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Quarto particular - 001

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Mensagem por Beat Sáb 8 Nov 2014 - 23:30

Quarto particular

 Numa ala não muito distante da Uti encontra-se os quartos particulares para aqueles que precisam de uma recuperação aos olhares rigorosos dos médicos. O cômodo é espaçoso, arejado e suas adjacências são bastante silenciosas, para que haja um bom repouso dos pacientes vindos da Unidade de terapia intensiva. Os horários de visita são geralmente feitos em determinadas horas dos períodos do dia, uma pela manhã, outra pela tarde e a última pela noite.  
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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Sex 14 Nov 2014 - 17:55








If you believe in this, ___________________________________________________so that is the truth.


Wake me up ▲ #Liga ▲ I was lost?
Apenas existia a dor. Minha cabeça, meu peito... muita dor. Minhas costas, meus braços, dor. Eram as dores e palavras sussurradas. Onde eu estou? Era inútil a tentativa de abrir os olhos, eu não conseguia, não podia abri-los. Tão pesados. As palavras sussurradas tornavam-se mais claras, em meio a toda escuridão que assolava meu redor. "Está tudo ótimo, Srta. McCain. O quadro de saúde de sua irmã não houve qualquer alteração alarmante. Basta esperarmos que ela desperte." A voz era desconhecida, obviamente. O timbre firme masculino pairou por minha mente antes que outra voz soasse por ali, fazendo-me se agitar, provavelmente apenas o meu interior já que sentia o usual peso tomar todo meu corpo, mantendo-me inerte aonde quer que eu estivesse. "Por que ela ainda está inconsciente?" Ouvi a voz trêmula de Mary indagar e uma dor aguda subiu minha cabeça, fazendo-a latejar mais. Mary, eu estou acordada, irmã! Quis gritar, mas nada saia, meus lábios sequer tremeram. "A Srta. McCain teve um contusão séria na cabeça. Mas sua atividade cerebral está normal. O inchaço não existe mais. Ela acordará quando estiver pronta, Srta. Dê-lhe algum tempo. " Pude ouvi o suspiro provindo de Mary, ela parecia aliviada. Ela estava aliviada, ela estava ali. Comigo. Oh, deus. Ela estava ali. E tão genuinamente senti-me relaxar. A inconsciência chamando-me mais uma vez, afastando-me da dor e de todos os sussurros alheios.

* * *

Depois do que pareceram ser dias vagando em algum lugar qualquer fora de órbita meu olhos se abriram, mas ao contrário do que eu esperava meus olhos vislumbraram a silhueta perfeitamente torneada, revestida com uma peça perolada pálida, sensual. Os fios capilares dourados pendiam com graça abaixo dos ombros e alguns deles emaranhavam-se as penas alvas e sedosas de um par de asas sob as costas. Angel McCain. Ouvi-me pensar e meus olhos azuis encontraram aos do meu reflexo. O aroma inebriante de meu perfume voou a minhas narinas, fazendo-me fungar longamente e um sorriso sereno se desenhar em meus lábios antes que meus saltos tamborilassem por todo o terreno na direção de uma trilha. Por todo o terreno ouvia-me os acordes altos de uma canção, uma das minhas favoritas. O movimento exagerado de meu quadril me fazia rebolar, desfilando pelo meio da multidão que abria caminho para o desfile e eu a vi. Mary. Minha visão abruptamente tornou-se turva e eu não via a mais nada, apenas me movia, sentia-me mover num embalo da canção e as vozes abafadas ao longe, nada fazia sentido algum.

Pisquei e me vi acima de um palco, meus olhos rondavam por todo o alvoroço provindo da plateia e os gritos, aplausos e silvos. O que está acontecendo? E de súbito meus lábios foram tomados num beijo, meu corpo preso num abraço firme e envolvente e meus olhos não ousaram se abrir, não quiseram me revelar de quem se tratava mesmo que meu corpo reagisse aquele ato, recebendo-o de bom grado. Mais gritos. Senti a luz rubra pairar sobre mim e quando meus olhos se abriram novamente nada mais condizia com os instantes antecedentes. Eu estava de pé, no mesmo palco. Não havia mais ninguém abraçando-me ou beijando, meus lábios ainda formigavam e meu corpo parecia incendiar. Mas tudo que vi fora os fios escuros e a silhueta de Dianna, afastando-se de mim com passos apressados. Senti meus olhos marejarem sem qualquer explicação plausível. As lágrimas escorregaram por minha face e eu afundei as mãos contra esta, murmurando debilmente. — Eu o odeio. Como pude ser tão estúpida? — E mais uma vez minha visão escureceu e nada mais fora visto, apenas sentido. Vozes, toques, senti-me tontear e novamente meus olhos tardaram a abrir e quando o fez senti-me enjoada demais, tonta demais. Eu cambaleava, longe do palco, sozinha.

