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Sala de dança

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Mensagem por Beat Dom 7 Set 2014 - 20:22

Sala de dança

A sala de dança é o maior departamento da academia. É divida por paredes e uma porta para cada, a prova de qualquer barulho sonoro. Cada porta contém a descrição seguinte: "Dance room nº x(o número da sala) e logo abaixo, Sala de x(o estilo musical que queira praticar, ex: Jazz, Hip Hop, Salsa e assim por diante.)" Dentro de cada sala, à um mini palco com instrumentos musicais, caso alguém queira praticar enquanto uma outra pessoa dança. Não é possível que uma ou mais pessoas ocupem a mesma sala, sem que aja concesso. É necessário marcar horário para o uso de cada.   
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Sala de dança Empty Re: Sala de dança

Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Ter 21 Abr 2015 - 21:39

crash down.
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Can you see me breaking down?
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Do alto da academia, era possível ter uma vista maravilhosa do jardim de Ohio. O outono estava chegando, as folhagens estavam menos verdes, ganhando tons de amarelo, laranja e vermelho fosco. O clima estava mais frio do quê de costume, uma densa camada de névoa estava cobrindo a cidade, o fluxo de pessoas estava menor, porém, ainda havia bastante gente. Pessoas encasacadas, com gorros e luvas. Muitos estavam sentados nos bancos de cascalho, conversando, tomando suas bebidas quentes, enquanto riam de algo engraçado. Com uma das mãos espalmadas no aço do ferro da grande janela que ia do chão ao teto, toda de vidro blindado, do apartamento que havia feito no décimo andar. Estava se sentindo poderosa, olhando todos dali de cima. Levou a taça de cristal refinado até os lábios, ingerindo um gole moderado do Domaine de la Romanee-Conti Romanee Grand Cru. Os pensamentos corriam, promíscuos, sem uma linha direta e organizada. Várias imagens de pessoas resguardavam-se da mente, enquanto respirava profundamente. A mão soltou o aço gelado, e todo o corpo foi virado para o sentido contrário da paisagem. A taça foi posta em cima da mesa de reuniões do ambiente, e logo o cômodo estava solitário.

Com passos decididos, havia chego no elevador. Usava uma regata cinza com dizeres sobre Homié, um short jeans curto entre o claro e o escuro, com uma jaqueta xadrez pendendo no quadril. As mãos seguraram firmemente as abas desprendidas do tecido quadriculado, puxando-as com força, deixando o nó bem preso, incapaz de ser desfeito com qualquer movimentação mais rígida. Ouviu o famoso "tim" de quando o elevador estava em funcionamento, indicando que havia chego em seu destino.

Como já era de se esperar, havia uma jovem loira sentada em uma cadeira alta, atrás de um extenso balcão amadeirado, também alto. Era cromado, com entalhes de mínimas folhas de um extremo ao outro, apenas em uma única linha delimitada perto de cada beirada. Assim que a viu, a garota se levantou, deixando um cartão magnético em cima da madeira fortificada, bem quando estava passando. Ganhou um sorriso fechado – mas o primeiro que via – por sua eficiência. Nenhuma palavra fora trocada. Ao alcançar a porta ao fim do corredor, abriu, entrando decididamente. De imediato, lidou com a imagem de si mesma, atravessando a sala, pelo grande espelho que ocupava o lugar de uma parede toda. Em sua metade, um bastão de madeira grossa havia sido colocado para o caso da prática de uma modalidade que fosse necessário utilizá-lo. A sua frente estava o equipamento ultra moderno de som. Tinha orgulho de ter montado quase tudo daquele lugar. Tirou do bolso um pen drive, plugando-o na entrada certa, indo posicionar-se ao centro da sala. Era grande, abrigaria facilmente uma multidão com muito mais de cento e cinquenta pessoas.

