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O'DONOGHUE, Valentin

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Mensagem por Valentin Maximoff Dom 19 Jul 2015 - 11:10


Valentin

─ Nome Completo:
Valentin "Maximoff" O'Donoghue

─ Idade:
16 anos

─ Escola:
Winterfield Academy

─ Grupo:
Esportista

Personalidade:

Frio. Antipático. Antissocial. Valentin construiu uma verdadeira barreira em volta de si ao longo dos anos. Uma barreira que podia ser revertida, mas que nunca foi. O garoto tem um complexo de superioridade que o faz pensar que ninguém é merecedor de sua atenção por muito tempo. As raras vezes em que socializa com qualquer pessoa são momentos em que ele está avaliando se vale a pena perder seu tempo com essa pessoa ou não. Normalmente isso envolve algum tipo de item ou favor que o garoto sabe que vai precisar em algum momento. Também se tornou sadomasoquista, ou pelo menos uma versão deturpada do que seria sadomasoquismo desde criança por traumas com seu pai. Além de tudo isso, apesar de não ser uma pessoa considerada inteligente, Valentin é muito esperto e evita ao máximo pontas soltas.

História:

Nascido na Irlanda, Valentin foi nomeado pela mãe que, além de dar à luz ao garoto, a única outra coisa que já fez por ele em sua vida foi lhe nomear. Não que ela fosse uma mulher horrível, não... Valentin sempre a considerou muito ingênua, não horrível, mas nunca saberia a verdade, uma vez que Kieran, o seu progenitor – que o garoto se recusa terminantemente chamar de “pai” – se orgulha sempre de dizer que assassinou a mulher com quem tivera seu único filho.

Ele passou os doze primeiros anos de sua vida no país de origem, observando Kieran e seus capangas planejando e realizando roubos, torturas e extorsões apenas para conquistar bens próprios. O garoto não parecia ter reação a nada daquilo, mas quando ficava sozinho com seu responsável, as coisas mudavam. Toda aquela sua aparente bravura e indiferença desapareciam, dando lugar à fragilidade e ao medo.

Praticamente toda noite, quando voltavam do “trabalho” de Kieran, o homem ascendia seus cigarros e sentava em sua poltrona para assistir à televisão enquanto o garoto era forçado a limpar e arrumar a casa, além de preparar a comida e fazer qualquer outro serviço doméstico que o homem ordenara. Escola? O garoto não tinha muito tempo para se dedicar a ela. O fato era que a escola era o único lugar em que o garoto se sentia bem. Livre das garras de Kieran, livre dos seus capangas que faziam todo o trabalho sujo.

Entretanto, Valentin não tinha nenhum amigo na escola. Todos os seus colegas o excluíam por ele sempre parecer cansado, triste e doente – o que, em parte, era verdade – e os professores nunca gostaram do garoto por ele não ser aplicado. Tendo que acompanhar o progenitor todas as noites para “aprender o ofício”, como o mais velho dizia, e fazer todo o trabalho doméstico durante as madrugadas, Valentin não tinha tempo o bastante para dormir e estudar, não fazendo nenhum dos dois muitas vezes.

Isso, é claro, fazia Kieran ser chamado constantemente na escola, e isso significava punições para o garoto. Quando chegavam em casa, em algum momento da madrugada, enquanto Valentin fazia os trabalhos domésticos, o homem lhe chamava na sala de estar com sua voz retumbante e grave severamente. Sabendo o que iria acontecer, o pânico do garoto crescia enquanto ele dava passos até a sala, onde o homem aguardava com uma bituca de cigarro e um sorriso maléfico na boca.

– Você nunca aprende, não é mesmo, moleque? – Ele sempre dizia, e o bafo de álcool infestava as narinas do garoto. – Cada vez que eu sou obrigado a ir naquela maldita escola, menos dinheiro eu ganho. Venha aqui! – Ele berrava. Valentin congelava por alguns instantes antes de se aproximar, com lágrimas nos olhos. O homem o puxava pelo braço com força, tendo-o quebrado uma das vezes, e arrancava a camisa do garoto, deixando o peito e costas nus, mostrando suas cicatrizes e roxos. Com simplicidade, o homem tirava a bituca da boca antes de falar: – Se gritar dessa vez, vou queimar sua língua e você não vai poder comer por uma semana. – E assim, ele apertava a ponta queimando da bituca contra a pele do garoto, que resistia à dor com lágrimas escorrendo e o grito preso na garganta, sem deixar escapar.

Quando seu décimo-segundo aniversário bateu à porta, Valentin estava decidido: iria sair daquela casa, daquele país. Ele não tinha muitas coisas que eram dele, uma mochila de viagem era o bastante. Algumas (poucas) roupas que tinha; uma quantia em dinheiro que seria o bastante para suas “férias de um mês com despesas pagas pelo pai”; alguns pacotes pequenos de guloseimas para a viagem; e seu passaporte falsificado.

Não foi muito difícil chegar ao aeroporto. Kierian nunca levava Valentin para a escola, então o garoto era obrigado a ir sozinho. No meio do caminho, com tudo pronto, ele chamou um táxi que logo o levou até o local desejado, usando a desculpa de que seu pai que estava viajando ia chegar de viagem hoje e que a mãe do garoto mandou ele ir na frente para poder cuidar de um paciente de emergência em seu consultório dentista.

Uma vez no aeroporto, usando o passaporte e uma declaração forjada dizendo que o garoto estava autorizado a viajar sozinho e que seu destino final era o Canadá. Sua passagem foi comprada sem dificuldades, a mala de mão passou pelo scanner e ele estava liberado para o embarque que aconteceria dentro de algumas horas. Essas foram, talvez, as horas mais longas da vida do garoto, uma vez que sentia-se confiante em deixar o passado para trás, mas ao mesmo tempo temeroso de que Kieran descobrisse seu plano e o punisse.

