alguém que estivera comigo no bote. Não eram conhecidos, mas qualquer esperança de alguém ali junto comigo, diminuiria o medo que se instalara em mim, em pelo menos 1%. E assim, vi uma garota loira. Ela estava abraçada aos joelhos. O sol queimava sua pele. Ela era branca como eu, mas não mais. Se ela ficasse mais tempo ali, provavelmente adquiriria um câncer de pele. Tentei me aproximar. E se ela fosse arrogante, como eu mesma era na maioria das horas? Agora eu poderia ver como eu mesma agia de má fé, as vezes.

Me aproximei dela, meus olhos estavam irritados. Tinha água nos ouvidos e a roupa pesava. Tinha chegado ali com dificuldade, mas tinha que manter contato. Duas pessoas juntas, eram melhores do que uma por si só. Toquei seu ombro. Pegava fogo.

- Ei, saia do sol. Ali tem uma sombra. - Avistei um pequeno lugar onde teria sombra.

Daria para uma pessoa só, por inteiro, e uma cobriria apenas parte. No estado em que aquela garota estava, eu lhe colocaria em prioridade. Tudo era deplorável. Ela parecia desolada de mais, e por mais que eu tivesse alguns cortes e hematomas, ela parecia pior. Lhe ajudei a levantar, indo até o canteiro da sombra. O que nos aguardava nesse lugar? Me sentei ao lado dela, não sabia seu nome. Fechei os olhos, e segurei a cruz pendurada em meu pescoço. Na minha mente, a única solução agora, era rezar para que percebessem a nossa falta, e mandassem um resgate.



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Mensagem por Convidado Seg 17 Mar 2014 - 14:03

Panic on the island


Fazer um cruzeiro para animar o clima de pós graduação dos alunos, havia sido uma ideia até que boazinha. Porém, eu odiava ficar no meio do mar, em um pedaço de metal gigante. Só tinha aceitado a ideia, porque Brittany havia gostado disso, e comentado que deveríamos ir, para tirar uma folga de tudo. Pestanejei, dizendo que não gostava de estar em alto mar, mas ela acabou me convencendo. Arrumei minhas malas, e seguimos para onde o navio S. S. Melissandre estaria. Embarcamos e seguimos viagem em poucas horas. Todos pareciam ansiosos por estarem ali. A vista era bonita, não podia negar. O céu aberto, em um tom de azul contrastava com o mar. Olhei para o lado, vendo Brittany animada. Até que ela também me fitou, e a imensidão azul dos seus olhos me fez sorrir por um momento. Aquela garota não tinha noção do quanto me fazia feliz.

Os dias passavam, e todo mundo só se animava. Resolvi entrar no ritmo. Quinn estava ali, e já fazia uma quantidade de tempo que não nos víamos. Ela estava conversando com Noah Puckerman. Era outro com quem eu não mantinha contato a tempos. Sentia saudade de todos eles, mas jamais admitiria isso em voz alta, ou até mesmo para a Brittany. Porém, ela me conhecia e sabia o que se passava por mim, sem que eu precisasse dizer. O que era um perigo.

Cansada, decidi que era hora de ir dormir. Estava em uma cabine compartilhada, junto com a minha noiva e outras pessoas que eu não fazia questão de ver se conhecia ou não. Não me interessava. E quando estava pensando em tirar o vestido super colado que usava, fui arremessada pra frente a toda força, caindo fora da cabine. O que estava acontecendo? Não deu tempo de levantar, uma onda avançou pelo corredor, e vinha arrastando tudo o que encontrava. Não importava o que fosse. Pessoas, objetos e até pedaços do próprio navio. Meu peito desacelerou, tudo começava a perder o ritmo para mim. Era um naufrágio.

Tentei voltar para a cabine onde Brittany estava ainda dormindo. Ela tinha um sono pesado, e meu medo era de que fosse atingida, e não soubesse nem o que estava acontecendo, terminando por morrer ali. Agitei a cabeça, no mesmo momento que onda que atravessava o corredor me atingiu, me lançando contra as paredes, sentindo as mais diversas dores, pelo corpo. Enquanto passava pela porta aberta, tentei me segurar nela, mas acabei por arrancar um pedaço, já que estava mole pela grande quantidade de água que invadia o navio.

