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Quarto Particular 002

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Mensagem por Beat Sáb 8 Nov 2014 - 23:31

Quarto particular

 Numa ala não muito distante da Uti encontra-se os quartos particulares para aqueles que precisam de uma recuperação aos olhares rigorosos dos médicos. O cômodo é espaçoso, arejado e suas adjacências são bastante silenciosas, para que haja um bom repouso dos pacientes vindos da Unidade de terapia intensiva. Os horários de visita são geralmente feitos em determinadas horas dos períodos do dia, uma pela manhã, outra pela tarde e a última pela noite.
Beat
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Mensagem por Michael C. Mudder Seg 10 Nov 2014 - 18:08

Don't leave me now!
O som do aparelho que acompanhava os batimentos do outro ficavam apitando em minha cabeça, meus olhos observavam o outro enfaixado quase que por completo, não tive a coragem de entrar de imediato no quarto, ver ele daquela forma, imóvel e sem reação, todo cheio de parafernália médica, com um tubo descendo por sua garganta me tirava totalmente a imagem daquele garoto me recebeu com sorriso e com cara de sono, daquele que estava animado para curtir sua noite com amigos e... comigo.
- Vinte minutos apenas, por favor, não façam barulho. - disse a jovem que me alertava junto ao garoto loiro, entramos e então ela fechou a porta atrás da gente.

Caminhei lentamente indo em direção a ele e observando-o, não via mais nada de seu corpo, a não ser seu único braço menos enfaixado que tinha cortes e os desenhos tatuados, levei minha mão de leve ao encostar em sua pele e fiquei acariciando ali com meu polegar, foi então que comecei a conversar.
- Seu doido... Agora vai ficar ai, deitado nessa cama sem poder aprender o que disse que iria te ensinar... - a lágrima caiu. - Terei que pedir transferência, pois, parece que terei de ser um irmão mais velho pra você. - abri um sorriso, como se pudesse ver ele me entendo e fazendo caras e bocas repreendendo-me daquilo. -...

O estranho de tudo era que sentia ele ali, presente, vivo e praticamente sem nenhuma ferida, eu o via forte como um touro querendo curtir mais sua vida, querendo ser aquele cantor famoso com uma banda e que logo se entregaria a uma carreira solo, tombei minha cabeça para frente deixando o sorriso ainda estampado em minha face.
- Você é o namorado dele? - pronunciei-me com o outro fazendo uma pergunta sem saber exatamente o que estava falando, apenas queria ouvir a voz de outra pessoa para poder estender mais o papo e ficar naquela sala.
- Ouvi você falar que era um Warbler. - me virei para o loiro o olhando com um sorriso bem fraco. - Sou Adam, primo dele... - estendi minha mão. - Desculpe minha pergunta, é que ele comentou estar passando por uma péssima fase no relacionamento, por isso pensei que... - virei meus olhos para o ursinho e depois voltando a fitar o outro.
- Queria muito poder fazer ele melhorar, ter poderes de voltar no tempo e fazer ele me esperar e sair para a festa do meu lado.
Terminei voltando a encarar meu primo desacordado e todo enfaixado enquanto ouvia as palavras do jovem que me acompanhava.
Michael C. Mudder
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Mensagem por Nathaniel W. Sibley Seg 10 Nov 2014 - 23:11



