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[RP FECHADA] Nice to meet you

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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qui 28 Jul 2016 - 22:25

We'll make it through another day

A postagem ocorre entre Alexander G. Kowalewski e Aurora M. Stafford, na ala neurológica do hospital às sete da noite e está fechada para qualquer um que não tenha sido convidado. Passando-se esta em 29/07/16, o conteúdo é livre e a postagem está em andamento.

Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Sex 29 Jul 2016 - 12:48


Baby
You know how to play with fire?


N
ão precisava checar com Serena que aquele era o último paciente de um dia longo e cansativo – não que fosse diferente de qualquer outro, claro. Aurora mostrou um sorriso de canto para o senhor enquanto ele pontuava algumas melhoras em seu quadro após o início do tratamento. Ela mantinha as mãos sobre a mesa, entrelaçadas, e os olhos seguiam fixos no rosto do homem, concordando quando era necessário, mas... analisava sua feição, seus movimentos, já que todo o detalhe era importante – principalmente os que passavam despercebidos. Afinal, não era surpresa que os pacientes tentassem driblar seus médicos com informações que nem sempre eram objetivas ou sequer verdadeiras.

Para a satisfação da doutora, não era o caso, ali.

- Estou imensamente satisfeita com os novos resultados, Sr. Clark. Mas isso não significa que deve relaxar. Vamos continuar com o uso dos medicamentos e nada de interromper a terapia, certo?

Ele anuiu com um movimento breve.

- Sim, doutora, estou ciente das minhas responsabilidades.

Mas completamente desconfortável, Aurora podia perceber.

Com o tempo, acaba-se notando determinados “preconceitos” com algumas questões. O homem a sua frente era um empresário renomado e uma figura pública e respeitada... e, para ele, não era algo fácil aceitar a sua condição. Ainda se recordava da primeira vez que ele colocou os pés em seu consultório e da forma ameaçadora que usou para tentar intimidá-la...

- Por favor, não esqueça de agendar uma consulta para o mês que vem. E se acontecer alguma emergência, basta me ligar. Tenha uma boa noite, Sr. Clark.

Ambos se levantaram e Aurora esticou a mão delicada na direção dele, que a apertou num gesto profissional – típico de um homem de negócios, aliás... era a sensação que a loira tinha toda vez que se despedia do empresário...

Que acabara de fechar um acordo.

- Obrigado, doutora.

Assim que ficou sozinha no consultório, ela liberou um suspiro baixo e cansado e começou uma massagem nas têmporas com as pontas dos dedos. Era exaustivo lidar com esse senhor tão arrogante...

Doenças não escolhem pessoas por classe social.

Enfim...

Aproximou-se e pegou uma garrafa de água com gás no mini bar para ajudá-la a engolir os comprimidos que era obrigada a tomar todos os dias.

Bem... doenças também não escolhem profissões, apesar de que... o caso da doctor era um tanto mais...

Complicado.

[...]

O homem era a imagem da impaciência conforme aguardava a secretária da doutora encontrar um horário vago no sistema. E a cada bufada que ele liberava, Serena sentia-se mais nervosa, embora disfarçasse.

Sujeitinho desagradável...

Ela quase chorou de alegria ao ver uma data disponível surgir na tela do computador.

- Que tal no dia 21 de agosto, Sr. Clark?

- Sete horas?

- Como de costume, sim, sim.

- Ótimo - ele resmungou.

Antes de voltar a digitar, a bela morena jogou a cabeleira por cima do ombro, num movimento sensual e comum dela.

Quem não conhecia a adorável secretária da dra. Stafford, não é mesmo?

Sempre tão sorridente e comunicativa com todos...

Diferente do Iceberg que se escondia numa sala logo atrás.




Lorde, The Hunger Games.
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sex 29 Jul 2016 - 15:17

all these cameras flashing, sick of being poised
Aos poucos, tinha me adaptado ao fuso horário americano, tendo sofrido algumas severas consequências para que pudesse me firmar na cidade nova iorquina como um bom cidadão faria. Já faziam quase dois meses desde que havia partido da França, por conta de uma transferência regulamentada pelo hospital do país, que expandia os horizontes da saúde, formando um programa de intercâmbio medicinal, onde médicos locais trocariam de lugar com alguns médicos de outras regiões. Como tinha conhecimentos da língua inglesa, havia me inscrito para o programa, afim de conhecer outras formas de aprender a medicina, e claro, conhecer uma nova cultura. Já tinha ido para a cidade que nunca dorme uma vez, quando era garoto, e o lugar lhe trazia belíssimas lembranças, apesar de estas estarem um tanto que distantes em sua mente. Levou cerca de duas semanas para que tudo corresse como a lei mandava, para então o trabalho começar a ser feito. O problema inicial - fora o fuso horário - havia sido contatar os pacientes da França, avisando-os de que agora atendia em Nova York, o que lhe restara algumas lamentações, apesar de ter indicado o médico que lhe substituiria. O segundo, não misturar o francês com inglês e acabar confundindo os pacientes, o que lhe custou alguns dias de treino com um amigo que havia feito ainda quando garoto e que agora - por uma maravilhosa sorte - trabalhava como recepcionista no hospital para o qual serviria.  Com a ajuda de Brandon, tudo tinha dado certo, no fim das contas. A nova secretária havia sido contratada, assim como um auxiliar de enfermagem para o caso de uma precisão, e uma semana depois, já havia começado a sua jornada. 

Com a saída de um jovem rapaz de dezesseis anos diagnosticado com déficit de atenção e hiperatividade, suspirei, olhando o relógio no pulso indicar sete da noite. Como tinha plantão para aquele dia, e só mais alguns pacientes, precisava urgentemente de um café. O garoto havia se mostrado cabisbaixo e um tanto que depressivo para com o tratamento que recebia dos pais, que lhe desferiam xingamentos por conta do comportamento confuso. – Cora, marque um psicólogo para Beauford, tente Cecille, aqui mesmo. O mais rápido possível, por favor. Ele retorna amanhã, e já quero lhe informar do acompanhamento. – Cecille Galagher era uma das únicas profissionais que trabalhava no mesmo hospital, e tinha se dado o trabalho de apresentá-lo para mim, logo na chegada. Como uma boa psicóloga, ela havia contado um pouco sobre cada departamento, a funcionalidade dos horários e o porte profissional de cada médico, assistente e funcionário. A voz de Cora trouxera-me de volta da consciência, alertando que atenderia ao meu pedido de averiguar disponibilidade para a doutora Galagher, avisando também que uma nova paciente estaria de chegada em alguns segundos, em minha sala. Ao desligar, a porta se abria, revelando a nova paciente, enquanto finalizava o pequeno quadro médico de Beauford. O "Boa noite, doutor" soara em um tom elegante, enfático e pausado, fazendo-me erguer a cabeça para fitar a mulher. Ela era bonita, como uma modelo da Victoria Secrets era. Magra, alta, era possível sentir o aroma suave e ainda sim marcante de onde estava, o que ainda sim não me dava motivos para fixar a atenção em tantas coisas. – Senhorita Bohen? Sente-se, por favor. – olhei para o prontuário abaixo do de Beau, encontrando o nome de Katherine Eliza Bohen, vinte e quatro anos, paciente em espera, acompanhamento prescrito para A. Stafford e A. Kowalewski. E como mandado, ela sentou a minha frente, não me fazendo deixar passar a análise de seus olhos em mim. Talvez estivesse se perguntando se meu trabalho lhe convenceria, já que era jovem. Difícil interpretá-la. – Sua ficha pede acompanhamento de dois profissionais. O meu, e da doutora Stafford, então peço que aguarde um instante. Fique a vontade, volto em alguns minutos. – senti minhas pernas praticamente dormentes, enquanto me levantava para ir até o lado de fora. 

Cora parecia surpresa ao me ver ali, talvez por não ter usado o interfone. – Acompanhe a paciente enquanto vou no consultório da doutora Stafford. Só confirme para mim que ela está disponível para essa consulta, não era de meu conhecimento que compartilharia um paciente. – esperei pela confirmação da secretária, assentindo em resposta. – Certo. Vá para a sala. – e com a compostura de um profissional responsável e completamente ciente do que fazia, me informei para onde deveria ir, descobrindo que a doutora em questão atendia a dois corredores de distância, sendo estes compostos por duas salas de espera. Uma para meus pacientes, e ao lado, uma para os dela. Uma jovem secretária encontrava-se na mesa de atendimento, e logo prestei uma consultoria, recebendo um sorriso carregado de uma... Simpatia absurda. Americanos, humpft. Ao liberar minha passagem, segurei o prontuário da paciente, abrindo a porta. Na primeira vista, tive de lidar com a beleza única da médica - tão jovem quanto eu, para salientar - e a aura de seriedade que lhe cercava. Certamente não demonstraria, mas pela primeira vez na vida, estava inquieto com a presença de uma colega da área. Uma que nunca tinha visto na vida. – Doutora Stafford? Desculpe tirá-la de seu tempo, mas tenho um prontuário mandado pela direção do hospital que informa o atendimento conjunto de Katherine Eliza Bohen, e seu nome acompanha o meu para o caso. Poderia me acompanhar? – com educação, convidei a mulher para que fosse até meu consultório e executar o atendimento, como pedia a direção. 



Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Sex 29 Jul 2016 - 17:49


Baby
You know how to play with fire?


A
pós tomar os dois comprimidos, Aurora precisou se sentar e respirar fundo algumas vezes já que a medicação era extremamente forte e um dos efeitos colaterais, além da perda de apetite, era a vertigem – passageira, mas forte o suficiente para deixá-la baqueada por uns cinco minutos. Nesse meio tempo, recebeu a chamada de Serena, que a avisava sobre “uma mudança de planos”, pois a visita de um colega de profissão não estava no script. De qualquer maneira, a doutora confirmou que se encontrava disponível para recebê-lo.

Quando Alexander chegou na sala de espera, encontraria uma Serena sozinha e entediada, porém os olhos verdes da morena acenderam-se assim que o colocaram em foco. Um sorriso ganhou espaço no rosto da jovem, e ela aproveitava para apoiar o queixo nas mãos, montando uma carinha fingidamente inocente.

- Hey, doc... Em que posso ajudá-lo, huh? Parece tão cansado... Talvez precise de algo para o animar um pouquinho... – mordeu o lábio, rindo em seguida – Um café, quem sabe? Não? Ah... Que pena... – fez bico, triste, triste, coitada... – Vou avisar a doutora que está aqui, mas pode entrar. Sinta-se a vontade para voltar quando quiser...

Ah, Alex... Desculpa, mas se esse hospital fosse Hollywood, você seria o astro principal, querido. Afinal, todas as boas – e perversas – línguas deste nobre recinto não tiram o seu nome da boca.

Você é a novidade.

Uma novidade francesa bastante interessante, diga-se de passagem.

Assim que o médico abriu a porta, daria de cara com Aurora levemente curvada sobre a mesa, escrevendo algo. Então, devagar, ela levantou a cabeça e o encarou. De primeira, a aparência dela soaria atordoante, mesmo com as roupas básicas e a feição meio abatida. E sim, ela era jovem, muito jovem – provavelmente mais do que o próprio Alex. O cabelo loiro estava preso numa trança embutida caída por cima do ombro e a ponta passava pelo volume dos seios, quase alcançando a barriga, revelando o longo comprimento. Os traços do rosto pálido eram delicados, finos... e lindos, formados por um par de olhos azuis, nariz arrebitado e uma boca cheia e emburrada, considerando o constante beicinho rosado, e no momento, coberta por um batom de tom neutro, combinado com a maquiagem discreta, quase imperceptível.

