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Sala do New Directions

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Mensagem por Beat Seg 15 Set 2014 - 21:03

Sala do coral - New Directions

É uma sala quadrada com vários instrumentos musicais e cadeiras vermelhas onde ficam os membros do Clube, uma lousa branca onde ficam as listas com as tarefas da semana.E um prateleira com os troféus que o Clube já ganhou. Ao fundo uma enorme prateleira de madeira com várias partituras e fotos em quadros de algumas performances mais marcantes do coral. A sala é bem iluminada devido ao número de janelas encontradas nas partes de cima das cadeiras.    
Beat
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Mensagem por Soundtrack Sex 26 Set 2014 - 19:00

US

Meus passos ecoavam pelo piso do auditório, enquanto eu descia as escadas, pensava em tudo que tinha acontecido no ano anterior, minha mente ia desde às audições até o beijo de Finn e Rachel, a derrota nas Nacionais, as férias, meu casamento simples, porém arrojado, com Emma Pillsbury e todo o resto. Eu estava ali, num dos locais que mais adorava, na escola que eu sempre estudei e lecionei, porém não me sentia completo, talvez fosse apenas os alunos que ainda não tivessem chegado, talvez fosse a desclassificação nas Nacionais do ano passado, talvez fosse o fato de Sue ainda continuar na escola, ou, simplesmente, tudo isso junto. Chegava a ser ridículo, minhas preocupações eram pequenas, porém muitas, era como um mar de pequenas baratas que se multiplicavam toda vez que você matava uma.
O auditório continuava totalmente desiluminado, o piso estava um pouco empoeirado, porém, nada fora do comum. Ao chegar no centro do palco, me dirigi até sua ponta, e me sentei lá, apenas pensando em quais novas direções o vento iria nos levar este ano.

[...]

O sinal tocou e eu já estava em minha sala de aula, História poderia ser uma das aulas mais divertidas se, na mão do professor certo, e sim, ela estava. Depois de seis aulas vestido como Napoleão Bonaparte, e, tentando explicar aos alunos o que foi o Bloqueio Continental, chegou a melhor parte do dia... Glee Club.

[...]

Segui em direção a sala do coral, que já estava com os alunos, mas ainda assim, algo parecia faltando, algo não, alguém...-Heeeeeeeeeeeey, pessoal! - Exclamei, enquanto os garotos aplaudiam. E então, quando passo o olho novamente pela sala percebo as três faltas no grupo. -Onde estão Brittany, Santana e Mercedes? - Finn dá os ombros, olhando com uma cara de quem mau saberia onde estava se não tivesse uma placa acima da porta dizendo "Sala do Coral", fitei os outros, porém ninguém se manifestou, e se alguém sabia de algo, estava escondendo muito bem. -De qualquer forma, esse ano, vamos nos focar como nunca nos focamos antes. Ano passado foi...bem... - Olho para Finn, e em seguida para Rachel e digo: -Um completo desastre! 12° lugar foi... bom... humilhante. Então, esse ano, temos uma vantagem enorme, o Vocal Adrenaline está sem nenhum treinador, e isso nos dá uma vantagem enorme. - Os alunos aplaudem novamente, então, vou até a lousa e escrevo em uma letra grande "All About Us". Em seguida, vou até o centro da sala e explico: -Esse ano, quero que, antes de pensar em vocês mesmos, pensem em nós, como um grupo, como um time que sempre, sem exceções, é afetado por praticamento tudo que cada um de nós fazemos, então, foco. Quanto a tarefa, essa semana vocês vão performar em locais públicos da escola canções que vocês considerem ser sobre vocês, sobre algum amigo, ou sobre alguém da sua família, algo que inspire confiança. - Alguns abaixaram a cabeça, entenderam o que eu estava fazendo, ou seja, jogando eles num cerco cheio de leões mortos de fome, mas era preciso.

Soundtrack
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Narrador

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Mensagem por Rachel Berry Sex 26 Set 2014 - 20:02



This is a new year
i'll be the best, i promess you.
Primeiro dia de aula do meu tão aguardado último ano no William McKinley High School. Céus, era tudo tão excitante e perfeito que certamente renderia um ótimo tópico para a biografia não autorizada de Rachel Barbra Berry. Se não fossemos contar com o desastre que fora na última competição, minha vida seguia finalmente nos seus trilhos corretos. Ótimo desempenho escolar, um currículo invejável, finalmente eu tinha Finn de volta e mesmo que nosso beijo tivesse custado uma nítida vitória do New Directions nas Nacionais, eu não me arrependia do que havia feito. Fora o melhor momento de toda minha vida, tê-lo unicamente para mim mais uma vez, pelo menos parecia certo aquilo no momento. Sim, eu teria que suportar as provocações e acusações de que fora eu a culpada da perda do coral, entretanto, isto não me afligia tanto, eu estava decidida a mostra-los o contrário. Eu mostraria o quão eu podia me reerguer, o quão poderosa eu era em quaisquer situação e desta vez não haveria nada que nos impedisse de vencer, desta vez não era questão de competição e sim de honra. Eram o último ano de todos os originais membros do ND, precisávamos deixar um legado para os futuros membros e nada, completamente nada impediria-nos de conquistar isto este ano.

* * *

Se eu queria uma prova de que tudo era divergente aos demais anos estar caminhando pelos corredores do colégio era a melhor delas. Como era bom caminhar sem temer receber a qualquer instante uma gélida e grudenta raspadinha pela face; por anos tive que suportar isto, finalmente os estúpidos jogadores daquele lugar havia crescido e achado algo melhor que perturbar os perdedores da instituição. Ou eles haviam achado novos passatempos? Por tanto que tais diversões os deixassem longe de mim, eram muito bem vinda.

Não recordava-me de uma manhã tão perfeita como havia sido aquela. Sem os usuais incômodos, todas as aulas em seu primeiro dia do ano letivo sempre aparentavam ser instigantes, não fora diferente aquele dia; de certo modo até a aula de história me pareceu ótima. Dirigi-me com passos apressados para o único lugar que realmente me interessava no prédio escolar, a sala do coral.

A sensação de retornar para casa, era exatamente isto que eu sentia quando atravessei a porta do cômodo já preenchido pelos membros do coral. Não podia dizer que senti falta deles, a propósito nem todos aparentavam entusiamo ao me ver. "Rancorosos, hmpf". Meus olhos fuzilaram momentaneamente a Brad, o pianista. Não sabia ao certo a causa para seu olhar diminuitivo para mim, era um tanto incomodo mas sequer me atingiu, não quão ele claramente esperava atingir. Apressei-me para meu familiar assento, a melhor colocação, obviamente; ao centro, na primeira fileira, ao lado de meu Finn. O semblante emburrado dissipou-se ao vê-lo debruçado em sua cadeira gesticulando a Mike Chang algo que eu não fazia ideia do que podia ser, talvez sobre um jogo de futebol qualquer. Nosso olhar se cruzou e eu corri para seus braços, ajeitando-me brevemente em seu colo e sentindo-o seu carinho em mim antes que Mr. Schue materializa-se abruptamente no centro da sala.

Nitidamente, Mr. Schuester ainda mostrava se importar com o incidente no palco das nacionais. Céus, quando iriam superar isto? Deveriam estar felizes por eu e Finn termos reatado, certo? Mesmo com seu jeito recatado eu podia vê-lo mexido pela perda e ao contrário dos outros Mr. Schue sabia acusar-me, porém de uma maneira menos severa. Com o passar da tarefa ele pareceu mais relaxado, isso resultou com afrouxamento de meu aperto contra a mão de Finn que fingia não se importar com o incômodo. "All about us" Contive uma palminhas de animação quando em minha mente diversas músicas romperam, todas elas perfeitas para definir o quão talentosa e incrível eu podia ser. Era a oportunidade perfeita para performar algo a um nível berry, mostra-los que eu estava disposta a ser uma ótima integrante do grupo, o quão eu estava interessada em levar-nos mais uma vez as nacionais e voltarmos vitoriosos. — Excelente escolha de tarefa, Mr. Schue! Será perfeito iniciar este ano letivo com uma canção de Barbra ou de qualquer outra diva que defina-me. Este será a primeiro de muitos solos que nos levaram de volta as nacionais mais uma vez, e desta vez voltaremos com o troféu, é questão de honra! — Pisquei com entusiasmo ao homem defronte a mim, podia ver seu familiar sorriso confortante desenhar-se com hesitação em seus lábios, isto sim causou um efeito em mim. Eu prometo, sem mais erros. — Certifiquei-me que só Mr. Schue entendesse minha mensagem e pontualmente ergui-me do assento, retirando-me do cômodo e sendo ligeiramente envolvida pelos demais que percorriam os corredores daquele andar. Era bem mais fácil caminhar entre um bando de desconhecidos a encarar o Mr. Schue e seu receio de outro fracasso.







*
NOTES : With: ND |  Wearning THIS ! | #ND #New Year  

Rachel Berry
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Mensagem por Soundtrack Sex 26 Set 2014 - 20:49

All About...Rachel?

Assim que terminei de falar, Rachel abriu um sorriso que se estendia de uma forma que chegava a dar medo, um olhar brilhante e assustador, então, a garota disse: — Excelente escolha de tarefa, Mr. Schue! Será perfeito iniciar este ano letivo com uma canção de Barbra ou de qualquer outra diva que defina-me. Este será a primeiro de muitos solos que nos levaram de volta as nacionais mais uma vez, e desta vez voltaremos com o troféu, é questão de honra! —Ela olhava para todos, esperando aplausos, rosas e uma chuva de bolhas de sabão sobre ela ou algo do tipo, e, vendo que ninguém se manifestava, ela continuou — Eu prometo, sem mais erros. — Em seguida ela se levantou e saiu, simplesmente assim, antes que eu pudesse sequer dizer qualquer coisa, numa atitude digna de um filme ganhador do Oscar de "Melhor Drama" ela simplesmente se levantou e foi embora. Olhei para os outros um pouco assustado e disse: -Esse vai ser um looooongo ano...
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sáb 27 Set 2014 - 22:07





new place
I'll make the moves up as I go
Sabe aquela coisa de "Tudo vai ser diferente" ? Era exatamente assim que eu sentia. Já portava o uniforme das Cheerios, o qual havia se encaixado perfeitamente bem ao meu corpo, o que me deixara contente. Algumas pessoas se afastavam de mim ligeiramente, e ao que parece, aquele uniforme era um tipo de escada, que te deixava no topo da sociedade estudantil. Revirei os olhos, me locomovendo no meio de tantas pessoas, a escola estava em horário de pico, alunos indo e vindo pelo corredor, em busca de livros e materiais necessários. Peguei o livro de História e o de Química, indo até a sala onde teria minhas aulas.

Sem mais delongas, o dia foi passando tão rápido, que nem havia percebido. Faltava apenas mais uma aula, a qual eu estava um tanto que ansiosa e desesperada. Nunca havia entrado em um clube de coral. Poderia não ser a melhor das cantoras, mas escondia um talento e tanto. O da dança. Era surpreendente a facilidade com que meu corpo poderia acompanhar qualquer ritmo, porém, eu não estava certa de que poderia mostrar isso de primeira. Ao entrar na sala do coral, New Directions, vários olhares se direcionaram para mim, algumas das pessoas comentando algo baixo. Provavelmente, o que uma das líderes de torcida estava fazendo ali. Apenas dei de ombros. Sue poderia ser bem autoritária, mas eu sabia desafiá-la bem. As Cheerios estavam precisando de garotas bem coordenadas, e caso ela me ameaçasse de tirar meu nome do coral, eu sairia também de sua equipe.

Estava me arriscando, claro. Porém, era algo que eu desejava a algum tempo. Me via em um futuro prévio, sendo uma bailarina profissional. Ou quem sabe, algo relacionado ao mundo musical. Um homem começou a falar algumas coisas, deveria ser o professor. O que lhe chamava a atenção, era o queixo grandioso parecendo bunda de bebê e o cabelo encaracolado parecendo conter uma química a qual lhe deixava extremamente... Duro? Contive um riso, e logo arqueei a sobrancelha direita, vendo uma garota de no máximo um metro e sessenta falar rápido e sair da sala de forma dramática. Franzi os lábios, cruzando as pernas.

Será que eu me arrependeria de ter assinado meu nome na lista do Glee Club?

Teríamos uma tarefa musical para por em prática. Eu poderia ser a primeira, era sempre corajosa e gostava de me auto desafiar. Porém, aquele não parecia o momento de dar a cara a tapa. Eu precisava ter noção de como eram as coisas ali, antes de me jogar de cabeça. Suspirei, ouvindo o ditado final do professor, concordando.

É, vai ser um longo ano.






#NewDirections
#NewPlace
♔ nickdiazfan @shine
Dianna G. Ohlweiler
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commanders

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Mensagem por Rory Flanagan Dom 28 Set 2014 - 15:23

[



isn't me?


Let me clip
Your dirty wings
Let me take a ride
Cut yourself
Want some help?
Please myself
]


Sabe, no começo a idéia de ir para América fazia os olhos de Rory brilharem com algo especial, como se sentisse que naquele lugar ele faria a diferença, quando lhe foi dado a noticia que ele iria para América,acho que não seria pouco dizer que ele realmente surtou, ao chegar, ele estava tremendo, mau podia esperar por seu primeiro dia de aula, no seu primeiro dia, ele se vestiu com uma camisa de mangas branca, e uma camisa social verde clara, com o material um tanto transparente, uma boina verde-amarelada, uma calça jeans e um sapato social cor de caqui, ele coloca uma bolsa transversal de couro e se dirige a escola, no caminho,ele percebe que algumas pessoas estão rindo e apontando para ele, ele sorri de volta, “Pessoas simpáticas, estão sorrindo para mim” ele entra na escola e as pessoas continuam sorrindo para ele, ele estava se sentindo aceito, quando um garoto passa por ele e puxa sua boina e fala sarcasticamente :”Bela boina, aonde comprou tinha masculina também ? Vou compara uma também” e joga a boina no chão perto de Rory, Rory pega a boina , limpa ela e fala :”Essa é masculina, mas eu só achei ela na escócia, sinto muito amigo “ o garoto e todos seus amigos caem na gargalhada e se aproximam de Rory, o empurram no armário e saem rindo, ele diminui o sorriso e pensa :”Toda a escola tem idiotas,fazer o que ?” ele encontra seu armário e coloca foto de toda sua família dentro, ele tranca o armário e vai a procura dos livros que usará, depois de encontrar todos, volta a seu armário e coloca seus livros dentro, pega os livros de matemática e ciências e se dirige a primeira aula, depois, ele tem um tempo livre, ele está andando pelo corredor quando encontra o garoto de mais cedo, ele sorri para ele e lhe dá um encontrão quando passa, ele realmente era forte, pois o encontrão fez Rory bater no quadro de avisos e soltar algumas folhas, enquanto ele está prendendo as folhas, ele vê uma lista para um clube, o clube do coral, parecia legal e ele iria tentar, ele assina seu nome e se dirige para a próxima aula, o primeiro dia foi muito longo, mas ele queria logo ir para o segundo dia para ver como seria esse clube do coral.
No segundo dia ele ele vestiu uma camiseta branca com uma jaqueta jeans, sem a boina, uma calça jeans e um tênis preto, ao chegar na escola, ele pegou os livros do dia e, e quando finalmente chegou a hora, ele correu para a sala que era reservada para o coral, ao adentrar, viu que não tinha muitas pessoas ainda, alguns minutos depois,entra um homem nos cumprimentado, ele deveria ser o professor, ele pergunta para um garoto que até o exato momento, Rory não tinha notado, mas ele estava no mesmo recinto que Finn Houdson e Rachel Berry, era o clube glee, provavelmente estava escrito no papel, mas ele não prestou atenção, ele virá a performance deles no youtube, mas ele tinha terminado em décimo segundo lugar, mas foram incríveis,ele disse que deveríamos cantar em algum local da escola, na frente de todos, ótimo, Rory era uma pessoa muito tímida, seria difícil, mas ele o faria.