O salto afundava vez ou outra no solo, o liquido dentro do copo vermelho respingava por minha pele. Defronte a mim nada parecia ser tão concreto. — Eu o odeio! — Ouvi-me murmurar, mas nada fazia sentindo. Quem eu odeio? Questionei, mas não fora como se aquela eu estivesse a perguntar, era diferente, era uma voz muito além da minha naquele instante. Mais passadas desnorteadas e mais lágrimas enturvando minha visão. E de modo abrupto meu corpo tombou, retrocedendo alguns passos ao chocar-se contra algo. — Ai, merda! — Gritei, deixando o copo tombar ao chão e meus olhos se arregalarem quando vi apenas um vulto grande inclinar-se para minha frente. — Saia! Não me toque. — Gritei, pensando ser algum bêbado mais o peso fora demais para alguém consciente. Senti meu corpo caiu ao chão e eu forcei os braços contra o peso, fazendo-o desviar de mim, e então um estalo algo de algo se partindo ecoou e outro estalo oco tomou minha mente antes que eu contemplasse a escuridão. Não! Ouvi-me gritar antes que o escuro me acolhesse por inteiro e eu sentisse-me vagar mais uma vez.

* * *

Bip, bip, bip. O som era insuportável mas me fizera ter a certeza de que não estava totalmente inconsciente. O som dos aparelhos pareciam próximos, muito próximos. Tudo continuava pesado demais, determinados a manter-se imoveis, deixando-me muda, cega e dolorida. Pelo menos algo parecia diferente, sentia algo pender ao meu braço ... esquerdo? Podia sentir também a textura fofa sobre meus pés do que pareciam meias. Minha pele parecia arrepiada. Eu estava sentindo! E como se um resposta senti algo escorregar em minha face, descendo lentamente por minhas maças faciais e guiando até a lateral de meu rosto, deixando uma trilha formigante antes que simplesmente desaparecer. Uma lagrima. E abruptamente senti meus dedos tremerem, tocando a algo macio e liso. Mais tremor. Forcei um pouco até poder senti-los mover-se lentamente antes de serem tomados por um aperto súbito. "Hanna? Oh, meu deus. Hanna!" E eu senti meu coração afundar. Eu conhecia aquela voz. Nicholas. "O que aconteceu?" Ouvi outra voz masculina, e de imediato desejei ver seu sorriso e a profundidade que carregava nos olhos. Por céus, era Aaron! "Irmã! Oh, amor. Eu estou aqui." Ouvi Mary e fora tão perturbador quão intenso. Queria acordar. Eu precisava acordar. E como um castigo para todo aquele momento de sensações senti a escuridão tomar-me com lentidão, puxando-me contra minha vontade. NÃO! Lutei contra mas era inútil. Meus olhos pareceram ceder minimamente, fazendo-me ter um curto vislumbre turvo de madeixas escuras e cores tão escuras quão os fios, e então flutuei para a inconsciência mais uma vez.  
Hanna Mensdorff-D. McCain
Hanna Mensdorff-D. McCain
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Mensagem por Convidado Sex 14 Nov 2014 - 19:03

I'll be there for you... When the rain starts to pour. Like I've been there before. Cause you're there for me too

If you stay?
Havia ficado completamente dois dias direto no hospital tomando conta de Hanna. Foram longas conversas com ela e com o médico. Sempre que eu podia, tentava lhe questionar sobre o estado dela, quando ela poderia acordar, mas a resposta era sempre a mesma, isso dependia dela, do tempo dela. Ainda assim, ele sempre ressaltava que era importante conversar com Hanna, lhe trazer lembranças para que ela tivesse um incentivo para acordar, tudo era muito importante e toda ajuda de quem pudesse ajudar era importante e eu sem duvidas estava disposta a ajudar minha irmã a acordar e voltar logo para o meu lado e ter aquelas longas conversas sobre maquiagem, roupas, gatos, tudo que lhe tornava única e especialmente patricinha. Hanna era uma pessoa famosa no colégio, havia ido pra lá antes de eu voltar para Ohio e desde então fizera várias amizades e se tornara uma líder de torcida famosa, então recebia sempre várias visitas, as vezes cansavam, eu queria poder ter um momento eu e minha irmã, mas eu sabia que todas aquela pessoas ali era importante para ela acordar e tudo que eu me perguntava toda hora era quando ela estaria pronta para isso. O quarto estava repleto de presentes como urso de pelúcias, flores, balões, cada um que a via lhe trazia algo e conversava com ela e eu só observava ou saia por uns minutos para lhe dar privacidade, mas sempre queria voltar o mais logo possível. E nesse período, Milena e meu pai tentavam me convencer a ir um pouco pra casa que eles ficavam com a Milena, mas só depois de um bom tempo, já muito exausta, resolvi ir um pouco pra casa, mas pra voltar.