Hei, people!
Adam não havia falado absolutamente nada enquanto andávamos em direção ao corredor, estava totalmente calado e quase fez-me pensar se ele era mudo, mas provavelmente o baque de ter a notícia sobre seu parente ou amigo deve ter sido assustadora. Adentrando o quarto onde o branco predominava, observei Tyler com um suspiro cansado e os olhos levemente arregalados. Era triste vê-lo ali, tão imóvel quando todas as minhas memórias envolviam Tyler dançando e cantando animadamente. Eu estava atrás do moreno de barba, observando-o conversar com Tyler imóvel, e dei de ombros ainda segurando o ursinho em mãos, nervosas e trêmulas. Ele então vira-se e observa o ursinho atentamente. Foi exagerado ou foi bastante "íntimo"? Afinal, eu mal o conhecia, e desta forma pisquei os olhos várias vezes aproximando-me dele e por alguns segundos a imagem de minha mãe ecoou em minha mente, mas tranquei esse pensamento focando na voz de Adam, surpreendentemente atraente e que exalava segurança e firmeza, mesmo naquele estado. Apertei sua mão e um leve e forçado sorriso sumira com sua pergunta. Então, Adam, primo de Tyler, nunca o vira antes.
- Oh, não, não somos namorados. Tyler é um ótimo partido, mas não... só o conheço de vista, ele era aquele cara de aparência rebelde que soltava a voz e entregava-se de corpo e alma nas suas apresentações barulhentas e bem feitas. - falei com calma e certa surpresa, e logo falei sobre Tyler com os olhos fixos no rosto do moreno, lembrando-me dele ao performar suas canções agitadas. - Sabe, foi ele um dos que me mostraram que canções nostálgicas e melancólicas que eu escolhia pra cantar nem sempre eram saudáveis, quando quis mudar, pensei; "não posso ser triste o tempo inteiro, pense em Tyler e sua alegria, nos seus amigos".
Virei-me para Adam e dei um leve sorriso erguendo o ursinho, e dei meu primeiro sorriso amplo e agradável em sua direção. Decidi por livre vontade ignorar seu questionamento sobre os problemas no relacionamento amoroso de Tyler, não era da minha conta e falar sobre esses assuntos é uma pedra no sapato até mesmo quem vive ao redor do casal. Dei de ombros e a última frase de Adam sobre voltar no tempo me comoveu, então me aproximei e meio trêmulo pus meu braço direita ao redor de seu ombro.
- Quando minha mãe morreu, também achei devastador, mas olha pra ele; Tyler está vivo! Ele vai sair dessa, sempre se saiu bem com tudo. Lamentar por erros do passado é horrível, quando minha mãe morreu eu não estava lá na hora do acidente e seus últimos momentos foi com enfermeiros desconhecidos, não comigo. - falei e senti uma lágrima escorrer pela face e olhei pro teto na tentativa de disfarçar, e logo o fitei. - Tyler está vivo, repito. Ele está forte, ele resistiu ao pior, tudo o que vier é amenidade agora, Adam. Não tenha medo.
Falei dando de ombros e pousei os olhos em Adam, dando um sorriso e retirei lentamente meu braço de seu ombro, senão poderia vir a ficar estranho, e pousei o ursinho ao lado esquerdo da cama de Tyler, e aproximei-me dos ouvidos dele sussurrando um "fique melhor", dando um beijo em sua testa rapidinho, voltando pra onde estava antes ao lado de Adam, meio nervoso.
- Vocês parecem irmãos... - comentei baixo e dei um leve sorriso nervoso unindo as mãos observando o ursinho com o bilhete escrito "melhoras, laranjinha" e escrito meu nome.

Fantasia de Halloween!
Nathaniel W. Sibley
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Mensagem por Billy M. Currington Ter 11 Nov 2014 - 20:24



This life is short. Better live it right, you ain't comin back.

Andava rápido pelo corredor, tinha perdido os dois de vista por algum tempo então teoricamente teria que dobrar a velocidade para alcansá-los, com sorte conseguiu o que desejava, apesar de ter esbarrado em uma ou duas pessoas no caminho, o suficiente para ouvir reclamações e uso daquelas palavras típicas como: "bruto", "grosso" e toda aquela enrolação de boas maneiras. Não era assim, fato, mas do jeito que as coisas andavam deixou as boas maneiras em casa, e isso quer dizer, a mais de um estado de distância. Tensão e suspense talvez não fossem as melhores palavras para descrever o momento, não tinha como descrever essa coisa com precisão, você nunca sabe o drama que a outra pessoa passa se já não tiver passado por algo igual ou ainda pior do que a outra pessoa passou, então era inútil continuar pensando nisso.

Quando os viu entrar no quarto apenas deu um jeito de driblar a enfermeira que saía e batia a porta, não foi complicado na verdade, mas perdeu algum tempo esperando a mulher se afastar. Custou a acreditar naquilo, realmente estava na UTI, ninguém bem vai pra UTI, a expressão no rosto do homem mais velho não era nada contente, apesar do homem não lhe ser estranho, tinha certeza que nunca o tinha visto, tudo indicava que se Levine realmente estivesse ali o sujeito era no mínimo parente dele, mas os únicos parentes que ele conseguia se lembrar de seu amigo eram os pais e talvez um par de primos, mas sabia que os patriarcas Levine já não estavam mais nesse mundo. Sem mais rodeios, Gerrard simplesmente abriu a porta, talvez fosse meio indelicado, mas era torturante aquela agonia de não querer crer mesmo que tudo apontasse para aquilo.

Ao abrir a porta a face ruborizou-se, rapidamente engoliu a saliva sentindo o pomo de Adão descer e subir novamente, mas a boca ficou entre-aberta. Os olhos se esquivaram dos dois que já estavam ali dentro e pararam sobre a pessoa na cama, a pior da hipóteses se cumprira, definitivamente era o amigo chorão quando criança, Tyler Levine. - Jesus Cristo! - deixou escapar entre os lábios, não um pedido de providência divina, mas uma nota de espanto. Por 1 segundo relutou, mas depois não tinha mais porquê não acreditar. Lá estava Levine, debilitado, desacordado, ferido, enfaixado feito uma múmia, sobrevivendo com ajuda daquele aparato tecnológico. O "pi...pi...pi" da máquina que media os batimentos cardíacos ecoou em sua cabeça feito o 'tic tac' de um relógico, permaneceu estático desconectado do mundo e de tudo a seu redor, que porra ele estava fazendo ali ferindo feito um cachorro atropelado?