Parecia que o destino estava conspirando a seu favor. Valentin embarcou no voo e conseguiu chegar ao Canadá sem problemas e, uma vez lá, conseguiu passar pela fronteira para os Estados Unidos com a desculpa de que estava indo visitar uma tia que morava do outro lado da fronteira. Aquilo era tão patético que nem mesmo ele soube como acreditaram na desculpa.

Tudo parecia estar dando certo. Ele parou em uma cidade próxima da fronteira no interior do país e desapareceu do mapa. Deixando tudo para trás, queimando todas as evidências de quem realmente era. A única coisa que ficou com ele foi a mochila com roupas e o dinheiro, que já havia se tornado escasso. Agora ele vivia nas ruas, se escondendo, sempre à espreita, sabendo que poderia estar sendo procurado. Nunca ficava mais de dois dias no mesmo lugar e, se tivesse chance, deixava o lugar no mesmo dia em que chegara. Foi atravessando o país a pé, sobrevivendo de pequenos furtos que fazia por aí.

Por fim, ele chegou em Miami, onde sua sorte pareceu virar. Enquanto tentava arrombar um galpão que parecia abandonado, tendo em mente usar o lugar para dormir, acabou encurralado em uma armadilha de uma gangue de jovens delinquentes anarquistas que vivia lá. Levado por seu primeiro instinto, decidiu atacar, porém, eles eram muitos, e ele logo perderia, então fez o que pensou que nunca faria em sua vida: correu.

Ele corria pelas ruas de Miami, fugindo da gangue que insistia em lhe perseguir. De alguma forma, ele estava sendo mais rápido que os garotos, mas com eles sempre a seu encalço. Acabou não aguentando e foi pego pela gangue, que o levou para o galpão, para decidir o que fazer com ele.

– Você corre bem rápido, garoto. Qual o seu nome? – Um deles, supostamente o líder, perguntara. Obteve como resposta o silêncio. – Parece que o Mercúrio aqui não quer falar... que pena. Acho que vamos ter que te obrigar. – Ele continuou, fazendo os outros rirem. – Pareço um planeta, por acaso? Meu nome é Valentin. – Respondeu, como se desafiasse o garoto. – Valentin? Valentin Maximoff... Onde está a sua irmã gêmea? – Ele pergunta rindo. Novamente obtém o silêncio como resposta.

A noite foi longa, cheia de provocações de ambos os lados até que o grupo decidiu acolher Valentin, que agora ficara conhecido como Valentin Maximoff. Junto do resto dos garotos que, ele veio a descobrir, não possuíam um líder, mas eram todos tratados igualmente entre si. Durante quatro anos, Valentin acabou se tornando exatamente aquilo que ele sempre detestou: um dos capangas de Kieran. A única diferente é que ele fazia isso por vontade própria, por prazer.

Sua prova máxima veio quando, em um fim de tarde de seus quatorze anos, uma garota foi trazida pela gangue, para ser estuprada. Valentin, que até então imaginava ser heterossexual por nunca ter tido uma experiência sexual que fosse, decidiu apenas observar enquanto seus parceiros se divertiam com a garota. Ele ria e se deleitava com a cena, mas algo o incomodava. Quando ela finalmente foi entregue a ele para que ele realizasse seu “trabalho”, ele percebeu que sentia certa repulsa pela garota, mesmo ela sendo muito bonita.

Seu canivete lhe serviu bem nas horas que se seguiram antes da garota finalmente morrer. Aquele foi o dia em que Valentin percebeu que gostava de machucar as pessoas. Mas ele também gostava muito de machucar a si mesmo. Talvez fosse por isso que ele fazia mais e mais tatuagens pelo seu corpo. A maioria escondia as marcas de infância deixadas por Kieran, mas outras escondiam marcas que ele fazia em si mesmo.

No ano em que se seguiu, Valentin acabou conhecendo uma mulher não muito mais velha que ele. Spectra. Tinha vinte-e-dois anos quando se conheceram. Ela era filha de um traficante que, para fins gerais, era o líder de uma grande empresa que o garoto nunca conheceu. Eles incrivelmente acabaram ficando amigos. Não era realmente uma relação próxima. Eles se encontravam quando os garotos de sua gangue iam pegar as drogas para traficar e usar. Mal se falavam, mas o pouco que falavam um com o outro era o bastante para que se conhecessem bem. Logo ele era a pessoa que mais a conhecia e ela era a que mais o conhecia.

Ao longo desse ano, eles foram ficando mais próximos, Spectra passou a ensinar Valentin sobre as coisas que ele nunca teve a chance de aprender na escola. Ele sentia falta disso e, tendo uma rápida assimilação, aprendeu praticamente tudo que precisava ao longo dos quase quatro anos em que desapareceu.

Sentindo que precisava voltar para a escola, voltar a ter uma parte de sua vida normal, Valentin decidiu que voltaria a estudar. Claro que isso significava abandonar seus colegas na gangue e parar com sua vida criminosa com tanta frequência. Se fosse mesmo estudar, ele precisaria parecer um delinquente normal. Spectra o ajudou com isso. Seu pai era influente e conseguiu criar todo um passado falso para o tal Valentin Maximoff, que, por exigência do homem iria para a escola onde ele teria que passar por provações. Se o garoto conseguisse se manter durante o primeiro ano, o homem continuaria bancando seus estudos, caso contrário, bem, ele precisaria pagar todas as suas dívidas.
"I MAY BE EASY... EASY TO HATE, BUT YOU'RE SO FUCKING EASY... EASY TO BREAK"
Valentin Maximoff
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