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Mensagem por Katherine De Vil Sáb 15 Nov 2014 - 1:35


Katherine De Vil



HISTÓRIA

Glamour de viver em Londres. Lugar onde a alta grife se deposita. Como se isso fosse alguma coisa. Vivi de perto esse inferno da alta costura, fui cobrada a ser perfeita. Motivo? Eu era cotada para ser a nova imagem da empresa da minha família. E que família pertenço? Aos famosos De Vil. Os carrascos De Vil.

Sou filha da pessoa que quando se abre a porta do carro você tem segundos pra sair da frente ou ela passa por cima de você com seu salto agulha e sua roupa impecável. E no final ela sairia como a certa. Sou filha da dona do coração mais frio que conheci. Quem é ela? Miranda De Vil, dona da maior grife europeia e da revista Mode. Quem sou eu? Sua sombra, ou melhor, a invisível, aquela que um dia ocuparia seu lugar, se não fosse um imprevisto.

Para ser perfeita tive que estudar muito. Com 5 anos de idade já tinha uma agenda a cumprir. Não tinha tempo para brincar. Via minha mãe apenas a noite na hora do jantar mais silencioso que participei. Ela abria a boca apenas para me proibir de comer a sobremesa ou fazer alguma critica a meu respeito. Meu pai era Ministro da Inglaterra, ou seja, o via menos ainda, ainda mais porque meus pais não eram casados.
As coisas que estudei desde pequena foram, dança (Ballet Clássico), Musica (Piano, Violino, Violão Celo, Flauta, Harpa, Violão e por fim Canto), Línguas (Frances, Português, Italiano e Espanhol) e Arte (Pintura e História da Arte Moderna). Mais tarde veio o Corte e Costura. Por minha família (Pais, avós, tios) não serem nenhum pouco unida, nunca me viram usar nada disso. Arrisco em dizer que minha mãe tenha me ouvido ensaiar algum instrumento na sala de musica, que era o comodo mais distante da mansão, ao menos duas vezes na vida.

Eu não era feliz. Nunca estudei em uma escola de verdade, eram tudo professores particulares que não se atreviam a criar um vinculo comigo. Nunca pude ter um animalzinho para me fazer companhia, minha mãe odiava animais, diziam que eles serviam apenas para serem vestidos. Que no caso seu guarda-roupa era lotado de suas peles impecáveis. Odiava minha vida, eu era infeliz e sentia raiva por não ter aquele sorriso que as pessoas tinham nos filmes. Começava a pensar que a vida era fútil e encaminhava para seguir a filosofia que minha mãe seguia. A que ninguém é insubstituível e a felicidade é ter o poder.

Me lembro de acordar de um pesadelo e sentar perto da porta de seu quarto na tentativa de me sentir um pouco mais segura, mas ela dava mais medo que meus pesadelos. Então eu passava a noite encolhida no chão esperando o susto passar.
Agora a questão. Como fui parar na America?

Bem, a solidão era tamanha que comecei a falar sozinha e chegava a ver a pessoa que eu conversava. E em um desses devaneios foi o motivo de não mais estar na Europa. Sai de casa usando um pijama branco e andei em meio a neve em direção a rua. Fui atropelada. O motorista não me viu. Minha roupa e a neve ficaram manchados de vermelho. O motorista fugiu. O barulho foi alto o bastante para alertar um de nossos empregados.
Me lembro de não sentir meu corpo por conta do frio e das luzes vermelhas da ambulância. Emy, uma das empregadas noturnas, foi comigo na ambulância enquanto o motorista levou minha mãe no carro. No hospital eu passei por uma cirurgia, pois havia quebrado uma costela e a perna, fora as tantas escoriações pelo corpo. Lá foi a única vez que vi meus pais juntos. Ainda questiono se não foi um sonho. Fui noticia nos jornais, mas a foto que saiu foi a dos meus pais em uma das janelas conversando no hospital e outras vezes sendo abordados por repórteres e paparazzis, ou seja, eu não existia. Eles eram a atração. Nunca existi. Era até engraçado me pesquisar no Google, saia apenas a foto da Miranda De Vil e quando eu achava algo a meu respeito, era apenas eu bem atrás da "Madame".