Naquele momento Gerrard sentiu um pouco de ódio de si mesmo, talvez pudesse ter previsto aquilo. Teve sua chance quando encontrou o amigo na boate, dava para perceber claramente que ele estava alterado, chateado, sob tensão. Deveria ter agido, deveria ter sido amigo de verdade e tentado conversar com Tyler, mesmo que pouco fosse mudar, mesmo que errasse em se intrometer, era melhor do que se omitir e ter de lidar com o gosto amargo do resultado agora. Não percebeu se os dois ali dentro já o haviam notado ou mesmo se tinha dirigido a palavra para ele, ainda engolia tudo aquilo, ou ao menos tentava. Cerrou um dos punhos com força, a mão tremeu com a ação, franziu o cenhou quase relutante em olhar de novo. Foi um golpe tão duro quanto a morte do irmão, talvez até pior afinal, o irmão mais velho havia voltado do Iraque dentro de um caixão e por ser bem pequeno na época os pais não deixaram que abrissem o objeto fúnebre, sabia que ele tinha morrido com mais de 7 tiros, o que alimentava a imaginação, mas não tinha tido o desprazer de ver uma cena como aquela, que é o que realmente machucava, ver uma pessoa ali, deitada, desamparada, entre a vida e a morte e ainda comparar com a lembrança vívida. Era um golpe profundo demais no coração de qualquer um.

- O que aconteceu com ele? - a frase saía ríspida, se não o tivessem percebido antes agora ele se faria notado, não se importava se estava interrompedo um momento amoroso, familiar ou o que diabos fosse, se fosse para falar que estava errado, bem, ele já estava desde quando seguiu os dois ali. Agia com certa frieza, não demonstrava uma reação descritível, a expressão era quase como um misto de raiva e angústia ou temor e transtorno. Os olhos sequer ficaram mareados, mas quem o conhecia só um pouco sabia que ele não era daquele jeito, era babaca, inocente, alegre e preguiçoso, mas agora, parecia um homem completamente diferente. Assim apenas esperou algum posicionamento dos dois ali.
Suae quisque fortuna faber est
Billy M. Currington
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Mensagem por Silver W. Blackheart Ter 11 Nov 2014 - 23:49



I wanna make you feel wanted!

A luz florescente tipica das salas hospitalares, ofuscavam minha visão prosseguindo de uma forte e aguda dor de cabeça que automaticamente faziam meus olhos não quererem abrir. As lágrimas que reagiam á minha visão encandiada, rapidamente começariam a escorrer, só que agora só tornavam tudo muito mais neboloso. Voltei a fecha-los e os reabri num brusco movimento olhando lentamente ora para um lado, ora para o outro. A sala parecia ser grande á primeira vista, ao meu lado direito antes da porta tinha uma maca, a ao lado esquerdo pude ver mais três que seguiam de uma janela que projetava para o interior a pouca luz da Lua que aos poucos adormecia com o amanhacer.
Não olhei á horas mas pensei "Tyler... Onde está o Tyler?" Meu coração começou a aumentar o ritmo cardíaco, me transmitindo energia suficiente para começar a levantar o corpo ainda dormente. Os pés descalços deslizaram nas calmas pela cama, até chegarem á berma da mesma caindo ora um, ora outro. O chão era frio obrigando-me a sentir um arrepio básico na espinha. Por fim tomei impulso e ergui meu corpo sentindo um conjunto de tonturas que me fizeram perder as forças nas pernas. Novamente voltei a sentar-me pressionando meus olhos e cerrando os dentes enquanto levava a mão á cabeça tentando controlar a dor insuportavel que estava sentindo no momento.

Não desisti, e voltei a fazer impulso para me levantar. Tentei manter o equilibrio desta vez,  e felizmente conseguia. Dê por onde desse eu tinha de ver Tyler e concerteza ele não estaria na mesma ala que eu. Era óbvio.
Abri a porta prestando atenção ao grande corredor agora vazio. Apenas uma ou duas enfermeiras passavam por ali, ocupadas com seu cargo profissional. Não esperei mais para sair. A bata branca até ao joelho que me haviam posto os médicos, baloiçava de um lado para o outro conforme os passos lentos e rastejados que dava. Manti o olhar fixo no chão para que ninguém conhece-se meu rosto ao ponto de me obrigarem a voltar para o quarto.

O Encontro

A grande placa verde em letras bem legíveis e brancas mostravam "Ala de Urgências" dando-me a indicar que estava no caminho correto. Continuei a andar observando pela pequena janela de cada porta onde poderia estar o Warbler que eu ansiava encontrar. Uma chamou mais minha atenção por encarar de relançe os rostos conhecidos de Andrew e Steven. Abri a porta ao rodar a maçaneta com firmeza. Encarei todas as caras conhecidas... Uma por uma. Adam também estava lá, mas mentalmente avisei que não era uma boa altura para uma sessão de autógrafos. Estava mal encarado. Tinha um rosto pálido e neutro acompanhado de um cabelo claro e esgaranhado.
Á medida em que corria o olhar para baixo, pude ver a figura que me tinha feito ir até ali. Avancei dois passos reparando na sua cara desfigurada de tantos tubos e ligaduras que prendiam não só seu rosto, como também mais algumas partes do seu corpo.

