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{AS} Wont you save me?

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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Dom 28 Ago 2016 - 15:29

One day when the sky is fallin'

A postagem entre Alexander G. Kowalewski e Aurora M. Stafford, no apartamento da médica e está fechada para qualquer um que não tenha sido convidado. O conteúdo é livre e a postagem está em andamento.

Alexander G. Kowalewski
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{AS} Wont you save me? Empty Re: {AS} Wont you save me?

Mensagem por Alexander G. Kowalewski Dom 28 Ago 2016 - 15:30




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'Cause when the night begins to fall I watch the shadows growing tall Feeding my insomnia like a fly on the wall
Sair do hospital depois de um longo plantão era algo extremamente bom. Os olhares continuavam sobre o doutor francês, mesmo com quase um mês prestando serviços para o hospital americano cujo havia despertado-lhe muito mais interesse do que jamais poderia ter imaginado. Não tratava-se apenas de mais aprendizado para sua mente ou prática de conhecimentos que para os nova iorquinos eram desconhecidos - moldando assim uma troca de conhecimento forte entre as culturas - mas também, o despertar de um elo adormecido a muito tempo. Claro, também havia ali uma parte de seu passado no qual não esperava encontrar tão cedo. Encontrava-se parado em frente da Mercedes que tinha comprado para instalar-se na cidade, e ir se adaptando, antes de realmente decidir que carro usaria. Alexander não fazia a linha dos compulsivos por automotivos ou qualquer coisa que ressaltasse um amor inconcebível por carros e seus derivados. Era alguém que prezava o conforto a cima da beleza, assim como também prezava a praticidade das coisas. Teria escolhido um carro mais simples, porém, Nova Iorque pedia um pouco mais que a simplicidade, neste caso, levando em conta a precisão de um veículo veloz, e a maioria dos simples não poderia oferecer uma proeza que lhe ofertasse velocidade para chegar no período de tempo mais curto o possível no hospital. 

Na estrada, fez uma pausa para atender uma necessidade pessoal, estando extremamente apertado para urinar. Infelizmente, o francês foi obrigado a parar em um acostamento público vazio, perto de uma estrada aterrada. Olhou para todos os lados antes de urinar, certificando-se de que não havia ninguém ali perto. O homem ia contra seus instintos de ser humano conscientizado sobre os problemas ambientais, mas não podia ignorar aquela parte humana que precisava ser feita naquele momento. Mas, infortunadamente as coisas haviam sido totalmente diferentes. Cansado demais para se atentar mais a fundo, Alexander não tinha percebido que um grupo de cinco caras mal intencionados aproximava-se dele, tendo notado a redução de velocidade em que a Mercedes tinha feito, e como um sinal estava bastante próximo do local, a abordagem tinha sido planejada de forma rápida e com bastante eficácia. O médico teve tempo apenas de guardar o membro dentro da calça e fechá-la, para ser agredido com uma forte pancada na cabeça, capaz de levá-lo ao chão no mesmo golpe. De imediato, começou a ser agredido com chutes e pancadas em diversas partes do corpo ao mesmo tempo em que tentava assimilar o que diabos estava acontecendo. Enquanto tentava, inutilmente, se safar dos golpes e tentar reconhecer algum dos meliantes, escutou murmúrios rápidos. Estavam lhe assaltando, e como tinha um tamanho intimidador, tinham resolvido atacá-lo por trás, de uma forma covarde e até mesmo, desumana. Apesar de que não tinham acertado o rosto de alguma forma, tinham acertado a cabeça na primeira pancada e tal ato havia causado uma forte dor de cabeça, seguida de dores no estômago, coluna, pernas e entre as pernas também, onde haviam caprichado em alguns golpes. 

Ao não sentir mais o contato dos homens, Alexander encontrava-se caído na pista, agora sem nada. Tudo o que poderia usar para fazer contato, era o celular e o mesmo havia sido levado pelos ladrões no ato do ataque. Obviamente o eletrônico tinha caído de seu bolso, sendo pego e confiscado pelos meliantes para que não pudesse usar algum meio de contatar a polícia e acabar com o plano deles. Sem forças, entregou-se a dor gritante, não importando-se mais em parecer vivo o suficiente para receber algum socorro, já que aquele trajeto parecia esquecido demais pela sociedade, para que alguém passasse por ali e pudesse prestar algum socorro. 



Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Dom 28 Ago 2016 - 17:25

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tagged: xxx
location: street/NY
humour: tired
I look at you and my heart petrified sighs
Já tinha sido liberada do seu turno há horas, e em plena sexta-feira, sua vontade era de chegar logo no apartamento, se livrar daquelas roupas e passar longos minutos dentro da banheira ao som de alguma música que combinasse com o seu humor. Mas... Não foi o que aconteceu. Serena praticamente a arrastou para um barzinho, que segundo ela, era charmoso, tanto por causa do ambiente retrô quanto pelos gatos maravilhosos que o frequentavam, sem contar a comida deliciosa e apimentada. Aurora bem que tentou negar, alegando um cansaço assombroso, porém fora prontamente ignorada pela amiga. A morena apenas revirou os olhos e entrelaçou o braço ao seu, e durante todo o caminho até o estacionamento do hospital, levantou uma lista de argumentos que mostravam a razão de que duas mulheres, jovens e lindas, precisavam sair numa sexta à noite.

- Prometo que não vamos demorar nadinha, ok? Assim que você falar “Serena, querida, vamos embora?”, eu não vou nem contestar... Pode acreditar em mim, doutora. Antes do badalar da meia-noite, a princesa estará em casa... e quem sabe, acompanhada de um príncipe, huh?

Estalou um beijo na bochecha da inglesa, que de novo revirou os olhos, mas não demorou a mostrar um sorrisinho para Serena.

O que eram duas horinhas, certo?

[...]

Pena que não foram só duas horinhas, e não, Serena não quis ir embora ao primeiro pedido, e nem no segundo, terceiro... até que Aurora desistiu. Era mais de meia-noite quando a doutora conseguiu escapar, deixando Serena com um antigo namorado, que “coincidentemente” era um cliente assíduo do local. Porém, uma coisa ela não se enganou: existiam tantos caras bonitos ali... era realmente uma visão privilegiada. Mas nenhum que despertasse o interesse de Aurora, afinal...

Apesar das semanas que se passaram desde o episódio (sim, ela recusava-se a pensar em “beijo”, por isso usava a palavra “episódio”, o que gerava risadas de Serena e comentários maldosos, claro) com Alexander, ela não pensava em outra coisa que não fosse... bem, ele.

O maldito doutor novo.

Numa atitude covarde, ela precisava admitir, andou o evitando. Tirando o caso que compartilhavam – caso da paciente! -, Aurora limitava-se em breves acenos educados, e olhe lá. Para a sua raiva... ele sabia que era só fingimento.

De toda a forma... Quando o sinal abriu, Aurora avançou e fez a curva para esquerda, adentrando uma parte da estrada mais deserta, mas também um atalho para o seu prédio. Perigoso? Sim, por isso evitava o trajeto, no entanto estava com tanta vontade de chegar em casa... Uma vez ou outra não faria mal. Ao longe, ela observou uma movimentação estranha e um carro parado no acostamento. Não hesitou em diminuir a velocidade do Porsche até estacionar, poucos metros de distância, imaginando que alguém poderia ter tido problemas com o próprio veículo. Ok, outra atitude não muito inteligente e segura, só que... era tarde, área de pouco movimento...

Se estivesse no lugar da pessoa... gostaria que parassem.

Para a sua surpresa, um grupo de homens invadiu a Mercedes e o barulho agressivo dos pneus maltratando o asfalto fizeram com que o coração de Aurora batesse com mais força. Ainda mais quando os clarões dos seus faróis iluminaram uma figura caída e encolhida ao chão. – Meu Deus... – ela desceu do veículo e correu até o desconhecido, desesperada. Ajoelhou-se atrás dele e suas mãos, com extrema delicadeza, apesar do nervoso, fizeram com que a pessoa ficasse deitada de barriga para cima – Você está... Alexander?!?! – arregalou os olhos enquanto fitava o rosto do doutor, que no momento, estava contorcido pelas dores – Alexander! – tocou a bochecha do francês, fazendo um afago suave – Olhe para mim, por favor... Sou eu. Aurora. Hey... Fale comigo... – não era necessário pensar muito para entender o que aconteceu – Não acredito que fizeram isso com você... – sussurrou os lamentos – Preciso te levar para o hospital, agora.