No entanto...

Aurora prendeu a respiração ao fitá-lo, porque...

Era como se ela estivesse na presença de um fantasma.

Tinha dificuldade para acompanhar as palavras de Alexander, pois sua concentração estava resumida em seu rosto, e no quanto lhe era familiar... Familiar? Não, não era só familiar. Ele era a imagem pura de Isaac. Chegou a entreabrir os lábios para chamar o nome do antigo paciente, mas controlou-se em tempo. Inquieta, afastou uma mecha loira inexistente da testa enquanto ficava de pé, estendendo a mão para Alex, e assim que aconteceu o toque... Deus, era tão real, tão quente...

O homem vivo, não a assombração fruto de sua mente doente .

Não era Isaac.

Agora, de perto, notava as diferenças.

Os olhos eram mais estreitos, e o nariz mais alinhado, e mesmo com a camada farta da barba, percebia que até mesmo o desenho dos maxilares eram distintos. Aurora agarrava-se nessas incompatibilidades, caso contrário...

Já lhe bastava o fantasma.

Seu tormento sem fim.

Ele também teria como observar novos detalhes curiosos na moça, como por exemplo, que a face não era tão translúcida... Possuía um levíssimo rubor, principalmente na região das bochechas e do nariz, e os orbes azulados eram cortados por riscas douradas, como raios de sol, combatendo a geleira que estava pesando ao seu redor.

Trajava o jaleco, como norma do hospital, acinturado e todo fechado pela fileira de botões, e por baixo, só era possível ver a calça, e não havia outra cor além do branco em todas as peças, inclusive nos sapatos de saltos curtos.

- Não tem problema, doutor... Kowalewski – teve uma leve dificuldade em pronunciar o sobrenome, fazendo com que o sotaque britânico soasse mais marcante mesclado ao timbre suave – Não recebi nada sobre um acompanhamento, mas não seria a primeira vez que acontece. Hmm... Sim, claro. Só gostaria de dar uma olhada na ficha da paciente antes de encontrá-la. Por favor?

Lia cuidadosamente enquanto se movimentava para fora do consultório, imaginando que Alex fosse acompanhá-la. Katherine. Paciente jovem. Tonturas, súbitos desmaios e problemas para dormir.

No instante que passaram pela recepção, Serena fez um “até loguinho” para Alex que Aurora viu, e isso sombreou um sorriso nos lábios carnudos. Arriscou uma olhada para ele, arqueando a sobrancelha de forma que era característica da inglesa.

- Acho que não tive a oportunidade de desejar boas vindas ao senhor, doutor. Então... – sorriu, mas logo voltava ao prontuário.

Ainda era meio difícil encará-lo e não sentir o coração bater na garganta, a sufocando.




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Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sáb 30 Jul 2016 - 8:37

all these cameras flashing, sick of being poised
Ao notar os olhos azuis profundos sob mim, senti-me desconfortável momentaneamente. Aurora parecia analisar-me em alguma comparação silenciosa, mesmo que discretamente. Inquieto como a forma que era olhado, resolvi fazer alguma coisa para acalentar meu sistema nervoso, ou acabaria me desconcentrando para atender a paciente em espera no consultório do outro lado do corredor. – Acredito que seja uma paciente de encaixe, até mesmo pelo horário. A diretoria não me informou sobre o acompanhamento feito por nós dois, porém, ao ler o prontuário e me informar do caso, concordo com o planejamento. – com poucas palavras, entreguei-lhe a ficha médica de Katherine Bohen, segurando um braço em frente ao quadril, enquanto aguardava a leitura dela, após sentir o toque ligeiro de sua pele na minha. Ao olhar ao redor, notara um consultório elegante, bem discreto e com toques femininos que me faziam imaginar que personalidade a doutora Stafford escondia. Mais alguns segundos, e ela havia concordado em ir. Em pouco tempo saímos de sua sala, e lá estava a simpática secretária da doutora acenando, fazendo-me respondê-la com um aceno de cabeça educado enquanto puxava um pouco o jaleco para frente, como se algo estivesse fora do lugar. Desde o primeiro dia dentro do hospital, tinha notado que era observado por todos os cantos que passava, e era até esperado para os primeiros dias, já que era o cara novo e desconhecido. Mas, estava durando mais que o esperado. Ainda no corredor que levava para o consultório da loira de sotaque carregado - ou seria só quando havia pronunciado meu sobrenome? - duas mulheres dos serviços gerais faziam cerão no chão polido, deixando-o brilhoso a ponto de parecer cegante. Ao passarmos, seus olhares recaíam sobre a dupla ali presente. Novamente pus as mãos em meu tronco, desta vez, na camisa preta social por baixo do jaleco, desabotoando a primeira casa para sentir-me menos sufocado. – Por aqui. – viramos o corredor, passando pela sala de espera, e logo entrávamos no ambiente de minha secretária, que encontrava-se dentro da sala. 

Abri a porta do meu consultório, dando passagem para Aurora, esperando ela para ir em seguida. Assim feito, Cora me chamava um pouco de lado, informando que a paciente estava pronta para o atendimento. Olhou de relance para a mulher, imaginando que tipos de causa tinham levado uma pessoa tão jovem a ter aqueles problemas. Certo que beleza ou classe não define doenças, mas ela era bonita, poderia facilmente ser uma supermodel ou tomar qualquer posição que quisesse em alguma profissão não apenas pela beleza, e sim, pelo tipo de classe que ela impunha. Claramente era alguém refinado. – Senhora Bohen, esta é a doutora Stafford, a quem irá acompanhá-la juntamente comigo. – com a palma aberta e deposta no ar em linha reta, apontei para Aurora, enquanto recostava-me na beirada da mesa. – Doutora, sinta-se a vontade para sentar-se. – indiquei minha cadeira, para que ficasse o mais confortável possível. – Katherine, certo? – com um sorriso de canto, ela assentiu, cruzando uma das pernas, revelando uma fenda no vestido negro que usava. – Em sua ficha, existem alguns detalhes interessantes. Como por exemplo, o fato de que não esteja conseguindo dormir continuadamente, tendo interrupções em intervalos de trinta minutos a cada uma hora, o que tira bastante tempo de seu sono. – sem precisar ler o papel uma segunda vez, podia citar as informações nele contidas, mesmo tendo lido uma única vez. – Vamos tratar de um problema por vez, sim? Seus desmaios inesperados podem estar partindo da falta de energia contida no corpo, já que não está dormindo bem. Distúrbios do sono são tratados rapidamente, se seguidos conforme um profissional receita, e pode prevenir outros sintomas, por isso iremos ficar a par disto em primeiro lugar. – com tudo ainda muito claro na mente, desencostei-me, indo para trás da mesa, próximo a Aurora. – Concorda, doutora? Gostaria de verificá-la primeiro? – abri uma gaveta, olhando para a mulher ao meu lado, inebriado com o cheiro que ela exalava, começando a ter de puxar concentração para pegar o controle do ar e mediar a temperatura praticamente congelante da sala.

Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Dom 31 Jul 2016 - 0:12


Baby
You know how to play with fire?


P
ara a sorte de Alexander, talvez, Aurora não percebeu o efeito que estava causando no rapaz, já que se preocupava em controlar a si mesma para que ele não notasse o que estava fazendo com ela, mesmo que de uma maneira completamente não-intencional. Ou seja... seu desconforto, entre outras coisas, passaram despercebidos para a jovem doutora. Ele arriscava dizer que se tratava de um encaixe enquanto a loira lia o prontuário, e acenou de leve com a cabeça, também concordando com o planejamento proposto pela direção do hospital - não que tivessem muitas opções, se bem que dificilmente Aurora negaria um atendimento. Afinal, pelos detalhes expostos ali, realmente se fazia necessária a presença de ambos os profissionais, pois as especialidades completavam-se.

O consultório era um ambiente delicado, moderno e acolhedor. Aurora prezava pelos detalhes e a própria que tomou conta da decoração, apesar de ter contratado uma empresa especializada. Era a maldita mania de controle que não a deixava em paz, nunca. Às vezes, se pegava imaginando se fora assim mesmo antes de...

Não.

Recusava-se a pensar nisso.

Aquela era uma parte da sua vida que não existia mais.

No meio do caminho, duas funcionárias passavam cera no chão e eles precisaram tomar cuidado para não escorregar e causar uma cena nada agradável. De toda a forma, a inglesa já havia terminado de ler o conteúdo e bem... Alex não era o único com uma excelente capacidade de reter informações – embora para Aury, seja uma tremenda ironia, considerando o passado da doutora. Deixava Alexander guiá-la, e logo alcançavam a sala do novato. Como ele a deixou entrar primeiro, deu de cara com Cora e acenou para a estonteante loira, que lhe era um rosto conhecido, mas não ao ponto de trocarem palavras maiores do que meros cumprimentos. Certamente a secretária estava fazendo companhia para a paciente até o retorno de Alex. Como ele fizera, também observou o local com interesse, e engraçado que podia enxergá-lo ali, trabalhando. O cenário combinava com o rapaz. Assim que Cora saiu, o francês a apresentou para Katherine. – Sra. Bohen - Aurora esticou a mão e o toque era suave, como o loiro também notara momentos atrás. Na verdade, Aurora era dotada de movimentos serenos e cuidadosos, como a voz, que era baixa e ritmada, do tipo que te faz prestar atenção.
Sentou-se na cadeira ao lado de Katherine e mantinha a ficha dela no colo. – Obrigada, doutor – Conteve-se em não chamá-lo pelo sobrenome complicado, meu Deus... Não fazia ideia que sua pronúncia "errada" era charmosa. Ela mantinha os olhos no rosto da mulher conforme Alex expunha determinados pontos descritos sobre a sra. Bohen. Sim... Era dona de uma beleza digna de capa de uma revista de moda ou que era paga apenas para sorrir. Quem poderia imaginar, não é mesmo? Um caso semelhante ao do sr. Clark.

A linha de raciocínio do médico era correta, e num instante inicial, Aurora limitava-se em escutá-lo. Então, ele pedia sua opinião, o que a fazia encará-lo por um rápido segundo.

- Gostaria de fazer algumas perguntas, mas estou de acordo com tudo que disse, doutor. Existem diversas causas que possam explicar os desmaios e as vertigens, mas no seu caso em particular, devido ao fato de não estar descansando o suficiente, isto atrapalha o funcionamento do seu corpo. É muito comum que um distúrbio psicológico interfira no físico, embora ainda não tenhamos certeza. Por isso, além da medicação, também vou incluir exames, sra. Bohen. Agora, gostaria de saber sobre a sua rotina e o que mais se sinta confortável em nos contar. Precisamos conhecê-la e dessa maneira, descartar opções do que possa estar acontecendo...

Lançou um olhar tranquilo para Alex.

- O que acha, doutor?

Todas as vezes que olhava para ele...

Aurora apertou os lábios para prender uma arfada.

Provavelmente nenhum dos dois notou o quanto os dedos estavam esbranquiçados pela força que ela usava para segurar a prancheta, como se concentrasse o seu nervosismo particular na área.

E quanto ao cheiro...

Vocês compartilhavam do mesmo problema, Alex. Mas a situação dela era pior...

O consultório estava impregnado com o seu aroma, a conscientizando do quanto você é... de verdade.