Por um minuto, fechou os olhos. "Words like a loaded gun", voltou todo o corpo para frente, com passos curtos e ágeis até estar mais próxima do espelho, focando os furtivos olhos castanhos, os quais estavam mais claros naquele dia, porém, cheios de uma misteriosa névoa obsoleta. "Shot out from a fire tongue." Abaixou-se para pegar o controle que estava ao canto do chão, baixando um pouco a iluminação. "Love lost from a fight that was won." Sentia-se menos tensa de pouco em pouco, e com um longo suspiro, esticou um braço para o lado esquerdo lentamente, a mão aberta virada para o ar propenso a cima, os dedos mindinho e o anelar estando um pouco dobrados para dentro da palma, enquanto o médio estava um pouco mais para trás, o indicador devidamente esticado, assim como o polegar. Era apenas um movimento refratário. "And I can see you breaking down, the end to a falling out", e antes que pudesse voltar o braço para a lateral de seu corpo, observou uma sombra tomar forma ao seu lado, a pele macia entrando em contato com a sua ao pegar sua mão delicadamente.

I got pride, you can't hold your breath
We'll crash down like an avalanche
Look out now, don't take one more step
We'll crash down like an avalanche
Avalanche

Menos de um segundo depois, Demétrio puxara seu corpo com total segurança, erguendo-a imediatamente do chão, fazendo com que seus corpos dessem algumas voltas enquanto ouvia-se o "I got pride, you can't hold your breath, we'll crash down like an avalanche". O moreno tinha as mãos espalmadas nas laterais da cintura de Dianna, enquanto esta tinha a expressão fechada em pura concentração, enquanto era recolocada ao chão. Assim que seus pés tocaram o piso amadeirado brilhante, deslizou por sob sua perna direita, movendo o corpo horizontalmente em um giro ao redor do próprio corpo, parando bem ao tempo que ressoava-se o "Look out now, don't take one more step", tendo Demétrio avançado sobre a garota, a perna esquerda bem esticada para trás, posicionando-se firmemente sobre a direita, ambas as mãos segurando o fino rosto cor de canela banhado pela baixa iluminação, as testas coladas. Ao ouvir-se o "We'll crash down like an avalanche", o corpo magro feminino desmoronou, bem quando o rapaz esquivava-se ligeiramente, com seu braço esquerdo, havia segurado-a pelas costas, arrebatando sua cintura impedindo a queda. Encararam-se na escuridão por breves segundos, ao som da repetição univalente do "Avalanche".

I never wanted it to turn out this way
Now forever feels like yesterday
Sorry something that I just can't say
Can you see me breaking down?
The end to a falling out

Ao impulsionar o corpo da amiga para cima, Demétrio havia dado passos lentos e calmos, virando-se para encará-la frente a frente, enquanto era envolto por sombras e desaparecia daquela sala. "I never wanted it to turn out this way" e ao som da voz feminina e potente de Lovato, Dianna dera uma pequena corrida para o lado oposto, parando de costas, sincronizada ao novo corpo presente que havia salientado-se das sombras daquele lado. As mãos estavam abertas, unidas às palmas do novo parceiro. Eram mãos finas e delicadas, e ao som do "Now forever feels like yesterday", viraram-se deliberadamente, e ao encarar SanClair, fora como uma explosão de imagens do passado formando-se em sua mente. As brigas, as trocas de farpas e agressões - mesmo que mínimas -, fizeram ambas as garotas erguerem seus braços esquerdos, tão suavemente quanto bailarinas poderiam executar o ato, encostando os dedos novamente ao ar entre as mãos. Era como se estivesse obtendo a prova que Àquela amizade valia a pena. Apesar de tantos enervantes momentos, estavam unidas e mais juntas do quê nunca. Essa era a amizade não-conceitual, formada pelo simples fato de ser verdadeira. "Sorry something that I just can't say" fora ouvido, enquanto as duas davam-se as costas, os rostos abaixados, e a alguns passos de distância, pararam. "Can you see me breaking down?" Ao voltar-se para a amiga baixinha, Dianna a observou correr em sua direção, os olhos esverdeados tão difusos e tempestivos, mas ao se aproximar, poderia ver que estavam brilhantes, encobrindo um discreto sorriso. No "The end to a falling out", SanClair apressou a corrida, e antes que pudesse pegá-la, a morena atravessara seu corpo, como se fosse um fantasma perseguidor, cansado de brincar.