Uma lágrima de tristeza percorreu meu rosto neutro, bochecha abaixo até sentir o sabor salgado do fluído embater nos meus lábios. Um aperto no coração se formava ao ver o menino antes divertido e alegre, naquele estado lastimável. Continuei a avançar aos poucos, acabando por me render á pouca força das minhas pernas que me forçaram a cair de joelhos ao seu lado. Elevei a mão tocando a dele com a ponta dos dedos enquanto fazia leves caricias, sentindo também um trilho de mais lágrimas descer pelo rosto. Fechei os olhos acabando por apertar a sua mão mais forte, falando num tom baixo e rouco - Eu podia ter evitado isso... - vários flashbacks da cena vieram á mente, relembrando-me dos estilhaços de vidro e metal espalhados pela estrada.

Então ali fiquei, na esperança de que agora só rezando é que o Levine recuperaria daquele coma profundo.
thanks juuub's @ cp!  
Silver W. Blackheart
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Mensagem por Michael C. Mudder Qua 12 Nov 2014 - 17:52

Don't leave me now!
- Oh! Me desculpe, então... Isso é tudo muito novo pra mim... - falei me referindo ao acontecimentos no geral. Tyler havia mencionado estar namorando um garoto e estar passando por problemas, mas eu não saberia identificar quem seria esse outro garoto. Nunca pensei em como seria ter um parente homossexual, não o recriminaria, jamais, apenas isso era muito novo para mim que sempre foi acostumado ao saber e ver o casal clichê de homem e mulher, casal que pra mim sempre fará parte do meu a histórico.

O garoto prosseguiu falando algo com relação as performances que meu primo fazia e de como ele era uma inspiração para o amigo que estava ao meu lado, continuei a ficar olhando para Tyler que estava em um sono profundo, longe de tudo, longe da vida a qual ele pertencia e sabia que estaria lutando para permanecer.
- Queria poder vê-lo fazendo alguma performance assim, senti pelo pouco tempo que estive com ele que ele era um doido varrido como eu. - abri um sorriso de canto lembrando-me do meu passado juvenil, louco e bem a vontade com a vida que tinha e que teria que construir, com sonhos e desejos.
Andrew escreveu:- Quando minha mãe morreu, também achei devastador, mas olha pra ele; Tyler está vivo! Ele vai sair dessa, sempre se saiu bem com tudo. Lamentar por erros do passado é horrível, quando minha mãe morreu eu não estava lá na hora do acidente e seus últimos momentos foi com enfermeiros desconhecidos, não comigo.
Senti sua mão tocar ao meu ombro, olhei para ele sem malicia ou desconfiança, estava cansado e palavras poderiam me confortar perante aquela situação, não que eu fosse gay, apenas vi aquilo como um gesto amigável e que seria bem recebido aos meus olhos.

Voltei a visualizar a imagem de Tyler, continuei a ouvir as palavras de Andrew e guardando-as pra mim como uma segurança, um passe que pudesse me fazer ficar cada vez mais calmo quanto aquela situação, aparentemente apenas, mas sempre estaria preocupado em querer saber a situação e como ele andaria com seu quadro depois daquela operação.
- Fico grato com suas palavras, Andrew, agradeço mesmo. - ele se colocou mais perto da maca e colocava o ursinho, logo se recolheu e ficou a observá-lo junto comigo.
"- Vocês parecem irmãos." - me alertei com aquilo e novamente dei uma pequena risada.
- Pelo que estou vendo, realmente parecemos... - uma pausa de alguns segundos e prossegui.
- Me desculpe pela pergunta, novamente, não ligue para minha forma grosseira de ser direto, é que não faço rodeios, gosto de ir no ponto.

Tudo pareceu terminar ali quando uma terceira pessoa adentrava ao local de forma tão cautelosa que só se pode ser percebido pelo alerta de espanto.
"- Jesus Cristo!"
Olhei para o garoto que ficava em choque com o que via, não pude emitir som, apenas fiquei assustado ao vê-lo também serrar seus pulsos e mudar sua expressão, olhei para Andrew que também me encarou e pareceu conhecer o outro ao chamar pelo nome dele.
- Perdão, mas...
Não consegui terminar a pergunta pela aproximação do garoto que chegava pedindo uma informação instantânea. Fiquei a pensar sobre responder, não o conhecia, mas Tyler sim, ele poderia ser um outro amigo que veio vê-lo, por isso conseguir então tirar sua dúvida.
- Um acidente de carro, ele capotou na via que saia do Camping da festa. - voltei a olhar para Tyler pronunciando minhas palavras de forma baixa para que só os dois próximos de mim pudessem ouvir.
- Ele se chocou com três carros e acabou sofrendo fraturas múltiplas, passou agora pela operação e está em observação e instável...
O garoto parecia transtornado, demonstrava estar ainda em transe enquanto olhava para meu primo daquela forma, foi então que consegui naquele momento me afastar e me sentar em uma cadeira que tinha perto da maca, joguei minha cabeça para trás e encostei ela na parede olhando para o alto, só então me dei conta de o quanto eu estava exausto, pareceu que aquele momento fora o único que me fizera ficar relaxado, mesmo não estando fisicamente e nem mentalmente.
- Só queria que o tempo voasse logo. - terminei de falar quando novamente a porta se abriu.