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Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Seg 1 Ago 2016 - 11:24

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Ouvindo pacientemente o parecer da doutora, focava-me no montante de informações que deveria prevalecer naquele caso, e não em ficar monitorando as pernas cobertas pela calça branca, finalizando com o salto de mesma cor. O que diabos esta mulher tem, para que me deixe tão... Inquieto? Nunca, em todos os anos de formação e execução de trabalho algo do tipo havia acontecido. Obviamente já tinha lidado com mulheres de extrema beleza e um perfeito padrão de elegância, educação e porte profissional - Thalia era a prova concreta disso - e ainda sim, tivera um ótimo desempenho, apesar de ter desencadeado um relacionamento com esta última. O que vale lembrar que agora estávamos em mesmo solo, e provavelmente, no mesmo hospital. A mulher era pediatra, e possivelmente atendia ali mesmo, já que era o melhor hospital da região. Ainda assim, nem ela resultara tanto efeito para um primeiro contato. – De acordo. Tenha total liberdade para fazer o pedido de exames. Vou consultar o setor de baixo, e perguntar se alguma sala está disponível para uma tomografia cerebral. Vou querer dar uma olhada. – forçando-me a acompanhar o assunto, movimentei o olhar diretamente para a paciente, que parecia me analisar de alguma forma. Ignorando tal coisa, contatei Cora ao lado de fora pelo telefone, pedindo a busca por uma sala para tomografia designada para o problema, e mais algumas outras referentes as que Aurora precisaria, chegando a lhe perguntar o que seria preciso para repassar e tudo encontrar-se de acordo com os planos. 

Finalizando a remessa de pedidos, colocou o fone no gancho, voltando a atenção para Katherine. Não imaginava que tipo de mulher ela era, nem em que situações tinha que lidar, mas esperava vê-la com um marido ou alguém para lhe acompanhar, já que um de seus sintomas tratava-se de desmaios repentinos. – Senhora Bohen, recomendo que a partir de agora faça o possível para andar acompanhada. É uma medida preventiva para seus desmaios, assim poderá sentir-se, acredito eu, segura de que alguém lhe trará imediatamente para o hospital e as medidas certas serão tomadas. – ela assentiu, falando um pouco sobre o seu trabalho corrido em um ateliê, o que me fizera pensar um pouco mais. – Ateliê? – com sua afirmativa, dirigi meu olhar para Aurora, mas antes de dizer algo, o telefone toca, e trata-se de Cora confirmando o uso das salas para exame. Desligo, tornando para o assunto. – Recebi a confirmação dos exames. Andar 5, salas 9, 10 e 13. – informei, desencostando da mesa, recorrendo para a porta, esperando estar sendo acompanhado pelas duas mulheres ali dentro. Convoquei uma enfermeira auxiliar para acompanhar a paciente para a troca de roupa para o manto hospitalar. Enquanto isso, toquei o ombro da doutora, chamando sua atenção para esperarmos no canto. – Quais as chances dos desmaios terem algo a ver com a toxicina liberada pelas tintas em que provavelmente a paciente manuseia? – questiono, com a mão direita acariciando de leve a barba, enquanto tinha o braço esquerdo cruzado no peitoral, fitando os olhos de um azul tão claro quanto a tonalidade dos meus próprios olhos. Ligeiramente meu olhar recaiu sobre os lábios preenchidos, perdendo poucos segundos ali, para logo subir de volta para onde estavam anteriormente.  


Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Seg 1 Ago 2016 - 17:13


Baby
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A
ssim que terminou as suas colocações sobre o caso de Katherine, voltou o olhar na direção de Alex, aguardando algum novo comentário do doutor. Ele mostrava concordar com os acréscimos, e se prontificava em verificar a disponibilidade da sala para os exames enquanto ela fazia os pedidos. Alexander veria um pequeno sorriso aparecer sobre os lábios cheios, mas que desapareceu tão rápido quanto surgiu. – Com licença... – ela esticou o braço para alcançar uma caneta e aproveitou para puxar uma guia próxima. Conforme o loiro contatava Cora, Aury preenchia as linhas de maneira detalhada. Um cacho teimoso escapou do penteado e num gesto automático, ela o ajeitou atrás da orelha.

Esperava-o terminar de passar outras importantes instruções para a sra. Bohen, dividindo olhares entre os dois – sendo que demorava-se mais no rosto de Alexander, estudando suas linhas faciais com um interesse atípico para alguém que costumava ignorar o mundo ao redor, focando-se apenas no serviço e em seus pacientes. Ah, Alex... Ela buscava as diferenças, e... como o ditado já conta... Quem procura acha, correto?

Mais do que deveria...

Não demora a dirigir a atenção para Katherine, que começa a contar um pouco mais sobre seu cotidiano, revelando trabalhar num ateliê. Quase como se tivessem combinado, ela e Alex encararam um ao outro, pois certamente chegaram numa conclusão semelhante. No entanto, antes de exporem o surgimento de uma provável causa, o telefone tocou e o francês, após uma breve troca de palavras com a secretária, confirmava o uso da sala para a realização dos procedimentos.

- Ótimo... Já terá como checar alguns exames hoje mesmo, sra. Bohen. Já outros, será necessário remarcar uma consulta, mas com certeza conseguiremos encaixá-la o mais depressa possível, tudo bem? – levantou-se junto da mulher e tocou seu braço delicadamente, a deixando seguir na frente. No caminho, a enfermeira solicitada pelo médico assumiu a tarefa de conduzir Katherine até o local onde seria realizada a tomografia. Foi Alex quem tomou a iniciativa de atrair Aurora para um canto mais reservado e aguardarem o término daquela etapa – o que levaria consideráveis minutos. Ou seja, tinham um tempinho para conversarem. A loira encostou-se de lado na parede, de forma que ficasse frente a frente com o rapaz, e precisou erguer o queixo para encará-lo nos olhos, já que os centímetros que os separavam eram suficientes para intimidar a inglesa.

Acompanhava o movimento dele em esfregar as unhas pela barba, e esta cobria quase todo o maxilar, realçando o charme de Alexander e também lhe dando um aspecto mais agressivo e... sensual. Aurora franziu o cenho com o rumo da mente e balançou a cabeça discretamente. Ele mencionava a relação dos desmaios com as toxinas que se encontram nos materiais usados por Kath.

- Hmm, pensei a mesma coisa... Dependendo do fabricante, marca... Bem, podem ser mais fortes do que o comum, ou talvez ela seja alérgica, mas a crise só se manifestou depois de uma exposição prolongada. Esse tipo de caso não é fora do normal, já que vai depen...der...

Notou o olhar de Alexander em sua boca e automaticamente a tocou com dois dedos – o indicador e o do meio -, pressionando-a. A feição contraiu-se numa carinha confusa conforme os orbes claros, mais uma vez, se encontravam com os do doutor.

- Ahn... – liberou os lábios do suave aperto, e os mesmos ficaram meio separados, já que Aurora buscava colocar em ordem o fluxo do raciocínio anterior - Tudo bem, dr. Kowalewski? - de novo, aquela "engasgadinha" na hora de pronunciar o sobrenome.





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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Seg 1 Ago 2016 - 21:29

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Após um momento de completa tentação - graças a senhorita lábios perfeitos, ou seria a senhorita perfeita por completo? - de ver Aurora pressionar o lábio, tive de me concentrar para que o gesto não surtisse efeito direto em um lugar especial. Respirou profundamente, agora com ambos os braços cruzados sobre o peitoral, simulando a mesma posição da doutora enquanto a lateral do corpo era posta sobre a parede. Novamente os olhos desceram para os lábios cheios, em uma reação descontrolada, voltando a si com o chamado. – Não mexa nos lábios desse jeito. – como costumava ser sempre direto, não tinha porque fazer rodeios agora, bem quando ela tinha perguntado, chamando-me daquele jeitinho errado e cheio de sotaque que davam um quê a mais ao meu sobrenome. Deu um passo para frente, entrando em seu espaço pessoal, em uma posição que certamente lhe daria vantagens; Primeiro pela altura avantajada, e segundo, pelo porte másculo de predador. Havia um certo pesar no tom, indicando que aquele gesto tinha surtido efeitos, caso restasse alguma dúvida. Apesar de não estar dentro de um ambiente em que deveria se mostrar daquela forma, tinha de alertá-la. Afastando-me novamente, pude ver o momento em que Katherine Bohen vinha pelo corredor, claramente desconfortável em usar a roupa hospitalar. Aquilo ainda não era capaz de desmerecer sua beleza, mas parecia aborrecer-lhe de alguma maneira. – Por favor, por aqui. – indiquei o elevador mais próximo, a apenas alguns passos, esperando que as mulheres fossem na frente. A enfermeira continuava a acompanhar a sra. Bohen sem que eu ou Aurora precisássemos pedir, o que tinha me agradado bastante. Era um diferencial para a ruiva, que mostrava-se extremamente profissional.  

O clima no elevador estava um tanto que denso, pelo menos para mim, que podia sentir o aroma vindo da doutora Stafford com um pouco mais de força, agora. Ninguém ousou dizer nada, o que tornava o silêncio um tanto que desconfortável. As portas metálicas abriram-se silenciosamente, indicando que já estavam no quinto andar, e logo - de um por um - estávamos no corredor para a primeira sala, onde Katherine faria a tomografia cerebral. – Deite-se, sra. Bohen. Não se mova a partir do momento que todo o seu corpo estiver ereto e o suporte começar a se mover, ou passaremos horas aqui. – com uma breve instrução, acompanhei a mulher até a grande máquina no centro da sala, dando-lhe a mão para que pudesse servir de apoio. – Demora pouco mais de uma hora, pedi uma tomografia detalhada, a enfermeira estará aqui junto de um profissional, assim como Aurora e eu estaremos prontos para lhe atender a qualquer minuto, então não se preocupe, mas é necessário que lembre-se de não se mover, ou terá que recomeçar o exame. – com o alto desempenho tecnológico do hospital, poderia ficar tranquilo com a segurança da paciente, já que tratava-se de um exame computadorizado e seis profissionais encontravam-se atrás da parede de vidro que dava para a sala do computador onde os resultados sairiam. – Vou pegar um café para me manter na medida em relação com minha glicose, que já deve estar um pouco baixa. Não irei demorar mais que o tempo final para o exame. – avisei para a enfermeira, Aurora e os outros profissionais, demorando-me mais que o necessário na mulher de cabelos dourados e olhos extremamente azuis, mantendo uma esperança - desconhecida - de que ela também fosse. Sem demorar mais, virei-me, caminhando para fora da sala, indo em direção ao sétimo andar, para o refeitório. 

O lugar encontrava-se vazio, com exceção das duas funcionárias do refeitório, as quais poderia dizer que me comiam com os olhos sem ao menos disfarçar. Aproximei-me, tirando uma nota de cinco dólares da carteira, já pronto para tornar o contato com uma delas o mínimo possível. – Um expresso mocha, por favor. – pedi, recebendo um sorriso grande como recepção, seguido de um "Só isso? Nada mais, doutor?" com segundas intenções muito claras para algo mais. – Não, obrigado. – dispensei a primeira, vendo a segunda aproximar-se enquanto enrolava uma mexa de cabelo no dedo, fazendo o mesmo. Suspirei, dando a mesma resposta, pegando o café e pagando de uma vez, indo para o lado esquerdo, após uma porta com película negra onde o lugar também encontrava-se vazio, e longe das duas atiradas. – Dieu saint. – tomei um gole da bebida quente, permitindo-me saboreá-la sem mais sentimentos externos.