[addictional info.]
Post #001
Words: 552
Thanks, IT


Rory Flanagan
Rory Flanagan

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Mensagem por Milena S. H. McCain Dom 28 Set 2014 - 17:38

My Tears Dry On Their Own

O segundo som que ouvi no dia fora do forte vento, lá fora. O primeiro fora o despertador, mas isso não vem ao caso. Gostava de ouvir aquele som, que balançava as árvores e arrastava as folhas, marcando o início de um agradável outono. E o início do outono era indício de uma coisa: Volta as aulas.
Qualquer ano que fosse, eu estaria tranquila, sabendo exatamente o que esperar. Os mesmos amigos, nas mesmas turmas, com aquele uniforme de saia e blusa compondo um local extremamente correto e severo de uma simples escola londrina. A vida na Inglaterra era bastante previsível. Contudo, agora encontro-me completamente perdida nesse novo mundo. Ohio.
Dezessete anos, uma irmã gêmea e três irmãos praticamente ingleses, uma vida agitada e repleta de mudanças, um caminho conturbado, bagunçado, incompreendível, traçado por mim e por uma irmã que é meu espelho na aparência e com a personalidade completamente diferente da minha. Sempre nos demos bem, por isso, fazemos quase tudo juntas, mesmo com tão poucas semelhanças, e agora não seria diferente. Resolvemos deixar nossa pacata e perfeita vida para vir morar com nosso pai, abrindo mão de todas as coisas que alguém podia querer ter, mais uma vez.
A América do Norte é diferente em todos os aspectos, mas isso não quer dizer que gostemos menos. Mesmo em Lima, essa cidade tão inexpressiva de Ohio, percebemos que as pessoas são mais loucas, calorosas e ousadas... Calma, isso também não diz que gostemos mais. Tudo aqui é novidade. O cheiro, o ar, o clima. Aos poucos vou me acostumando com o calor e com o modo exagerado que passamos a comer, mas tem algo que não sei se irei me acostumar tão cedo. A escola.
Assim que cheguei na William McKinley, percebi as diferenças. A primeira coisa: Ninguém usa uniforme, o que permite que venham do jeito que acharem melhor. Isso é bom, mas não nego que estranhei quando vi meninas com vestimentas tão curtas em pleno vento de outono. Mas esquisito mesmo é isso que eles chamam de popularidade. Cheerleaders e Jogadores de Football. No Reino Unido nunca tinha visto isso antes. De um certo modo é bom, agora já sei o que fazer durante as tardes, olhar os garotos altos e fortes se batendo para pegar uma bola.
Bem, achando esquisito e novo ou não, aqui estou eu. Comendo batatas no refeitório e encarando um menino maravilhoso, bebendo um suco de maneira, por mais estranho que isso soe, atraente. O ruim é que não consigo saber se ele me olha porque gosta, ou porque estranha meu cabelo rosa. Aliás, esse foi um dos assuntos mais comentados por aí. Não posso negar que gostei bastante.
Estava tudo indo bem. Já sabia que não teria turma fixa em uma escola estadunidense, uma hora veria uns, outra veria outros, nada que me surpreendesse de fato. Mas foi quando o último sinal tocou que tudo aconteceu.
Eram duas e meia da tarde. Os alunos se empurravam para ver quem chegava na saída primeiro, loucos para verem-se livres da escola. Quem estava mal nessa situação era eu, que lutava para andar na contra-mão. Meu destino? Campo de football. E como eu sabia como chegar? Eu não sabia, mas um menino chamado Bruce gritava por um chamado Drew, falando algo relacionado a "jogar". Enfim, lá estava eu, andando calmamente, quando vejo um belo par de olhos azuis, acompanhando um lábio sexy e perfeito, combinando com os fios loiros que enfeitavam a cabeça, entrando em uma sala, juntamente de outros alunos. Sorri. E sorri ainda mais com o que estava escrito na porta. "Glee Club".
Meus olhos cresceram e eu não pude acreditar. Um ponto maravilhoso de estudar nos Estados Unidos é esse: Coral. Não fazia ideia se eles eram ou não bem aceitos, na verdade, nem pensei nisso, mas algo mais forte que uma simples atração boba por um garoto maravilhosamente atraente me fez querer aquilo na hora, sem pensar em nada.
Uma pessoa que ficaria tão feliz quanto eu era minha irmã. Ela já tinha saído, mas meus dedos ágeis discaram seu número no celular e eu fiz ela voltar imediatamente. Mesmo ouvindo reclamações, puxei-a pelo braço e não dei muitas explicações. Logo tinham duas meninas idênticas, se não fosse pela roupa e o cabelo, entrando em uma sala cheia de desconhecidos.
- Milena, o que você tá fazendo?! - Mary perguntou, mas ignorei-a momentaneamente. Queria apenas entrar.
- Pois não? - Perguntou um homem mais velho, que, provavelmente, era o professor dali. Suas feições não me eram estranhas. Não mesmo. Acho que é meu professor de história, mas não tenho muita certeza. Por via das dúvidas, melhor não comentar nada.
- Olá. - Comecei. - Eu gostaria de saber se poderia fazer parte do coral. - Disse, sem rodeios. A boca de Mary se escancarou, mas, novamente, não liguei. Era exatamente isso que queria e sabia que ela também. Ele assentiu e disse que podia fazer uma audição naquele momento. Sorri, agradecida, e entrei.
Aquela dúvida de que música cantar não existia. Eu tinha isso planejado há tempos. Era uma ideia minha comigo mesmo, toda vez que não souber o que cantar, Amy Winehouse era solução. Uma voz perfeita.
Falei com a banda e avisei a Mary brevemente. Minha irmã fazia cara feia para mim, mas não saía dali, o que me fez sorrir. Ela faria a audição comigo e disso eu não tinha dúvida.
Contei até três mentalmente e fui até o centro da sala. Estava na hora de começar.

All I'll can ever be to you
Is a darkness that we know,
And this regret I got accustomed to.

Minha voz começou a cantar exatamente quando pudemos ouvir a bateria. O melhor da Amy, na minha opinião, era o jeito dela cantar. Ela falava com ritmo, simplesmente. Não se queria fazer firula e muito menos agradar alguém, apenas ela mesma. Sentia-me bem cantando suas músicas. Sentia-me exatamente assim, agradando apenas a mim mesma, desligando-me do mundo.
Minha mão estava em minha cintura e eu remexia minhas pernas em movimentos bem Winehouse mesmo. Imaginava-me com um super coque e uma garrafa de vinho na mão, para completar.

Once it was so right
When we were at our high,
Waiting for you in the hotel at night.

Estava empolgada, mais do que o comum, com aquilo tudo. A voz rouca e contralto estava no timbre normal e meus movimentos eram tão espontâneos quanto ela. Chamei minha irmã, que estava parada em um canto, que recusava completamente. Virei as costas. Cuidaria dela depois. Aquilo não era tão difícil assim, se soltar, não podia ser. Cantar era algo tão perfeito, nem parece ser grátis de tão bom que é, me completa, me faz bem e parece que é igual para o mundo inteiro.

I knew I hadn't met my match,
But every moment we could snatch,
I don't know why I got so attached.

Alguns passos foram suficientes para pôr-me, consideravelmente, mais à frente. As mãos acima de minha cabeça encontraram-se em um baque, no famoso movimento chamado de "bater palmas" e logo fizeram o mesmo abaixo de minha perna direita, fazendo ela, inevitavelmente, dar mais um passo, ficando diferente da outra. Um jogo de quadris e dedos estalando mostravam como Amy fazia, essa era minha humilde homenagem.

It's my responsibility,
And you don't owe nothing to me,
But to walk away I have no capacity.

Estava na hora de permitir que meus tons aumentassem e minha voz mostrasse seu verdadeiro potencial. Girei cento e oitenta graus, abandonando as pessoas que me assistiam e caminhando para fora, como se eu realmente estivesse indo embora. Porém, não sai, mas sentei-me no chão, como se fosse o sol que estivesse se pondo. Com um quê de sofrimento, minhas mãos limparam lágrimas invisíveis de meu rosto. Porém, logo me levantei. Já sou uma menina crescida para essas coisas.
O jeito que interpretava a música era engraçado. Eu entendia a letra e isso é importante, possibilita que eu passe a emoção correta nas palavras. Minha cabeça abaixada, postura curvada, pés seguindo na direção da Mary. Toquei em suas mãos e a levei para o centro. Não me contive, tive de sorrir.

He walks away,
The sun goes down,
It takes the day but I'm grown
And in your way,
In this blue shade
My tears dry on their own.

Naquele momento, achava-me o máximo por cantar aquela música daquela maneira em pleno improviso. Não sei se com razão, mas autoestima elevada é o grande início de qualquer coisa. Porém, aquele momento não era meu, mas de Mary, que ficara calada durante toda apresentação, até então. Ela me olhou, um pouco brava, mas vencida. Sabia que eu não desistiria. Então preparou a respiração e soltou a voz, dando o seu melhor. Era impressionante como nossas vozes eram iguais e diferentes. Tínhamos o mesmo timbre, o mesmo tom, mas nossas maneiras de cantar eram diferentes. Enquanto minha voz era rouca e suave, Mary tinha uma potência grave incrível, passando determinação.

So we are history,
Your shadow covers me,
The sky above
A blaze

Depois de um show maravilhoso, um sorriso tímido formava-se eu seus lábios, pude perceber. Continuei andando pela sala, com toda naturalidade que consegui, enquanto estalava os dedos e remexia todo meu corpo. Não tinha uma coreografia pronta para a música e isso conseguia ser bom, as vezes. Coreografias improvisadas as vezes cansam.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
In this blue shade
My tears dry on their own.

Parei novamente no centro da sala. A mão esquerda estava na cintura e a direita gesticulava, como se eu estivesse simplesmente conversando, contando uma história. Minha expressão facial estava perfeitamente normal, mas minha voz dizia o contrário, pois alcançava notas mais altas e ousadas nessa parte da canção. De maneira calma e relativamente sensual, caminhei para trás, apontando para o chão, como se ali estivesse mesmo nossa história, naquele local. Levantei os braços e abaixe-os sobre mim, fingindo me cobrir com algo, e foi só então que permiti-me demonstrar como estava realmente, sem encenar, apenas me soltar de vez. Meus olhos fecharam-se e eu senti na pele a emoção, a corrente elétrica de um verso cantado de forma perfeitamente imperfeita. Aquele era meu diferencial. Uma voz diferente, só minha, que não seguia regras e nem esforçava-se para agradar ninguém. Aquela era minha identidade.

I wish I could say no regrets,
And no emotional debts,
Cause as we kiss goodbye the sun sets
So we are history,
Your shadow covers me,
The sky above a blaze that only lovers see.


Sem perceber, estava pulando alegremente ao sair daquele lugar. As pessoas já estavam mais animadas, batendo palma e remexendo-se em suas cadeiras. Mary dançava e me acompanhava em vários versos. Seu sorriso era tão verdadeiro quanto o meu. Inclinava-me para frente e para trás enquanto batia palmas também. Não sei se achavam-me tão boa quanto eu mesma me achava, mas aquilo pouco importava. Eu acreditar em mim é o suficiente para me deixar feliz, e eu estar feliz é o suficiente para tudo. Se quiser ver uma Milena te amando e adorando, dê-a um motivo para sorrir. A música me dava muitos.

He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
My deep shade,
My tears dry...


Terminei a canção com uma nota mais alta e prolongada, dessa vez com mais perfeição e precisão, do jeito que a música pedia. O que acontecerá depois de agora? Bem, eles aplaudiram, alguns até de pé, mas não sei o resultado da audição através disso. Quando a banda terminou de tocar, meus olhos se arregalaram, esperançosos, e minhas mãos se cruzaram abaixo de meu queixo. Eu estava extremamente nervosa ao encarar o suposto treinador. Estar ali ou não, ver todos os dias aquele garoto maravilhoso, cantar e me descarregar após cada dia de estresse, dedicar mais tempo à música, tudo isso depende apenas da decisão dele. Respirei fundo e, simplesmente perguntei.

- E aí, estou dentro?




Thanks Nanda from TPO

Milena S. H. McCain
Milena S. H. McCain
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Mensagem por Demétrio E. Ghodshy Sáb 4 Out 2014 - 2:35



   
   
   
Look into my eyes
it’s where my demons hide
------  ✖  ------


O
s sons a minha volta eram incrivelmente desconfortáveis. Chegavam, por vezes, a lembrar o som de gritos abafados por uma dor inebriante e ainda mais forte que o desejo que lhes consumiam. Esta foi exatamente a sensação que preenchia o ambiente ao meu redor. Não havia nada, sabia disso tão claramente, que arrepios me subiam pela espinha justamente por causa desconhecida origem dos sons. Estou ficando louco ou não passa mais um sonho? Delírio ou a verdade? São perguntas que provavelmente, jamais serão respondidas diante da situação. O frio na barriga me preencheu por completo. Se era tímido? Nem um pouco, mas essas reações eram inevitáveis independente do momento.

Respirei fundo, enchendo o peito de ar e demonstrando postura, caminhei pelos poucos passos que me restavam antecedentes à aquela sala. No começo, me pareceu uma boa ideia. Porém agora, discordo um pouco disso, já que novamente serei observado como aqueles animais de laboratório - os quais você observa na esperança de uma falha ou de algo que demonstre alguma coisa além do seu "eu normal". Continuei em busca de novos pensamentos, querendo ser recebido de forma agradável. Fazer novos amigos me parecia uma ótima ideia, mesmo que já tivesse encontrado a segundos atrás uma que valeria por todos.

Sorri, dando o primeiro passo que adentraria a sala. Ela era espaçosa, com cadeiras espalhadas em um espécie de escadaria e troféus colocados cuidadosamente ao canto da sala, oposto ao que mais me chamara atenção; o piano. Ainda evitava percorrer com os olhos sobre os demais membros, tomando proximidade do homem queixudo que me avaliara nas audições. O cumprimentei cordialmente, ficando de frente pela primeira vez para eles e identificando de primeira um rosto moreno e jovial. Estava certo. Dianna estava ali também, como dissera antes de sair correndo como uma criança que acabara aprontar e tem medo de ser punida. Ergui a mão de leve em um outro cumprimento, indo em direção a cadeira mais próxima dela que pude encontrar enquanto esboçava a mesma aparência simpática aos demais em pequenos "oi's" insonoros.

"Que diabos é aquilo?". Pensei antes mesmo de dar a oportunidade do queixudo explicar. Tudo ali se tratavam de tarefas e o que deveria ser feito? Uma apresentação pública. Isso não era sério, era? "Ainda não acredito que assinei aquela lista".

Bufei, ajeitando meu corpo sobre a cadeira e vendo a leve animação de alguns e descarada mania de querer chamar atenção de uma garota nariguda. Bonita, porém nariguda.

Aproveitei desse momento para observar os membros ao lado, mostrando-me curioso, porém satisfeito de estar dentro de algum grupo que pelo visto, me renderia grandes motivos para desejar jamais ter feito as audições. Ri com o pensamento, tentando me focar sobre o que faria em relação a tarefa.




Demétrio E. Ghodshy
Demétrio E. Ghodshy
Needed

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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Convidado Seg 6 Out 2014 - 11:29


it's a brand new day

JAKE ▬ BROOKE ■ NEW DIRECTIONS CONVERSATION ■ FIRST DAY IN HIGH SCHOOL ■ I WILL SURVIVE.