O que não parecia ficar pior, ficou. Fiquei com uma cicatriz na boca não muito visível e fardada a usar uma bengala. Ou seja, minha paixão pela dança tinha ido pro ralo junto com os planos da empresa de ser o novo rosto perfeito de corpo perfeito. E ficou ainda pior, acredite. Por conta disso minha mãe não me levava aos eventos e a nossa única interação no jantar se foi, passei a jantar sozinha. Eu não mais era perfeita para ela, mas meu coração era bom, mesmo despedaçado. Eu queria ficar diante dela e poder lhe dar um abraço e dizer que a amava. O que nunca ocorreu.
A ultima vez que andei de carro com a “Madame” foi pra ela me dizer que eu estava indo estudar nos Estados Unidos. Pensei por um segundo em abrir a porta do carro e me jogar, outro momento foi em gritar com ela, mas no final eu simplesmente ouvi as instruções que ela me passava com a cabeça baixa e encarando minhas mãos. Ela não entrou no aeroporto comigo, apenas abaixou o vidro preto de seu carro perfeito e abaixou um pouco os óculos pretos e disse apenas, “Te vejo em breve”. Voltou a fechar o vidro e partiu. Fiquei no aeroporto com uma mulher mal vestida que seria responsável por mim durante toda a viagem.

Demorei muito pra me adaptar a viver em uma escola. Eu vivia em um apartamento com uma mulher encarregada de cuidar de mim. Minha mãe tinha me feito tanto mal que o gelo de seu coração começava a impregnar no meu. Não conseguia fazer amigos, ficava isolada, não tinha vontade de fazer nada e não tirava boas notas. Acho que eu fazia de proposito a questão das notas, pois eu sabia de muitas coisas que nos eram ensinados. Acho que eu queria me punir por permitir ter a vida que eu estava tendo, de não encarar minha mãe e de não me assumir uma De Vil, mesmo não sendo mais perfeita. Como eu sabia que a "Madame" ficava a par de tudo que eu fazia, acho que eu queria mostrar pra ela que eu estava infeliz por culpa dela.

Sempre fui calada, mas a minha mente era um turbilhão de pensamentos de raiva e desespero. Me chamavam de estranha, ninguém ali conhecia minha historia e muito menos poderiam desconfiar. Não imaginavam o sufoco que eu passava. Foi ai que notei que eu já estava mesmo no fundo do poço, não tinha mais como descer e o que me restava era subir.
Comecei a ter um costume de escrever para liberar minha mente para novas ideias e por muita das vezes fazia isso na sala de dança, enquanto eu olhava as alunas dançarem. A musica do Ballet me lembrava pequenos momentos felizes que eu tive. Ao sair dali, passando pelos corredores, avistei no mural da escola um papel amarelo sem graça falando sobre inscrições para o Coral. Me inscrevi. Percebi que a musica não me foi tirado e eu poderia talvez me agarrar a ela e quem sabe escrever uma nova história, mas pra isso eu aprenderia a não mais me rebaixar.

DADOS

NOME: Katherine De Vil.

DE ONDE É?: Londres / Inglaterra.

IDADE: 16 anos.

GRUPO?: Mckinley / Troubletones

AUDIÇÃO

Antes da audição eu me preparei em casa. Comprei um violão simples e treinei, pois havia bastante tempo que eu não tocava. Me tranquei no quarto e peguei uma musica simples na internet. Queria uma musica que falasse um pouco o que eu estava sentindo, resultado? Chorei por horas, mas depois de tanto tocar eu já me sentia mais aliviada e segura.