Fui levada pelo convés, tentando me segurar desesperadamente em qualquer coisa que eu achava ser seguro - o que não eram muitas - e acabei por conseguir me segurar em uma barra de metal. No lugar de obter uma esperança, me desesperei ainda mais. Estava escorregadio, e abaixo de mim, se encontrava o mar aberto. Tentei me segurar, usando minhas forças para isso, porém, não era possível. Fechei os olhos, e pedi perdão a Deus por tudo que já tivera feito de mal à pessoas que não mereciam. Pedi para que ele cuidasse da minha noiva, e até do seu gato miserável que ela tanto gostava. E então, me soltei. Esperei pelo pior, mas um braço forte me prendia com dificuldade, me recostando no navio.

- Se segure, Sant! - Era Noah Puckerman.

Ele me puxou para cima, e antes que eu pudesse agradecê-lo, outra onda nos jogou para longe um do outro. Ainda tentei gritar por ele, mas acabei batendo a cabeça em algo. Meus olhos se fecharam instantaneamente, e só pude ouvir a voz de William Schuester gritando algo do tipo "Coloquem-na dentro do bote, precisamos sair daqui agora!" e em poucos segundos, estava inconsciente.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Assim que abri os olhos, senti o sol queimar minhas pupilas como se fosse a primeira vez que eu olhava para ele diretamente. Gemi de dor, sentindo minha cabeça latejar, e ardência em vários lugares. Então, aos poucos, recobrei as lembranças do que havia acontecido. Minha expressão mudara para uma de desolação. Me levantei, encarando um lago de águas claras a minha frente. Estava sozinha? Onde Brittany estava?

- Britt? BRITTANY? - Comecei a chamar por ela, a vontade de chorar me dominando completamente.

Não tinha forças para resistir. Estava no que parecia em uma ilha desconhecida, sem ninguém perto, e o pior. Sem saber o que tinha acontecido com a mulher que eu amava. Não pensava em minha família, não pensava em nada que não fosse um resgate. Pensamentos inoportunos bombardeavam minha mente, e eu fazia de tudo para afastá-los. Foi então que eu escutei uma voz desconhecida, chamando alguém para sair do sol. Me virei para olhar, e me deparei com Quinn, e uma menina morena. Ela não parecia ter mais que 16 anos, mas o corpo era bem mais desenvolvido para uma menina dessa idade. Deveria ser mais velha.

Fui em direção a elas. A menina tinha achado um lugar com pouca sombra, e tinha deixado Quinn se aconchegar ali. Olhei para ela. Era um ato nobre, perto do que estávamos passando agora. Quinn estava tão desolada quanto eu. Respirei fundo. A menina estava assustada, e provavelmente ficaríamos ali por dias, até notarem que o navio não havia retornado na data prevista, então mandariam um resgate. A fome começava a apertar. A sede. Me levantei, e me aproximei do lago. Será que a água dali era potável? Preferi não arriscar. Olhei em volta, não parecia ter nada comestível além de folhas.

Então, quando me virei, a mesma menina estava tirando framboesa de pequenos cachos de um pezinho, próximo de onde ela estava. Ela fez um gesto para que eu me aproximasse, e sem pestanejar, fui. Peguei um grande punhado, e depois puxei uma folha de sei lá que árvore era aquela. Tinha uma folha grande, e serviria para deixar comida ali em cima. Coloquei o punhado ali. Vendo minha ideia, a menina despejou o que tinha conseguido pegar na mesma folha.

- Como se chama, menina? - Perguntei, atraindo olhar de Quinn. Lhe dei um meio sorriso, era o mínimo que poderia fazer agora.

- Lauren, e você? - Ela se levantou e me estendeu a mão, antes de limpá-la ao lado do corpo.

- Santana. - Olhei ao redor. - Ali tem algumas frutas, podemos ir pegar mais algumas e abastecer até amanhã, pelo menos. Quinn, você fique aqui, não vamos demorar, certo? Em alguns minutos vamos estar de volta, então qualquer coisa, grite. - Me abaixei, falando para ela, em um tom alto para que Lauren também ouvisse.