D
e acordo com o horário em que estava na mão direita, Jacob teria aula no coral. Estava confuso, tinha acabado de chegar a nova escola e não sabia se locomover direito por ali. E claro, estava um pouco assustado. Ambiente novo, não conhecia ninguém, nem era do tipo que chamava qualquer uma daquelas pessoas para pedir informação. Sabia que precisava tomar iniciativas, lembrava bem do pai lhe dizendo "Tente fazer alguma amizade, pelo menos para guiá-lo neste primeiro dia", antes de sair apressado de casa. Tinha vindo de bicicleta, diferente de todos os outros alunos, que pareciam ter carros, motos e muitos outros tipos de veículos que nunca havia visto de tão perto. Se sentia desconfortável, pessoas passando para lá e para cá, o deixando levemente tonto.

Você consegue pedir uma informação. ▬ Incentivou a si mesmo, em um breve momento de olhos fechados, enquanto sussurrava as palavras.

Assim que voltou a abri-los, viu que algumas pessoas o encaravam. "Talvez pensem que eu sou louco." Indignou-se com o próprio pensamento. "Se eu mesmo penso isso, por que os outros não o fariam?" Perguntou-se de imediato. Agitou um pouco a cabeça, e se locomoveu, tocando o ombro de uma garota. Tinha cabelos ruivos, pele alva. Bastante bonita. Sentiu o rosto esquentar, constrangia-se fácil, com poucas coisas.

Com licença, moça. Você poderia me dizer onde fica a sala do... ▬ Olhou no papel o nome do coral. ▬ New Directions? ▬ Tentou sorrir um pouco. Pareceu mais como uma careta, mas vamos lá! Era uma boa tentativa.

Oh, sim, sim. ▬ A menina sorriu. ▬ Suba aquela escada, e percorra o corredor até mais ou menos o meio. Você vai achar a sala, que tem uma plaquinha com o nome ao lado! ▬ A ruiva sorriu simpática, deixando exposto belas covinhas.

Muito... Muito Obrigado. ▬ Gaguejou, sentindo-se nervoso.

Não há de quê... ▬ Ela induziu um assunto. Qual seria? Ah! Deveria querer saber seu nome, pensou. Não tinha experiências com puxar assunto ou continuar um.

Jacob?! ▬ Respondeu, quase que afobado.

Jacob. ▬ Ela repetiu. ▬ Me chamo Brooke, Jake. ▬ Sempre que o chamavam de Jake, soava familiar e tranquilizante, e o efeito havia sido o mesmo quando Brooke lhe chamou de tal forma.

Trocaram um aperto de mão, que desenvolveu-se em um curto abraço.

Obrigado, Brooke. ▬ Jacob não tinha facilidade em desenvolver apelidos, e não sabia se poderia fazê-lo, mesmo com Brooke lhe chamando ligeiramente de Jake.

Não precisa agradecer, Jake. E se precisar de ajuda, é só me procurar. Estou na biblioteca na maior parte do tempo. Dê uma passada lá, e vou tentar ajudá-lo como puder. ▬ A garota lhe beijou a bochecha, e se misturou com o aglomerado de alunos no corredor.

Jacob estava ainda mais corado, e sentindo-se confuso. Respondeu a garota com um "Okay" em um sussurro baixo, já que a mesma não ouviria por já estar longe dali. Não mais por não saber para que lugar ir, e sim, com a simpatia da ruiva, Brooke. Em sua outra escola no Texas, as pessoas não costumavam ser sinceras, amigas ou dispostas a ajudar. Era muito mais o contrário. Enquanto pensava, subia a escada que havia sido demonstrada por Brooke e andava corredor a dentro. Chegou em frente a uma sala com a placa "NEW DIRECTIONS" ao lado da porta. Pensou duas vezes, se deveria mesmo entrar no clube do coral. Estava nervoso, as mãos soavam com frequência, e a asma ameaçava dar o ar de sua desgraça. Ainda não haviam muitas pessoas ali dentro, mas quando entrava na sala, quase esbarrou com uma garota baixinha, que mais parecia um furacão. Não sabia o por quê dela ter saído daquela forma, o que lhe deixou bem mais assustado.

Sem olhar para ninguém, agarrou com uma das mãos uma das tiras de sua mochila, e procurou um lugar para se sentar. Não tão afastado dos outros que estavam espalhados por ali, mas também, não tão perto. Um homem falava, deveria ser o treinador do coral. Muitos não prestavam atenção no que ele dizia, e isso deixava Jacob bastante desconcentrado. "As pessoas deveriam respeitá-lo, é falta de educação interromper quem está falando, ou não dá a mínima para nada." Disse para si, mentalmente. Focou no que o professor dizia, tentando não distrair-se com mais nada ao redor.






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Mensagem por Ez D'eshua Ter 14 Out 2014 - 15:50



Livin' in sin is the new thing


1



Meus olhos desejavam explodir ao ver aquele ambiente. Realmente não era como eu pensava que seria: imaginava estudantes alegres; esforçados; gentis; espertos; não eram nada disso. A única coisa que eu via eram as cantadas para as Cheerios e jogadores despejando suco nos “fracassados”, pelo menos não tinha nenhum novato como eu tomando um banho indesejado. Rezava para que a entrada naquele coral desse uma aliviada naquilo que eu provavelmente veria em todos os dias. Tentei acelerar o passo, ignorando-os. Eu não queria me atrasar, mas também não queria cantar.  

Retirei uma folha amassada do meu bolso e a desamassei, era um mapa que eu havia desenhado com os pontos que me levariam até a sala do coral. Uma mulher – não conseguia lembrar o nome dela – que trabalhava na escola me dissera como chegar, e como minha memória não era grande coisa, obviamente esqueceria. “Okay... Vamos lá” Andejei em linha reta, olhando pro papel. “Eu estou aqui! Tem uma sala ali, outra aqui, e aquela dali é a que eu quero” Levantei a cabeça e li as escrituras na porta a minha frente. “New Directions, nem foi tão difícil assim...”

- 1, 2, 3. – Murmurei. Coloquei a mão na maçaneta, rodando-a cautelosamente. Empurrei a porta e finalmente havia chegado no High School Musical. Caminhei até um dos bancos desocupados e ali me acomodei; retirei um pacote de batatas fritas da mochila e estendi meu braço – Alguém quer uma?
Ez D'eshua
Ez D'eshua

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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Beat Seg 10 Nov 2014 - 22:49

Back In Time, are you ready?
━━━━━━━━━━
i'm a freak, really? has noticed that the left behind?
A
usente de atividades escolares, William Schuester destinara o coral nas mãos de uma mulher loira, já tinha uma certa idade, mas não aparentava. Jovial, cheia de energia e incrivelmente carismática, Holly Holiday estava dando suas caras pela primeira vez no clube do coral. A mulher, que também é professora substituta de espanhol, aceitou o dever, por estar precisando do dinheiro dado pelo diretor, mesmo sendo pouco. Já era de grande ajuda para ela.

A mulher chegara na sala ignorando o fato de que todos estavam muito quietos, apenas observando-a, diferente do que acontecia nas demais salas de aula. Conhecia alguns rostos, já os tinha visto na classe de espanhol por algumas vezes. Apenas abriu um pequeno sorriso, não tinha que repreender ou falar sobre nada. Sua mente trabalhava de forma furtiva. Não gostava da presença participativa de adolescentes, por conta do grande caos que poderiam causar. Mas aqueles ali, precisavam de uma levantada de estima, ao seu ver. Uniu as mãos, dando um passo a frente.

- Não sei o que acontece aqui, mas se tem algo que detesto, é a quietitude. Sempre pensamos coisas indesejadas, ou simplesmente caímos no poço do tédio. - Sorriu fino. - O tema desta semana, é vintage. Quero que cantem músicas dos anos 80 ou que pelo menos tenham ritmo deste tempo, onde tivemos a maior contabilidade de músicas animadas! - Alargou o sorriso.

Lembrava-se bem dos embalos de finais de semana, onde caia nas pistas de clubes de dança, se divertia à beça, porém, não podia deixar-se cair em devaneios. Precisava domar a aula, e não se sair como uma caduca na frente de tantos jovens. Se recompôs, voltando a ordenar seus pensamentos.

- Quero que mostrem-me do que são capazes. Nesta semana, tudo conta. Desde o figurino, coreografia, e até a forma de iniciarem a performance! Não se limitem, usem qualquer espaço desejado. Quero ver até onde a criatividade move vocês. - Ainda com as mãos unidas, voltou a fechar o sorriso.

O que predominava seus pensamentos, era: Será que esses jovens conseguem transmitir algo que não seja depressão? Por que do jeito que aquela sala estava em silêncio, Holly não tinha muitas esperanças ou expectativas a criar com o tema, mas esperava uma mudança drástica para isso.

"money, power and glory. sisters breast of madness".
Beat
Beat
Narrador

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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sáb 15 Nov 2014 - 0:01

1989
And that's how it works. It's how you get the girl, girl, oh, and that's how it works. It's how you get the girl. Tell her how you must've lost your mind.


De tudo o que eu podia esperar, uma professora substituta, era a última delas. Decidi não me focar nisso, apenas em lembrar de uma música em que poderia performar sem cair fora do tema. Não era muito boa quando se tratava de músicas de outras épocas, apesar de trabalhar bastante nisso, ultimamente. Precisava conhecer as raízes de alguns ritmos, dominá-las. Era sempre um desafio algo desse porte, e ser desafiada era algo que eu presava, mesmo vindo de mim mesma. Respirei fundo, sentindo meus músculos tensos. Estava passando muito tempo trancafiada na academia, seja lá treinando com os aparelhos de musculação, ou na sala de dança. Era dessa forma que eliminava toda a tensão do meu corpo, ou esquecia algumas coisas que não eram tão importantes. E havia decidido eliminar a tensão do momento daquela mesma maneira, porém, na frente de todos os colegas do coral. Não tinha problemas com isso, era capitã das cheerios, sabia cativar as pessoas com a dança, mas estes dias, estava cansada de mais para pensar em algo útil. Resolvi esperar alguns dias, alguém que iniciasse a tarefa, mas ninguém quis dar os ares da graça. Três dias pensando em alguns passinhos foram o bastante para impulsionarem minha coragem. Não tinha passado todo o tempo durante as 72 horas focada em passos perfeitos, apenas alguns que poderiam se encaixar em alguns ritmos. Por fim, resolvi ligar o computador para escolher uma tracklist.

Enquanto revirava sites de letras e fuçava vídeos no Youtube, algo me chamara atenção. Estava um pouco desatualizada de algumas coisas em relação a música atual, por estar tanto tempo entretida com a preparação do próprio corpo e em eliminar o stress, que não vinha acompanhando os novos lançamentos. Cliquei em um link, minha internet era rápida o suficiente para não ter que esperar o vídeo carregar para vê-lo, mas abri uma nova aba, pesquisando o seguinte: 1989, Taylor Swift album 2014. Logo ouvi a música começar a tocar, por conta da aba aberta do vídeo lyric. O ritmo me agradou por seu início. Não era uma melodia das antigas, mas tinha um balanço inteiramente vintage. Porém, a música não lhe agradou tanto. Reabri a aba do Youtube, escolhendo um outro link, com mais um link do album. Acabei ficando nisso pelo restante da tarde, ouvindo as músicas, conferindo cada pedacinho. Algumas eram mais voltadas para o pop do quê o vintage em si, mas tudo era culminado desta forma. Uma canção obtendo uma melodia, podendo abranger-se a vários gêneros. Acabou que não consegui escolher uma das músicas, e só me restava uma situação para me decidir. Jonathan Helgrind. Tinha passado todos esses dias com ele, matando as saudades, aproveitando o fato de que ele começara a trabalhar em minha academia, para ficarmos ainda mais próximos. Adam não saia de meus pensamentos, mas estava confusa sobre ele. Não sabia o que esperar de uma relação iniciada através de um quase atropelamento, interrompida por um acidente grave. Uma melodia diferente começou, o que presumi ser a última do álbum, a qual eu ainda não tinha ouvido. Suspirei, me recostando ao apoio da cadeira giratória, estava começando a sentir dores nas cartilagens dos dedos das mãos, de tanto digitar. O barulho de notificações do skype me puxou a atenção, enquanto eu tentava neutralizar tudo o que acontecia. Olhei na aba o nome da música, tinha gostado bastante. How you get the girl. Sorri para mim mesma, sem saber se era um riso por ver o nome de SanClair me convidando para uma vídeo chamada, ou para o fato de que eu finalmente tinha achado algo descente.

Já na sala do New Directions, arrumei o uniforme das cheerios, alisando a ponta da saia. Estava levantando algumas vezes, por causa do bom arejamento do local. Isso era uma das coisas que mais me agradavam ali, já que o restante da escola possuía salas que mais poderiam ser consideradas como infernais, já que eram infinitamente quentes. Dobrei a língua, fazendo um pequeno estalo quebrar o silêncio da sala. No quarto dia, ninguém ainda tinha cumprido a tarefa. O sentimento de coragem estava repentinamente de volta a meu corpo, e dessa vez, eu não o guardaria para mais um dia de espera. Estava ficando cansada daquela coisa monótona dentro da sala.

Bom, se não temos um iniciante, que este seja o meu posto, hoje. Disse, intercalando um sorriso pequeno, mas entusiasmante.

Após informar a banda o que seria cantado, combinamos uma contagem regressiva para iniciar a canção, sem que eu ultrapassasse a melodia, ou eles perdessem a introdutória, que aliás, era quase inexistente, composta apenas por acordes de um violão. Ciente de seu dever, o cara da banda iniciou ao contarmos juntos - silenciosamente - até três.

Oh, oh, oh...
Oh, oh, oh.

Aumentei uma fração do sorriso, tinha o tom perfeito para a canção. Olhei brevemente para a professora substituta, fazendo um gesto de cumprimento com a cabeça.

Stand there like a ghost
Shaking from the rain, rain
She'll open up the door
And say, "Are you insane?"

Inicialmente, me movi para os lados, seguindo o ritmo. Mas ao findar a primeira frase da canção, parei, como uma estátua, movendo apenas os lábios. Ao iniciar a segunda linha, voltei a mexer meu corpo para os lados, novamente. Dava uma paradinha sempre que meus ombros completavam os movimentos, algo que durava menos de um milésimo para ser completado. Apontei para a porta, enquanto pronunciava delicadamente o "She'll open up the dor, and say "Are you insane?", seguindo a letra, interpretando-a, fingindo ver alguém ultrapassá-la, e perguntar se esta mesma pessoa estava louca.

Say it's been a long six months

Inclinada para o lado esquerdo, para onde dava a porta da sala - onde ainda encarava o vazio, fingindo ver alguém -, dei um passo a frente, - sendo assim, para o lado esquerdo - pronunciando um pouco mais lento a parte do six months, dando uma pausa entre as duas palavras finais.

And you were too afraid to tell her what you want
And that's how it works
It's how you get the girl
And then you say

Voltei a virar para a turma, estava um pouco mais próxima da parte de seus acentos, na escadaria. Apontei o indicador bem ao peito de Sam Evans, vendo uma oportunidade para sacaneá-lo. Não tinha um motivo externo para isso, fora que gostava de seu jeito, e que queria provocá-lo, usando o fato de tê-lo encontrado com uma das gêmeas McCain, a de cabelo rosa. Até agora não sabia seu nome, mas simpatizava com a garota, apenas por ter visto seu sorriso. Estava cantando para ele, como uma insinuação. Terminou por concluir a parte exibindo um sorriso largo.