Pela primeira vez, desde que pisei nesse hospital, eu havia ido pra casa um pouco, aproveitei e peguei cremes, perfumes, comprei flores, e troquei de roupa para uma calça jeans leve e larga e uma blusa branca de manga comprida larga e um moletom quentinho por conta do inverno de cor creme. Não estava preocupada com beleza, meu cabelo mesmo estava em um rabo de cavalo desleixado, porque eu só estava preocupada em ficar confortável o bastante para permanecer ao lado dela o máximo possível e então com tudo que eu tinha trago, entrei no quarto sorrindo para minha irmã, mesmo que ela não possa ver, acredito que seja importante e se eu parar para observar bastante, ela só parecia estar dormindo.

– Boa Tarde, mana. – Digo enquanto caminho para o seu lado e deixo as coisas em cima de uma mesa. – Bem, esses dias eu pedi para a Dona Anna dar um banho em algo muito importante, no Senhor Teddy! – Digo colocando o urso de pelúcia azul sobre seus braços. E lhe faço abraçar ele. – Lembra dele? Você quase surtou quando Dona Anna quis doar ele junto com os nossos brinquedos antigos para a caridade, desde então você o colocou para dormir contigo para garantir que ele ficasse seguro. – Rio ao final, me lembrando da cena. – Mas também trouxe um boque de rosas vermelhas, poderosas como você e o seu perfume da Victoria’s Secrets que só se acha em NY e completamente obriga a nosso pai sempre trazer um de viagem. – Me sento ao seu lado segurando sua mão e espiro um pouco do perfume no ar. – Mas você tem razão, ele é delicioso... – Minha voz cessa quando olho para ela e meu coração se aperta, me dando uma vontade idiota de chorar, mas eu não podia chorar, precisava ficar forte pra ela, então só solto um longo suspiro. – Hey mana, você precisa acordar logo, Dona Anna está doida para lhe fazer aquele chocolate quente e pipoca para comermos juntas enquanto assistimos a alguma comédia romântica com o protagonista gato. Como sempre amamos fazer. – Então ligo a TV em Amizade Colorida e digo. – Você poderia estar vendo agora o gato do Justin Timberlake comigo, mas sei que de alguma forma você está vendo. – Dou um leve aperto na mão dela e passo meu olhar do dela para a TV. E ficamos assim, conversando e vendo o filme, tentando fazer comentários divertidos, ri e tudo que lhe fosse trazer um sentimento bom, queria tanto que ela melhorasse logo.
by: mary


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Mensagem por Nicholas A. Hertfordshire Qua 19 Nov 2014 - 0:33



Nicholas Angelus Hertforshire
I’m just another Angel
Eu estava em Londres, não iria voltar para Ohio, ou para os Estados Unidos. Já tinha feito muito das minhas. Há dois meses atrás, eu peguei minhas coisas me despedi de Mary, Hanna e Aaron. Minha Tríada sagrada e fui embora, eu sabia que eles ficariam tristes comigo, mas era uma decisão que eu tinha tomado, até mesmo para protegê-los. Os dois meses que se seguiram foram tristes. Meu namoro com Taylor tinha acabado. E em Londres eu estava me torturando vendo as páginas dos meus amigos e como todos andavam. Em passeio por Londres eu até reencontrei um velho amigo de Ohio e acabamos ficando algumas noites. Estava com tantas saudades que tudo me fazia lembrar deles. Seus presentes eram tesouros. E a saudade me consumia.

Foi quando uma noite de outono recebera uma mensagem, era Mary. Hanna tinha sofrido um acidente. Não pensei duas vezes. A loira que eu amava profundamente, minha irmãzinha emprestada estava precisando de mim. Sem pensar duas vezes larguei meu paraíso artificial e voltei ao mundo que eu conhecia. Ohio, a Liga, Hanna eles eram meu mundo. Nada mais importava. Me distanciar só fazia eu me sentir triste e pior.