I got pride, you can't hold your breath
(Even if we survive)
We'll crash down like an avalanche
(Crash down, crash down)
Look out now, don't take one more step
(Even if we survive)
We'll crash down like an avalanche, avalanche
(Crash down, crash down)
We'll crash down, yeah
Like an avalanche

Do lado de fora do prédio, uma tempestade havia começado. Já não haviam mais tantas pessoas dispersas pelo jardim. A chuva caia pesada, trazendo consigo um frio terrivelmente abrasador. Os pelos da nuca da morena se arrepiaram, uma mão tomando seu ombro em um gesto íntimo. Virou ligeiramente, tomando posse da mão da nova pessoa. "I got pride, you can't hold your breath" fora cantado com mais devoção por parte dos jovens cantores, enquanto o corpo esbelto e curvilíneo era puxado, fazendo a dona dos cabelos cor de ouro colar-se a si, sendo erguida prontamente. Suas mãos estavam em sua garganta, descendo pelo tórax, enquanto era recolocada ao chão, ao som do "even if we survive". Ao vê-la se afastar, seus olhos captaram melhor sua postura corpórea correta, o collant preto marcando bem suas curvas delineadas, deixando claro o quanto era vaidosa com sua beleza impecável. "We'll crash down like an avalanche" fora cantado ainda com mais força, tendo o acompanhamento sonoro do "crash down, crash down". Ali, em um ambiente mal iluminado, pareciam o perfeito contraste do leite e da canela. Faziam uma mistura almiscarada, sendo como ingredientes opostos, mas que juntos formavam um saboroso suprimento. Poderia ver a amizade deste ponto? Tinha seu temor sobre, já que sempre estavam desmoronando em algum ponto. Hanna aproximou-se, envolvendo o braço esquerdo de Dianna com o seu, ambos virados para cima, onde deram uma volta ao redor de si mesmas, e ao concluí-la, afastaram-se em uma boa velocidade, onde as duas pararam posicionadas a frente do espelho. As mãos pousaram e repassaram pelos corpos, enquanto a perna direita era deslizada para frente, a ponta dos pés traçando uma linha vertical para o lado esquerdo, enquanto flexionaram os joelhos, instigando o quadril para uma rebolada.

I got pride, you can't hold your breath
(Even if we survive)
We'll crash down like an avalanche
(Crash down, crash down)
Look out now, don't take one more step
(Even if we survive)
We'll crash down like an avalanche, avalanche
Crash down, crash down