Certamente estaria atordoado por causa da surra, mas aquela voz mesclada ao sotaque britânico...

O timbrezinho amável e doce...

Era a sua doutora, Alex.
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Dom 28 Ago 2016 - 18:18




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'Cause when the night begins to fall I watch the shadows growing tall Feeding my insomnia like a fly on the wall
As dores começaram a deixar Alexander em um estado crítico. Encolhido e virado para o lado esquerdo, ele conseguiu mover-se de forma que evitasse qualquer contato com o chão gélido. Era possível ver manchas avermelhadas do sangue emanando dos prováveis cortes que tinha conseguido na abordagem, mas isso era apenas um mero detalhe, agora. Um farol iluminou a pista, e logo ele pensava estar tendo uma alucinação, devido as dores que começavam a ficar insuportáveis para a sua capacidade de aguentar uma certa quantidade. O rosto estava banhado por lágrimas que haviam caído sem permissão, em mais um sinal de que precisava urgentemente de atendimento hospitalar. O problema daquele momento - fora o corpo coberto de cortes e o trauma na cabeça - era a beira da inconsciência. Estava difícil lutar contra todas as dores e ainda tentar sinalizar quem quer que fosse que estivesse passando por ali. Além do mais, quem iria se arriscar a parar em um lugar como aquele, com um corpo na estrada? Sem contar que poderia tratar-se de alguém para terminar o serviço começado.

Um toque leve o surpreendeu, delicado o suficiente para que Alexander tentasse, ao menos, abrir os olhos. Não conseguiu de imediato, pondo-se apenas a ouvir o que era dito, e a surpresa da nova pessoa. Ele poderia estar a beira da morte, da inconsciência, de um precipício... Mas ele reconheceria a dona daquela voz. — A... Auro... — tentou falar, mas no lugar de completar a frase, o francês sentiu algo parecido como uma faca sendo pressionada em seu estômago. Vagarosamente, os olhos abriram-se e ele viu a imagem de um anjo. Um anjo de olhos azuis lindos e um sotaque inconfundível. Então, as imagens dos dias que seguiram-se após o beijo invadiram-lhe os pensamentos. Nada mais que contato profissional, acenos breves e ela o ignorando. Não se lamentava ou arrependia-se do que tinha feito, além de saber que Aurora fingia toda a pose de quem não queria ter vivido tudo. Porém, se ela queria agir daquele jeito, um motivo havia e ele preferia acreditar de que estava sendo intrometido demais para continuar tentando ter a atenção da doutora. Um novo caminho de lágrimas foi deixado no rosto alvo, marcado com pequenos arranhões causados pelo impacto da queda no solo. Ele não sabia dizer se eram as dores, se estava reagindo ao vê-la ali como um anjo enviado para salvá-lo, ou se estava em um momento desconhecido até então, para um adeus como nos filmes hollywoodianos que retratavam a morte daquele jeito; Com a pessoa tendo um curto flash de toda a vida passando diante dos próprios olhos. 