Meus olhos testemunhavam uma cena absurda, um garoto que estava vestido com bata hospitalar caminhava cambaleante até Tyler, me levantei na mesma hora me aproximando dele, mas ele continuava a seguir seu caminho até meu primo, sua aparência não era de bons amigos, com certeza aquele não era ele, pelo fato de se mostrar em estado meticuloso e bem fora de si.
Ao chegar perto de Tyler o outro de uma leve caída me fazendo pegá-lo por baixo dos braços e o reerguendo, me afastei um passo e vi aquela cena dramática, então ele seria o namorado de Tyler? Ou mais algum outro amigo que o tratava com intimidade? Ouvi sua frase culposa e me aproximei dele.
- Hey, você não teve culpa de nada... - tentei amenizar, mesmo não sabendo se aquilo poderia ou não ser verdade. - Você precisa voltar para seu quarto, ambos precisam repousar. - falei tentando afastar o outro e esperava que ele cooperasse.
Michael C. Mudder
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Mensagem por Nathaniel W. Sibley Qua 12 Nov 2014 - 20:34



Hei, people!
Adam parecia estar um pouquinho melhor, e eu ainda não sabia mas realmente minhas palavras de ajuda funcionaram um pouco com o moreno. Fui o mais amigável possível e ainda me sentia estranho tão próximo assim, geralmente, em hospitais eu ficava no estacionamento ou só na recepção com o olhar distante, como se por pensamento eu pudesse sair deste local triste. Fitei Tyler, ali imóvel, o que ele deveria estar pensando? Ouço o comentário dele sobre querer ver Tyler performar, então apenas dei de ombros.
- Pode ir na Dalton quando quiser ir vê-lo. - dei de ombros e apenas assenti com seu comentário sobre ir diretamente ao ponto. - Sem problemas, Adam...
Logo, Steven entra no quarto com uma expressão distante - como quase sempre. Steven era um rapaz sério, mas agora eu deveria reaver meus conceitos de homem assustadoramente sério, olhei-o por cima de ombro e logo voltei a fitar Tyler e a janela, de onde vinha uma breve luz do sol que começava a despontar lá no horizonte. Quando Steven finalmente perguntou sobre o acidente pude confirmar que realmente foi um acidente de carro, então apenas suspirei e me virei, caminhando lentamente até uma cadeira ao canto, basicamente de frente para a cama onde repousava um Tyler inconsciente. Me surpreendi com Sebastian adentrando o local, então apenas ergui as sobrancelhas em surpresa e achei que ali meu tempo já havia esgotado, então fitei Adam e dei um sorriso para ele.
- Preciso ir, mas depois eu voltarei, prometo. E fique melhor, lembre-se do que eu disse. - proferi com a voz meio rouca pelo sono. Céus, eu precisava de um bom banho e de descanso. Levantei-me e observei a cena triste dando as costas e saindo dali.
Encerrado!
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Mensagem por Cody Wingate Jackson Qui 13 Nov 2014 - 21:34



Olá...




Novamente, estava voltando de uma viagem,do Texas, minha terra natal;  Esta não tão demorada como a anterior, mas ainda sim, tinha que para de viajar, e igualmente de desviar do caminha, no que se refere a voltar para casa da minha irmã. Mais uma vez eu voltava do aeroporto , pegando um taxi, mas desta vez indo para o hospital de Ohio, fiquei sabendo que tinha um Warbler quê estava em coma na uti, após sofrer um acidente, eu me sentia na obrigação de ir visitá-lo, e também não estava afim de chegar em casa cedo.
...

Estava no corredor do hospital, já chegando a sala onde Tyler estaria. Chegando a frente do quarto, aporta se encontrava fechada, e pelo vidro da mesma eu via 3 rapazes, dos quais 2 eu conhecia, o terceiro, ate já tinha visto, mas, apenas de longe e poucas vezes.
Dava duas batidas de leve na porta, girando a maçaneta, abrindo-a e adrentando ao quarto, os rapazes ali presente olhavam para mim.
- Desculpe, se estiver atrapalhando, eu só vim dar uma rápida passada-  digo ao mesmo que entrava no quarto, meu olhos iam direto para pessoas enfaixada,e ligada por tubos, na cama, com certeza este seria Tyler, dava para saber, por suas tatuagens no braço que se encontrava parcialmente enfaixado. M e aproximava um pouco da cama, a cada passo, uma sensação me vinha no corpo, uma sensação de certa tristeza e vontade de ajudar, por mais que eu não conhecia a pessoa ali deitada, meu olhar não se desviava do mesmo, sendo sempre fixo e tremulo ao mesmo tempo. Na verdade eu nem sabia o que estava fazendo ali, apenas queria ajudar, e agora sair ao mesmo tempo, que queria ficar ali.    
- Melhoras- disse baixo, e por um motivo, que eu já não sei o que era, meu olhos de enchiam de água, e meu olhar se tornara baixo, mas não podia deixar isso me afetar mais, ou permitir que as pessoas ao redor visem isso, então retirava meu colar com uma pequena foice prateada presa ao mesmo, e me dirigia a porta, ate então aberta, colocando o colar sobre a maçaneta que ficaria do lado de dentro da sala,
-E para ele quando acordar.. pode dar sorte- digo então me retirando, voltando a saído do hospital onde um táxi me esperava    



onde: Praiacom: xxx post: xxx ouvindo: xxx


thanks @ lilah cg
Cody Wingate Jackson
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Mensagem por Billy M. Currington Ter 18 Nov 2014 - 11:13



This life is short. Better live it right, you ain't comin back.