Depois de dois dias estava em Ohio, mal tinha dormido. Coloquei o óculos escuros e peguei minha moto e fui correndo até o hospital. Adentrei o local e vi Mary lá. Assim que nos vimos eu a abracei firme. Os xingamentos, as ofensas e até as desculpas ficaram para trás. Nos olhamos e passei a mão em seu rosto, ela repetiu o gesto. Dei-lhe um selinho. Voltei minha atenção a Hanna. Mary me contara o que tinha acontecido. Lágrimas vieram aos meus olhos. Segurei sua mão e com a outra passei entre seus cabelos dourados.

Eu não queria chorar, Hanna era minha família. Minha fada dourada, meu anjo da guarda. A quem eu me apegara tanto. Como ela as vezes dizia, minha versão oposta. Sentei ali na cadeira e beijei sua mão. - Estou aqui, volta para nós. Loira. - disse em uma prece. Abaixei cabeça e fiquei ali com ela.


Nicholas A. Hertfordshire
Nicholas A. Hertfordshire

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Mensagem por Convidado Qua 19 Nov 2014 - 22:46


Hospital
At the

Tudo o que acontecera depois da festa havia passado como um borrão, era quase como se não conseguisse assimilar as informações desde que socorrera aquela garota. Todo aquele sangue e o pensamento de que ela morreria em suas mãos eram o suficiente para tirar seu sono.
Apesar de uma garota, ou seria uma enfermeira ter me dito que poderia ir para casa e descansar, não fiz mais do que tomar um banho e trocar as roupa sujas de sangue e voltar novamente para o hospital. Preferi ficar de longe enquanto a família e amigos mais próximos ia visita-la, não queria me sentir um intruso.
Caminhei pelos corredores do hospital com uma bandeja com 4 cafés grandes provindos do Lima Bean. No meio do corredor encontrei a garota que fora a primeira a falar comigo e entreguei um copo sem falar muito. E assim segui para o quarto de Hanna.
Bati na porta educadamente antes de entrar e me deparar com mais duas pessoas além dela, uma garota de cabelos escuros e que parecia estar bem afetada e um rapaz, ambos seguravam uma mão dela.
-Desculpe interromper, mas acho que vocês poderiam usar um pouco de café agora. Falei pensando na experiência própria de ter sobrevivido de café nos últimos dias. Entreguei um copo para cada um e me recostei sobre a porta momentaneamente pensando no porque de ainda estar me preocupando com a garota deitada na cama.



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Mensagem por Demétrio E. Ghodshy Sex 21 Nov 2014 - 19:06

GUILTY
i want all you have. i want all your money, i want all power, i want all a glory's world. only then, will I achieve my happiness. --------

E
is a única palavra que era capaz de definí-lo por completo: culpado. A festa havia sido magnifica, a apresentação e tudo mais, exceto por dois fatos que marcaram a noite. O primeiro era o fato de como o garoto moreno - Charlie - havia reagido à uma estúpida ação do branquelo, beijar a sua amada anja. Não que tivesse sido algo bom, apenas era errado. Seu acompanhante era o garoto e larga-lo para se juntar a uma outra pessoa e ainda ter uma relação que seguisse além da amizade entre eles não poderia ter acontecido, jamais. Quanto ao segundo? Tratava-se algo em que ele só viera a saber dias depois do ocorrido. Graças ao fato de deixado a garota que havia beijado solitária sobre o palco, por algum motivo desconhecido, ela se sentira mal. Havia algo além de amizade entre eles realmente ou tudo não havia passado de um efeito gerado pela bebida? Algo que não poderá ser respondido agora, mas a questão era que por sua culpa um acidente havia acontecido. E pelo que soubera, era algo grave. Não pode evitar, teve que seguir correndo para o hospital. Precisava se redimir pelo ocorrido. Havia machucado uma amiga e aquilo o doida de uma forma estranha. Ainda estava a caminho quando suas lágrimas começaram a escorrer. Em momento algum pode controlar. Era como se as lágrimas agissem de forma involuntária. Não as controlava mais. Suspirou fundo, inspirando e enchendo o peito de ar para tentar passar em algum momento a impressão de postura e um pouco que fosse de responsabilidade diante do que com toda certeza estaria no quarto com ela.