And that's how it works
It's how you get the girl, girl, oh
And that's how it works
It's how you get the girl, girl

Me virei para a garota de cabelos rosa, passando por trás da cadeira de Sam. Toquei seu ombro, cantando de uma forma mais animada do que eu mesma esperava para esta canção. Estava contagiada pelo ritmo, era gostoso, dançante. Definitivamente, um ponto marcante do estilo clássico que era o vintage. Aquela professora parecia saber exatamente o que nos dar, para realmente deixar-nos mais animados. Algumas pessoas já batiam palmas, contagiadas pela música. A maioria sabia a letra, e eu não me importava nem um pouco de dividir a parte vocal com os que cantavam junto a mim. Peguei uma das mãos da Pink Girl, puxando-a de onde estava, descendo as escadas.

Remind her how it used to be, be
Yeah, yeah
With pictures in frames, of kisses on cheeks, cheeks
Tell her how you must've lost your mind
When you left her all alone
And never told her why
And that's how it works
That's how you lost the girl
And now you say

A deixei bem no meio da sala, enquanto dava uma volta ao seu redor, sentindo um ar de confusão a sua volta. Talvez se perguntasse "por que eu?" o que me fazia querer sorrir. Sam estava ainda mais confuso que ela, e os demais, estavam concentrados inteiramente na música para perceber olhares furtivos entre nós três. Serpenteei meu corpo pelas laterais, até chegar ao lado daquela garota, que seguiu meus passos com facilidade. Tal gesto me motivou a cantar com mais vontade ainda.

I want you for worse or for better
I would wait for ever and ever
Broke your heart, I'll put it back together
I would want you for ever and ever

Segurei suas duas mãos, cantando para ela. Claro, era apenas parte da música. Não continha uma verdade por trás das palavras cantadas, apenas uma encenação divertida. Soltei uma das mãos, me lançando para o lado que havia soltado, girando ao meu próprio redor, puxando ela comigo, que completou os mesmos movimentos, mesmo sem esperar que o fariam. Eu tinha lhe dado o impulso preciso para que isso acontecesse, o que lhe despertou um riso fácil, assim como mais um meu.

And that's how it works
It's how you get the girl, girl, oh
And that's how it works
It's how you get the girl, girl
Yeah, yeah

Voltei para perto de Sam, enquanto os membros do coral invadiam minha apresentação, misturando-se entre si no meio da sala. Puxei o rapaz loiro, levando-o para próximo de onde a Pink Girl se encontrava, olhando para ele, como se dissesse exatamente o que aquelas palavras cantadas queriam dizer: É assim que se faz! O mais engraçado, era o provável entendimento dele sobre aquilo ser uma ligação para o dia em que nos esbarramos nos corredores da escola.

And you could know
That I don't want you to go
Remind me how it used to be
Pictures in frames of kisses on cheeks
And say you want me, yeah, yeah.

Todos deixaram um espaço formado ao meio, enquanto eu me encontrava dentro do círculo improvisado. Sinceramente? Gostava mais das coisas assim, acontecendo no calor do momento, do que algo planejado com antecedência. Não era tão perfeccionista a ponto de detalhar cada coisa. Gostava muito mais da naturalidade. E este era o maior motivo do grande sorriso que se estendia cada vez mais por meus lábios. Minha voz ganhou alguns tons a mais no início da primeira linha, até o final dela, enquanto cantava a segunda ainda com o tom um pouco mais alto, porém, bem controlado. Não tinha problemas quanto a dançar e cantar ao mesmo tempo. Tinha muita prática com isso. Continuou na mesma reta até chegar ao fim do verso. Em um devido momento, beijou o rosto de Demétrio, que estava ali no meio. A música fala sobre beijos no rosto, e sentiu-se na vontade de fazê-lo, e ninguém melhor do que ele para receber o gesto. Sentia-se um pouco distante dele, por conta da volta de Jonathan.

'Cause I want you for worse or for better
I would wait for ever and ever
Broke your heart, I'll put it back together
I would want you for ever and ever

Agora, era o momento onde cada um dançava por si só, enquanto voltava a cantar no mesmo tom normal. Porém, a música tivera seu ápice dissipado, deixando apenas minha voz unida ao som do violão. Algo que era de prestigiar verdadeiramente naquele clube de coral, era a forma como nos entrosávamos. Mesmo em uma apresentação não oficial, nos entregamos de uma forma deliberal. É como se na música, todos encontrassem uma forma de expor o que realmente estavam sentindo. E era assim, na verdade. A música liberta, e nada melhor do que desprendermo-nos de algo que vem nos consumindo. É tudo sobre estar entre o pior e melhor momento, entre o agora e para sempre. Entre idas e vindas. Era assim que se conquistava ela. A vida.

And that's how it works
It's how you get the girl, girl, oh
And that's how it works
It's how you get the girl, girl
And that's how it works
It's how you get the girl, girl, oh
And that's how it works
It's how you get the girl, girl

No fim do verso anterior, a canção oscilou em suas batidas, voltando a deixar a melodia animada novamente. Estavam todos dançando mais uma vez, como se não estivessem circulados por uma escola negligenciada por tabus sociais, onde alguns membros corriam riscos de levarem banhos de raspadinha ao saírem da sala por simplesmente fazerem parte daquele grupo, ou que fossem arremessados em latas de lixo por uma opção sexual diferente. Aqui, agora, enquanto canto, sinto-me a chave de todos eles, onde a cada frase e verso cantando, eu os estivesse libertando de cada trauma vivido hoje. No final do verso cantando agora, a banda cessou as batidas frenéticas, deixando mais uma vez que voz e violão dominassem o ambiente. Estava ofegante, culpa dos movimentos feitos. Algo extremamente normal.

And that's how it works
That's how you got the girl.

Todos voltaram-se para mim, enquanto pronunciava as palavras finais da canção. Olhei para Sam, tinha parado bem a sua frente. Estávamos cara a cara. Com as mãos na cintura, finalizei olhando bem em seus olhos, passando exatamente o que aquelas palavras queriam dizer: E é assim que funciona, é assim que você conquista uma garota, de uma forma extrovertida. Afinal, estava lhe pregando uma peça na frente de todo o coral. Depois de ser aplaudida, e aplaudido meus colegas, agradeci à banda, enquanto respirava melhor por estar parada, agora. Voltei para o lugar que estava sentada anteriormente com um sentimento de dever cumprido. Olhei para Holly, ganhando um sorriso seguido de palminhas distintas. Retribui com um sorriso de canto, voltando a atenção para a pessoa que seguiria com as performances.



READY?! | VINTAGE | HOW YOU GET THE GIRL
Dianna G. Ohlweiler
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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Adm Qua 19 Nov 2014 - 0:07

Maybe I'm afraid the way I love you
Me lembrava muito pouco do que a professora substituta de espanhol havia falado, só conseguia recordar de como tinha ficado envergonhado ao ser o foco da apresentação da líder das Cheerios no dia anterior, tinha conhecido ela no corredor e a garota havia ajudado ele e Milena achar o caminho para a saída da escola depois de ambos se perderem em algum corredor.
...

Havia esperado a chegada da banda logo no inicio da manhã para entregar as partituras da música que cantaria e que seria em um estilo mais puxado para o Jazz e talvez necessitasse de certa prática. Saiu um pouco antes do ultimo sinal tocar e colocou a roupa que usaria para fazer a "performance", uma camisa branca com um colete preto por cima e uma calça jeans preta.
Quando as pessoas começaram a chegar na sala do coral, eu já estava posicionado ao lado de Brad e com o microfone em mãos, mesmo que em uma sala pequena com uma acústica levemente favorável ele não fosse importante. -Eu escolhi essa música porque o Paul McCartney é velho e o tema era vintage... Falei coçando a nuca com certa duvida se a música se encaixava no tema ou não.
Acenei para a banda que começou com uma pequena introdução na bateria e depois evoluiu para os instrumentos de sopro e o piano. Usando da parte mais rouca de minha voz comecei a cantar com a mão no peito, como se falasse de mim e sem encarar ninguém em especial, usando um tom mais triste.

Maybe, I'm amazed at the way you love me all the time
And maybe I'm afraid of the way I love you
Maybe, I'm amazed at the way you pulled me out of time
And hung me on a line
Maybe I'm amazed at the way I really need you


Comecei a segunda estrofe me afastando do piano e indo para o centro da sala e com um "Yeah" aumentei o tom de voz e aproveitei para fazer algumas firulas vocais brincando com o espaço a meu redor encarando a todos, com a mão livre tirei o colete e joguei em algum canto aleatório da sala, esperando não acertar ninguém.

Maybe I'm a man and maybe I'm a lonely man
Who's in the middle of something
That he doesn't really understand
Maybe I'm a man and maybe you're the only woman
Who could ever help me
Baby, won't you help me to understand?

Abusando das notas longas e tomando cuidado para não aproximar o microfone demais de minha boca para não causar nenhum excesso, mudei o tom rouco de garganta para uma voz de peito mais suave. E comecei a me aproximar das pessoas sentadas, subindo alguns dos degraus para me aproximar de Dianna e Milena que estavam sentadas na ultima fileira.

Maybe I'm amazed at the way you're with me all the time
Maybe I'm afraid of the way I leave you
Maybe I'm amazed at the way you help me sing my song
You right me when I'm wrong
Maybe I'm amazed at the way I really need you

Segurei a mão da garota de cabelos róseos e comecei a cantar o ultimo com a maior potência vocal que possuía, deixando a rouquidão no final de algumas palavras aparecerem. Quando cheguei na segunda repetição do refrão e na parte "Maybe I'm a man and maybe I'm a lonely man", me ajoelhei em sua frente com a mão no peito e cantei ela com um longo falsete que evoluiu para um tom aveludado que estava usando antes para encerrar a música. Quando finalizei o falsete comecei a voltar para o centro da sala e encerrei a música alongando a ultima palavra.

Maybe I'm a man and maybe I'm a lonely man
Who's in the middle of something
That he doesn't really understand
Maybe I'm a man and maybe you're the only woman
Who could ever help me
Baby, won't you help me to understand
Maybe I'm Amazed
Maybe I'm Amazed
With You

Assim que a música se encerrou eu me virei e com um aceno de cabeça agradeci a banda e depois fui até onde meu colete havia ido parar. Olhei para o pessoal e dei um sorriso, com a expectativa de não ter assassinado a música favorita de ninguém e me sentei em um banco disponível na primeira fileira.

Maybe I'm amazed





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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Convidado Qui 20 Nov 2014 - 1:15

Got a long list of ex lovers, they'll tell you I'm insane. But I got a blank space, baby and I'll write your name.

Blank Space
Estava ansiosa pela tarefa de hoje “Vintage”! E eu não poderia me inspirar em nada mais e nada menos do que a diva Taylor Swift. O seu ultimo CD anda mais vintage do que nunca e suas musicas cada vez mais inspiradoras. Era incrível como Taylor conseguia sempre escrever uma musica que fosse minha cara, ou até mais de uma. E Blank Space era a musica perfeita para tarefa, brevemente lembro-me de minha irmã no hospital e suspiro. Apesar de tudo, sei que ela estaria feliz de eu estar seguindo. Ainda mais com essa musica, sem duvidas eu queria brilhar no coral com aquela, mais do que nunca, talvez me soltar um pouco e me divertir. Tudo era possível.

Me olho no espelho encantada com o que via, dou um giro completo e vejo a enorme saia de tule branco amendoado do vestido girar como se fosse nuvens carregadas pelo vento e a parte de cima do vestido era um belo corselete branco de decote coração e sem alças com delicados bordados em dourados. Eu me sentia uma princesa de bailes debutantes com aquele vestido, talvez tinha saído direto de um filme da Disney. Meu batom vermelho fosco estava emoldurado perfeitamente em meu rosto, assim como as faces levemente rosadas, o delineador traçado em linha grossa e simétrica em cada olho e os meus longos círios. Que se enquadravam perfeitamente com o coque alto estilo cinderela e a franja bem moldada. Tudo em mim estava perfeito. Mas, faltava uns detalhes, a coroa delicada dourada e singela decorada com pedrinhas, minhas longas luvas brancas que vinham até um pouco em cima do cotovelo e colar de perolas. E vendo que estava finalmente pronta pisco pra mim mesma no espelho e vou para frente do coral

Me posiciono no meio da área de apresentação, com um microfone estilo rádio antigo, que era tão moderno por dentro quanto os atuais, porque queria mais do que nunca ressaltar minha voz, mas sem tirar o brilho vintage. Viro minha cabeça para a banda, que fiz todos vestirem smoking com gravata borboleta e cabelo com um topete de gel e sorrio acenando com a cabeça positivamente como sinal de que eles poderiam começar. E volto minha cabeça pra frente, seguro com movimentos delicado a haste do microfone e começo a cantar em um ritmo lento e calmo, tentando passar a maior delicadeza do mundo, como se tivesse em um sonho de verão ou ao lado de um príncipe encantado da Disney. Então aos poucos vou levantando minha cabeça e abrindo meus olhos e assim olhando para todos daquela sala enquanto cantava com um sorriso não só nos lábios, mas também nos olhos, pois quem não queria se sentir apaixonado e viver uma magica? E suavemente mecho um pouco meus ombros para o lado seguindo o ritmo da musica. Como se eu tivesse cantando pra mim mesma e curtindo o momento como um fantasia. Porque ali parecia tudo perfeito e eu demonstrava isso só no olhar, aproveitando meu doce momento de ilusão.

Nice to meet you, where you been?
I can show you incredible things
Magic, madness, heaven, sin
Saw you there, and I thought
"Oh my God, look at that face"
You look like my next mistake
Love's a game, wanna play?

Devagar solto minhas mãos do microfone e direciono ela para perto do meu coração. Sem deixar nem por um instante de acompanhar a musica cantando-a de forma delicada mas ainda assim forte e decidida, demonstrando personalidade e determinação, ainda que o tom seja suave. Como uma princesa do século vinte, me viro meio que para o lado lentamente e tiro uma por uma as luvas bem lentamente, apesar de meu rosto ainda está focando na platéia e era clara a exaltação em meu rosto e ao mesmo tempo a delicadeza, o ato que parecia tão inocente, ainda passava como algo sexy e leve. E assim que chego ao trecho “Grab your passport and my hand”, onde minha voz aumenta o tom e toma mais impacto, me viro e jogo com vivacidade e suavidade as luvas no chão, como se um cavalheiro fosse ser gentil e pegar as luvas para a doce dama. E então voltando minha mão para o lugar, faço um movimento com os braços que lembra o bater de uma asa de uma bailarina do Lago dos Cisnes representando o Cisne branco, tão frágil e tão inocente...

New money, suit and tie
I can read you like a magazine
Ain't it funny, rumours fly
And I know you heard about me
So hey, let's be friends
I'm dying to see how this one ends
Grab your passport and my hand
I can make the bad guys good for a weekend

Mas como em Lago de Cisne, todo romance pode terminar em tragédia. E a musica queria dizer exatamente isso, todos tem uma lista longa, onde cabe vários nomes e sempre haverá um espaço em branco, mas aqueles que já foram escritos, não podem mais se apagadas de lá, pois estavam em tinta permanente. Então sem deixar de me concentrar nem um instante da musica, canto nota por nota dedicada enquanto minhas mãos vão até a coroa em minha cabeça e na mesma velocidade que subo minhas mãos, as desço segurando a coração, ate que elas ficam em uma altura boa sobre minha barriga e assim que chega ao trecho “You can tell me when it's over”, fico as olhando com um olhar e sorriso sádico, mas logo as quebro com vontade e as atiros no chão com uma dama. Voltando rapidamente as mãos para haste do microfone e cantando como se nada tivesse acontecido. E como uma miss danço com os ombros e a cintura a musica, de forma divertida e elegante. Pois sabia que ali sempre existiria um novo espaço em branco. Eu poderia parecer maluca, mas todos saberiam que é verdade, o amor é só um jogo onde nem todos saem vencedores. E o final do trecho, apesar de meio ritmado como uma fala, mas ainda soando como uma canção, demonstrava que eu não estava brincando, de tão intenso que era.