Engoliu a saliva enquanto os motivos do acidente eram esclarecidos, o acidente provavelmente foi bem feio, basta olhar o resultado para se ter noção disso. Engraçado era pensar que não se recordava de Levine sendo imprudente no volante, muito pelo contrário até, o que só fazia Gerrard concluir que provavelmente era algo também emocional, quer dizer, alguma coisa além da morte dos pais que na verdade, Levine ainda não teria superado completamente. Ele poderia divagar em mil e uma suposições, mas isso não era um espaço em que ele podia entrar e opinar, era algo reservado da privacidade do amigo, portanto tratou de afastar qualquer sombra destes pensamentos.

Aos poucos mais pessoas foram chegando ao quarto, ele se surpreendeu ao notar que eram todos colegas da Dalton, foi só aí que Gerrard percebeu algo curioso, que se por um lado Tyler tinha perdido sua família, agora ele parecia ter ganhado uma totalmente nova, não composta por laços de sangue, mas por algo mais puro e solidário, talvez uma grande família chamada Warblers, no fundo não sabia dizer, apenas senti aquilo. Assistiu em silêncio com a expressão fechada as lágrimas de quem parecia ser Sebastian e a entrada de outro do mesmo coral que ele, mas que só conhecia de vista. Apoiou as costas na parede logo ao lado da porta e concluiu consigo mesmo: "É, você definitivamente não está sozinho, seu idiota. Acabou ganhando um família nova e totalmente incomum..."

Suspirou alto e aproximou-se do leito em que, o debilitado Tyler, se encontrava, e assim consequentemente se aproximando dos demais. Sem dúvida era uma situação complicada, independente do seu credo ou frieza para se escorar nesse momento, ver um familiar, amigo ou mesmo um conhecido era uma cena que abalava. Naquele momento Gerrard compreendia que agora tratava-se de uma luta particular de Levine, acordar ou permanecer daquele jeito, não era algo que eles poderiam se intrometer, tudo o que podiam era prestar apoio e torcer pela recuperação. Agaixou-se até a altura da cama, mas não encarou o corpo enfaichado. - Você é um grande maluco, Tyler. É bom melhorar logo, tem um monte de gente aqui chorando por você. Então é melhor não entristecer mais eles... - a voz tremulou um pouco, mas ele rapidamente se recuperou. Não era bom com palavras, mas naquele momento tudo o que saía de sua boca era do fundo de seu coração, então não precisava ser um grande poeta para expressar seu apoio. - E tenha em mente que, depois dessa, quando você acordar e melhorar, eu vou te encher de porrada. - deixou brotar um sorriso de canto quase caótico enquanto murmurava suas palavras.

Levantou-se e respirou fundo novamente, 'ser forte'; era o contexto que emanava em sua mente a cada momento. Imaginou seu pai naquele momento lhe dando uns cascudos e falando para não ser tão mocinha. Tocou o ombro de Adam com sua mão direita quando achou uma brecha entre a coversa do homem com Sebastian. - Nós não nos conhecemos eu acho, mas você deve ser um familiar dele certo? Sou Steven, eu ele meio que éramos irmãos de mães diferentes, somos amigos de infância. Eu não vou te alugar, mas saiba para o que precisar eu vou estar aqui para ajudar, e quando ele melhorar dar uns cascudos nele. - ofereceu ao homem um cartão com seu celular para qualquer evento que fosse necessário o contato. Sobre a origem do cartão, o que dizer? O Gerrard patriarca meio que o forçava a ter coisas assim visto que um dia ele assumiria a fazenda e deveria se tornar o homem de negócios que precisava. Dito aquilo ele preferiu partir, lembrava-se que a enfermeira tinha dado apenas alguns minutos e achava que família e outras pessoas ligadas mais intimamente à Tyler iriam apreciar alguns minutos reservadamente com ele.

Encaminhou-se para a porta, mas não saiu sem antes dar uma última olhada e desejar melhorar, mentalmente ao amigo. Vagou pelos corredores até encontrar o sagão do hospital novamente, lembremos que ele havia seguido Andrew e Adam para chegar até ali então é natural que ele se perdesse um pouco até finalmente conseguir sair.