Quinn assentiu. Também deveria estar com fome, e pelo que vi, também estava em um estado de fraqueza. Precisava se alimentar. Me juntei a menina, e demoramos alguns minutos para alcançar as árvores cheias de frutas. Lauren disse que subiria, já que passou a infância fazendo isso, e ela tinha mesmo habilidade. Conseguiu subir em uma bananeira, não sei como e tirou dois cachos. Jogou para que eu pegasse um de cada vez, e desceu. Mais a frente, tinha um pé de manga. Abaixo dele, galhos que provavelmente tinham apodrecido. Pegamos, e cutucamos até derrubar algumas. Lauren me encarou pela primeira vez, e seus olhos eram tão verdes, e por um minuto, me fizeram lembrar de Brittany de novo. Contive a vontade de chorar. Ela estava de biquíni por baixo, então tirou a blusa para carregar as mangas, enquanto eu levava os cachos de banana.

Íamos voltando, quando ouvi um tossido muito baixo. Parecia alguém engasgado com água. Não muito longe, Quinn olhava para nós, apontando na direção de onde vinha o som. Olhamos para o lado direito, e lá estava ele. O homem que por muitas vezes, fora chato, porém o grande moralista da história. William Schuester. Soltei os cachos de banana na areia, e gritei por Lauren. Ela deixou a blusa com as mangas junto das bananas e correu atrás de mim.

Ele estava quase todo dentro do lago, e estava mais pálido que o habitual. Os cabelos encaracolados já não tinham mais o brilho do gel que sempre usava, caiam pelos olhos do homem, enquanto ele tentava se levantar. O segurei por um dos braços, e Lauren pelo outro. Passamos os braços dele pelos ombros, e o tiramos dali. Levamos para onde Quinn estava, e depois voltamos para pegar a comida. Colocamos tudo na folha, e pelo menos de fome, não morreríamos. Quinn comeu algumas framboesas, enquanto eu comia uma banana. Lauren mordia a manga, e Will recuperava as forças, para comer, se sentisse vontade. Esperávamos algo dele, já tinha virado costume. Ele sempre fora nosso líder, agora, não seria diferente.



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Mensagem por Quinn Fabray Sex 21 Mar 2014 - 19:04

It's over?!


Eu me sentia uma morta viva, só conseguia ouvir o barulho local e os meus batimentos que cheguei a ter a sensação de aos poucos baterem cada vez menos. Fechei meus olhos tentando fazer a tonteira melhorar, o sol que batia em minha pele queimava-a, mas o cansaço que eu sentia me impossibilitou de me fazer levantar.
Eu já estava mal demais, meus pensamentos deveriam melhorar para um bem maior, meu filho.
Percebi uma lágrima rolar em meu rosto, então acariciei minha barriga mordiscando meu lábio, eu merecia sentir essa dor e não o meu filho.
Seguei as lágrimas então ao levantar meu rosto uma morena ofereceu ajuda para levantar e ir para a sombra, sorri levemente envolvendo meu braço em torno do pescoço dela caminhando até a sombra. Sorri levemente para a morena agradecendo sem conseguir emitir algum som.
Respirei fundo cruzando minhas pernas apoiando meu braço em minhas coxas massageando minhas têmporas cuidadosamente tentando fazer a tontura sessar, oque antes foi somente a tontura,agora juntou a fome e o enjoou.
Uma voz conhecida me chamou atenção, Santana?? Então eu não estava mais com uma desconhecida!! Um suspiro aliviado me fez abrir um pequeno sorriso para a morena. Nela eu poderia confiar, por mais que a outra morena estivesse orando.
Semi-cerrei  olhos tentando enxergá-las, até que ouvi Santana falar sobre frutinhas, forcei meu músculo então levantando cambaleando.

-Também vou ajudar....

Apesar da voz falhada e do meu visível cansaço,eu estava disposta a ajudar. Eu não iria contar para a Santana sobre a minha recente descoberta, eu não estava pronta para encarar aquela morena, ela sem dúvidas iria falar sobre como a criança seria um aliem ou sei lá qual adjetivo ela iria usar.
Ela me fitou de forma negativa,ergui uma sobrancelha encarando-a então revirei os olhos me dirigindo a lagoa me sentando mas perto em baixo de uma pequena sombra.
Elas não demoraram muito,então voltaram com frutas na blusa, eu avistava a lagoa pensativa até perceber mais um corpo, meu corpo gelou me fazendo ficar imóvel. Olhei para trás apontando para Santana.
Eu estava sendo uma inútil ali, apesar de estar em uma situação delicada ninguém dali sabia então deveria fingir.
Me levantei observando o corpo até conseguir me lembrar dos traços, Mr. Schue?!
Uma escuridão tomou conta de mim, senti meu corpo perder a força e então desabar. Senti minha respiração falhar e fui tomada pelo inconsciente.