Bateu duas vezes na porta de forma educada. Fora informado em que quarto ela estaria, então apenas bastava seguir até ele. Sem resposta, girou a maçaneta, ajeitando melhor as orquídeas brancas sobre seu braço. — C-co-com licença. — Sua voz sai de forma estranha, parecia amedrontado. Deu os primeiros passos para dentro do quarto, fechando a porta com uma de suas mãos. Observou bem todos os presentes, reconhecendo alguns em especial, principalmente a causa pela qual deixara a loira sozinha. Tentou não olhar muito, sentindo-se completamente estranho com tudo isso. Apenas largou as flores em um canto, ajeitando-as enquanto ainda olhava para a garota "adormecida" sobre a cama. — Como ela está? — Não se dirigia a ninguém em especial, apenas lhe importava a resposta.

Demétrio E. Ghodshy
Demétrio E. Ghodshy
Needed

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Mensagem por Convidado Dom 23 Nov 2014 - 0:24


I'll be there for you... When the rain starts to pour. Like I've been there before. Cause you're there for me too

If you stay?
Eu assistia o filme enquanto conversas com minha irmão sobre, eu sabia que Justin Timberlake iria a animar até que vejo Nicholas entrando pela porta. Me pergunto mentalmente por que ele resolveu surgir do nada, mas pela Hanna resolvi só dá um simples sorriso, corresponder o baraço e desviar o rosto do selinho e sussurro. – Ela vai ficar bem, estou fazendo o meu melhor pra isso... – Suspiro angustiada em pensar na possibilidade de Hanna não acordar mais, mas apesar de tudo, eu tinha fé que ela acordaria.

Fico em silêncio o tempo todo, só observando o filme e Hanna, mas logo vejo outro garoto entrar pela porta com um copo de café, pego o copo pela gentileza, mas logo me levanto ajeitando o braço de Hanna para que ela não sentisse dor ou incômodo, ajeito seu cabelo, para que ficasse mais confortável e arrumado como ela sempre gosta. E sem olhar para os garotos olhando apenas para minha irmã. – Irei arrumar algo pra comer com o café... Se quiser conversem com ela, fiquem a vontade, só não demais, ela precisa de paz... E acho que tem gente demais aqui. – Digo indo para a porta e sem olhar para traz e olho quase que fuzilando o garoto da porta, pois sabia que ele tinha relação com o estado de Hanna. E brevemente entende porque namorou um garota tanto tempo, homens são idiotas. Então saio pela porta e vou andar pelo hospital esperando o tempo passar e poder voltar a ficar com a irmã.
by: mary


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Mensagem por Convidado Ter 25 Nov 2014 - 1:44


Hospital
At the

Pude observar quando Demétrio chegou e quase me fundi á porta ao receber o olhar culpado do mesmo. Me sentia um intruso no meio daquele ambiente cheio de carinho ao redor da garota, então quando a morena que segurava a mão da internada se levantou e me fuzilou com o olhar tomei como uma deixa de que não era bem vindo ali e resolvi me retirar. Deixei o copo restante de café na comoda ao lado da cama da paciente e saí do quarto em direção a recepção. Voltaria no dia seguinte, mas agiria como no início, em silêncio e sem deixar sua presença ser notada.
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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Qui 16 Abr 2015 - 17:03








i promise after that, __________________________________________________________i'll let you go.


I'm wide awake ▲ #Miss ▲ Wearing
— Senhorita McCain! Que surpresa agradável. E você parece tão bem agora. — O sorriso largo da senhorinha de dentes alvos e cabelos tão alvos quão, presos em um firme coque ao alto de sua cabeça, pareciam entrar em uma perturbadora harmonia a suas vestes hospitalar branquíssimas. Meus olhos sustentavam a figura rechonchuda da enfermeira defronte a mim, com seu par de Jason Wu de poucos centímetros. Eu teimava encara-la, não querendo olhar meu redor e ver os detalhes do Hospital de Ohio. Era como se a cada curva daqueles imensos corredores houvesse um pedaço de lembrança pronta para ser sugada a minha mente e me guiar contra minha vontade a um desesperador filme baseado em fatos reais, meus fatos do último Halloween. — Uh. E-eu achei que deveria vir aqui e ver o quanto fui sortuda em voltar... você sabe. E queria agradecer também. A você e a equipe que cuidou de mim. Vocês sequer negaram quando exigi um par de meias Miu Miu e meu cobertor de infância. — Escutei minha voz sair como um sussurro hesitante, e foi o necessário para que Margo, a enfermeira, soubesse o quanto aquilo deveria ser algo íntimo demais para se ter a companhia de uma senhora extrovertida e com sérios problemas em abraçar o próximo a cada trinta segundo. A mulher murmurou um "Até logo. Fique a vontade." secreto para mim antes de se apressar para uma porta dupla, de onde parecia vir um choramingo incessante. Meus orbes se moveram involuntariamente, encarando ao extenso hall a minha frente. Eu sabia qual caminho deveria seguir. Sabia onde eu queria ir. Mas meus pés pareciam parafusado ao chão de porcelanato, não obedecendo aos meus comandos. E se alguém estivesse no antigo quarto que eu havia estado em coma por dois meses? — Vamos lá, Hanna. Não seja medrosa. — Murmurei, optando pelo usual método de encorajamento: Fechar os olhos, deixar que minha mente trabalhasse para que aquilo não fosse tão aterrador.