Encerrado

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Mensagem por Michael C. Mudder Sáb 22 Nov 2014 - 10:30

Don't leave me now!
O jovem tentava se afastar de mim, mas eu não deixei, segurei firme para poder levá-lo até a porta e dali seguir com ele para o quarto do mesmo, mas antes que eu pudesse o fazer a enfermeira entrou no quarto, viu que tinham mais três pessoas no quarto e ficou um tanto receosa com tudo aquilo, fiz um olhar de desculpas para ela que entendeu ao certo a preocupação dos demais ali com meu primo, reparou no garoto que estava com a bata médica e o repreendeu, envolveu seu braço no ombro do jovem e o retirou de minha posse para levá-lo para o quarto:
- Ele vai ficar bem, você precisa descansar... - meu tom era baixo e então ambos se viravam e pude escutar a enfermeira dizer que tinha mais cinco minutos, acenei com a cabeça e então eles saíram porta a fora.

Voltei ao local de onde estava, sentei deixando os amigos de Tyler se despedirem dele, enquanto isso fiquei a pensar mais um pouco sobre tudo que aconteceu naquela noite e que já estava se tornando manhã. A vida não é um jogo que se pode recuperar chances, ela é única e eu tive um aprendizado com aquilo tudo que passou. A porta novamente se abriu, levantei meus olhos vendo que era mais um colega de Tyler, fiz uma expressão triste acompanhado de um sorriso fraco, sem vida, ele se aproximou dos outros dois que estavam ali e ficou a olha-lo também, abaixei a cabeça e então respirei fundo me levantando.
- Temos dois minutos, meninos...- os demais olharam pra mim e acenaram entendendo o recado, foi a hora que um a um fazia sua despedida para o corpo imóvel controlado por aparelhos.

Andrew se despedia e se virava vindo em minha direção, ouvia suas palavras e então conseguia fazer um sorriso com um pouco mais de vida surgir, levei minha mão até seu ombro e respondi:
- Obrigado pela visita e pelo presente, assim que ele acordar eu lhe direi quem deu com todo carinho. - por impulso dei um forte abraço no garoto e novamente pude ouvir ele me dizer mais algumas palavras.
- Não irei esquecê-las, mais uma vez obrigado. - o menor se afastou indo em direção a porta e então saia deixando-me com mais dois amigos do enfermo.

O que havia acabado de entrar a poucos minutos então apenas dava "melhoras" para o mesmo e ficava a observá-lo por alguns segundos, se virou e então passou por mim acenando com a cabeça e eu retribuía da mesma forma, vi ele fazer um gesto amigável de colocar seu cordão na maçaneta da porta na parte de dentro, informava o que era aquele gesto.
- Obrigado... - ele sorriu e se virou indo para fora do quarto deixando agora só mais um, me aproximei dele, o mais velho aparentemente de todos, não o conhecia, mas ouvi mencionar seu nome e fiquei ao lado dele, foi o que mais me pareceu apegado ao meu primo, eis que a resposta vinha com suas últimas palavras antes da despedida final.

Gerrard escreveu:- Nós não nos conhecemos eu acho, mas você deve ser um familiar dele certo? Sou Steven, eu ele meio que éramos irmãos de mães diferentes, somos amigos de infância. Eu não vou te alugar, mas saiba para o que precisar eu vou estar aqui para ajudar, e quando ele melhorar dar uns cascudos nele.
Dei uma risada curta e então coloquei minha mão no ombro dele também acenando com positivamente com a cabeça.
- Obrigado, Steven e pode deixar, vamos dar uns cascudos nele. - me virei para olhar pro meu primo.
O mesmo se afastou e caminhou porta a fora me deixando agora a sós com ele, me virei e me agachei ficando agora mais perto do outro.

- Agora somos só nós, primo, sabe, nunca pensei que poderia sentir algo tão forte por alguém da família, sempre fui afastado de todos e pensei que quando chegasse aqui seria apenas mais uma visita e uma forma de conhecê-lo melhor, mas não, acabei sentindo algo tão forte por você que estou aqui, virando noite e quase caindo de morto esperando uma resposta de vida sua, um gesto pra saber que você está por aqui, mas apenas escuto esse maldito aparelho, pelo menos ele mostra que ainda vive. - uma lágrima caia sobre minha face. - Bem, eu só queri dizer que sempre vou estar aqui esperando por você, meu primo, agora vou arrumar minhas coisas para me mudar para cá, você terá uma surpresa e tanto, não vou deixá-lo mais sozinho e serei seu irmão mais velho, como seu amigo disse que também é, agora terá dois na sua cola zé maluco. - me levantei encostando no seu braço de leve, a enfermeira abria a porta me informando para deixa-lo com ela, fui caminhando para trás e limpei meu rosto indo então embora do quarto, mas voltaria assim que eu estivesse recuperado para acompanhar todos os procedimentos, sai do quarto indo para o apartamento lembrando que lá também tinha um cachorro, fui as pressas preocupado com o filho que a essa hora poderia estar comendo todo o lugar.

ENCERRADO PARA SEBASTIAN E ADAM

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Mensagem por Ghail C. Mudder Dom 23 Nov 2014 - 22:09

My Choice...