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Mensagem por Aurora M. Stafford Ter 2 Ago 2016 - 17:58


Baby
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A
guardava a resposta de Alex e a atenção era tanta que chegou a fazer um beicinho involuntário - quase como para contestar a próxima ordem do médico. Ele mudava a posição, ficando numa parecida com a de Aurora e de novo os olhos desceram para os lábios da loira. O que há de errado com ele, afinal? Em resposta, a loira crispou a boca e mostrou uma feiçãozinha levemente irritada para Alex, que não soou tão agressiva quanto ela gostaria já que o francês não pensou duas vezes em mandá-la não mexer nos lábios daquele jeito. Ora... Mas de que jeito?!?! Quando estava prestes a argumentar contra o pedido absurdo, Alexander avançou, invadindo completamente o seu espaço, e como já estava escorada na parede, acabou ficando acuada entre ele e a superfície sólida. No entanto... Ela ergueu ainda mais o queixo, recusando-se a permitir que o doutor assumisse o controle do que quer que estivesse acontecendo naquele momento.

E apesar das óbvias desvantagens, ela não perdia a pose...

Não importa que você seja praticamente o dobro dela, Alex... Aurora te encara de igual para igual.

- Ou você quem deveria olhar para outro local, não concorda comigo, doutor?

Talvez não fosse uma boa ideia... Justamente por ser muito tentadora.

Katherine escolheu o instante certo para aparecer junto da enfermeira, caso contrário...

Ela estava pronta para a realização dos exames. Aurora caminhou até a jovem, dando um discreto empurrão em Alex ao passar por ele, gesto que foi seguido de um "com licença..." resmungado. E então, entrou no elevador, voltando a se concentrar na sra. Bohen e afastar qualquer vestígio daquela súbita aproximação anterior. Aury tinha notado o desconforto dela e para distraí-la, fez mais algumas perguntas sobre o seu trabalho e assuntos relacionados - leves, mas que poderiam ser úteis. Mas logo um silêncio estranho tomava conta do ambiente.

Um silêncio que, ironicamente, parecia gritar.

Ia para a sala com eles, claro, porém não intervinha nas instruções de Alex. Aquela era uma parte delicada e para muitos pacientes, terrível, pois precisavam ficar imóveis durante um tempo considerável, tirando o fato de alguns não se sentirem bem dentro da máquina, que embora seja segura, ainda assim causa uma sensação de claustrofobia para os mais sensíveis. Logo... era uma questão de espera. O dr. Kowalewski, aproveitando o intervalo de uma hora que teriam, saía em busca de café... e o olhar demorou-se na inglesa, que fingiu não perceber, apertando a prancheta contra o corpo. Atitude da qual se arrependeu mais do que depressa...

Não tinha razões para se sentir intimidada por este desconhecido!

Desconhecido...?

Aurora bufou baixo.

- Eu também vou me retirar... mas qualquer coisa, por favor, nos avisem pelo pager.

Dentro do elevador, Aurora sentiu uma leve vertigem... Afinal, tomou os remédios de estômago vazio, o que era uma ideia horrível, porém na correria, poucas eram as oportunidades para sentar e comer algo decente. Não ficou surpresa ao encontrar o refeitório vazio... e numa mesa mais afastada, ela viu Alex, que de costas, ainda não teria como adivinhar a presença da colega de profissão.

[...]

Calada, Aurora puxou a cadeira e sentou-se de frente para Alex, embora ainda não o encarasse, e o fazia de propósito. Na verdade, estava concentrada demais em rasgar o sachê de açúcar e despejar todo o conteúdo dentro do chá. Em seguida, girava a colherzinha pela bebida fumegante antes de segurar a alça fina da porcelana e levá-la aos malditos lábios, sorvendo um gole cuidadoso para não se queimar.

Por fim, olhava para Alexander enquanto repousava a xícara sobre o pire, de maneira suave.

- Então, doutor... Como está sendo a sua adaptação? Pelo que escutei... as pessoas estão o tratando com muita gentileza.

Notou a cutucada velada no timbrezinho manso, Alex?





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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Ter 2 Ago 2016 - 19:49

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"Ou você quem deveria olhar para outro local, não concorda comigo, doutor?"


Enquanto bebericava um pouco do café, negava com a cabeça para com a falta de ética que tinha desencadeado. Sozinho no refeitório, soltei um gemido zangado, inconformado por ter deixado-me levar por um momento bobo. Como queira, doutora. – É, eu olharei para outro local. – afirmando para mim mesmo com firmeza, permiti-me novamente domar o controle que sempre esteve presente, agora, imperturbável. Isso não me impediria de ter soado como um fútil e descontrolado, o que me incomodava profundamente, e por conta de uma mulher! Pelo menos teria tempo para se recompor. 

Minutos haviam passado, e como o expresso mocha que havia pedido era pequeno demais para mantê-lo são até que pudesse parar para comer de verdade, levantou-se e fez o pedido de mais outro, logo voltando para o mesmo lugar. Segurava a xícara com ambas as mãos, até levá-la aos lábios para tomar um gole. O sabor do chocolate misturado ao café era esplendoroso, apesar de ter uma saturação bem mais forte que o mocha comum. Não me assustei ou prestei qualquer reação para com a presença de Aurora, que agora - como deveria ter estado desde o começo - estava no patamar de profissionalismo, como qualquer outra mulher ou homem presente naquele hospital. Ouvi sua pergunta, antenado apenas no movimento monótono da própria bebida, enquanto balançava a xícara tranquilamente, com uma sutil frieza na postura. – Você já tem sua resposta, pela forma em que fez a pergunta. Muita gentileza sim, de todas as partes. – inclinando um pouco o rosto, entre abri os lábios, subindo os olhos para a mulher. – Ou quase todas. – fixei nos orbes azulados, fazendo questão de impor um tom neutro, que não traria algum sentido embutido ou referências para o momento passado, já que tinha sido um deslize completamente meu.

Faria o que tinha planejado a poucos minutos, e manteria o olhar o mais longe possível daquela mulher. O que remeteria a pouco assunto e me esforçaria para esbarrar o mínimo possível com sua presença, como um bom rapaz educado e ético. Virei um pouco de lado, prestes a observar o que tinha para comer, mas a porta do refeitório se abre, e a figura esbelta e imponente de Thalia entrava no campo de visão, na companhia de uma outra médica, onde ainda não tinha sido visto por ela. Voltei a observar o café a minha frente, ouvindo as risadas cada vez mais próximas, resumindo meus atos a cerrar o maxilar e apertar os dedos na orelha da xícara. "Alex?" o chamado não demorou, com aquele tom divertido após ter de interromper uma risada para chamar por alguém que tinha reconhecido. – Thalia. – lentamente, levantei-me, um pouco de lado para não dar as costas para a inglesa sentada a minha frente. Thalia parecia não acreditar em minha presença, apesar de já ter estado ciente - como todos do hospital - de que eu estava ali, agora. Seus olhos pousaram na doutora Stafford, e o sorriso morreu um pouco. "Doutora Stafford, como vai?" ela aproximou-se da loura, esticando a mão para lhe cumprimentar. "Estão juntos?" desconfiada, seus olhos famintos por aquela informação não se demoravam em apenas um. – Pausa para o café. Estamos atendendo uma paciente. – sem mais, ela sabia que não lhe daria o braço a torcer e responder de forma que pudesse deixar algo subentendido. A loirinha ali atrás ficaria bem incomodada, como tinha se mostrado antes, afinal. 

Cumprimentei a acompanhante de Thalia, que atendia pelo nome de doutora Fitzgerald, recebendo - como de costume - uma recepção gentil. Fomos interrompidos pela chamada de uma das funcionárias informando que os pedidos estavam prontos. "Depois iremos conversar, doutor Kowalewski" assenti para Thalia, que tinha tentado me chamar do jeito que sempre fazia e sorriu sem vontade alguma para Aurora, retirando-se do recinto. Voltei a me sentar, tomando um bom gole da bebida agora quase fria, respirando profundamente, em silêncio. – Vou me retirar. – me levantei, mantendo os olhos por pouco mais de quatro segundos na loira, sem nenhuma vontade de continuar ali. Comecei a andar para fora do refeitório, sentindo-me em um labirinto, pela primeira vez, completamente perdido e desnorteado, sem a menor ideia do que fazer com tantas coisas na cabeça.

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Mensagem por Aurora M. Stafford Qua 3 Ago 2016 - 0:13


Baby
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E
sticou a mão para pegar novamente a xícara, mas o movimento foi cortado pela resposta de Alexander. Aurora arqueou as sobrancelhas e ainda mantinha a palma próxima da porcelana, sem tocá-la. Enquanto o doutor evitava olhá-la, ela agia de forma contrária, deixando os orbes cristalinos estudando as nuances do rosto dele, suas linhas de expressão... até a forma que a boca se curvou para pronunciar cada palavra. E... parece que a última conversa de ambos surtira efeito em Alex, que... ironicamente, fazia o que Aury pediu.

Olhar para outro local.

Mas então, o médico a encarava de novo, e... Aurora notou a nada sutil diferença. Não estava surpresa, mas... Por alguma razão, sentiu-se incomodada e constrangida, tendo que virar a cabeça para o lado e esconder o rubor que coloriu as bochechas... um fato inédito e que a fez ficar mais zangada com aquele homem, embora fosse uma conclusão estúpida.

Infantil.

Foco, Aurora.

- Ótimo, doutor. Espero que continue assim.

Como ele, também mantinha o olhar distante e prolongava o silêncio. Sentia-se uma tola por sequer ter se juntado a Alex na mesa, e a vontade era de levantar e escolher outro lugar, mas jamais cometeria uma indelicadeza desse nível. Se bem que... “Jamais” era um termo forte demais, não? Limitava-se em terminar o seu chá, e assim, poderia retornar para a paciente. Prestes a dar a última golada, Aurora notou a aproximação de uma moça lindíssima, junto de uma outra igualmente bela. Não demorou em reconhecê-las. Mas não foi apenas a presença estonteante de Thalia que Aury percebeu, na verdade... a tensão de Alexander chamou muito mais a sua atenção, fazendo-a encará-lo com certa confusão, mesmo não sendo uma atitude educada. No entanto, foi obrigada a virar-se para a recém-chegada quando ela a cumprimentou. Retribuiu o gesto, apertando a mão estendida num toque cordial, mesmo que a diminuição do sorriso tendo deixado evidente o desagrado com a cena – Doutora. Vou bem, obrigada. E você? – Acenou para a outra conforme esperava a resposta de Thalia. Mas a mulher preocupou-se mais em fazer uma nova pergunta. Aurora arqueou a sobrancelha e foi Alex quem a respondeu de forma sucinta... e proposital. Como Thalia fazia, Aury a imitava, dividindo olhares entre os dois, e a situação clareava em sua mente.

O jeito que ele falou...

Não deixara claro se eles estavam ou não juntos.

E Aurora permaneceu quieta, agindo como uma mera telespectadora.

Ao fim do encontro, ela despediu-se com um sorriso tão sem vontade, que despertou a vontade de Aurora mostrar um dos mais bonitos.

Mas só ficou na vontade.

Enfim, restaram Alex e Aurora.

- Ah... Cer...

O olhar dele a fez engolir em seco.