Meus olhos se abriram e de súbito podia-se ouvir uma melodia pausada do que parecia os toques suaves de um piano começaram a acompanhar o som fraco da bateria. "Como assim?" Indaguei. Mas não tardou para que a resposta viesse a minha mente. Eu estava sonhando acordada, provavelmente. Meus pés deram o primeiro passo. Depois outro e mais outro. Meus saltos Saint Laurent atritavam contra o piso enquanto eu seguia marchando, disciplinada e com o olhar reto em meu caminho. Isto até meu olhar encontrar aos fios escuros e ondulados até o meio das costas de uma silhueta esbelta ao fim do corredor. Seu traje semelhava-se a uma amazona, uma sexy amazona. Mary!

I was a liar
I gave into the fire
I know I should've fought it
At least I'm being honest

Meus lábios tremeram antes que minha voz soasse de modo natural, pouco rouca e consideravelmente grave ao meu timbre de voz cantado. Não era como se eu tivesse qualquer controle sobre aquilo. Eu simplesmente estava cantando. Meus olhos momento algum se desprendiam de Mary, vê-la nutria um terço da saudade que sentia dela desde sua súbita viagem a Inglaterra. Meus passos atravessavam o corredor, sendo guiados de forma ritmada pela batida da canção, e sua melodia era envolvente, fazia meu coração martelar de modo sincronizado ao pulsar da bateria e meu quadril se mover de modo harmônico. Mais passos. Mary estava a centímetros de mim e num piscar de olhos os cabelos escuros já não eram tão ondulados e brilhantes. Eram maiores, próximo a cintura, sua coloração era mais clara. A silhueta agora a minha frente era mais magra, e maior que a de minha irmã. Um giro dos calcanhares e o rosto de Dianna brilhou a minha frente; seu olhar opaco, o canto dos lábios arqueados e as mãos escondidas nos bolsos fundo de seu jaleco.

Feel like a failure
Cause I know that I failed you
I should've done you better
Cause you don't want a liar

Para minha surpresa eu não sentia-me perturbada pela súbita mudança ali. Eu deveria estar me perguntando onde Mary estaria, deveria estar correndo em busca de qualquer vestígio seu e prende-la a mim, mas era como se ela jamais houvesse estado ali, era como se o tempo todo fosse apenas Dianna. Minhas palavras entoaram de modo tão natural que se não fosse o tom ritmado pela melodia eu diria que estava declarando um pedido de desculpas para a morena a minha frente. Duas batidas ecoaram altas pelo corredor e em segundos passadas pesadas tomaram o ambiente; mais enfermeiros apareceram, correndo, tropeçando, carregando feridos ou empurrando macas, logo após eu findar "Cause you don't want a liar". E então Dianna já não estava mais ali. Meus orbes captaram os fios cor de avelã virar ao fim do corredor a minha direita e vi-me correndo até ali, trançando por entre a barricada de funcionários que vinham na direção oposta como se fosse proposital.

And I know, and I know, and I know
She gives you everything but boy I couldn't give it to you

And I know, and I know, and I know
That you got everything
But I got nothing here without you

As muitas pessoas que tomavam o corredor abruptamente começaram a entoar em uníssono um coral suave ao fundo enquanto minha voz excedia com as mesmas palavras ditas por eles. "She gives you everything but boy I couldn't give it to you" escapou de meus lábios e em um tropeço, escorreguei de modo incomum até o inicio do onde havia visto Dianna entrar, mas não era ela que estava apoiada contra uma parede. As luzes piscavam fracas por ali, tornando o ambiente obscuro, mas não foi difícil reconhecer ao olhar expressivo de Aaron atravessando-me. Seus lábios moveram-se, espelhando aos meus enquanto eu cantava "But I got nothing here without you." e com um estalo perturbador todo o corredor se apagou e os passos do moreno, que parecia correr para mais adiante do corredor, ecoaram, fazendo-me pular e correr junto involuntariamente.