So, it's gonna be forever
Or it's gonna go down in flames
You can tell me when it's over
If the high was worth the pain
Got a long list of ex lovers
They'll tell you I'm insane
'Cause, you know, I love the players
And you love the game

De vagar tiro a mão direita do microfone e a coloco sobre meu peito como se eu tivesse sem ar de tão apaixonada, mas logo agarro o colar de perolas sobre meu pescoço e a puxo com força, lhe arrebentando e deixando escapar perolas para todos cantos da sala, demonstrando as cicatrizes que poderiam se formar, eu poderia refazer aquele colar, mas seria difícil reunir todas aquelas perolas e seu fio não tinha mais concerto, iria ficar com um defeito, como uma cicatriz. E então aponto para as prateia e depois para mim como se qualquer um ali poderia ser meu rei. Mas a verdade é poderiam não, nem todos haviam direito ao meu espaço em branco e assim com a mão sobre o decote vou descendo ela sobre o meu tronco, acariciando a pele do decote até a base do tecido do corselete. E logo desço a outra mão deixando minha postura comportada e minhas mãos entrelaçadas sobre a saia. Meu olhar se direcionava para aqueles ali e esperava conseguir o momento todo, apesar de toda dramatização, manter minha voz impecável na musica.

'Cause we're young, and we're reckless
We'll take this way too far
It'll leave you breathless or with a nasty scar
Got a long list of ex lovers
They'll tell you I'm insane
But I got a blank space, baby
And I'll write your name

Canto calma e relaxado, com a mão ainda pousada sobre a saia. Tudo que todos queriam era um sonho adolescente, todos juravam crescer e não acreditar mais serem feliz no amor. Mas isso era mentira, no fundo todo queriam flores, beijos, abraços. E eu cantava aquilo como um sonho, concentrando meu olhar em todos ali na frente, e um semblante calmo, como se tivesse pressa de nada, pois só queria cantar.

Cherry lips, crystal skies
I could show you incredible things
Stolen kisses, pretty lies
You're the king, baby I'm your queen
Find out what you want
Be that girl for a month
But the worst's yet to come

Então agarro com força a saia de tule do vestido e a puxo até que ela se rasgue ao meio e a cada palavra do verso “Screaming, crying, perfect storm”, vou puxando um pedaço da saia para que ela se rasgasse em pedaços e ia os deixando cair no chão, até que consegue destruir a saia e lhe arrancar do corpo, deixando todos os pedaços dela no chão na qual pisa em cima com seu salto preto. Assim sua perna fica exposta, revelando uma meia semi-transparente preta que vinha até metade da coxa, onde era presa numa cinta liga que ligava até seu mini short justo, liso e todo preto. E de repente a garota que parecia uma princesa está parecendo mais perigosa e menos delicada. E pela primeira vez na musica a expressão de seu rosto se torna mais possessiva e sádica.

creaming, crying, perfect storm
I can make all the tables turn
Rose gardens filled with thorns
Skip a second, guessing like
"Oh my God, who is she? "
I get drunk on jealousy
But you'll come back each time you leave
'Cause darling, I'm a nightmare dressed like a daydream

Dou um passo para mais perto do microfone e levanto os braços um pouco para cima fazendo um sinal pra cima e bruscamente desço os braços fazendo um sinal negativo com a mão, de que tudo poderia ruir e ao mesmo tempo meu corpo declina para o lado junto. Os movimentos do meu corpo que inicialmente eram propositalmente mais duros e milimetricamente controlados se tornaram mais livres assim como meu rosto se tornou mais expressivo, meu olhar ganhou um toque de malicia e até minha voz se tornou mais agressiva. Seguro o microfone com uma das mãos balanço e então o solto violentamente sem deixar que ele caia em “lover”. Seguindo minhas mãos para o cabelo, onde puxo o grampo que prendia o coque em meu cabelo, fazendo os longos fios castanhos caindo sobre meus ombros como uma cachoeira em “game”, onde deixo minha voz mais potente e lanço um olhar de segundas intenções para o pessoal que me assistia, nesse momento eu devia estar parecendo uma louca, o que me dava certeza de está conseguindo meu objetivo.

So, it's gonna be forever
Or it's gonna go down in flames
You can tell me when it's over
If the high was worth the pain
Got a long list of ex lovers
They'll tell you I'm insane
'Cause, you know, I love the players
And you love the game

Mexo a cabeça de um modo em que meu cabelo balance junto e lhe deixem um pouco mais bagunçados, meu corpo e meus braços começam a seguir o ritmo da musica, minhas expressões mudam constantemente e se torna tão instável quanto uma relação, mas ainda assim intensas. Minha voz ao mesmo tempo consegue ser doce, animada e intensa que se torna agressiva, pois nem tudo que é bom precisa durar ou ser manso e calmo, e toda com essa energia chuto o resto da sai da saia do vestido para longe enquanto colocava a potencia da minha voz em teste com potencia.

'Cause we're young, and we're reckless
We'll take this way too far
It'll leave you breathless or with a nasty scar
Got a long list of ex lovers
They'll tell you I'm insane
But I got a blank space, baby
And I'll write your name

Caminho suavemente e sorrateiramente como minha voz até o garoto que estava tocando guitarra, coloco a mão direita em seu ombro levemente enquanto a esquerda coloco sobre minha cintura, me posicionando ao seu lado , fixando meu olhar sério as pessoas que estavam na minha frente e sem pressa e quase emoção nenhuma canto, até que viro somente meu rosto para o rapaz e ele vira o seu também pra mim, juntando em uma troca de olhares intensa, então levanto mão que estava sobre seu ombro e a levo até o seu queixo e trago seu rosto para mais perto do meu e então sorrio com malicia no final no trecho e me separo do rapaz.

Boys only want love if it's torture
Don't say I didn't, say I didn't warn ya
Boys only want love if it's torture
Don't say I didn't, say I didn't warn ya


Então ando rapidamente até a frente, onde puxo o garoto loiro para que fique em pé e giro cantando animadamente assustadora, aquela musica estava sendo divertida para a apresentação vintage. Depois de virar meu corpo se cola ao do rapaz e sorrio pra ele sem malicia alguma, só de forma divertida e me afasto voltando para o meio do palco onde eu canto (exausta) feliz e com uma expressão louca em meu rosto. Sigo minha voz intensa e ao mesmo tempo doce, ao mesmo tempo que eu mostrava perigo como um urso de pelúcia e fofura como um leão comendo sua presa. Mas acabo terminando a musica como se tivesse acontecido nada e ajeitando meu cabelo, que mesmo parecendo louca, queria sair pelo menos apresentável depois dessa musica.

So, it's gonna be forever
Or it's gonna go down in flames
You can tell me when it's over
If the high was worth the pain
Got a long list of ex lovers
They'll tell you I'm insane
'Cause, you know, I love the players
And you love the game
'Cause we're young, and we're reckless
We'll take this way too far
It'll leave you breathless or with a nasty scar
Got a long list of ex lovers
They'll tell you I'm insane
But I got a blank space, baby
And I'll write your name

Sorrio para todos e agradeço brevemente, recolho os pedaços da saia no chão e vou me trocar, colocando uma calça jeans e uma blusa branca básica e rosto limpo sem maquiagem e me sento para a próxima apresentação.
by: mary


Convidado
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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Milena S. H. McCain Sáb 22 Nov 2014 - 15:09

Anos 80? Vintage? Professora substituta? Oi? Preciso me acostumar com essa vida de americana. Tantas coisas, tantas novidades, mudanças a cada instante. Uma hora estou no Starbucks comprando café, outra hora estou atravessando a rua tomando o café que comprei, outra hora estou com o café todo derramado na blusa, então vou pra casa, troco de roupa, volto ao Starbucks, compro outro café, vou para escola com toda cautela do mundo e vejo que essa brincadeira toda causou uma falta d'aula cara de pau de minha parte. Para completar a folia, William Schuester, impossibilitado de dar aula naquela semana, fora substituído por uma loura louca (mas gente boa) chamada Holly Holliday, também conhecida como professora substituta de espanhol. Quantas vezes falei a palavra "substituta" nesse curtíssimo espaço de tempo? Assim como o treinador oficial está incapacitado de vir, estou incapacitada de contar, porque agora tem uma morena com um sorriso divertido puxando-me pela mão.
As apresentações começaram muito bem. Senti-me um pouco sem graça por ser o segundo (ou terceiro) centro das atenções, mas completamente bem ao mesmo tempo, diverti-me tanto! A menina é dona de um talento imenso, tanto pra dança, quanto para música. Ah, e senti-me meio constrangida também, com algumas insinuações sobre mim e meu mais novo amigo, Sam. Talvez por ter nos encontrado uma vez, perdidos pelos corredores da McKinley. Mesmo sem entender o real sentido, senti-me tão corada que minha pele deve ter ficado da mesma cor do meu cabelo.
Para piorar (ou melhorar) a situação, a apresentação do menino deixara-me perplexa. Não preciso comentar sobre sua voz, uma vez que é dono de uma rouquidão maravilhosa e capaz de alcançar notas incríveis, mas tenho que dizer que fiquei extremamente surpresa quando ajoelhou-se a minha frente justamente em uma parte tão profunda de uma música que amo tanto de Paul McCartney. Fiquei tão nervosa que poderia cavar um buraco no chão e me enfiar ali, se tivesse oportunidade. Ah, também não preciso comentar de como ri quando o ouvi dizer " -Eu escolhi essa música porque o Paul McCartney é velho e o tema era vintage."
Com tantas "homenagens" e interações (ou nem tantas assim), acabei por me esquecer do principal. Escolher a música certa para mim. Nunca vira um tema que combinasse melhor, mas a escolha da década em específico prejudicou-me um pouco. Não que não goste dos músicos dos anos oitenta, pelo contrário, mas achar algo que simplesmente se encaixasse naquela situação não fora lá uma tarefa tão fácil.
Continuei indo as aulas do glee club nos dias que se seguiram. A mulher loura era engraçada e agradável, assim como as aulas. Descobri que o nome da morena é Dianna e eu, ela e Sam estamos criando um forte vínculo de amizades nesses dias que se passam. Mas foi só depois da maravilhosa, como já era de se esperar, apresentação de Mary, também chamada por mim de Mana, que viera em mente a apresentação perfeita.
The Smiths, pra mim, sempre foi um ícone da música alternativa. Uma das maiores influências na música até hoje. O jeito deles misturarem um ritmo dançante com uma letra deveras depressiva é algo que não só admiro como amo. E era aquele paradoxo que eu queria levar para sala do New Directions naquela semana.
O sinal batera ao final das aulas, como de costume, mas eu já estava preparada dentro da sala, escondida debaixo do piano. As pessoas iam entrando aos poucos, reparando e comentando coisas sobre as cortinas pretas que eu havia espalhado no teto, formando várias "redinhas", ou algo parecido. Antes que senhorita Holliday perguntasse por quem iria se apresentar naquela tarde, a banda começou a tocar a introdução, como o combinado, e as luzes se apagaram. Eu já havia combinado com o pessoal da iluminação, também, então espécies de 'holofotes', mas mais finos, como fios de luz, de todas as cores, começaram a percorrer pela sala. Aquilo era para reforçar a ideia da música, uma mistura de pura animação com uma certa depressão, que as cortinas proporcionavam.
No meio da sala havia um microfone no pedestal. Algo simples e preciso. Vestia uma calça skinny de couro, preta com algumas coisas escritas de cinza, que eu não prestei muita atenção. Uma blusa de alça, que ia até metade da perna, quadriculada (não xadrez, mas com quadrados grandes mesmo), de preto, verde, rosa e azul e um tênis all star roxo faziam parte do meu look também. Meu cabelo rosa estava completamente bagunçado, com um lenço amarrado num laço enorme em cima da cabeça. Era como se eu tivesse acabado de sair de uma máquina do tempo, mas apenas havia saído debaixo daquele piano, saltitando ao ritmo da canção.

I was happy in the haze of a drunken hour
But heaven knows I'm miserable now
I was looking for a job, and then I found a job
And heaven knows I'm miserable now

Assim que abri a boca, um único holofote, que mudava de cor a cada instante, caiu sobre mim. Cantava como uma backing vocal em um bar, remexendo meu corpo para lá e para cá, através da minha perna, junto de meu braço. Caprichei nos tons mais altos, mas não usei o grave, como era de se esperar. A fim de me arriscar um pouco, deixei minha voz o mais natural possível, mas inclinada para o agudo, caindo totalmente para esse tom no primeiro "now".
Minha mão direita puxou o microfone e eu segui para frente, inclinada, mexendo os ombros para lá e para cá no "In my life", levantando a postura logo em seguida, até demais, remexendo os quadris desta vez.

In my life
Why do I give valuable time

Aproveitei que Sam estava na primeira fileira e sentei-me em seu colo. Encarei seus olhos, como quem estivesse em uma conversa bem séria, enquanto minha mão esquerda estava apoiada em seu ombro. Assim que cantei a palavra "die", da maneira mais aguda e graciosa que consegui, deitei no ombro do loiro, com a mão na testa, como quem realmente estivesse morrendo.

To people who don't care if I live or die ?

Assim que o refrão acabou, me levantei completamente diferente, feliz e animada. Dançando com todo meu corpo, como se não houvesse amanhã. Uma coisa que posso me orgulhar de minhas performances é da minha espontaneidade. Não gravo passos, preocupo-me com o principal de um cenário, quando necessário, e o resto eu deixo rolar. Sempre funciona.
Sentei-me sobre o piano e balancei minhas pernas. Essa é uma das vantagens de ter um metro e cinquenta e sete de altura.

Two lovers entwined pass me by
And heaven knows I'm miserable now

A mão desocupada pousou sobre meus olhos, como se aquilo me ajudasse a enxergar, e meu rosto rodou a sala, como quem procura por algo. Pulei do piano e me ajoelhei no chão. Fingi-me de desesperada, tanto que nem me preocupei e dei uma semi-desafinada propositalmente, como quem clamasse algo aos céus.

I was looking for a job, and then I found a job
And heaven knows I'm miserable now

As luzes continuavam um pouco escuras, mas já não estavam totalmente apagada, e os fios de luzes voltaram, mas menos fortes. Estava com medo de ser a culpada caso alguém tivesse um ataque epilético. Com uma corridinha cordial (não sei se essa expressão combina, mas não sou capaz de mandar nas coisas que meu cérebro pensa), fui até Dianna com um sorriso gigante, lembrando da apresentação da dama dias atrás. Sentei-me em uma cadeira vaga ao seu lado e fiz a mesma coisa que fizera com Sam. Cantei para ela, como quem pedisse uma confirmação do que eu estava falando, uma resposta talvez. Para esclarecer, minha expressão demonstrava mesmo o que a música dizia: Na minha vida, por que dou um tempo valioso à pessoas que não ligam se estou viva ou morta?
Deitei em seu ombro, simulando um desmaio no "die", enquanto minha voz despencava em um agudo extremo que, em modesta parte, dera muito certo.

In my life
Oh, why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die?


Com o ritmo mais dançante que nunca, levantei-me puxando Dianna comigo. Não sei se sem querer, ou propositalmente, ela puxou um menino moreno (e realmente bonito) com ela e logo estávamos os três indo até Sam, fazendo-o se levantar também. Este parece ter gostado da brincadeira e puxou Mary. Logo estávamos nós cinco andando pela sala como um trenzinho, dançando ao ritmo da guitarra. No final, girei-me nos braços de Dianna e corri até o final, ficando atrás de minha irmã. Cantei em seu ouvido, com o microfone um pouco longe para não estourar seus tímpanos.