Independente de qual relação ele e Thalia tiveram... era óbvio que ainda mexia com ele. E esse pensamento a deixou emburrada... Outra atitude imensamente ridícula! Quando Alexander se levantou, Aurora pensou em dizer algo, mas calou-se, assustada diante da feição perdida.

Deus...

Aquilo era demais.


A inglesa deixou a mão sobre o peito, controlando os batimentos cardíacos que se aceleraram com a lembrança. Um mundo de memórias...

Sem pensar muito, Aurora abandonou o restante do chá – gelado por causa do tempo – e seguiu Alex, o impedindo de alcançar o elevador – caso fosse a intenção. O dr. Kowalewski sentiria os dedos delicados segurá-lo pelo punho, mas sem utilizar força ou agressividade. Pelo contrário... era extremamente cautelosa em chamá-lo.

- Doutor?

E agora, Aurora, hm? Deixou-se ser guiada por um impulso. Provavelmente ele desejava aquele momento para se recompor...

- Ainda temos pouco mais de meia hora...

Não deixou suas intenções expostas, pois ela mesma não sabia quais eram, entretanto... dependendo da reação de Alex, ela o deixaria.

Até desejou acrescentar que poderiam aproveitar para falarem mais sobre o caso, no entanto... apenas ficou ali, no corredor vazio, olhando-o, sentindo-se estranhamente perdida também ao ponto de esquecer de soltar o braço do médico.




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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qua 3 Ago 2016 - 10:34

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O que diabos estava acontecendo naquele dia? Tudo parecia começar a dar errado de repente. Uma presença de uma desconhecida havia afetado-lhe muito mais do que qualquer mulher no mundo já pudera ter feito em apenas alguns minutos, Thalia fazendo uma abordagem nada discreta e em expansões gritantes: curiosa, todos pareciam manter os olhos sempre atentos a cada passo que eu dava, e ainda, o singelo sentimento de um buraco no estômago. Não me atreveria a perguntar se havia como ficar pior, por instinto próprio de que tudo poderia piorar, sim. Baixando os olhos para fisgar alguma impureza no jaleco ou qualquer resquício de café - como se não fosse tão cuidadoso a ponto de derramar qualquer gota ou farelo de algo em um instrumento de trabalho - e aproveitava o ato para respirar profundamente. Então, um toque no pulso tirou-me de tantos devaneios, girando o corpo para notar a presença de uma doutora Stafford tão confusa quanto eu estava. Mentalmente, me perguntava qual era o propósito dela. Não tinha sido discreto o suficiente para não demonstrar o quanto ela tinha me afetado com um único gesto de tocar nos lábios. Sua frase nada sutil com um lembrete para olhar para outro canto tinha sido ainda mais cristalino, e agora, ela estava ali e ainda segurava meu pulso. 

Em um suspiro mudo, e alguns segundos depois, virei-me para ela. Por um curto espaço de tempo, meus olhos encontraram o rosto delicado, com o aspecto gélido que me faria perceber que não deveria ter sido tão transparente como costumava ser, mas não tinha problemas em esconder emoções. Mantendo os olhos nos dela para não causar mais nenhuma frase que lhe impactasse outra vez, esperei para que ela completasse a frase que havia começado, tendo que inibir todos os pensamentos nada puros que haviam começado a se passar em mente. – Tem uma sala restrita para descanso, certo? Podemos ir para lá, então. – era de praxe que em todos os hospitais que funcionavam em período integral existisse salas especiais em cada setor, com no mínimo uma cama no ambiente que pudesse oferecer conforto para um descanso de um plantão, e como aquele hospital oferecia uma infraestrutura incomparável, era de se esperar que existisse uma em cada corredor, como já estava sabendo. Como aquela era a primeira noite de plantão, ainda não tinha conhecimentos de onde ficaria uma daquelas. Esperei por Aurora, fingindo não ter notado o pequeno magnetismo de seu contato em meu pulso - que ainda estava acontecendo - e para que sua frase fosse mais esclarecida.


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Mensagem por Aurora M. Stafford Qua 3 Ago 2016 - 17:36


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A
inda bem que só perguntou em pensamentos, Alex... Porque nem mesmo a dra. Stafford teria a resposta do que a levara a segui-lo. A verdade, por uma razão que ele ainda não sabia, era que o mais prudente seria manterem distância um do outro. Complicações demais... Aborrecimentos demais... e o cenário não ajudava, considerando que ambos trabalhavam num hospital. Talvez, no fundo, ela tivesse uma pequena esperança de que Alexander a trataria com ignorância, lhe dando razões para detestá-lo. Por isso, apesar da expressão séria, existia um brilho distinto enfatizado nas íris azuis... mas que o doutor não seria capaz de interpretar. Ficaram desse jeito, se encarando, até que ele rompeu a quietude.

Aurora balançou a cabeça, afirmando que Alex estava certo sobre ter uma sala para aquele tipo de circunstância.

Sim, realmente tinha uma de descanso ao fim do corredor, numa área mais exclusiva e reservada. E aquele horário contribuía, já que o movimento era mais brando - mas sempre havia o risco de acontecer alguma emergência, por isso toda atenção era necessária.

Logo ela percebeu que mantinha a mão contornando o punho do francês e devagar, o soltou, não fazendo alarde ou revelando qualquer constrangimento com a situação.

- Sim... Por favor, me acompanhe - arqueou uma sobrancelha de modo debochado - Bem... parece que terei a oportunidade de apresentá-lo a algo. Pelo visto, suas fãs não foram tão minuciosas assim, doutor.

Ela nitidamente o cutucou, mais uma vez, porém o sorrisinho que revelava no canto dos lábios indicava não ser mais do que uma brincadeira. Afinal, Aurora não era nenhuma carrasca ou uma criatura desprovida de sentimentos para ignorar o desconforto que o encontro com Thalia gerou nele. Não, era justo o contrário. Mesmo que a fama ditasse uma mulher linda, porém emburrada e seca, existia um excelente motivo para a agenda dela sempre estar abarrotada.

- Venha comigo, sim? Acho que está precisando de um momento para se reorganizar.

Aurora enxergava além do que a maioria dos médicos viam ao atenderem um paciente.

A sala não era distante de onde estavam, por isso em pouquíssimos minutos, Aurora abria uma porta e fazia questão de deixá-lo entrar primeiro, como Alexander insistira das outras vezes. - Sinta-se em casa, doutor - Não era um local amplo, mas devidamente equipado e capaz de suprir necessidades instantâneas, como repouso e tranquilidade para tal. Todas as salas seguiam o mesmo padrão, havendo poucas diferenças de uma para a outra, nada escandaloso. Esperou que ele entrasse para fechá-los ali. Aurora, que obviamente conhecia os detalhes do ambiente, acendeu mais algumas luzes e aproximou-se do que parecia ser uma cozinha - resumia-se numa bancada em formato de L, acompanhada de cinco banquetas, uma geladeira embutida na parede, pia e dois armários.  

- Acho que eles ainda escondem por aqui... - comentava enquanto fazia uma busca pela área, mas claramente demonstrava dificuldade em alcançar a segunda prateleira do armário preso no alto ao concluir o esconderijo mais óbvio do mundo - Será que não pensam nas pessoas que possuem menos de um metro e setenta...? - resmungou, ficando na ponta dos pés e com uma das mãos espalmada sobre a beirada da pia para conseguir apoio.




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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qua 3 Ago 2016 - 23:01

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Alexander continuou em seu lugar, sentindo uma leve palpitação nas têmporas. Era o primeiro sinal de que sofreria de uma maléfica dor de cabeça, o que já era um motivo para torná-lo desagradável, porém Aurora, nem tudo acontece para satisfazer os desejos de sua mente. Ignorando a sensação - ou seria presságio? - daquela dor, manteve-se neutro e empertigado no toque dos dedos abandonando seu pulso. Em silêncio, ponderou uma resposta para a brincadeira que havia soado mais como uma cutucada, do que outra coisa, preferindo a quietitude. – Não gosto de atenção. – foi tudo o que resumiu-se a deixar passar pelos lábios finos desenhados pela camada de pelos da barba. Certamente já havia sido bastante notável aquele fato, o que tornava o francês um diferenciado de toda a sua tipagem. Onde já havia sido encontrado um europeu digno dos solos franceses que ousasse manter-se longe de todos os olhares? A resposta estava bem ali, trajando um jaleco e com uma expressão cansada na face máscula. A imagem de uma Thalia nada contente com a presença de Aurora assombrava-lhe a mente, da mesma  forma que havia acontecido a exatamente um ano atrás, na presença de uma prima italiana que tinha feito a proeza de uma visita surpresa. A grande diferença entre os dois momentos, somava-se ao fato de que tinha contato constante com a prima em questão e o peso maior: já tinham mantido uma relação, se assim poderia dizer para o caso de um ter tirado a virgindade do outro. Se ainda fosse contar as outras vezes em que levavam em conta um "aprimoramento" das manobras sexuais, é claro, seria outro peso, e a conversa só se estenderia. 

Acompanhou Aurora até chegarem na sala designada, ao que ela tinha dado-lhe espaço para entrar primeiro, como havia feito no consultório, só que o contrário. ​ – Não sei o que está acontecendo. Talvez os dois dias sem dormir estejam interferindo em algo. Não consegui me acostumar com o fuso horário completamente, ainda. – avançou até perto de poltronas cobertas por algum material que lhe parecia muitíssimo confortável, ouvindo os dizeres para sentir-se em casa. O desenrolar da carruagem diria por si só se era em casa que ele sentiria-se estando na presença daquela jovem médica que despertava seu lado irracional que nem sabia da existência. Virando-se para observar a doutora, que ditava um punhado de palavras, aproximou-se. O tronco feminino encontrava-se um tanto que arqueado, com uma mão apoiada na base sólida da pia, enquanto a outra tentava alcançar o que parecia ser a segunda prateleira na parede. Por um minuto, pensou se deveria fazer o que estava prestes a executar, mas não envolveria olhares, certo? Nem seria algo proposital, o único fim, era auxiliá-la. Então, postou-se atrás de seu corpo, alcançando a prateleira sem precisar nem mesmo erguer demais o braço. Virou-se um pouco de lado, chegando a sentir o peitoral entrar em contato com parte das costas da doutora, tateando em busca do que ela estava procurando. ​ – O que tem aqui? – em uma pergunta neutra, aproximou o rosto para vasculhar melhor. Encontrou uma barra de chocolate, puxando para o campo de visão dela. – Ah... Chocolate? – franziu o cenho, chegando a fazer um pequeno biquinho enquanto arqueava a sobrancelha esquerda.


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Mensagem por Aurora M. Stafford Qui 4 Ago 2016 - 17:19


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B
em...

"Então, dr. Kowalewski, você é um homem extremamente azarado."

Foi impossível controlar o pensamento diante da frase de Alexander, porque... era óbvio, não? Não importava o ambiente, ele atraía olhares - femininos e masculinos. Mas entendia o rapaz, já que ela também não gostava da sensação de estar constantemente em foco. Afinal, Aurora não era o tipo de mulher que passava despercebida, e embora ignorasse as encaradas - e os comentários que as acompanhavam -, ainda assim não conseguia se sentir à vontade. Com o tempo melhora... um pouco. No entanto, cada caso é um caso. No começo, as pessoas enalteciam a beleza clássica e angelical da nova doutora, mas depois... os murmurinhos - embora continuassem focados na aparência - ganharam uma tonalidade mais maldosa e mesquinha. Linda, porém solitária. Por incrível que pareça, Serena era o mais perto de uma amiga que Aurora tinha no hospital - incrível sim, porque as duas não podiam ser mais diferentes em personalidade. Aliás, a secretária fazia parte do grupo "comentável" do local... mas por razões mais particulares.