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Mensagem por Luna Michele Merëtseger Dom 23 Mar 2014 - 1:08

I need you with me.
N
unca havia me sentido tão desnorteada igual me sentia naquele momento. Velejando em alto mar tendo como guia a correnteza. Meu maior desejo era que tudo aquilo não se passasse de um terrível pesadelo, um pesadelo que estava prestes a acabar no instante em que abrisse os olhos. Pior do que nutrir tal pensamento foi a sensação da decepção ao ver que tudo era verdade. A única coisa que me sustentava em meio a todo aquele caos era os braços de Jhonah ao redor de mim. Ele era como minha fortaleza, eu poderia estar na pior das situações, era somente pensar nele e tudo parecia melhorar. Me perguntava se era errado da minha parte sentir-me segura por tê-lo ali comigo. Na situação que nos encontrávamos o certo seria estarmos tristes, mas por que meu coração parecia acolhido? Como poderia eu me sentir bem em meio a todo aquele caos. Talvez a única explicação fosse amor.

Jhonah segurava minha face contra seu peito numa clara tentativa de me impedir de ver aos corpos que boiavam falecidos na água. Eu nunca me imaginei presenciar uma situação tão aterrorizante com aquela. Seu abraço forte e suas palavras acolhedoras fizeram meu coração se acalmar por um breve tempo, bastou alguns segundos para que eu me aterrorizasse mais uma vez, desta vez por conta das barbatanas que deslizavam pelas águas agitadas do mar. – Jhonah. Príncipe. Se algo venha acontecer saiba que eu te amo mais do que tudo nesta vida. Ainda me sinto sortuda por tê-lo encontrado. Eu amo vocêNovamente fui tomada por uma súbita paz, paz esta que se encontrava nos lábios de Jhonah. Beijei seus lábios com toda a força que me restara naquele momento, se aquele fosse o último beijo eu queria que fosse o mais memorável para mim, queria que aquela fosse minha última lembrança antes que eu mergulhasse para a morte.

Detestava sem pessimista em momentos como aquele, mas era inevitável não esperar o pior. Os tubarões já não rodeavam o bote, as pessoas encaravam a algo mais adiante, alguns apontavam o que me chamou a atenção. Olhei por cima do ombro de Jhonah e vislumbrei a ilha. Se não fosse pela parede de pedras eu sentiria-me a salvo, ou quase isto. Por um instante vi a esperança surgir em meu peito ao ver aquela ilha distante, mas o aperto que sentia ao redor do meu corpo me fazia esquecer a qualquer coisa e focar no moreno que me apertava mais forte contra si num claro instinto protetor. Bastou um único olhar e pude ver que algo o assustava, segui a direção de seus olhos e vi a onda que se formava e avançava na nossa direção. A pequena chama de esperança que teimava crescer no meu peito se dissipou tão facilmente que foi tortuoso. Mãos invisíveis pareciam apertar meu coração e a minha garganta. As lágrimas se formaram nos meus olhos tão ligeiramente que só as notei quando estas rolaram por minha face. – Príncipe. Eu te amo.Olhei fundo nos olhos de Jhonah, as lágrimas rolavam com mais intensidade. Se aquele fosse os últimos segundos de vida que me restaria eu queria que o garoto soubesse exatamente o que sentia, o que sempre senti. Bastou os poucos segundos em que fiquei dispersa para a onda nos atingir e arremessar diversas pessoas as mar, inclusive eu. Gritei o nome de Jhonah ao sentir meu corpo voar para fora do bote e ser acolhido pela água que seguia me jogando de um lado ao outro. Por sorte prendi a respiração no momento certo, estava certa que teria engolido uma boa quantidade da água, o suficiente para preencher meus pulmões. Não tentei lutar contra a onda, não tentei nadar contra a correnteza, mantive-me leve sendo levada bruscamente pela maré. Não me encontrava na melhor situação, mas permiti-me sorrir ao ver a face de Jhonah em minha mente. Via a seu sorriso deslumbrado no primeiro dia em que tive a sorte em tê-lo para mim, no baile. Em seguida minha mente foi criando flashes dos demais momentos que passei ao seu lado, os momentos mais marcantes e que rondavam meus sonhos. Os olhos esverdeados do garoto foi a última coisa que consegui ver antes que tudo se tornasse escuro, morte? Não me importava mais, se aquela fosse a minha hora eu estava satisfeita por ter tido a sorte de adormecer com os pensamentos no garoto que mudou minha vida, no meu eterno príncipe.