What she asked of me at the end of the day

Me enfiei na frente dela e agarrei Sam pela cintura, movimentando seu corpo para esquerda e para direita, empurrando-o, a fim de que o 'trem' continuasse a andar. E ele continuou, cada vez maior, pois eu chamava, mesmo que de longe, outras pessoas para se juntar a nós. Muitos pareciam ter um ponto de interrogação no rosto. Não entendiam o porquê de eu estar tão feliz cantando algo tão depressivo, mas essa era ideia, esse era o espírito Morrissey que eu tanto amo.

Caligula would have blushed
"You've been in the house too long" she said
And I (naturally) fled

Abandonei o pessoal, que já estava animado, daquele jeito mesmo, e fui até o pedestal que estava a minha espera. O holofote voltou a me iluminar e as luzes coloridas cessaram. Com o microfone ali de volta, tive total liberdade para movimentar os braços da maneira que eu bem entendesse, assim como o corpo todo. Resolvi encher minha voz de falsetes, algo que caracteriza bem as bandas dos anos oitenta. Aquela parte, o ritmo e o tom se diferenciavam do resto da canção, apenas a letra era igual, o que facilitou minhas firulas.

In my life
Why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die ?

No segundo verso, meu corpo estava apoiado do pedestal e eu fiquei naquela posição até o fim do último. No "die", fui escorregando até sentar-me ao chão.
A música estava chegando ao seu fim e eu já não tinha mais nada para cantar. Resolvi, então, apenas divertir-me ao som instrumental de encerramento, juntamente de todos o new directions. As luzes se apagavam aos poucos para, logo em seguida, acenderem-se. E ali estava eu, segurando a mão de Sam e girando, sorrindo a uma perfeita imitação de The Smiths.
thanks juuub's from @bg !

I was happy in the haze of a drunken hour
Post: 001
Taggeds:  New Directions.
Clothes: Citado no post.
Lyrics: The Smiths - Heaven Knows I'm Miserable Now

Milena S. H. McCain
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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Artie Abrams Seg 24 Nov 2014 - 19:12


 




Johnny and Mary
Johnny's always running around trying to find certainty, he needs all the world to confirm that he ain't lonely... Mary counts the walls...


Artie estava tendo um bom dia, desde o fim de seu namoro com Brittany isso havia se tornado cada vez mais raro, mas hoje ele estava animado e o motivo disso tinha sido a lição dada por Holly Holliday. Primeiramente ele havia ficado surpreso pela aparição da mulher e preocupado com a condição do Mr. Schue, mas quando ela passou a atribuição semanal tudo havia sido esquecido, não era segredo para ninguém que o rapaz de óculos quadrados adorava a música dos anos oitenta e ter uma atribuição sobre isso era simplesmente ideal para Artie. Decidir qual música executar havia sido complicado, ele sabia que a maioria dos integrantes do coral que o conheciam achavam que ele iria cantar alguma música do Michael Jackson já que ele era um grande fã do cantor, mas Artie não queria ser previsível, ele queria surpreender os integrantes do coral, ele queria mudar e melhorar. Brittany e Tina, os dois relacionamentos falhos do rapaz incomodavam a sua mente e depois do verão ele havia pensado bastante no que fazer, ele sabia que queria se tornar um cineasta, mas sempre teve medo de ir lutar por isso, mas ele iria se tornar um, ele era Arthur Abrams e mostraria para o New Directions que aquele era o seu ano de brilhar.
Ele estava fazendo algumas notas de química na biblioteca quando a playlist do seu Ipod começou a tocar uma música que ele era muito acostumado, Robert Palmer era um dos seus ídolos dos anos 80 e aquela música era especial para Artie porque ele simplesmente amava o videoclipe, tinha que ser ela, ele sabia que tinha que cantar aquela música na atribuição semanal. Em um período livre ele falou com alguns integrantes do clube de teatro que ele conhecia, eles pareciam interessados no que Artie queria fazer e o próprio Artie estava ansioso. As apresentações anteriores foram interessantes, a primeira foi uma das novatas chamada Dianna, ela cantou Taylor Swift e Artie não pode deixar de se divertir com sua apresentação, ele próprio havia escutado o novo album da Taylor e aquela era uma das suas músicas favoritas do album. Em seguida Sam havia decidido fazer uma apresentação, ele não tinha visto o loiro em um bom tempo e foi bom ver que o loiro estava bem. Artie não pode deixar de rir ao escutar o que ele havia dito sobre a canção que iria executar e ficou ansioso afinal era um fã eterno dos Beatles e do Sir Paul McCartney. Sua apresentação foi bem limpa, sem erros e ele conseguiu fazer uma boa interpretação da música.
A próxima que cantou era uma das novatas também, ter gêmeas no coral era meio confuso, mas depois de um tempo já sabia diferenciar as duas, Milena era a com cabelos na cor de rosa e Mary era a de cabelos castanhos que sempre parecia estar rindo de alguma coisa. Artie não havia falado com nenhuma das duas, mas achava que elas eram pessoas divertidas de se conversar. Mary cantou outra canção de Taylor Swift e Artie teve que aplaudir aquela apresentação, ela havia simplesmente arrasado com Blank Space e parecia que Rachel iria ter competição pesada naquele ano. A irmã de Mary foi a próxima, ela cantou The smiths e Artie também aplaudiu essa apresentação, ele levantaria se pudesse, as irmãs McCain eram extremamente talentosas e ele se perguntou onde elas estiveram antes. Finalmente chegou o momento da apresentação de Artie e os integrantes do grupo de teatro tinham lhe ajudado a decorar a sala exatamente como no clipe original do Robert Palmer. Alguns painés pretos com moldura estavam espalhados pela a sala representando as portas do filme. Uma grande escrivaninha estava no centro da sala com papeis jogados em todos os lugares e com um microfone idêntico ao do clipe posicionado em cima e atrás dela havia uma parede representativa com uma persiana acima.. A banda estava preparada em um canto.
Artie agora podia sentir o nervosismo começar a lhe afetar, suas mãos estavam suando por debaixo das luvas, ele balançou a cabeça, não podia se deixar ficar desse jeito. Holly perguntou quem iria se apresentar e ele foi para a sua posição. Dois dançarinos estavam representando Johnny e Mary da canção atrás dele e um estudante do clube de teatro tinha posicionado holofotes de tamanho médio na sala. Apagaram as luzes e logo o ritmo rápido e que Artie estava tão acostumado começou a soar da bateria e da guitarra da banda. Artie digitava palavras desconexas na máquina de escrever, um holofote lhe iluminava enquanto outros dois iluminava os dois dançarinos atrás dele. Ele abriu a persiana atrás de si e olhou para os dançarinos voltando então pra máquina de escrever.
Johnny's always running around
Trying to find certainty
He needs all the world to confirm
That he ain't lonely
Mary counts the walls
Knows he tires easily

Assim que chegou o momento da letra Artie afastou suas mãos da máquina de escrever para segurar o microfone, aquela música não exigia muito vocalmente, era bastante simples e tinha um tom simples e grave, mas Artie queria dar um tom um pouco mais rock para a canção, então o arranjo musical era um pouco mais agitado do que a versão original, era mais puxado para a versão da banda Placebo. Os dois dançarinos não dançavam tecnicamente, eles faziam um tipo de mímica representando a canção, as roupas pretas do dançarino masculino constratavam com a sua pele pálida enquanto a dançarina que representava Mary vestia um vestido delicado branco que lhe deixava com uma aparência meio angelical.
Johnny thinks the world would be right
If it could buy truth from him
Mary says he changes his mind more than a woman
But she made her bed
Even when the chance was slim, oh

Artie fez alguns melismas na metade da canção para dar uma variedade vocal e não ficar uma apresentação muito linear, ele teve que se lembrar mentalmente de respirar durante as frases com a técnica que havia praticado ultimamente e de ter certeza que sua ressonância era correta. No final da estrofe ele decidiu estender um pouco mais a última nota, já que a canção utilizava mais de fraseados então ele tinha que improvisar para não cair na monotonia. O Johnny havia se curvado e na parte instrumental depois da estrofe tinha começado uma bela e singela valsa com a Mary, a caneca que estava em cima da escrivaninha foi levada aos lábios de Artie e ele ficou feliz por ter enchido a mesma com um latte antes da apresentação, ele olhou para o casal por trás da persiana aberta.
Johnny says he's willing to learn
When he decides he's a fool
Johnny says he'll live anywhere
When he earns to time
Mary combs her hair
Says she should be used to it
Mary always hedges her bets
She never knows what to think
She says that he still acts
Like he is being discovered
Scared that he'll be caught
Without a second thought
Running around

O dançarino que representava o Johnny se separou da Mary no momento que Artie segurou o microfone e começou a cantar. O dançarino foi para perto da escrivaninha com um olhar curioso e andou ao redor de Artie, seus movimentos eram lentos e programados, não pareciam naturais. No verso "Mary combs her hair" a dançarina que representava a Mary passou as mãos pelos longos cabelos e girou em uma bela e delicada pirueta que lembrava muito o ballet clássico. Ela fez alguns movimentos que lembravam um pouco mais uma mistura de dança contêmporanea e quando o dançarino que representava o Johnny se aproximou eles começaram uma coreográfia de dança contemporânea que já havia sido ensaiada anteriormente que durou boa parte do instrumental.
Johnny feels he's wasting his breath
Trying to talk sense to her
Mary says he's lacking a real
Sense of proportion
So she combs her hair
Knows he tires easily

Mary parecia tentar convencer Johnny a alguma coisa e o dançarino representava como se ele não quisesse fazer, eles estavam fazendo mímica de uma discussão, aquela encenação lembrava bastante os filmes de Chaplin para Artie. Ele se encostou um pouco mais na cadeira com o microfone nas mãos.  No final da estrofe Artie estendeu mais uma vez a última nota e Mary havia voltado a pentear seus cabelos com suas mãos enquanto Johnny parecia estar confuso olhando ao redor assim como deveria ser na canção.
Johnny's always running around
Trying to find certainty
He needs all the world to confirm
That he ain't lonely
Mary counts the walls
Says she should be used to it

Johnny voltou para perto de Mary e parecia encenar um pedido de perdão, Artie tentou colocar mais variedade no fraseado básico da canção increscentando alguns melismas naqueles últimos segundos da canção. Finalmente na metade da estrofe Mary fez uma breve reverência e segurou a mão de Johnny iniciando uma bela e lenta valsa. Ela se aproximava e dançava por 2 segundos com ele antes de se separar e voltar de novo em uma repetição que parecia não ter fim.
Johnny's always running around
Running around

Artie estendeu bastante as notas naquele final da música deixando algumas um pouco mais duradouras e agudas. O casal de dançarinos passava por trás dos paines negros e quando saiam de trás de um pareciam estar brigando, para então valsar novamente por trás de outro e parecerem estar apaixonados novamente. Isso continuou por alguns segundos até eles pararem abraçados parecendo felizes e apaixonados. Artie então fechou a persiana da representação da janela atrás de si e a música acabou. Artie sorriu como um agradecimento e foi para o seu lugar enquanto ajeitavam a sala.


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Artie Abrams
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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Beat Qui 27 Nov 2014 - 21:43

time, new versions can turn old things.
━━━━━━━━━━
i'm a freak, really? has noticed that the left behind?
A
s apresentações tinham sido todas espetaculares. Umas, melhores do que as outras, mais animadas e bem mais preparadas. Outros, tinham parecido fazer as coisas na base do improviso, mas o que importava, era que tinham feito algo. Levantou-se, um sorriso iluminando o rosto. Aqueles garotos tinham talento, e precisavam despertá-lo. Enquanto eles ainda estavam em clima de nostalgia pelas apresentações que haviam acontecido, Holly pensava em um novo tema. O que poderia ser dessa vez? Não queria passar algo que eles pudessem ver como uma coisa fácil. Queria vê-los trabalhando nos mais diversos gêneros. Já que vintage tinha sido algo bem dançante, uma ideia se passou por sua mente.

- Só tenho uma coisa a dizer sobre essas apresentações. - Sorriu. - WOW! - Os aplaudiu.

Andou até o lado esquerdo, comprimindo os lábios, unindo as mãos. Seria um pouco mais complexo desta vez.

- O tema desta semana, é indie. - Ainda com as mãos unidas, voltou a fechar o sorriso. - Mas, quero algo levado para o acústico. Transformem suas músicas preferidas e lhe deem a versão acústica. E, quero que toquem um instrumento. Violão, piano, qualquer um. Desde que siga o propósito. Vamos ver no que dá. - Aproximou-se do piano.

Holly juntou as coisas que havia trago, olhando uma última vez para as pessoas ali dentro. Era a primeira vez que os via, mas tinha ligado-se aos garotos. Eles pareciam do tipo que a loira sabia lhe dar. Alguns perdidos, outros, decididos, mas confusos perante algumas coisas. Sentia-se jovem de novo, não que não fosse, mas junto deles, sentia que podia ver uma própria versão sua apresentando-se junto a eles.


"money, power and glory. sisters breast of madness".
Beat
Beat
Narrador

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Sala do New Directions Empty Re: Sala do New Directions

Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Dom 30 Nov 2014 - 12:58



It's time to begin, isn't it?
A animação daquela mulher estava me dando um pouco que nos nervos. Mas, Holly estava se saindo bem como uma substituta. Não era tão precisa, ou era, já que tinha mudado o estilo drasticamente. De algo extremamente animado, para um calmo. Jamais havíamos tido um tema como este, em todos os anos que havia passado no New Directions. Indie acústico. Seria difícil, já que transformar rock em coisa calma não era nada fácil. Além do mais, eu estava acostumada a ouvir pop, e gêneros do tipo, rock era a última coisa a se encontrar na minha playlist. O sinal tocou, nos liberando para, finalmente, ir embora.

▧▧▧

Já na sala do New Directions no dia seguinte, me sentei na cadeira do meio, na segunda fileira de baixo para cima, ao lado de Sam Evans. Sorri para o loiro, colocando minhas coisas ao lado da cadeira, no chão mesmo. Odiava ter que ficar com bolsas no colo, simplesmente me irritava. Ninguém começou, como na tarefa anterior. Eu seria a primeira de novo? Ainda não estava cem por cento em estar em um clube de coral, me apresentar em frente a tantas pessoas, mesmo depois de 3 longos anos. Isso acontecia nos dias em que eu estava desmotivada para fazer as coisas, porém, a música criava motivações para tudo, e desta vez não podia ser diferente. Em casa, pensando no que cantar, havia me decidido sobre o que iria performar, pensei que realmente era hora de começar. A apresentação, a ter motivos para estar mais animada, a tudo.

Ahn, acho que ninguém vai começar. — Me levantei, sorrindo envergonhada. — Vou cantar It's time, do Imagine Dragons. — Anunciei, sentando em um banco alto, pegando um violão que tinha trago de casa e colocado ali mais cedo.

Respirei fundo, tinha combinado com o pessoal da banda, que quereria a ajuda de apenas um deles, a de quem soubesse tocar violino. E lá estava, um garoto ruivo, com aparência nerd ao meu lado, com o instrumento deitado no ombro. Comecei a tocar, e após três exatos segundos tocando sozinha, ele me acompanhou. Continuamos juntos, até que estava no tempo de introduzir a letra da canção.

So this is what you meant
When you said that you were spent
And now it's time to build from the bottom of the pit
Right to the top
Don't hold back
Packing my bags and giving the Academy a rain check

Fechei os olhos, a expressão um tanto que séria. Comecei a cantar em um tom cordialmente leve, suave e aveludado. Não tinha pretensões de mudá-lo em algum momento. Como se tratava de um tema acústico, achava desnecessário tons muito altos. Procurei algo pela mente, vasculhando uma imagem, lembrança ou qualquer coisa que me motivasse a continuar a canção, com base nisso. O ruivo do violino já não me acompanhava mais.