Enquanto procurava algo na cozinha, Alex teria chance de conhecer o ambiente e se adaptar. Aurora lhe dava espaço suficiente para isso.

- Ah, sim... - lançou uma rápida olhada para ele por cima do ombro - O fuso horário é certamente um problema, mas logo vai se acostumar. Além do mais, acredito que nós, médicos, perdemos a noção de tempo após determinada etapa. Te aconselho a aproveitar as brechas quando tiver, doutor, e descansar.

Logo voltava a se concentrar na difícil tarefa de conseguir pegar os chocolates. E você não olhou, Alex? Ah, que pena... A forma que ela estava arqueada fazia com que o traseiro ficasse tentadoramente empinado e a calça branca moldava com perfeição cada curva, mas o jaleco atrapalhava qualquer análise minuciosa. À medida que se movia, a trança dourada dançava pelas costas, ultrapassando mais da metade, com a ponta perto de alcançar as linhas do quadril. Aurora tinha um cabelo tão bonito que era até pecado mantê-lo sempre preso, mas era com o intuito de aparentar uma idade superior do que seus reais vinte e três anos.

Aquietou-se no instante que o corpo de Alex encostou no seu perante a aproximação, provocando uma carga de adrenalina que não podia ser saudável. O braço continuou estendido, mas a inglesa não ousava nem respirar, tendo a certeza que o cheiro masculino a desestabilizaria com extrema facilidade.

O cheiro dele.

O maldito cheiro dele.

Que, agora, para o seu tormento, ela saberia identificar entre os demais.

Alexander pegava a barra antes de Aury respondê-lo. Todavia, ele fazia outra pergunta, chegando a soar um tanto decepcionado diante da descoberta. Ela virou no estreito espaço entre os dois para ficar de frente e assim encará-lo enquanto pegava a guloseima da mão do francês.

- Sim, chocolate... Você não gosta? - o questionou quando viu o biquinho se formar nos lábios finos, e ela acabou o imitando de modo inconsciente e... a carinha que Aurora fez... - Mas é tão gostoso...

É... desgraçadamente gostoso.




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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qui 4 Ago 2016 - 19:50

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Fitando a barra do doce, o francês deixou um suspiro escapar. Podia sentir o aroma adocicado invadir o olfato de forma contagiante, desencadeando reação em cada célula viva de seu corpo. – Não sou um grande fã, a não ser que seja um chocolate suíço. – não que ele quisesse gabar-se por tomar partido de um doce tão refinado ao referir-se ao especial chocolate suíço, mas, tinha sido acostumado unicamente com ele. Uma ideia ultrapassou a mente conturbada do homem, que mesmo não devendo - por medidas tomadas pela própria doutora -, colocaria em prática. – Eles são especiais. O sabor... A textura suave e refinada na boca. – abriu o pacote, ainda que estivesse na mão de Aurora, abrindo-o e lascando um quadrado, colocando-o na ponta dos lábios e sugando para dentro. – Te deixa viciado. A aparência é desejável... Imagina o sabor... – olhando diretamente para ela, sugou a ponta dos dedos, com o semblante endurecido... Quase como outra região estaria, se não fosse tão controlado. Quanto duplo sentido, não, doutor? Sem muito o que pensar, prensou o corpo da mulher entre o próprio corpo e a pia, abrindo a torneira para limpar a outra mão que havia tocado em uma fina camada de poeira. Logo desligou, afastando-se para pegar uma toalha para enxugar a mão e caminhou até mais a frente para examinar a sala. – Certamente vou aproveitar minhas brechas aqui. – comentou, com as mãos nos bolsos da calça, em uma pose despreocupada, como se não tivesse feito nada. 

Andou um pouco mais para frente, encontrando uma porta. Ao lado, uma mesinha alta servia de suporte para um cartão-chave, o que era uma boa ideia para o cômodo, já que seus periféricos de energia só seriam ativados enquanto estivessem em uso, por meio daquele cartão. O francês tomou-lhe na mão grande, abrindo a porta, chegando até a beirada da king size ali presente, deitando-se e ficando com uma perna ao lado de fora do colchão macio e receptivo. Os braços estavam atrás da cabeça, o ar refrigerando a temperatura no exato momento em que tinha passado o cartão pela máquina de leitura. – Perfeito. – comentou para si mesmo, soltando um gemido em aprovação.

Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Sex 5 Ago 2016 - 18:57


Baby
You know how to play with fire?


E
m toda a sua vida, ela jamais precisou disfarçar o nervosismo como estava fazendo naquele exato momento. Alex se encontrava tão perto, tão... juntinho, e... era impossível usar todas as células do cérebro para formular qualquer fala coerente, por isso optava pelo silêncio, ao menos de início. Piscou os olhos feito uma idiota e chegou a entreabrir os lábios para dizer algo, mas... aquele homem, de propósito ou não, estava disposto a bagunçá-la. Pronto, Aurora... Alexander já lhe dava vários motivos para detestá-lo. Afinal, você detesta não ter o controle, detesta instabilidade, detesta... detesta ficar tão fora de si e com os pensamentos desalinhados...

Detesta sentir-se tão vulnerável às próprias emoções.


Emoções que esse francês ridiculamente lindo estava provocando com a simplicidade de uma mera encarada.

Ela apertava o chocolate entre os dedos, firmando-o, e o usava como uma válvula de contenção, porque a maneira que o doutor agia... Tinha certeza absoluta que era com o intuito de atormentá-la. Bem, Aury... Não é só você que sabe cutucar, não é mesmo? Agora, era a sua vez de aguentar as ferroadas, apesar de que... Alexander jogava sujo. E desde quando aquilo virou uma espécie de jogo? Aurora franziu os lábios conforme o assistia rasgar a embalagem da barra e quebrar um quadradinho da guloseima e levá-lo até a boca, fazendo uma manobra com a língua... Maldito. Mil vezes maldito.

Infinitas vezes maldito.

Os olhos estudavam cada ação com um enorme interesse, para a desgraça da doutora, que não conseguia disfarçar. O beicinho continuava contraído ao vê-lo chupar os dedos, limpando o excesso do cacau que grudou na região. Foi impossível não sentir um comichão no ventre e Aurora notava o gemido preso na garganta. Precisava se afastar... imediatamente, mas como se lesse seus pensamentos, Alex a pressionou contra a pia, e não teve condições de conter o grunhido que soou como o ronronar de um felino. Ele curvou-se contra o corpo delicado, preenchendo todo o campo de visão dela. Se Aurora inclinasse um pouco o rosto e avançasse...

Só um pouquinho...

Assim que terminou de lavar as mãos e secá-las, ele recuou com ambas nos bolsos, numa posição descontraída que contrastava com a de Aurora, totalmente perdida. Ela sentia a pele quente e cada batida do coração ecoava em sua cabeça, o que deveria explicar a súbita incapacidade de pensar.

Nada, doutor, ela não disse nada...

E sinta-se vitorioso.

Deixar aquela mulher sem palavras, com certeza, era um fato tão raro quanto as aparições do Cometa Halley.

Apenas o observou bancar o explorador e os passos o levaram até a porta que fazia ligação com a parte mais aconchegante da ala. Aproveitando que estava sozinha, Aurora permitiu-se desabar por completo ao inspirar fundo. Largou a barra sobre a pia para poder ligar a torneira e lavar o rosto com a água morna, não se importando em borrar a maquiagem durante o processo. E agora?

Virou-se devagar enquanto liberava um novo suspiro e... era melhor aguardá-lo ali.

...

O quê?!

Claro que não!

Até parece, humpf.

De forma meio bruta, pegou a barra e a mordeu com uma força desnecessária, ignorando a forma que os cantos dos lábios ficaram meio sujos. - “Certamente vou aproveitar minhas brechas aqui...” – resmungou baixinho para que Alex não a escutasse na tentativa de imitar o tom grave – Ah, claro que vai, dr. Kowalewski... Claro... Já está, né? – comeu outro quadradinho, mantendo o quadril encostado na beirada e um braço cruzado pela barriga – Se só gosta do suíço, por que teve que comer o MEU chocolate?

Continuou falando sozinha por um tempinho antes de parar de inventar desculpas e seguir pelo mesmo caminho de Alexander, encontrando-o super à vontade na cama. Ela estreitou os olhos e se aproximava com a dignidade novamente restaurada.

- Então... Quer fazer alguma observação sobre a paciente?

Note que ela segurava o restante da barra de chocolate como se, na verdade, portasse uma arma e não um inofensivo doce.

- Ou... se preferir, pode aproveitar esses últimos – olhou no relógio de pulso para dar o tempo exato – vinte minutos para tirar um cochilo. É o seu dia de plantão, certo? Ainda terá uma longa noite pela frente...

Viu? Ela não é tão víbora...

As pessoas só precisam olhar mais de uma vez. E além... Principalmente além.

Você quer olhar mais de perto, doutor?




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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sáb 6 Ago 2016 - 10:42

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​Alexander encontrava-se completamente relaxado deposto sobre o colchão favorável a seu descanso. Podia ouvir palavras soarem baixas, em forma de quase sussurros, possivelmente vindas de Aurora. O homem negou com a cabeça duas vezes, permitindo-se exalar um suspiro longo e cansado, fechando os olhos por uma breve fatia de tempo. Tempo suficiente para imaginar a si mesmo deitando aquela doutora marrentinha a alguns passos de distância, e fazendo-a sentir muito mais que uma encostada sutil na pia. Uma leve fisgada em seus países baixos alertou o francês de que deveria mudar o rumo de sua mente naquele exato momento, ou acabaria tendo que usar seus últimos minutos em uma atividade que a muito não fazia. Então, vagarosamente tratou de abrir os olhos, bem a tempo de ver a mulher entrar no quarto, falando algo que para ele parecia distante. – Nada muito importante para esta fase de exames. Katherine tem um porte de mulher difícil, no sentido de ser... Como dizem por aqui? ...Hum. Cabeça dura? – sentando-se, repousou uma almofada no meio das pernas. – Cora está atrás de seu histórico, e creio que pelo horário forçado do atendimento, outras passagens já devem ter sido feitas. Estou preocupado com os desmaios. – um tom sereno e raso havia sido imposto na voz firme do homem, que coçava o queixo enquanto tinha os braços cruzados no peitoral largo e musculoso. Falta de sono era algo comum para a maioria das pessoas, mas se partiam de alguma toxina... O perigo era gritante. Alexander mantinha as esperanças de que a tinta não tivesse causado um grande estrago na sra. Bohen.