x X x

Não sabia explicar o por que de eu sentir a força de pedras pressionarem meu peito. Eu tinha certeza de que não sobreviria aquilo, mas minha mente ainda mantinha a mínima lucidez capaz de me dar a confirmação de que estava viva. Talvez eu ainda estivesse ao mar, podia sentir as pedras baterem contra meu peito, as batidas pareciam compassadas o que era de se estranhar. Não sabia se meu corpo flutuava pela água ou estava imóvel, tentava mexer as mãos mas não conseguia, meu corpo não respondia a meus comandos e isto era frustrante. Os movimentos contra a pedra seguiam contra meu peito e subitamente me vi esguichar a água que inundava meus pulmões, depois disto tudo se tornou mais claro. Podia sentir os movimentos voltarem a mim, eu não estava em alto mar, a textura da areia se tornou familiar em minhas mãos. Uma voz seguia chamando ao meu nome repetidamente, além das mãos que balançavam meus ombros, era Nicholas.

Abri aos olhos tendo como visão ao garoto que estava a me encarar.  Milhões de coisas romperam minha mente de uma vez só, todas distintas criando certa confusão. Como havia sobrevivido? Onde estaria Jhonah? Onde eu estava? Cobri a face com as mãos por um instante tentando ignorar a todas aquelas perguntas e me recuperar. – Nicholas, você esta bem? – Mesmo com a voz fraca e rouca consegui me comunicar com o garoto que estava sentado ao meu lado, o mesmo parecia esperar algum sinal de que eu estava bem, ou talvez estivesse a se recuperar como eu. Não conseguia conter meus pensamentos a voltarem-se para uma única pessoa naquele momento. Jhonah. Eu queria levantar e procura-lo, mas não tinha forças para isto, não tinha forças para me erguer e sair caminhando desnorteada por aquela praia a procura dele, talvez fosse por isto que as lágrimas desciam por meu rosto. Eu precisava de Jhonah, eu o queria ao meu lado naquele momento, mas não conseguia nem ao menos me mover. Abracei as pernas contra o peito e afundei o rosto escondendo-o para rezar pelo meu namorado e pelas demais vítimas daquela tragedia, mesmo que não quisesse o pior vinha em minha mente e isto me frustava cada vez mais.



vestindo isto, numa ilha, com Os sobreviventes.

Luna Michele Merëtseger
Luna Michele Merëtseger
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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Seg 24 Mar 2014 - 1:55

Hanna
Island
Lost Girl
Sam Evans
Suviver
Hope?
But you make me wanna act like a girl Paint my nails and wear high heels Yes, you make me so nervous And I just can’t hold your hand You make me glow, but I cover up Won’t let it show, so I’m Puttin’ my defences up 'Cause I don’t wanna fall in love If I ever did that I think I’d have a heart attack You make me glow, but I cover up Won’t let it show
------------------------ Lost in the Paradise
Meus olhos desfaleceram vagarosamente contemplando as nuvens acinzentadas que se formavam no céu. Despertei num sobressalto, sentando-me de imediato e chocando as costas com o corpo de Dianna que me abraçava firme. Rolei os olhos vendo que ainda estava velejando em alto mar num pequeno bote que estranhamente sustentava ao número de pessoas que nele havia. Logo atrás de mim e Dianna estavam SanClair e Sam. Se não estivéssemos em uma situação tão desagradável como aquela eu até daria risada do modo como estávamos entrelaçados. Novamente voltei a olhar para os rostos aflitos dos demais presentes ali. Fixei meu olhar por breves instantes nas minhas primas, Mary e Milena. Vê-las daquele modo, tão vulneráveis e temerosas me entristecia. Mary estava agarrada a Nicholas, por este único motivo senti que ela estava segura. Eu sabia que Nicholas daria a vida se possível para preservar a de minha prima. Milena por sua vez estava abraçada com Aaron. Não sabia muito sobre o garoto, na verdade só o conhecia pelo nome, mas era inegável o fato de algo crescer em mim voltado a ele, só não sabia se isto era bom ou ruim.