Bip...bip....bip o som daquele aparelho indicava meus batimentos cardíacos, minha audição estava funcionando o que me indicou estar vivo, eu estava vivo, escolhi viver depois de ter encarado de frente a morte. Foi como um sonho que nunca parecia ter fim, me vi em uma praia, uma praia deserta com coqueiros e uma água clara, dentre os coqueiros tinha um pequeno lago com água também limpa, a cada minuto que se passava ali me sentia sem destino, sem ter que escolher e sem ter que fazer mal para alguém, mas então o tempo naquele paraíso fechou, uma tempestade descia, ventos fortes e um raio caia sobre o mar, dois, depois uma chuca de raios até que um clarão veio em minha direção e foi assim que minhas pálpebras se abriam rapidamente.

Bip...bip...bip... o som daquele aparelho indicava meus batimentos cardíacos, minha audição estava funcionando o que me indicou estar vivo, meus olhos estavam captando o teto daquele quarto branco, meu corpo ainda estava imóvel, não conseguia mexer nada a não ser meus olhos que agora tentavam reconhecer o que estava acontecendo, aonde eu estava? Era um quarto branco, aquele som, aparelhos, eu estava no hospital de Ohio?
A porta se abriu e então uma mulher vestida de branco junto a uma prancheta entrou, ela ainda parecia não ter percebido que eu havia acordado, mas como iria avisá-la? Ela olhava os aparelhos e depois anotava algumas coisas, tentei me esforçar para mexer algo, mas não tinha sucesso, fechei os olhos e relaxei tentando fazer alguma coisa e quando a vi se aproximar mais de minha cama abri novamente os olhos e consegui mover meu braço para fora da cama o que o fez cair ficando pendurado, a jovem levava um susto e então ao ver aquilo arregalou os olhos e sorriu saindo do quarto eufórica, aonde ela tinha ido? Vozes ecoavam pelo corredor e então três pessoas entrava no meu quarto, a enfermeira e mais dois médicos que pareciam animados com a situação.
- Hey, bem vindo de volta, Tyler... - não pude responder, estava todo cheio de aparelhos e enfaixado. Talvez seja por isso que eu esteja sem conseguir me mexer.
- Enfermeira, prepare as coisas, vamos fazer uns exames e poder ver se tiramos essas faixas dele, o tempo de cicatrização já deu-se por completo, na parte externa, agora só temos que ter certeza se na interna ele ainda tem alguns pontos fracos. - falava com a enfermeira que saia da sala e então o médico parou ao meu lado e disse:
- Seus amigos vieram aqui, seu primo ficará bastante animado ao saber que acordou, agora vamos fazer alguns exames e assim saberemos seu diagnóstico por agora...
Não pude responder, apenas fiquei a olhar pra ele e então esperei.

- Então, Tyler, ainda tem que ficar mais alguns dias por aqui, uma semana e meia no máximo, seu corpo é forte rapaz, da forma que chegou aqui... Pensei que não conseguiria sobreviver. - era bom saber que o médico pelo menos era sincero e sem medo com as palavras.
- Quanto tempo fiquei desacordado? - minha voz era fraca, não precisava daqueles tubos mais sobre minha garganta.
- Dezoito dias. Você estava em coma profundo, então, perdeu alguns dias descansando.
Fiquei surpreso, com a resposta dele, então meu acidente havia sido grave, não conseguia lembrar de nada, apenas de alguns pequenos detalhes, a voz do Tim na minha cabeça, a imagem de Sebastian, coisas bem vagas.
Pude perceber que sobre uma cadeira havia um ursinho, o médico olhou para o mesmo lugar e pegava a pelúcia me entregando. - Um amigo seu lhe trouxe isto. Não sei lhe dizer quem foi, mas seu primo sim, ele ficou praticamente todos os dias de visitas aqui, dormiu algumas vezes e hoje de manhã foi pra casa, amanhã ele poderá vê-lo... Ah! - ele se afastou de novo e foi em direção a porta, enquanto isso fiquei a olhar para o ursinho com um sorriso bobo.
- Um outro amigo lhe deixou esse pingente na porta, seu primo pediu para tirar assim que você acordasse e mandou lhe entregar. Ele queria fazer isso, mas como hoje ele não está... Bom, agora me vou. - Abri a mão e o pingente fora colocado sobre a minha palma, senti uma coisa boa com aquilo tudo, senti que eu tinha amigos que se preocupavam e que estavam dispostos a querer me ajudar.
- Obrigado doutor... - agradeci e então ele saiu me deixando ali com meus presentes.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, aqueles gestos de carinho comigo feito pelos meus amigos, pensei que era apenas um louco que cantava e interpretava músicas do colégio, mas não, eu tenho uma importância para eles, eu fazia parte da vida deles também, me prometia agradecer a todos que estiveram ali para me dar forças, só precisava sair daquele quarto e voltar a fazer o que nasci pra fazer... Cantar.
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Nothing

Soundtrack:

Let Me Go - 3 Doors Down

Notes:

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Thanks, Baby Doll @ Etvdf
Ghail C. Mudder
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