So one last time
I need to be the one who takes you home
One more time
I promise after that, I'll let you go

Baby I don't care if you got her in your heart
All I really care is you wake up in my arms
One last time
I need to be the one who takes you home

Era impressionante como em tropeços eu seguia correndo, apoiando-me as cegas pela parede enquanto minha voz entoava de modo afinado a letra da canção. A cada "One" entre as frase eu estendia por segundos a palavra, vendo como a cada vez que o fazia uma luz rubra se ascendia mais adiante. E eu seguia correndo pelo corredor que parecia não ter fim, até que "All I really care is you wake up in my arms" ecoasse por ali e o caminho fosse iluminado, somente para que eu tivesse um vislumbre de um par de olhos azuis e um sorriso sedutor apoiado com seu ombro numa curva que dava a outro corredor. Nicholas. Meus orbes focaram na placa acima dele, onde se lia: UTI. Eu estava no caminho certo, não estava? Eu já não recordava ao certo pra onde queria ir, afinal. Tudo ali parecia tão perturbador e anormal. Sentia-me em um labirinto e tudo que mais desejava era achar a saída.

I don't deserve it
I know I don't deserve it
But stay with me a minute
I'll swear I'll make it worth it

Can't you forgive me
At least just temporarily
I know that this is my fault
I should have been more careful

Um curto blackout e eu já estava defronte a entrada do novo corredor. Com o início do novo trecho as luzes de emergência se ascenderam e as paredes não era alvas e sólidas, eram espelhos e pareciam sensíveis ao toque. Encarei ao reflexo que me seguia fielmente e não era a mim que eu via, não era fios claros e presos em uma trança lateral, nem um vestido negro de uma coleção Betsey Johnson que revestia minha silhueta. Suas vestes eram formais, em sua cabeça pendia um chapéu, seus olhos pareciam brilhar e seus lábios estavam naturalmente avermelhados, como se houvesse acabado de ser devidamente beijados. Demétrio seguia meus passos através do espelho, os movimentos de sua boca semelhavam-se aos meus enquanto eu teimava cantar. Quando a segunda estrofe se iniciou foi inevitável não parar para encara-lo. "Can't you forgive me" pareceu algo vindo dele, e não de mim. E assim seguiu os versos seguintes; desta vez não era ele que se espelhava a mim, era o contrário. "I know that this is my fault" Fez os olhos do menino lacrimejarem e um pequeno vislumbre ligeiro de um beijo pairou acima dele. Era nós dois. Em segundos a imagem se alternou a ele saindo de perto e eu cambaleando pelo que parecia uma trilha. "I should have been more careful" Sussurrei, sentindo as batidas entoarem por duas vezes enquanto eu via a mim mesma cair ao chão em um segundo e no outro todos os "espelhos" foram ao chão, fazendo-me correr para longe com uma sensação de desespero dominante.

And I know, and I know, and I know
She gives you everything but boy I couldn't give it to you

And I know, and I know, and I know
That you got everything
But I got nothing here without you baby

Com o fim do corredor a frente havia duas opções, a direita ou a esquerda. Ambas as direções estavam tão iluminadas que era ofuscante. E não era como se eu estivesse com minha visão em seu melhor estado, as lágrimas rompiam de meus olhos enquanto eu recitava fielmente a letra junto a melodia. Ambos os corredores eram recheados por pessoas sentadas as bancos confortáveis e longos, todos pareciam cansados e sem fé alguma. Era a área de espera? Suas vozes ecoaram num coral baixo enquanto eu era guidada por meus pés teimosos para a direita. Caminhava lentamente, como se temesse o que me esperava, ainda que não fizesse ideia do que poderia ser. Em um dos assentos pensei ter visto um moreno de olhar perdido e ombros caídos. Charlie? Ao seu lado, de pernas cruzadas e de olhos fechados estava uma figura de feições delicadas e lábios vermelhos, movendo-se em sincronia ao coral. SanClair. Seus olhos se abriram quando parei a sua frente; ambos os lábios se moveram ao cantar "But I got nothing here without you. Baby" e foi inevitável não chorar mais. O olhar de San atravessou-me, olhando fixamente para detrás de mim e ansiosa segui aquele olhar. Uma porta alva com uma maçaneta cor de bronze materializou-se ali, ao alto desta lia-se: "Quarto Particular 001". Meu coração se apertou, e contra minha vontade meus passos me levaram até lá.

