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Shannon O'Marley

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Mensagem por Convidado Qui 8 Jan 2015 - 17:54


Shannon O'Marley



HISTÓRIA

Ela se olhava no espelho; não se achava bonita, apesar de todos dizerem o contrário. Ela avaliava o cabelo e checava se a maquiagem estava devidamente correta, tampando as olheiras que habitavam logo abaixo de seus olhos claros devido à noite mal dormida.  Quem avistasse a morena de corpo magro, cabelo sedoso e olhos chamativos, não imaginaria quanta coisa a mesma vivera em tão pouco tempo de vida.
Não foi uma surpresa quando Shannon - mais conhecida como Shay - abriu os olhos e se viu presa a fios e com a respiração rasa. Ela se lembrava. Ela se lembrava de estar no iate brigando pela última maçã com Victor quando sua mãe deu um grito tão alto que deu a sensação de que seus tímpanos poderiam estourar. Mas era tarde demais; a embarcação se chocou de frente com o barco que vinha em direção oposta e um clarão atingiu seus olhos, dando tempo apenas de proteger a cabeça e rezar para que nada forte a atingisse. Acordou três dias depois, pedindo por água e perguntando por seus pais e irmão. O garoto estava na maca ao lado, e foi um alívio ao vê-lo sorrindo de forma triste e a chamando de dorminhoca, mas, por ironia do destino, a pior notícia estava por vir: seus pais, os pais mais legais do mundo, estavam mortos.
Os dias, mesmo de forma arrastada, passaram, os quais viraram meses, que deram lugar a anos. Dois malditos anos que era olhada com pena toda vez que passava na rua de casa; dois malditos anos que havia perdido os pais e vivia com o irmão metido a sabichão e super protetor. Mas ela não o julgava, Victor fazia o melhor para mantê-los bem e se desdobrava em dois para conseguir com que seguissem em frente. Ela não seria nada sem ele e a mesma não tinha vergonha nenhuma de admitir isso. Até o dia que ele lhe deu a notícia que se mudaria para Boston para cursar Direito e que ela teria que ir para Lima, Ohio, morar com sua tia super liberal, da qual tinha certeza que usava drogas ilícitas. Claro que a morena de olhos azuis contestou, afinal, ela já tinha dezessete anos e poderia muito bem se virar sozinha. Se Victor aceitou? Claro que não, e uma prova disso era o fato de estar, nesse momento, apertando a campainha da casa cor de creme da tia Stacy.
Se havia uma coisa que a garota tinha certeza na vida, era que ela odiava ser moradora nova de uma cidade pequena. Digo, não é fácil se enturmar quando todos já conhecem todos desde sempre. Após o acidente, Shay simplesmente se fechou em sua própria bolha e vivia no automático. E isso não mudou quando a morena chegou a sua casa nova. – Você precisa se enturmar.– Tia Stacy soltou na mesa de café um mês após a chegada da garota. – Que tal algum clube? Você gosta de cantar, certo? Tente o clube do coral! Já ouvi bastantes coisas sobre eles... Talvez você se encaixe.
“Talvez você se encaixe.”
Ela havia ficado com essas quatro palavras na cabeça durante quatro dias e apenas um pensamento via a sua cabeça: Por que não?


DADOS

NOME: Shannon Brietzke O'Marley

DE ONDE É?: Natural de Santa Monica, Califórnia

IDADE: Dezessete

GRUPO?: New Direction

SEXUALIDADE?: Bissexual

AUDIÇÃO

"Talvez você se encaixe"
Por que essa frase simplesmente não podia sair da minha cabeça? Assim eu poderia continuar minha vida melancólica de ficar o dia todo trancada no quarto, assistindo algumas séries na TV e cantando para meu pato de borracha. Sim, eu tinha um pato de borracha. Mas não, aquela maldita fala de tia Stacy tinha que ficar martelando na minha cabeça.
Agora eu estava parada no meio do corredor, decidindo se ia fazer o teste ou não para o tal clube de coral. Fechei os olhos e abri a porta que estava a minha frente.
Adentrei a sala (que descobri ser o auditório) e me sentei numa cadeira um pouco afastada dos demais alunos interessados em entrar no clube. Escutei alguém chamando meu nome, e, por incrível que pareça, não tive vontade de sair correndo. Levantei-me meio receosa e subi as escadas. Engoli em seco ao ver todas aquelas pessoas me encarando, esperando alguma atitude minha. Andei até a banda ali presente e disse qual era minha ideia para a apresentação, pedindo para que me acompanhassem. Voltei até o centro do palco e peguei o microfone no suporte, respirando fundo e me concentrando. Levantei o olhar e o foquei em ninguém específico. Eu estava claramente nervosa.
- Eu sou Shannon O'Marley e cantarei Breakaway. - Tomo o último fôlego e olho para o guitarrista, acenando com a cabeça e permitindo que começassem a tocar.
Espero a deixa e começo a soltar a voz, de olhos fechados, deixando a emoção que aquela música causava tomar conta de mim.