Ao subir no palco, com um pouco de dificuldade, uma saudade me abateu. A dança ainda pulsava em minhas veias. Suspirei e sentei no banquinho e coloquei a bengala de lado. Apoiei meu violão nos braços e busquei forças pra fazer tudo certo. Ao menos dessa vez. Rapidamente olhei pra plateia e como todas as vezes, nenhum rosto conhecido. Senti um pouco de raiva, aquele sentimento familiar voltando. Apertei com força o braço do violão, mas foi um pigarro da plateia que me fez sair daquele transe. Relaxei.
Spoiler:

- Me chamo Katherine De Vil e... bem... tem um bom tempo que não toco, mas hoje irei tentar apresentar “Minha Triste Imperfeição – Rosa de Saron”. – Vi uma confirmação da parte do avaliador e suspirei. Comecei a dedilhar a introdução por alguns segundos. – “Foi buscando acertar que às vezes eu errei, Mas quem pode acusar sem tentar compreender, Quando saio sem regar violetas que plantei, A sede que causei me afogará” – Comecei a cantar em um tom calmo para espantar o nervosismo e encarando as cordas do violão. – “Sem pressa sei que posso alcançar, Digam o que quiserem só uma coisa importa”. – Ao finalizar a frase eu levantei o rosto e encarei o avaliador e em seguida a plateia. – “Verdadeiro é meu amor o sentimento foi real, Quando eu te entreguei tudo aquilo que há em mim, Pode até não parecer, Se o mal que há em mim faz doer o teu coração, Minha triste imperfeiçãoooooooo huuuuuuuuu” – Aumentei o tom de voz e pareciam que imagens da minha historia surgiam a minha frente e por conta disso eu não consegui resisti a deixar cair uma lagrima. Voltei a tocar um pouco mais sem cantar e encarando as cordas até começar a cantar novamente. – “Será que conseguirei a bondade que sonhei?, Estou sempre a tentar remover as pedras, Se desvio o olhar da mão em minha direção, Fecho os olhos para mim e para você, Não canso, não desisto de lutar, Ainda se tropeço só uma coisa importaaa” – Automaticamente fechei os olhos, a musica parecia percorrer meu corpo, estava fazendo parte de mim e eu não mais resistia em deixar a lagrima escorrer. – “Verdadeiro é meu amor o sentimento foi real, Quando eu te entreguei tudo aquilo que há em mim, Pode até não parecer, Se o mal que há em mim faz doer o teu coração, Minha triste imperfeiçãooooo” – Cantei num tom mais elevado. - “Minha triste imperfeiçãooooo” - Prolonguei a ultima palavra demonstrando mais sentimento e verdade em tudo que eu dizia. Voltei a tocar por mais um tempo e repetindo a ultima frase mais uma vez. Voltei a cantar o refrão subindo e desenhando um pouco mais a voz e dando uma pequena variada na melodia. – “Verdadeiro é meu amor o sentimento foi real, Quando eu te entreguei tudo aquilo que há em mim, Pode até não parecer, Se o mal que há em mim faz doer o teu coração, Minha triste imperfeiçãooooooooooooo”. – Finalizei a musica enxugando a lagrima de canto com a manga da blusa de frio. Dei um sorriso tímido e recolhi minhas coisas voltando pro meu lugar.




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Mensagem por Timothy D. Keynes Sáb 15 Nov 2014 - 12:32





Aceita

Sua ficha foi aprovada! A partir de agora, você é um membro oficial do RPG. Pronto para postar e conhecer novas pessoas e lugares? Divirta-se ao máximo!

ANÁLISE DA FICHA:
Agora sem nenhuma lamentação continuo dizendo que me apaixonei pela sua história, unindo Miranda Priestly e Cruela De Vil você deve ter criado o maior nome da história do mundo da moda. Toda sua narrativa realmente ficou muito boa. Quanto a coisa da performance musical em si, senti que você pode se desenvolver mais nesse aspecto, espero que no futuro eu leia performances incríveis de Katherine De Vil!
Tendo agora tudo esclarecido, bem vinda ao LUTW! 
Timothy D. Keynes
Timothy D. Keynes
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