So one last time
I need to be the one who takes you home
One more time
Baby I don't care if you got her in your heart
All I really care is you wake up in my arms
I need to be the one who takes you home

A porta se abriu sem que eu precisasse toca-la. Um vento forte soprou dali, enquanto em cambaleava para dentro e encarava a parede de pessoas de costas para mim. Minha voz parecia mais forte aquele momento, cantando as estrofes de modo mais claro e emotivo. Sequer as lágrimas eram capazes de interromper meu canto. Uma dezena de corpos encobriam a uma cama enquanto eu fitava a cada um, reconhecendo-os. A cada findar de um verso uma cabeça virara para encarar a mim, centímetros atrás deles, apoiando-me na parede. Primeiro Mary. Seu sorriso acertou-me como um soco firme no estômago. Ao seu lado estava Dianna, que me olhou com o olhar cansado e a postura abatida. Seguindo vinha Aaron, que murmurou para mim "I promise after that, I'll let you go. Nicholas sustentou seu olhar em mim, como se eu fosse uma miragem, e em seguida veio Demétrio, cantarolando ao "One last time" comigo. SanClair, Charlie, Ethan, Timothy e Andrew olharam-me ao mesmo tempo e em um coro entoaram "I need to be the one who takes you home" antes que todos sumissem no ar, como se nunca estivessem ali. Deixando-me com uma Hanna inerte a uma cama, presa a tubos ligados a aparelhos que apitavam vagarosamente.

I know I shouldn't fought it
At least I'm being honest
But stay with me a minute
I swear I'll make it worth it
Cause I don't want to be without you

Minha mão tocou ao rosto da menina acima da cama. Pálida e fria. Era estranho encarar-me naquela situação e mais estranho ainda era cantar ali, como se estivesse dirigindo cada palavra a mim mesma. Dizendo com uma nítida dor "I don't want to be without you." Os olhos azuis abriram-se de modo fraco e miraram automaticamente aos meus. A Hanna frágil sobre a cama sorriu, com tanto esforço que até gemeu baixinho seguidamente. Seus lábios se entreabriram para que um sussurro abafado e fraco fosse dito. "One Last Time".

So one last time
I need to be the one who takes you home

Baby I don't care if you got her in your heart
All I really care is you wake up in my arms
One last time
I need to be the one who takes you home, yeah

E fora como uma explosão. A batida da música se intensificou. Meu corpo pareceu ser atingido por um choque e meu coração palpitava, e os sons provindos da maquina ao meu lado parecia alertar isso. Minha voz entoou pelo comodo, ecoando de modo tão perturbador que ouvia-me cantar em um coro de fundo também. As lágrimas rompiam de meus olhos, enquanto eu apertava a mão da loira, novamente desacordada. "One more time, I promise after that, I'll let you go", eu havia soluçado e de modo algum havia perdido a afinação em minha voz; esta soava de modo forte, equilibrado, de um modo nada condizente ao meu estado. "Baby I don't care if you got her in your heart" fez os apitos da maquina acelerarem de um modo perigoso. Deixei minha voz entoar o "All I really care is you wake up in my arms" enquanto alongava o final do verso, sentindo de súbito o ar faltar aos meus pulmões e pontos se formarem a frente de meus olhos. Minha voz gritou o "One Last time" pela última vez, antes que o ultimo verso fosse ouvido por mim como um sussurro distante. "I need to be the one who takes you home, yeah." Meu corpo pareceu leve, como uma pena. A escuridão em minhas vistas pareceu tão acolhedora e aquela sensação familiar de perca do controle me tomou. Eu lembrava de quando havia sentido aquilo. Eu estava novamente adormecendo, em coma.

— Não! — Gritei. Meus olhos se abriram para que eu pudesse vislumbrar a ofuscante luz vinda de uma luminária a minha frente. De súbito uma porta a metros de onde eu estava se abriu e uma enfermeira atravessou-a, olhando-me de olhos arregalados por meio segundo antes de suspirar. — Você achou o quarto, Hanna. Está tudo bem? — Margo sorriu, abordando-me e eu pisquei atordoada, assimilando tudo em mente aos poucos. Eu estava no quarto onde havia estado por meses em coma. Eu estava de pé, ao lado da cama, trêmula e com os olhos arregalados. Não havia lágrimas, não havia batimentos cardíacos acelerados, nem mesmo música. — Eu estou bem, Margo. — Sussurrei, sorrindo-lhe de volta enquanto sentia meu corpo relaxar e a realidade tomar-me novamente.
Hanna Mensdorff-D. McCain
Hanna Mensdorff-D. McCain
Needed

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