I don't ever want to let you down
I don't ever want to leave this town
'Cause after all
This city never sleeps at night

Pensei em algo que não me era negligenciado para o momento. Mas, a imagem da conversa surgiu como um efeito que me fizera sorrir, enquanto abria os olhos, olhando aleatoriamente para a sala, sem focar em algo ou alguém. O assunto na rede social, WhatsApp, era sobre água. Sobre não beber. Genevieve era uma garota que havia conhecido quando ainda era da Carmel, a dois anos atrás. Ela estava me dando bronca, por estar sentindo algumas dores, e um dos motivos, era a falta d'água. Ambas tínhamos este problema. Eu não queria decepcioná-la, mesmo com uma coisa tão besta.

It's time to begin, isn't it?
I get a little bit bigger but then I'll admit
I'm just the same as I was
Now don't you understand
That I'm never changing who I am

Depois, como uma névoa, a imagem havia mudado. No refrão, o violino voltou a se fazer presente, junto a minha voz e o som do violão. Agora, por trás de meus olhos, eu via minha própria imagem, conversando com algumas pessoas. Em épocas diferentes. Eu não tinha mudado nada. Era a mesma pessoa de sempre, e não sabia se isso era algo bom. Não procurava ver o mal em quem quer que fosse, tentava ajudar, e quando algo dava errado, eu passava uma borracha em cima do que tinha acontecido durante 'os bons tempos' com a pessoa.

So this is where you fell
And I am left to sell
The path to heaven runs through miles of clouded hell
Right to the top
Don't look back
Turning to rags and giving the commodities a rain check

Não sabia lidar com mudanças, eram coisas contraditórias para mim. Uma pessoa mudar, significava que algo havia sido perdido. O jeito de pensar, a forma de fazer escolha, de falar com as pessoas, de ver o mundo. Qualquer coisa. E isso, era algo que eu não pretendia fazer ou nem mesmo querer. Concordava com o que estava na letra da música. Realmente, o caminho para o paraíso tinha milhas de um inferno nublado.

I don't ever want to let you down
I don't ever want to leave this town
'Cause after all
This city never sleeps at night

Mais uma vez pensei em Genevieve, e sorri. Neguei com a cabeça, fincando os olhos em Milena. Arqueei uma sobrancelha, não tinha um motivo para cantar uma parte dessas para ela. Não tinha motivos para decepcioná-la. Mas, a seus cabelos rosados, o sorriso simpático, a expressão animada sempre me faziam sentir nostalgia. Estar com ela, era estar sempre sorrindo. Mesmo sem uma única palavra dita. Era bom se sentir assim.

It's time to begin, isn't it?
I get a little bit bigger but then I'll admit
I'm just the same as I was
Now don't you understand
That I'm never changing who I am

Mudei o olhar para outras pessoas na sala. Artie fora o primeiro. Ele tinha algo que jamais mudaria. A deficiência física. Mas, não era algo que ele pudesse ter como uma obstrução para não continuar vivendo. E ele sabia bem disso, já que não se deixava abalar. Gostava do garoto por este motivo. Por ser forte. Sorri para ele, um sorriso amigo. Mudei a vista para a gêmea de Milena, Mary. As duas eram totais opostos. Mary era mais séria, mais 'concentrada.' Não me demorei nela, indo diretamente para Sam.

This road never looked so lonely
This house doesn't burn down slowly
To ashes
To ashes

Toquei esta parte sozinha, sem a ajuda do violino. Meus olhos estavam ligados aos azuis dele, sempre alegres também. Sam Evans tinha uma aura de diversão em volta de si, e talvez não se desse conta disso. Os poucos minutos que havia passado com ele dias antes da festa de Halloween tinham sidos o bastante para perceber isso. Parei de tocar.

It's time to begin, isn't it?
I get a little bit bigger but then I'll admit
I'm just the same as I was
Now don't you understand
That I'm never changing who I am.

Cantei as últimas partes olhando para o violão em meu colo, um pequeno sorriso brotando no rosto. Tinha concluído a tarefa sem exageros, dentro do tema, e conseguido motivações dentro daquela pequena sala, e fora dela também. Findei a música, levantando os olhos, encarando por poucos segundos o pessoal da sala. Me levantei, agradecendo ao ruivo do violino, e voltei para meu lugar de antes, esperando pelo que se seguiria.


— The path to heaven runs through miles of clouded hell.
Dianna G. Ohlweiler
Dianna G. Ohlweiler
commanders

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Mensagem por Adm Seg 1 Dez 2014 - 18:45

You put on quite a show
Toda vez que Holly entrava na sala eu não conseguia conter um sorriso, a mulher se parecia com uma Brittany anos mais velha, sempre com o astral para cima e animando o pessoal, o que foi um dos motivos para me deixar surpreso com a escolha da tarefa da semana, Indie é um de meus estilos musicais favoritos mas dificilmente era um tipo de música que se enquadra em algo popular para tocar em uma competição de coral. Pude ouvir alguns murmúrios de desaprovação em relação a tarefa, mas o sinal os interrompeu e todos fomos para casa.
...

No dia seguinte entrei calmamente na sala do coral e tirei minha letterman jacket e a pendurei na cadeira, tinha pensado em uma música que talvez não fizesse muito sucesso entre meus colegas de coral mas algo me dizia para cantar. Sorri para Dianna, que sentara a meu lado e a observei tomar a coragem de ser a primeira a cantar a música para a tarefa, e ela o fez magnificamente, como sempre. Depois que ela se sentou novamente a meu lado, esperei alguns minutos por alguém que prosseguisse, mas com as conversas paralelas dominando ninguém o fez e eu me levantei indo para o centro da sala.
Peguei um violão e puxei um dos bancos para me sentar, a música seria composta apenas de minha voz e do violão. -A música que vou tocar se chama Smoke and Mirrors e é do Gotye. Vocês devem conhece-lo por Somebody that I used to know. Falei em resposta aos olhares inquisidores de alguns membros do coral e respirei fundo antes de começar.
Dedilhei os primeiros acordes e mantive a voz suave para cantar. Olhei para todos os integrantes, muitos acham que sou sempre o cara alegre mas não é assim, as vezes me sentia uma fraude mas era muito mais fácil manter isso escondido sobre a fachada alegre ou ficar quieto na minha do que mostrar e sei que muitos ali faziam o mesmo.

You're a fraud and you know it
But it's too good to throw it all away
Anyone would do the same
You've got 'em going
And you're careful not to show it
Sometimes you even fool yourself a bit
It's like magic
But it's always been a smoke and mirrors game
Anyone would do the same

Deixei de olhar para todos e encarei o chão enquanto tocava, sentindo como se cantasse essa parte para mim. Era a mesma sensação que senti quando entrei no McKinley, tendo que fazer o que era esperado de  mim para ser popular. E em como acabei entrando em situações que não deveria, como o namoro com Quinn entre outras. Eu me sentia um lixo quando ia para casa e me olhava no espelho.

So now that you've arrived well you wonder
What is it that you've done to make the grade
And should you do the same?
Are you only trying to please them
You're desperate to deliver
Anything that could give you
A sense of reassurance
When you look in the mirror

Meus olhos começaram a vagar pelo lugar e eu comecei a usar um falsete em notas altas, para mostrar certa dor e desespero na voz. Meu olhar parou sobre Dianna e por todas as  outras pessoas que faziam parte das cheerios ou de alguns dos times e eu sabia que passavam pelo mesmo que eu.

Such highs and lows
You put on quite a show
All these highs and lows
And you're never really sure
What you do it for
Well do you even want to know?
You put on quite a show


Voltei a cantar suavemente, quase que falando, como se estivesse contando a  todos um segredo, um segredo que todos já sabiam mas não tinham coragem de espalhar por ai. Covarde era a palavra para descrever o sentimento, Olhei Mary sentada, com seu semblante tranquilizador, ela tinha se tornado uma espécie de mãe para mim e eu cantei como se perguntasse a ela se tinha noção do que seu filho havia se tornado, repetindo os dois versos finais algumas vezes para dar enfoque.

You're a fraud and you know it
And every night and day you take the stage
And it always entertains
You're giving pleasure
And that's admirable you tell yourself
And so you'd gladly sell yourself
To others
Mother
Are you watching?
Are you watching?

Virei o violão sobre minhas pernas e comecei a usá-lo como instrumento de percussão e voltando a cantar em falsete. Liberei o olhar sobre Mary e encarei o nada absoluto. Ao chegar no final da música fiz uma batida um pouco mais forte na madeira do violão e parei por ali.

Such highs and lows
You put on quite a show
All these highs and lows
And you're never really sure
What you do it for
Well do you even want to know?
Yeah you put on quite a show


Me levantei sobre o silêncio dos outros integrantes e coloquei o violão no lugar antes e voltei para meu lugar sem erguer o rosto ou falar com alguém. Tinha sido uma música com palavras muito direcionadas e não queria receber os olhares indignados de alguns ou de pena de outros.

Smoke and Mirrors



Adm
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Mensagem por Juan Ortiz Ter 2 Dez 2014 - 13:18

Completaly Lost in
Ele estava naquela sala à algum tempo, e se perguntava se era normal novatos se esconderem em algum canto, o que supostamente foi o que ele fez. Demora algum tempo para você pegar o jeito; foi o que preferiu pensar ao ver os demais integrantes do coral entrando na sala, talvez a figura bronzeada num dos cantos não fosse notada pelos demais e de certa forma ele preferia daquele jeito, mas não pensemos que o mexicano sem sombrero ali no canto era um tanto recluso a socializações, infitamente tímido ou mesmo autista, não era não, de forma alguma! Mas todos sabemos a inicial dificuldade de se exibir num meio novo, aliás também é bom considerar que agora no auge da adolescência ele passou metade da vida se escondendo da fiscalização por ser um imigrante legal e apenas recentemente se tornou um cidadão americano, então vamos com calma que uma hora engrena.

Com a tarefa passada ele decretou a si mesmo que não iria ser o primeiro, afinal o primeiro e o último sempre são os mais visados e Juan preferia uma posição mais sutil e discreta neste momento. A primeira pessoa naturalmente se levantou vendo a omissão de todos, pensou que a garota estivesse furiosa, mas não era para tanto, resumiu-se à assistir a apresentação tanto dela quanto do loiro que foi logo em seguida. Sinceramente era fácil perceber por o New Directions era um coral com tamanha visibilidade no cenário, realmente conservavam talentos muito bons e se tornar o destaque daquele grupo deveria ser um verdadeiro choque. Juan sempre pregou a humildade, estava tendo suas pequenas conquistas só de uns anos para cá então precisou aprender a abaixar a cabeça, mas não olhar para o chão.

Vendo o espaço livre para o próximo se apresentar ele tomou coragem e se levantou caminhando meio duro até a frente de todos. Colocou o microfone sob a base e posicionou-o de forma que ficasse na altura de sua boca. Caçou um violão e rapidamente mudou a afinação, por fim estava sentado num banquinho com o violão nos braços e encarando à todos. Respirou fundo e deixou rolar. - Err, sou novo por aqui e me chamo Juan Ortiz, só queria dizer que é uma prazer inenarrável fazer parte de um coral como esse e espero honrar esse compromisso. - felizmente escapou do sotaque espanhol que por tanto tempo lhe acompanhou. - Vou cantar Somebody Told Me do The Killers. - decretou ajeitando o tom para Dó sustenido (C#).

Iniciou a palhetada breve da introdução da música, já por aquilo era possível perceber que ele tentou dar sua cara à canção optando por uma versão mais acústica, era certamente uma sábia decisão se considerarmos que seu tom de voz era razoavelmente mais grave que o do vocalista da banda de Las Vegas. Olhou para o chão antes de iniciar, como se estivesse se focando no objetivo até que finalmente erguia o olhar encarando cada um dentro daquela sala e sem mais rodeios, iniciando sua apresentação.

Breaking my back just to know your name
Seventeen tracks and I've had it with this game
I'm breaking my back just to know your name
But heaven ain't close in a place like this
Anything goes but don't blink you might miss
Cause heaven ain't close in a place like this
I said heaven ain't close in a place like this
Bring it back down, bring it back down tonight
Never thought I'd let a rumor ruin my moonlight


Inverteu a temporalidade e a entonação em alguns versos tudo para conseguir fazer o tom se adequar à canção. Seguia o tempo preciso, mas ao prolongar determinadas palavras no final de cada verso ele já meio que deixava claro que dar seu estilo à canção iria muito mais além da versão acústica. Lógico que Ortiz fez aquilo de modo a não descaracterizar a canção em si para ainda assim fazer qualquer um se lembrar de um dos grandes sucessos do The Killers. O refrão chegou.

Well somebody told me
You had a boyfriend
Who looked like a girlfriend
That I had in February of last year
It's not confidential
I've got potential


Diminuiu o tempo de triagem na metade e prolongou a última sílaba da última palavra do último verso alongando a nota mas sem afinar a voz. Alguma memória reclusa dentro de seu ímpeto ressurgiu naquele momento feito uma fênix que renasçe das próprias cinzas. Estava vivendo a adolescência todos sabem que esse é o período de amores platônicos, tempo de assumir riscos ouvindo o som do coração, e com ele não foi bem diferente. Em meio à suas andanças lembrava-se bem da primeira amiga que fez em Ohio. Uma amizade que rapidamente, por interesse deles dois, se desenvolveu para algo mais e talvez Juan devesse perceber que aquilo não terminaria bem. Quer dizer, uma relação que já começa com data de validade não é exatamente sadia para nenhum dos dois lados, mesmo que eles se entedessem muito bem. No entanto o maior problema era que ela já tinha namorado e não estava nenhum pouco disposta a terminar a relação, talvez tomado por esse fogo jovem, Juan não questionou, apenas aceitou que desejava demais ficar ao lado dela, fosse extra-oficialmente ou não.

Ready, Let's roll onto something new
Taking its toll and I'm leaving without you
Ready, let's roll onto something new

Cause heaven ain't close in a place like this
I said heaven ain't close in a place like this
Bring it back down, bring it back down tonight
Never thought I'd let a rumor ruin my moonlight


Em meio à seu conto de amor cortêz recordava-se da semana em que eles não se viram, era alguma data festiva, provavelmente dia de Ação de Gráças e além de toda a família dela ter ído visitá-la o próprio namorado também passou meia semana lá. Era uma total angústia ter de encarar pela janela o sujeito branquelo que parecia cria da Madonna envolvê-la e fazer coisas que Juan sequer chegou perto de tentar. O problema foi que ele não resistiu, e na manhã de segunda-feira, pouco antes do sol acordar eles acabaram se encontrando (propositalmente por parte dele) na rua de trás onde eles juntavam o lixo para ser recolhido. Pela distância, saudade e ausência nenhum dos dois resistiu àquilo. Além da vontade havia toda aquela atmosfera de fazer algo proibido num lugar arriscado, mas vejam bem, ninguém é louco de deixar uma menina trafegar de madrugada num bairro do subúrbio.

Somebody told me
You had a boyfriend
Who looked like a girlfriend
That I had in February of last year
It's not confidential
I've got potential
A rushin, a rushin around


As palhetadas se tornaram mais densas, ele ocasionalmente deu mais entonação na repetição do refrão, provavelmente gráças as memórias vivas em sua mente. O namorado dela tinha ído atrás dela, era perigoso uma menina ou qualquer um andarem sozinhos naquele lugar de noite, já havia histórico de tráfico de drogas, assaltos e estupros pelas redondezas então ele deveria ter imaginado isso. O garoto simplesmente vôou para cima de Juan, que logicamente revidou, não havia escapado da morte na travessia da fronteira para apanhar de um garoto de sua idade e ainda menor que ele. Só que quando as coisas se inverteram lados precisaram ser escolhidos e ela acabou não escolhendo o latino.