Ele virou o rosto para olhar Aurora, notando como sua postura gritava que algo em seu interno lhe perturbava. Então ali, ele encontrou a primeira coisa em comum, mas fingiu não ter percebido a forma em como a loira segurava a guloseima em sua mão, aquiescendo um sorriso morno nos lábios finos. – A quanto trabalha aqui? – e também, pela primeira vez, ele tentou puxar um assunto normal, que não o lembrasse dos olhares intrusos para com sua presença e imaginava como Aurora lidava com os olhares que lançavam para ela também, afinal, a sua beleza não era algo a se comparar com as demais mulheres - arriscava dizer - residentes de Nova Iorque. Ele havia encantado-se pelos traços delicados com linhas angelicais, que davam formas engenhosas aos orbes na cor de safira, que vendo diretamente ali, perto da pia onde estiverem face-a-face praticamente - a diferença de alturas impedia o gesto - notara que riscas douradas fracas mas ainda presentes encontravam-se ali, como se fossem a chave mestre para o hipnotismo que a senhorita marrenta causava. Olhos estes que tinham uma barreira, impedindo-o de ir mais fundo, porém... Havia uma brecha. Alexander sabia ir mais além, sentia algo emanando dele para Aurora e isso o intimidava. Mas não era apenas sua estética que o alimentava de encantamento. Em tão pouco tempo - minutos assim por dizer - ele estivera tão mais nervoso do que já esteve em toda sua vida. Aquela mulher seria o seu - literal - inferno e talvez para o azar - será? - de ambos... Sim, Aurora, ele vai querer ver de perto. E você? Vai dar gás a chama que espalhou?


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Mensagem por Aurora M. Stafford Dom 7 Ago 2016 - 19:37


Baby
You know how to play with fire?


C
oncentrar-se na situação da paciente seria a maneira perfeita de escapar dos efeitos que Alexander causava nela, embora permanecer na presença do doutor não fosse exatamente um fator contribuinte para tal “fuga”. Aurora estava longe de fazer o tipo de mulher que temia um desafio, mas... com certeza, não sentia-se confortável com as gritantes desvantagens, ainda mais que não fazia ideia de como recobrar o total controle. Às vezes, era necessário recuar...

Mas então...

Por que existia aquela necessidade de... avançar?

Ele respondia sua pergunta, ganhando uma confirmação automática contida no breve aceno da cabeça da moça. – Tem razão... Precisamos dos exames para chegar num diagnóstico mais concreto – um sorriso sombreou os lábios da doutora – Sim, doutor. Os americanos usam essa expressão para falar de uma pessoa teimosa – o observou se sentar na cama, e diferente de momentos atrás, Alex não aparentava mais a perturbação gerada do encontro com Thalia... Hm, perturbação que Aurora também sentiu, mesmo que por outras razões, é claro. A presença da pediatra lhe soou incômoda – mesmo não demonstrando, já que no momento, ela e Alex não se encontravam num dos melhores climas... -, no entanto... tinha certeza que a médica ficara bem mais... irritada? Admitindo ou não, apreciou a falta de detalhes do francês perante o relacionamento dos dois.

Não que estivessem num relacionamento!

Ora, claro que não... Quer dizer... Eram companheiros de trabalho. Colegas de profissão.

Todavia... não negaria a pontada de... satisfação com o jeito que ele adotou para se portar, mesmo que só o tivesse feito para dar um corte em Thalia. Aurora não gostava de criar intrigas ou fazer inimizades desnecessárias, porém... também não era obrigada a agradar a ninguém apenas por aparência. Por isso, bastava a educação.

- Os desmaios são realmente preocupantes, e como tratou de avisá-la, a sra. Bohen não pode realizar uma série de atividades que a coloquem em risco. E tenho a impressão que as instruções terão que ser enfatizadas... considerando essa peculiaridade tenaz da personalidade dela.

Na mente da loira, Alex não notara nada demais em seu comportamento, o que dava uma segurança a mais, mas não o suficiente para baixar completamente a guarda – algo que, de toda a forma, ela não fazia. Fitou o sorrisinho por um curto instante e isso indicava uma melhora no humor de Alexander, Aury arriscava deduzir. Para a genuína surpresa, ele iniciava um diálogo menos formal. – Ah... – pela expressão, fazia um cálculo mental – Quase um ano, acredito. Mas a sensação é de que estou aqui há mais tempo e sem sequer perceber o passar dos dias... – era possível notar, pelo simples comentário, que Aurora era apaixonada pelo que fazia – É um excelente lugar para se trabalhar, doutor, e tenho certeza que se certificará por si mesmo– numa atitude fora do seu estado habitual, a inglesa caminhou até a cama e sentou ao lado de Alexander, impondo uma distância de poucos centímetros entre os dois. Pernas juntinhas e uma das mãos repousava sobre a coxa esquerda enquanto a outra, que portava o chocolate, levava-o aos lábios, mordendo um novo quadrado e estava quase terminando. Agora, sem a pressão exercida por ele... Podia desfrutar do gosto particular daquele pequeno pedaço do paraíso, mesmo na companhia de um homem de traços infernais.

Parece que vocês terão um longo caminho de chamas pela frente, Alex. Ou seja...

Positivo, doctor.

- Está... melhor? - ela virou a cabeça e o encarou nos olhos, admirando o tom azul, que apesar de claro, era tão profundo quanto fitar o oceano em dias de intensa tempestade - Desculpe se fui invasiva. Quando você se afastou, deveria estar buscando solidão, e ainda assim, eu o segui... Mas... Não tive como ignorar o que havia acabado de acontecer e considerando sua situação, imaginei que não encontraria tranquilidade vagando pelos corredores do hospital...





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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Seg 8 Ago 2016 - 14:40

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​O francês tentava não rir da maneira em que Aurora parecia se portar naquele momento, fora as vezes que ela repetia o "doutor" para com ele. Por um longo espaço de tempo permaneceu quieto, apenas ouvindo com atenção o que era dito, enquanto os olhos na mulher, concordando com suas palavras referentes ao caso que estavam lidando juntos. O seguinte comentário sobre estar ali por todo aquele tempo o fez imaginar se Aurora também tinha passado pela perseguição que faziam com ele, mas não questionou, apenas moveu o olhar para o rosto alinhado, prestando atenção em detalhes que certamente não deveria querer achar por ali. – Quando exercemos uma atividade de nosso interesse ou gostar, o tempo é só um detalhe. – seguiu o corpo feminino com o olhar, enquanto via a doutora sentar ao seu lado. E lá estava aquele maldito cheiro... Foco, Alexander. Veja, ela continua a falar. Preste atenção!Não se preocupe com isso. Eu... Sim. Estou melhor. Aliás, desculpe por Thalia, quer dizer, a insinuação. Não quero causar problemas. Não posso nem imaginar se o seu namorado aparece aqui e escuta uma especulação dessas. – obviamente não queria uma confusão com uma mulher comprometida, e claro, estava jogando um verde...

Ela não deveria estar tão perto. Aquela aproximação havia mexido com o interno do doutor, que parecia tranquilo demais para quem queria estar tendo outro tipo de comportamento. Claro que ele avançaria com ela, se tivesse um sinal...Quer voltar para a sala de exames agora? – olhou para ela, virando o rosto de lado. Novamente permitiu-se observar o rosto alvo, tomando notas de como os lábios cheios eram atraentes, imaginando como seria tê-los na própria boca. Faltavam exatos quinze minutos para o fim do primeiro exame, e mais algum tempo para esperar os resultados. – Ahn, tem... Tem algo aqui. – esqueceu-se de perguntar antes de executar a ação de puxar um pequeno pedacinho de metal que havia caído próximo ao pescoço da inglesinha, já ultrapassando o limite do jaleco, para grudar na pele. Alexander deixou a mão grande no ombro da loira, pressionando o polegar na região próxima a seu ponto de pulso, fazendo o pedaço de alumínio grudar na ponta do dedo. No processo, havia virado um pouco de lado, estando mais próximo a ela. – Pronto... – soprou próximo a seu rosto, afastando a mão lentamente.


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Mensagem por Aurora M. Stafford Ter 9 Ago 2016 - 21:38


Baby
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M
antinha a cabeça virada para ele e acenou, concordando com o comentário sobre a questão de tempo. Nada é perfeito, já tivera diversos aborrecimentos no hospital durante os últimos meses, no entanto, para ela, não restava a menor dúvida: era aquilo que desejava fazer pelo restante de sua vida, e não estava exagerando ou sendo equivocada. Ajudar as pessoas lhe causava uma sensação... boa. Como se sua existência não fosse algo inútil. Ela renasceu no meio de uma tormenta, e mesmo que as sequelas estivessem em cada parte da alma da jovem, Aurora não queria que as pessoas a reconhecessem por tal razão.

Recusava-se a ser a vítima.

- Sim... Só um detalhe...

E sorriu de novo.

Alex começava a se explicar quanto ao que passaram momentos atrás com Thalia. No entanto, foi a dedução errada dele que arrancou um riso baixo e suave da doutora, que chegou a inclinar o rosto para baixo e pressionar a boca com as pontas dos dedos para abafar o sonzinho melodioso – sim, ela pressionou os lábios... julgue-a por não respeitá-lo. – Não precisa se desculpar, por favor. Ela foi... indelicada. Não vou dizer que estou sentindo-me culpada por ajudá-lo a criar esse mal-entendido... E... – os olhos fincaram nos de Alexander, sempre – Eu não tenho namorado – falou, simplesmente.

Ficar tão perto de Alexander...

Aquilo atentava seu juízo, porém precisava lidar com essa... essa...

Não sabia nem como definir.

- Ah, talvez seja... melhor – mas “talvez seja melhor” não é resposta, Aurora... – O que é? Um bicho...? – ela ficou tensa e completamente parada enquanto o francês se adiantava em tirar o que quer que fosse, e assim que a mão pesou em seu ombro, dando suporte ao polegar de pressionar um ponto específico do pescoço delgado... a pulsação acelerou na mesma hora, como um tiro de escopeta. Para facilitar o trabalho, permaneceu olhando para frente e só o encarou quando ele sussurrou e...

Estava ainda mais próximo... próximo demais.

O hálito quente, e com o aroma delicioso da bebida que ele acabara de ingerir, acariciou sua face e Aurora piscou repetidas vezes, atordoada. Alexander encontrava-se quase inclinado e ela não controlou o impulso de pousar o olhar nos lábios finos, rodeados pela barba russa.

- Obrigada...  

Engoliu em seco e apertou os lábios um no outro, num movimento nervoso...







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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qua 10 Ago 2016 - 21:10

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​Alexander notou o exato momento em que a doutora pareceu afetada com a aproximação, enquanto tentava controlar a si mesmo e não fazer uma besteira imensa que o prejudicasse em um momento não tão distante ali no hospital. Mas, ele era homem e certas coisas eram - praticamente - incontroláveis. Por este motivo, o jovem francês aproximou-se apenas um pouco mais, encostando o lábio inferior milimetricamente no superior da inglesa, onde mal se podia sentir o contato. – A coisa de olhar para outro lugar... Valia só para mim? – baixinho, questionou, mantendo os olhos nos lábios pressionados da loira. O cheiro dela havia impregnado canta célula e terminação nervosa do corpo alto do doutor, que tratava-se de conter - com uma dificuldade absurda - e não aborrecer a mulher, por mais afetada que ela estivesse com aquela aproximação. O fato é que aquele homem não era de recuar, diante de uma situação dessas, para seu completo azar, senhorita Stafford. Então, ele desviou os lábios para o maxilar delicado, roçando com a lateral da própria mandíbula, chegando até o ouvido alheio. – Vamos. – e sem mais, afastou-se.