Deram passos rápidos para perto uma da outra, dando as duas mãos na altura de seus pescoços, e quando Dianna puxou-a para o lado, soltando uma de suas mãos para depois fazer o mesmo com a outra, o corpo da loura girando como um tornado, a morena acompanhou de perto quando Hanna sumia em uma nebulosidade densa, e assim que o corpo parara de girar, lá estava seu amuleto de sorte. "I got pride, you can't hold your breath" soara com força. Os infalíveis e inocentes olhos azuis haviam sido substituídos por um par de olhos sedentos por algo, repletos de uma solenidade absurda. Posicionando-se atrás de Shannon, Dianna encarava o reflexo no espelho, as mãos deslizando pelo corpo da mulher que lhe pertencia, enquanto esta serpenteava seu corpo lentamente, as pernas levemente abertas. "We'll crash down like an avalanche" fora cantado tão mais alto quanto o barulho da tempestade ao lado de fora, enquanto Shannon fora suspensa do chão, sendo rodada pela noiva, e ao estar de volta ao piso, seu corpo despencava alguns centímetros. O "crash down, crash down" veio em seguida. Um braço forte de Dianna havia lhe envolvido, da mesma forma em que Demétrio fizera anteriormente. De uma forma firme e totalmente segura, a morena havia sido impedida de cair e havia sido puxada rapidamente de volta para sua antiga posição. A canção teve seu acréscimo de tons nas vozes talentosas do casal que cantarolava o dueto no "Look out now, don't take one more step, even if we survive", onde Dianna abrira seus braços - o direito levantado e o esquerdo esticado para baixo - para seu lado direito, enquanto Shannon fazia o mesmo para o esquerdo, suas mãos tocando-se ao completar o movimento, os dois corpos cobertos pelo sombreado mais ao fundo da sala, formando a mistura perfeita. A morena de olhos azuis fora puxada para muito perto, os narizes se tocavam, as respirações ofegantes confundiam-se em um único mínimo espaço. "We'll crash down like an avalanche, avalanche" A formosa noiva de Dianna levara suas mãos até o implacável rosto de sua garota, acariciando as maçãs do rosto, enquanto tinha a cintura laçada possessivamente para ser um pouco erguida no intuito de se encararem melhor. Logo havia sido solta, ambas correndo para o lado oeste da sala, mas Shannon inclinara o corpo para trás, baixando um pouco seu torso, refazendo o movimento de volta. Ao perceber a distância que permeava entre a amada e ela, Dianna correu, fazendo com que Shannon fizesse o mesmo. Ao abrir os braços e receber prontamente sua mulher, seu corpo se desfizera, atravessando-a como uma avalanche. "Crash down, crash down."

Um vento fraco mexeu as madeixas carameladas de Dianna, enquanto esta se dirigia ao equipamento de som, puxando o pen-drive com força. A música já havia terminado e antes que uma nova começasse, havia impedido o ato bruscamente. Costumava dançar para relaxar, mas desta vez, parecia mais como um desabafo emotivo sendo posto para fora, livrando seus ombros de um peso inexorável e implicante. De fato, sentia-se menos tensa. Agora, no silêncio perpétuo da sala de dança, podia ouvir a tempestade caindo do lado de fora, o que fez com que se aproximasse da parede de vidro que ocupava a lateral-frontal do ambiente. Gotas grossas manchando o concreto transparente, deixando uma Ohio translúcida e mortificada diante de seus olhos. Uma respiração profunda quebrou o silêncio, enquanto um novo som substituía o puxar do oxigênio para dentro da morena, sendo este, o martelar agitado de seu órgão vital - o coração. Enquanto alinhava o fluxo de seus pensamentos, desamarrou a camisa xadrez em sua cintura, vestindo-a para não ser arrebatada pelo frio quando a quentura corpórea diminuísse. Ainda de pé e encarando a nebulosa tempestade, encontrou nela um tipo de afinidade, percebendo que havia alcançado um novo patamar individual pessoal.

Por mais que sua vida mostra-se-se difícil, a ponto de desmoronar tantas vezes ao ser derrubada por uma avalanche de emoções, nada seria capaz de derrubá-la por muito tempo. Tudo o que havia passado durante a performance solitária a poucos minutos, havia captado coisas importantes. Demétrio havia sido uma parte importantíssima de seu passado, que ainda continuava presente. SanClair poderia ser a vadia escrupulosa, mas era a mais valente e desbravada pessoa para se ter como melhor amiga. Hanna era um ponto mutável. O passado era um fantasma zombeteiro entre a amizade das duas, mas não era o suficiente para separá-las ou causar um dano grave. Ainda estavam unidas. Shannon era... Uma parte do presente, uma parte oscilante. Mexia com suas entranhas mais profundas, repercutindo em sensações desconhecidas e prazerosas. E todas àquelas pessoas foram parte de uma avalanche, em algum momento. Lhe arrebataram, mas continuava firme, ali, com todos eles. Eram parte de seu futuro.

Aquela, de fato, era a melhor avalanche para ser atravessada.



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notes: pratic.
music: avalanche
tag: #dance
with: hanna, sanclair, demé and shannon.
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thank you secret from TPO.
Dianna G. Ohlweiler
Dianna G. Ohlweiler
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