Grew up in a small town
And when the rain would fall down
I'd just stare out my window
Dreamin' of what could be
And if I'd end up happy
I would pray.

Começo com a voz em um timbre baixo, exatamente como pedia em seu início.

Trying hard to reach out
But, when I tried to speak out
Felt like no one could hear me
Wanted to belong here
But something felt so wrong here
So I'd pray
I could break away

Mantenho a voz da mesma forma que comecei a música. Sinto o nervosismo começando a ir embora e me solto um pouco. Prolongo a última palavra, away, e começo a me preparar para a próxima estrofe.

I'll spread my wings and I'll learn how to fly
I'll do what it takes till I touch the sky
And I'll make a wish, take a chance, make a change
And break away

Subo 1/4 do tom na primeira frase da estrofe e a mantenho assim na frase seguinte. Amenizo um pouco para cantar o resto e, novamente, prolongo a última palavra.

Out of the darkness and into the sun
But, I won't forget all the ones that I love
I'll take a risk, take a chance, make a change
And break away

Torno a repetir o que havia feito anteriormente, subindo o tom na primeira frase. Ao notar que estou totalmente segura, dou um passo à frente e começo a olhar cada um que estava ali presente. Coloco o microfone em sua base e espero minha deixa pra continuar a cantar.  
 
Wanna feel the warm breeze
Sleep under a palm tree
Feel the rush of the ocean
Get onboard a fast train
Travel on a jetplane, far away
And break away

Fixo meus olhos em uma menina específica, com cabelos pretos e pele morena antes de fechar os olhos. Seguro o microfone, ainda de olhos fechados e canto a estrofe de forma parecida do começo da música; prolongo, novamente, o away.

I'll spread my wings and I'll learn how to fly
I'll do what it takes till I touch the sky
And I'll make a wish, take a chance, make a change
And break away

Abro os olhos no momento que abro os braços, na altura dos ombros, quando canto a primeira frase. Aponto para cima quando menciono sky e dou um leve sorriso. Aquela era minha música, afinal.

Out of the darkness and into the sun
I won't forget all the ones that I love
I gotta take a risk, take a chance, make a change
And break away

Seguro o suporte do microfone com a mão esquerda enquanto ocupo a direita com movimentos aleatórios, já que meu corpo simplesmente não seguia mais os comandos do cérebro. Eu estava em êxtase.

Buildings with a hundred floors
Swinging round revolving doors
Maybe I don't know where they'll take me
But, gotta keep moving on, moving on
Fly away, break away

Elevo minha voz e canto as palavras com o máximo de verdade possível, deixando, através daquelas letras, toda minha emoção extravasar. Toda minha vida passa pela minha cabeça; tudo que eu havia passado e qual o rumo minha vida estava tomando. Um nó se forma em minha garganta, mas eu o engulo e continuo a cantar.

I'll spread my wings and I'll learn how to fly
Though it's not easy to tell you goodbye, gotta
Take a risk, take a chance, make a change
And break away
Out of the darkness and into the sun
But, I won't forget the place I come from
I gotta take a risk, take a chance, make a change
And break away

Na última estrofe da música, permito dizer que me superei. Coloquei tanta emoção em minha voz, que senti minha perna dar uma leve tremida e meu coração bater mais forte. Naquele momento, eu finalmente estava me libertando de toda aquela dor que a morte dos meus pais me causou e estava permitindo abrir minhas asas e voar para uma vida melhor; sem choros e lamentações. Diminui o tom de voz até que a música acabou e abri os olhos que nem percebi ter fechado. Então eu sorri. Soltei o microfone e me retirei do palco, com a cabeça erguida e um novo brilho no olhar. Me sentei na mesma cadeira que estava antes da apresentação e aguardei o resultado.





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Mensagem por Isabelle Leotta Sex 9 Jan 2015 - 15:12





Aceito!

Sua ficha foi aprovada! A partir de agora, você é um membro oficial do RPG. Pronto para postar e conhecer novas pessoas e lugares? Divirta-se ao máximo!

ANÁLISE DA FICHA:

Vamos logo com isso madrasta, então você é uma california girl Shannon O'Marley 1243001593
Brincadeira, mas é um milagre ter algum personagem nesse fórum que realmente nasceu nos Estados Unidos então você já ganhou uma coca-cola por isso. Eu curti a história e tals, mas porra esse negócio dos pais mortos já deu né? Nada contra a história é que a vida de todo mundo nesse fórum é fodida por alguma coisa kkkkkkkkkk parece até macumba.

Enfim boa audição, na verdade eu só passei os olhos, mas é que eu fico com uma preguiça de ler audição, é tudo igual. Mas eu percebi que você tem um bom detalhamento entre as estrofes e pra mim isso é o suficiente, enfim, bem vinda ao ND madrasta.
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