Senti algo úmido cair sobre minha nuca. Ligeiramente olhei para cima esperando que fosse uma gota de chuva mas nada caia do céu. Desviei o olhar e me deparei com Dianna de olhos fechados e chorando. Pude sentir a cada pedaço do meu coração ser estraçalhar com aquela cena. Nunca, nunca mesmo presenciei a Dianna daquele jeito, chorando. As palavras parecia inexistentes em minha boca, nada saia dos meus lábios entreabertos. Desde que havia visto ao homem boiar morto próximo ao cruzeiro, eu evitava olhar ao mar, mas naquele momento minha atenção foi voltada as barbatanas que rondavam o bote. Abafei o grito de pavor com as mãos e senti meu corpo ser tomado por um tremor que se estendeu por longos minutos e se tornou mais intenso no instante em que vi uma onda emergir ao mar, tomando força e altura na medida que seguia em nossa direção. Senti o aperto ao redor de meu corpo se afrouxar e me voltei a olhar Dianna que com um rápido movimento saltou ao mar me deixando desesperada. Gritei ao nome dela inutilmente. A onda se aproximava mais a cada instante. O pânico tomou conta do bote, algumas pessoas se jogaram do bote igualmente a Dianna. Esgueirei-me de encontro a Mary, as lágrimas desciam em minha face intensamente. Com um solavanco, o bote balançou e eu escorreguei caindo deitada no mesmo. Esgueirei meu corpo indo de encontro a Mary e antes que a onda engolisse ao bote segurei ao braço de Nicholas fechando os olhos e caindo e mergulhando na inconsciência.  

△  △  △

Senti meu corpo ser jogado de um lado ao outro e por fim chocar-se contra algo fofo e pegajoso. Mantive meu corpo imóvel, tentando assimilar em mente onde estava. Outra onda chocou contra meu corpo e me fazer rolar suavemente, foi o suficiente para me fazer abrir os olhos e contemplar a areia. "Terra firme marujo." Bufei o ar entre os lábios com o pensamento estúpido que tive e fiz força para me levantar, ficando de joelhos a areia úmida. Olhei ao redor vendo a alguns corpos deitados distante na areia, entre eles nenhum me parecia familiar e isto me apavorou. Estariam eles mortos? Levantei vagarosamente, caminhando apressada pela areia a procura de mais pessoas. As lágrimas teimavam rolar minha face ao seguir caminhando e não encontrar a Dianna, San, Sam, Mary, Milena. Obriguei a mim mesma a continuar andando, a continuar a busca-los. Mirei a um corpo deitado a areia, a tonalidade clara de seus cabelos me chamaram a atenção. Apressei os passos na direção de tal pessoa e quando percebi já estava correndo ao seu encontro. Sam parecia estar acordado mas incapaz de mover-se naquele momento, talvez estivesse cansado demais. Ajoelhei ao seu lado o abraçando forte, ainda chorava muito sem saber o por que daquilo. - Sam, nós precisamos encontrar Dianna, SanClair. - Minha voz soou fraca, como um sussurro forçado. Afrouxei ao abraço e ajudei Sam a se levantar segurando em seu pulso e o mantendo junto a mim. - Ficaremos bem. Estamos vivos, isto já significa muito. Precisamos encontrar mais pessoas, vamos. - Forcei um sorriso se desenhar nos lábios e puxei Sam para que caminhasse comigo. Minha mente ainda parecia estar em conflito, nada parecia se encaixar e tudo vinha a tona ao mesmo tempo. Se eu estava viva, se Sam estava vivo, os demais poderiam estar. Eu não deixaria de nutrir a esperança de que tudo terminaria bem, que no final todos estaríamos a salvo.


   
Hanna Mensdorff-D. McCain
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