Indo em direção a saída da sala do descanso, procurou amenizar a temperatura corporal. Descasou mais um botão da camisa escura enquanto andava para o elevador, atraindo a atenção de alguns colegas de profissão, notando que talvez, alguém tivesse visto que não tinha estado sozinho naquele ambiente. Não ousou parar de andar ou olhar para trás e ver se estava sendo seguido de perto, o que chegava a duvidar, mas não se surpreenderia se visse Aurora ao seu encalço. O relógio marcava exatos sete minutos para a finalização do exame, o qual era a última coisa em que Alexander pensava. Agora, no elevador, chegava no momento de confrontar os prazeres que sua mente traiçoeira fazia questão de ministrar para com todo o corpo e afastar tudo, para focar-se unicamente na paciente. Ouviu o próprio nome ser dito nos auto falantes do elevador, juntamente ao da mulher que a pouco tirava-lhe a concentração. – Nome de princesa, cara de anjo, e beleza de um demônio sedutor. – comentou para si mesmo, em um tom relativamente baixo. Uma outra médica agitou-se ao lado de fora, ao notar que as portas da caixa metálica estavam para se fechar, mas ele colocou a mão, impedindo o movimento. O crachá indicava que era a doutora Mason, fisioterapeuta. Ela parecia um pouco com Thalia, apesar de ser mais baixa e estar sorrindo demais para ele. Alex imprensou-se na lateral do elevador, recostando o ombro na parede, colocando as mãos nos bolsos da calça, enquanto era observado de uma forma nada discreta. Por fim, viu Aurora se aproximar, e foi a vez da mulher segurar a porta para que ela pudesse chegar a tempo. Um enfermeiro corpulento aproveitou-se da passagem da britânica e adentrou a cabine junto. Para Alexander estava claro que aquele senhor - de o quê? Quarenta e poucos anos? - observava milimetricamente cada parte da doutora de cabelos dourados, focando as orbes maliciosas em seus montes no traseiro levemente empinado. – Doutora Stafford, queira me acompanhar nesta curta viagem? – em um súbito impulso, chamou por ela, não dizendo mais que isso. O olhar severo havia encontrado o do outro homem, ignorando a audácia da doutora Mason em continuar a encará-lo por todo o tempo, mas agora, certamente teria algo a espalhar por ai. – Algum exame a mais para hoje? Não acho aconselhável entregar o já feito ainda hoje ou mais tarde. Quero analisar cada tomografia minimamente, para não deixar passar nada. – voltou a olhar para ela, sentindo as mãos fechadas em punhos.

De fato, ele estava furioso. Mas... Com o que?




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Mensagem por Aurora M. Stafford Qui 11 Ago 2016 - 23:14


Baby
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E
xato momento?

Alex... Bastou colocar os olhos em você para que ela ficasse afetada. E então, em minutos, tornou-se um estado permanente, porque Aurora não conseguia se livrar desta sensação que causava calafrios na pele e uma constante vontade de suspirar... entende? Acho que entende sim. Continuava fitando os lábios dele, pensando no quanto gostaria que Alex a beijasse naquele instante. Agora. Não se importaria de perder a pose...

Consciente disso, dos próprios anseios, Aurora ficou desesperada pelo beijo, chegando a tocar o lábio inferior com a ponta da língua, mas logo a recolheu e foi no segundo certo que Alexander decidiu roçar a boca contra a sua, capturando o superior num toque leve, quase imperceptível, e que mesmo assim, ela sentiu em lugares que sequer sabia existir no próprio corpo. Aury cerrou as pálpebras e praticamente ronronou ao mesmo tempo em que Alex soltava a pergunta em meio aos sopros estimulantes, como se estivesse atiçando as fagulhas, inconsciente do incêndio que já acontecia no interior da doutora. Aurora chegou a fazer menção de responder – ele notaria pelo movimento do beicinho -, no entanto, as palavras ficaram presas na garganta quando o francês decidiu deslizar a pelugem loira e deliciosamente áspera pelas linhas delicadas do maxilar dela, até alcançar a orelha. As mãos de Aurora se contorciam por cima da calça branca, subindo e descendo pelas coxas, na tentativa de secar as palmas suadas.

Então...

“Vamos.”

Ela, que naquela altura estava quase inteiramente entregue, abriu os olhos, assustada.

E quando Alexander levantou da cama, a deixando sozinha, Aurora fez uma expressão tão atordoada... que chegava a dar peninha. Ela permaneceu sem se mover, mesmo que cada célula estivesse inquieta, em ebulição. Eles... Ela e Alexander...

- Meu Deus... – Aurora tocou o lábio e com o indicador, traçou o mesmo caminho da barba de Alex – Meu Deus! – repetiu, amedrontada e...

Ciente da excitação que a mordiscava... como botes contínuos de uma serpente.

Levantou-se, ainda trêmula. Aproveitou para ajeitar alguns cachos e normalizar a respiração. Logo, também saía da ala de descanso e dava de cara com certos olhares curiosos. Pela primeira vez... a doutora abaixou a cabeça para fugir deles e esconder a feição ruborizada. Enquanto caminhava até o elevador, escutou o seu nome e o de Alex serem pronunciados nos alto-falantes. Aumentou a velocidade dos passos e viu o momento que a porta dupla do seu destino estava prestes a fechar, mas a dra. Mason teve a gentileza de segurá-las. Aurora sorriu de canto para a mulher e agradeceu, porém... o olhar pairou em Alexander, e ao invés da expressão zangada e fria, ele se surpreenderia com a feição que beirava a ingenuidade, mostrando que Aurora tentava entender o que acabara de acontecer entre os dois. Permaneceu um pouco mais adiante, de forma que tanto ele quanto o enfermeiro – que aproveitara a brecha para entrar – pudessem facilmente observá-la sem que a mesma notasse. Aury entrelaçou as mãos na frente do corpo e aparentava ansiedade para sair o mais depressa possível dali.


Estava alheia a encarada maldosa do enfermeiro...

E mais “preocupada” com a atenção exagerada da fisioterapeuta em Alex e a mulher não fazia questão de disfarçar que, literalmente, o comia com os olhos.

- Hm? – virou-se de leve, obrigando o homem a mudar o foco conforme Aurora transparecia confusão com a pergunta do doutor, mas não teve coragem de corrigi-lo, pois... Alex parecia tão... aborrecido – Claro, doutor Kowalewski... E não, não temos mais exames – falava, e notava a maneira que Alex encarava o enfermeiro, que não se intimidava – Acredito que seja prudente liberarmos a paciente e conversar sobre os resultados na próxima consulta. Ela tem as receitas e recomendações. Por hoje... já basta. Serão suficientes... – ele devolvia o olhar e Aurora engoliu em seco, imaginando ser o motivo de tamanha fúria – Ahn... – a portas se abriram e além do enfermeiro, que lançou uma olhada nada amistosa para Alexander, a dra. Mason saiu, sussurrando um “boa noite” meio hesitante... Certamente todos estariam sabendo do estranho clima no elevador. Se Alex se movesse, seria interrompido pela palma da doutora em seu ombro – Nós... Nós estávamos no andar certo, doutor. Teremos que voltar.

Apertou o botão com o número correto e novamente ficou de costas para Alexander.

Silêncio.

Do tipo que antecede uma confusão.

- Não precisa ficar tão zangado pelo que aconteceu! – ela começou, e falava de forma irritantemente calma, apesar de ser possível notar uma discreta irritação – Quer dizer... Não que tenha acontecido algo... Ou melhor... Bem... – movida pelo impulso, girou para encará-lo, e a face ainda estava corada, agora de frustração... – A gente nem se beijou, não tem que se preocupar com prováveis comentários! E que história é essa de viagem? Você deu um presente para ela, não enxerga? Se te incomoda tanto assim que as pessoas pensem que estamos juntos, deveria aprender a segurar a sua língua dentro da boca, doutor!

Na mente dela... era só juntar 2 + 2...

Acreditava que Alexander ficou irritado por deduzir que seria alvo de fofocas por sua culpa.

E isso a magoou mais do que conseguia admitir.





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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sex 12 Ago 2016 - 15:19

all these cameras flashing, sick of being poised
Por um longo tempo, Alexander perdeu-se em pensamentos. Estava arrependido, sim, mas por não tê-la beijado de uma vez. O enfermeiro não havia baixado a guarda, o que tinha causado uma irritação ainda mais profunda no doutor, a ponto de fechar as mãos em punho e comprimir a vontade de acertá-lo até precisar de atendimentos. Teria uma colher de chá por já estar em um ambiente adequado para o socorro médico, mas isso não lhe impediria de socá-lo algumas vezes. O que lhe fizera voltar para meia consciência, fora a voz de Aurora sibilar algumas frases, dentre elas, a de que já tinham estado no andar certo e agora teriam que subir novamente. E ela não parou, continuou a falar, agora em um tom de calma que fizera com que o francês voltasse o olhar confuso para a jovem mulher, sabendo que havia algo errado - mesmo sem conhecê-la bem - pelo simples uso do tom tranquilo, seguido de palavras como as que tinha soltado. Alexander riria, se a vontade não fosse outra. – Do que está falando? – ele virou para olhá-la nos olhos, tomando completa noção do que tinha parecido para ela. Então, ele relaxou a postura, como um felino se preparando para cercar a presa. – Você não viu, então. – agora ele estava de frente para ela. – Aquele maldito enfermeiro estava... – o simples fato de lembrar, fez com que Alexander travasse o maxilar, tendo que respirar profundamente enquanto avançava devagar para Aurora. – Ele estava encarando o seu traseiro. Comendo-o com os olhos. – sem a menor disciplina, o doutor segurou a médica por um dos braços, virando-a contra o espelho do elevador, baixando os próprios olhos para os montes naturais da britânica. E o que você tem com isso, cara? Para quem ficou irritadinho pela falta dos modos do enfermeiro (foi isso, né?) e está fazendo o mesmo, não faz muito sentido.

Numa perda momentânea de lucidez, o homem colou-se na traseira da médica, baixando um pouco o próprio quadril para encaixar-se a ela, enquanto as mãos fortes lhe traziam de encontro ao próprio corpo. – Você não deveria falar tanto, doutora. Não me importo que este hospital já esteja cheio com comentários ao nosso respeito, eu seria um homem de sorte. Mas temos uma pendência. Como você disse... Não nos beijamos. – ele olhava para ela através do espelho. Tinha subido uma das mãos para a garganta delicada, dedilhando a pele macia como se fosse um botão de rosa, apesar do infalível aperto do quadril contra o traseiro empinadinho da mulher, e a outra mão em sua cintura. – ...Então vamos resolver isso. – bruscamente, ele virou-a para si, usando da mão na garganta para moldá-la na nuca da médica, aproximando o rosto do seu em questão de segundos, desfrutando de um beijo avassalador. No começo tratava-se apenas de lábios colidindo-se entre si, mas logo o francês sugou-lhe o inferior com vontade, fazendo o mesmo com o superior, para então deslizar a língua para dentro e iniciar o beijo de fato, explorando a boca da loira com completo domínio. Ele a prensava dentro da caixa metálica, e só desfez o beijo quando ouviu o click indicar que já tinham chegado. Não havia ninguém no corredor, o que fez sua prece ser atendida. Assim, não veriam o indiscreto volume na calça jeans escura, que o camuflava bem, mas, não seria ético andar por ai com o amigo louco para respirar. Como se aquele beijo tivesse sido ético. 

Novamente ele saiu primeiro, voltando a si com um certo tempo após se arrumar ao ter parado mais canto. Passou as mãos nos cabelos, e virou-se para esperar a mulher, respirando fundo, pronto para ouvir seus argumentos para com o beijo. – Pode deixar, minha língua vai ficar muito bem guardada. – travesso, ele riscou um mínimo sorriso nos lábios, andando vagarosamente para a sala de exame. 


Alexander G. Kowalewski
Alexander G. Kowalewski

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