Pace yourself for me
I said maybe baby please
But I just don't know now
When all I wanna do is try


Quebrou ainda mais o tempo fazendo apenas 1/3 dele no último verso, agitou as palhetadas nas cordas. Ele queria que ela tivesse segurado sua mão, não precisava demonstrar qualquer afeição bastava segurá-lo e pedir para que parace, bastava que ela pedisse para ele não continuar, só precisava que ela tivesse ficado à favor dele e não ter ído confortar o namorado no chão, o sujeito sequer estava sangrando, talvez tivesse o nariz quebrado e um olho roxo era certo, mas só isso.

Well somebody told me
You had a boyfriend
Who looked like a girlfriend
That I had in February of last year
It's not confidential
I've got potential
A rushin, a rushin around


Ergue os olhos para a sala, passou rapidamente a língua entre os lábios, já tinha incorporado a música faz tempo, desde que as lembranças voltaram ele já havia se tornando um ator daquela peça. As sombrancelhas frisadas ressaltando algumas linhas de expressão pelo rosto e as orbes verde-escuras sintilando com o fulgor do momento. Ela não o escolheu, paciência, era meio óbvio que se ela quis uma relação sem abrir mão da outra era porque ela tinha algo muito mais forte para um dos lados, do qual não iria desistir.

Somebody told me
You had a boyfriend
Who looked like a girlfriend
That I had in February of last year
It's not confidential
I've got potential
A rushin, a rushin around


Chegava no clímax pouco à pouco, sentia isso e era possível que todos sentissem. Alongou com tudo a última nota, levantou-se da cadeira deixando de tocar o violão, tomou o microfone do pedestal e emendou meio tom agudo. Fez silêncio após os segundos da última nota. Passavam-se 10, 20, 30 segundos em que ele ficava com o corpo ereto e estático na frente da sala, mas engana-se que pensa que ele tinha terminado, era só suspense. E quando todos esperavam uma explosão sonora ele controlou bem a respiração.

Somebody told me
You had a boyfriend
Who looked like a girlfriend
That I had in February of last year
It's not confidential
I've got potential
A rushin, a rushin around


Cantou a última estrofe da música a acapellam, sem auxílio do violão como antes, apenas ele e o microfone, e a voz ecoando entre as paredes da sala. Num ritmo calmo e terno. Cara, como queria que ela tivesse escolhido ele, como desejou que 4 meses depois ela não tivesse se mudado para o Kansas, como torceu para que ela respondesse suas mensagens, mas simplesmente aconteceu. Era para ser assim, apenas. E com isso terminou, voltando para o seu lugar e cedendo espaço para o próximo.

the Paradise

 
 
 
clumsy @ sa!

Juan Ortiz
Juan Ortiz

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Mensagem por Yris Bertrand Mckinley Dom 21 Dez 2014 - 18:48


WHY CAN'T THE MOON STAY FULL FOREVER
Estava deitada no quarto de Dinah, esparramada em cima de Normani, fazendo a morena de travesseiro, enquanto meus pés estavam por cima de Ally. Dinah e Camila estavam por aí, provavelmente tirando fotos uma da outra, ou das duas juntas. Revirei os olhos, bufando impaciente. Até que o celular de Normani tocou, e me deixou atenta. Poderia ser mais algum compromisso. O que se confirmou minutos mais tarde, quando a chamada foi encerrada. Tínhamos um evento para participar. Era em uma escola em Ohio, iríamos como estudantes da Winterfield. Logo minha cabeça processou milhões de coisas ruins que aconteceriam. O tédio, super lotação, alguém que pudesse nos reconhecer e coisas do tipo. Mais, era uma festa. E eu nunca desperdiçaria uma. Festas me deixavam feliz, eu podia estar com as minhas amigas sem a Epic pra encher o saco. Eu podia ser somente Lauren, sem o peso do Jauregui, da fama, ou da imagem de boa moça.

Se vamos pra esse lugar, temos que procurar Steve e saber como vamos chegar lá. Alguém sabe onde fica, pelo menos? — Perguntei, ouvindo Ally dizer algo sobre "já ouvi falar."

Concordamos em ligar para Steve, que nos deu todas as coordenadas e o contato de um homem chamado William Schuester. Estaríamos debaixo do coral dele, então teríamos um nome a zelar. Depois de estarmos informadas sobre tudo, arrumamos cada uma, nossas malas, e embarcamos no voo mais próximo do dia de natal.

◆ ◇ ◆ ◇ ◆ ◇

A cidade não era tão grande. Estar em um lugar onde a fama não era um ponto forte na sua vida, com certeza era de se pensar "Quero viver o resto dos meus dias aqui!" e simplesmente desaparecer. O fato é: compromissos. Mesmo estando distante dos palcos, haviam cada vez mais compromissos a se cumprir. Mesmo que alguns se tratassem só de ligações pendentes, ainda sim era chato. Mais esse seria feito de bom grado, afinal, era natal. Tempo de agir com bondade, deixando as trivialidades de lado para comemorar com amigos. Eu não era do tipo que fazia isso, mas estava abrindo uma exceção este ano. Era um lugar novo, portanto faria das minhas ações, novas também. Tivemos poucas horas para descansar para finalmente nos prepararmos para a comemoração. Chegamos com cerca de trinta minutos de atraso, já que a van que Steve havia disponibilizado para nos encaminhar até a escola, portava um motorista desleixado, que se perdia a cada esquina que dobrava. Dinah ativou o GPS, zelando pelo cuidado de não aumentar o nosso atraso.

Chegamos, eu vestia uma calça vermelha justa, mas não tanto. Saltos em forma de bota com cano curto e cadarços, uma blusa preta de mangas longas e o cabelo preto com cachos produzidos pelo baby lise que Normani havia trago. A maquiagem estava leve, delineador para olhos de gato, batom vermelho e um blush suave, dando impressão de uma cor mais natural, já que eu era muito, mais muito branca. Não ia exagerar na maquiagem e chegar na escola parecendo um espantalho ou um boneco de neve que tinha levado tiros de paintball nas bochechas. A sala estava bonita, com guirlandas penduradas e enfeites natalinos sem muito exagero. Parecia bem familiar e agradável. Entramos e logo tentamos socializar um pouco, para não fazer a moda: famosinhas cheias de frescura, até por que, de fato, não éramos.

Sejam bem vindas! — Um garoto com o cabelo coberto de um brilho estranho apareceu ao nosso lado, com um sorriso simpático. — Sou Blaine Anderson, e vocês devem ser as meninas do Fifth... Harmony? — Ele parecia um pouco incerto.

Blaine, muito prazer. Somos Lauren — apontei para mim mesma — Normani, Dinah, Allyson e Camila. Estamos felizes em participar da comemoração natalina, tudo está muito bonito. Trouxemos algumas coisas para enfeitar a árvore! — Abri um sorriso de canto, mostrando a caixa que segurava.

Blaine nos conduziu para onde a árvore estava, uma garota estava em uma escada, tentando colocar algumas bolas penduradas nos lugares mais altos. Dinah pegou a caixa da minha mão, e logo começamos a pegar pequenos papai's noéis, alguns bonequinhos com formatos de renas, crianças, presentes, e fomos pendurando nos locais vagos.




IT'S NOTHING THAT I NEED TO SAY

[/i]
Yris Bertrand Mckinley
Yris Bertrand Mckinley

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Mensagem por Blaine Anderson Dom 21 Dez 2014 - 19:44


White Christmas

Era difícil acreditar mas ali estava eu, no New Directions. Os Warblers eram ótimos, eram família, mas mesmo assim, eu estava cansado, era como ficar preso numa gaiola de regras e coreografia clichés de boybands falidas, eu queria liberdade, queria solos, duetos, canções em grupo, back vocals, solos de dança, de assovio e de tudo que for possível, e é isso que eu vou fazer aqui, ser uma estrela. Mas, pelo visto, a única estrela que estava presente na sala era a da árvore de Natal, dentro de uma caixa jogada no canto da sala.
Will deu a ideia de convidar todos os outros corais para passarem o Natal com a gente, decorando a árvore gigantesca que ficava no centro da sala. Eu continuava sentado no canto da sala, observando o pessoal que chegava, geralmente com sorrisos e abraços. "Quanta falsidade", pensei "Semana que vão já vão estar se matando por causa das Secctionals."
...
Blaine Anderson
Blaine Anderson

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Mensagem por Normani Kordei Dom 21 Dez 2014 - 19:51

I don't want a lot for Christmas...
Me, My Girls and The Christmas

Ajeitei as mexas azuis no cabelo e passei o batom vermelho mais uma vez diante do pequeno espelho que eu segurava na outra mão. Era um verdadeiro malabarismo tentar conciliar as atividades manuais feitas num único momento. As garotas pareciam tirar Selfies assim que chegamos na pequena cidade. É bom conhecer um outro lugar, sobretudo quando nunca ouvimos falar dele. Quer dizer, já ouvi sobre Ohio, mas a escola a qual fomos chamadas para fazer algo não me era familiar. O mais importante sobre a viagem seria o tempo que eu passaria com minhas garotas, um tempo longe de tudo que nos era costumeiro e já tedioso, um tempo sobre novos começos.

Enquanto todas elas terminavam suas fotos, ainda tive tempo de correr para mais uma foto. Apareci com uma careta estranha, porém estava valendo o momento. A escola era totalmente diferente da Winterfield, apesar de o foco ser o mesmo, os alunos. Trajava uma saia verde escuro e uma blusa branca com a jaqueta preta por cima. Na blusa havia uma estampa com um gatinho a tocar guitarra. Foi um presente da Lau numa das viagens que fazíamos com o grupo. Sorrio ao lembrar de quando ela me deu, era para ser algo diferente do que eu costumava vestir. Entramos no espaço da escola e vamos direto para a sala do coral. Segurei no braço de Dinah enquanto caminhávamos até a porta ao final do corredor.

Lauren ia com Camilla e parecia observar o lugar com menos afinco que eu o fazia, estava mais apressada para chegar no local em si. Adentramos a sala do coral e vejo que é de um tamanho bom para os trabalhos que devem se desenvolver por ali:- Até que é bem agradável. - Comento com Dinah e a solto, passo a observar Lauren nos chamar para enturmar com as pessoas. Dou um sorriso agradável e começo a dialogar com algumas das pessoas, até que um rapaz de estatura média chega e nos recebe calorosamente. Gel, isso não faltava no cabelo dele e olhei para Dinah por um momento, outra que também notara o aspecto marcante:-Prazer Blaine. - Aceno com a mão e puxo Dinah. Minha amiga pega a caixa de enfeites natalinos das mãos de Lauren e logo todas nós estamos em volta da grande árvore de natal, ajudando a decorar o espaço:-Os ursinho polares são meus favoritos. Por que será? - Olho para Lauren e faço uma careta engraçada. Posteriormente, faço o mesmo com Dinah.


notes: O natal do ND ; tags: My Girls ; vestindo: isso; Thanks Maay From TPO.
Normani Kordei
Normani Kordei

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Mensagem por Liam Patrick St James Dom 21 Dez 2014 - 19:53

Deitado em meu quarto a unica coisa que conseguia pensar era em quando eu poderia dormir de novo, Jesse só nos mandava fazer tarefas irritantes, ou melhor dizendo, coisas que eu realmente não iria fazer e só de pensar que teria de voltar lá e ouvir ele pegando no meu pé com "Blá blá blá, faça a tarefa." já queria estar morto. Andando por meu quarto apenas com uma calça de moletom como veste, olhei no calendário e me lembrei que hoje era a "Confraternização Natalina" se assim posso dizer no grupo do New Directions, pensava seriamente em ir lá e fazer uma pequena visita ao pessoal, rever algumas caras antigas, como Milena, Dianna e quem sabe William. Pegando uma toalha que estava jogada na cabeceira da minha cama fui ao banheiro jogar uma água no corpo, nada exagerado e nem demorado.

Assim que saí de meu "banho de flash" olhei para meu quarto vendo toda aquela bagunça, meias, cuecas e camisetas jogadas pelo cômodo me davam até um leve remorso de saber que eu estava tão desleixado deste jeito, indo até meu guarda roupas peguei uma calça jeans preta, algo típico que eu sempre usava, uma cueca vermelha em homenagem ao natal e para finalizar uma touca branca com uma camiseta de manga comprida com a estampa "No Girlfriend No Problem", assim saindo do pequeno apartamento onde eu morava peguei um táxi indo em direção ao William McKinley High School.

Chegando lá, fui direto ao salão onde seria a nossa "querida" confraternização, me deparando com cinco belas garotas, se apresentando, se estavam se apresentando para Blaine certamente não faziam parte do grupo, uma delas carregava uma caixa com as decorações natalinas para a árvore e como um belo cavalheiro logo me dispus a ajudá-la.:- Perdoem-me interrompê-la...é Lauren seu nome certo? - logo levei a mão em direção a caixa olhando-a um pouco sério:- Poderia me entregá-la? Eu a carrego para você. - com um sorriso simpático dispensei as apresentações, mais cedo ou mais tarde saberiam quem eu era, apenas queria começar a fazer as coisas logo, ou dar uma desculpa que me cansei para evitar cantar essas músicas natalinas.
And if sweet potato is salt?



Liam Patrick St James
Liam Patrick St James
Needed

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Mensagem por Milena S. H. McCain Dom 21 Dez 2014 - 20:27


MERRY CHRISTMAS
O Natal é uma época mágica. Família, presentes, neve, comilança, tudo que não se vê no resto do ano. Em frente as casas, só se veem luzes e mais luzes, formando desenhos e formas lindas, para combinar com os bonecos de nariz de cenoura que as crianças fazem. Eu amo o Natal. É a única época do ano em que vejo, realmente, quantos irmãos tenho, uma vez que a lista não para de crescer e saem McCains até dos bueiros de Ohio.
O caminho pra McKinley estava extremamente bonito e agradável, se não fosse pelos ossos do meu corpo, que congelavam debaixo daquela roupa quente que achei para vestir, uma calça larga e um grande moletom, com o rosto de Kurt Cobain desenhado nele inteiro.
Assim que cheguei na escola, percebi que estava vazia. A maioria dos alunos já tinham ido embora, já que faltei todas as aulas e fui apenas para assistir a aula do coral. Confraternização de Natal. Ouvi dizer que muitos outro corais estariam ali, reunidos, e eu não podia perder isso por nada.
Dito e feito. Assim que adentrei, sozinha (eu realmente não sei porque nunca estou com Mary, Hanna, Dexter, ou os outros bilhões de McCain, devo ser a irmã antissocial), vi o conhecido rosto de Blaine, para quem acenei, as desconhecidas (de nome) garotas da Winterfield e o velho rosto de Liam, quem eu não via há muito tempo. Todos estavam arrumando a sala de acordo com as festas natalinas, que estavam prestes a chegar.

- Essa ideia é, realmente, ridícula. - Disse para quem quisesse ouvir. Não vi bem quem estava do meu lado. - Nos odiamos.

Liam passava, em minha frente, com uma outra garota. Aquele rapaz não perde tempo. Tirei de meu cabelo um grampo e atirei em suas costas. Ele olhou pra mim e eu, provavelmente, fiz uma careta, já que não tive boas intenções ao fazer aquilo. E sim, faltavam cinco dias para meu período menstrual chegar, o que significava que eu estava com um humor maravilhoso.
Me joguei em uma das cadeiras e esperei as outras pessoas chegarem.
Milena estava com os New Directions em William McKinley e usava o que está escrito no post. antes que me esqueça, esse é o post de número 001 e esse template foi feito pela clumsy do sa
Milena S. H. McCain
Milena S. H. McCain
famous

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