E mesmo morrendo de dor, sufocando com os próprios suspiros, ele queria desculpar-se por causar qualquer tipo de incômodo e apenas ser deixado ali para que pudesse ter o próprio fim, da melhor forma que a entidade superior achasse que deveria ser concebido a ele. Não queria que a doutora visse aquela cena, por mais idiota que aquele pensamento pudesse ser. — Não... — engoliu a seco, como se tivesse digerido uma grande quantidade de navalhas. Sentia-se mais seguro para falar, apesar do esforço que fazia para aquilo. — Só... Me leve para... — parou, tendo que tomar uma boa quantidade de tempo para retomar a fala. — ...Outro lugar. Não quero todo mundo em cima... — e ela poderia entender que, com aquilo, tinha se referido aos demais funcionários do hospital querendo saber o que teria acontecido. — Não... Não quero... Incomodá-la... — o francês soprou, fraco e suado, quase fechando os olhos outra vez. Em um movimento ousado demais para seu estado, ele conseguiu tocar uma mão da inglesinha, e diferente de todas as outras vezes em que tinha lhe tocado, agora era apenas um contato. Nada como o aperto firme e seguro, e sim, um toque desajeitado e gélido, trêmulo. — Já o fiz demais. Me... Perdoe... — em um sussurro, o médico voltou a engolir com dificuldade, encostando a cabeça de volta ao asfalto, cansado demais para se manter de outra forma. Ele não queria se vitimizar ou qualquer coisa que o fizesse parecer como um homem incapacitado, se era mesmo a sua despedida, queria ir com a honra de um homem de verdade, que não teme em desculpar-se com uma mulher a quem provavelmente fez mal. 


 



Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Dom 28 Ago 2016 - 21:23

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tagged: xxx
location: Apart/NY
humour: worried
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Quando os olhos azuis dele encontrara, os da jovem loira, Alex enxergaria a preocupação desenhada nas íris brilhantes e em toda a face delicada. E assim que notou as lágrimas de Alexander, ela ficou a beira da histeria, tendo que morder o lábio para não gritar e piorar ainda mais a situação. O carinho intensificou-se, como se dessa forma pudesse diminuir – mesmo que uma pequena centelha – o sofrimento do rapaz. Não suportava vê-lo assim, tão vulnerável e ferido... Se tivesse aparecido alguns minutos antes...

Aproximou a cabeça para escutá-lo, e ficou tão pertinho, que a respiração ofegante esbarraria contra o rosto de Alex. Ele estava com tanta dificuldade para falar que Aurora quase pediu para que ficasse quieto e não gastasse energia, mas no fundo, tinha certeza de que não seria possível silenciá-lo. Observou seus lábios e não havia resquício de sangue, nada... o que era muito bom, pois afastava uma possibilidade de hemorragia, mas nada 100% certo. Então, enquanto estava concentrada em analisar prováveis sintomas, Alex a tocava na mão. Prontamente, Aurora envolveu os dedos frios aos seus, puxando-os até que a boca pressionasse suaves beijos. – Shhh... Tudo bem, tudo bem... Vai ficar tudo bem, Alex. Confie em mim porque vou cuidar de você... – sentiu os olhos marejados, mas segurou o choro com toda a sua força de vontade. Ele precisava dela e entrar em pânico só serviria para piorar o que já estava extremamente ruim – Não tem que se desculpar... Não se atreva a fazer isso! – trincou os dentes e o movimento causou um tremor no beicinho projetado – Trate de aguentar firme, dr. Kowalewski... pois nós temos muito o que conversar, ouviu? Uma conversa longa, longa demais... Mantenha os olhos abertos e preste atenção na minha voz. Preciso fazer algumas perguntas e me certificar que não teve uma concussão... – foram questões bobas, como cálculos simples de matemática, saber se ele sentia enjoo, esses tipos de coisas, e após as respostas, Aurora respirou com mais tranquilidade, apesar do estado do francês ainda ser crítico. As mãos o apalpavam em locais estratégicos, e ela estudava suas reações conforme buscava uma fratura ou algo do gênero. Nada também. No entanto, encontrou um corte profundo entre os fios loiros, o que a fez liberar um grunhido de raiva pela covardia dos assaltantes. – Não tente se mexer. Eu vou trazer o carro para mais perto.

O rosto de anjo sumiria por um tempinho, Alex... e o ronco do motor cortaria o silêncio noturno. Aurora surgiu novamente, arfante e suada, embora o frio tomasse conta do clima. Pela expressão dela, com certeza pensava em como te levantar e colocar dentro do automóvel. – Ok... Nós vamos conseguir, não vamos? – fez com que Alexander a envolvesse pelo pescoço e o ajudou a se sentar, o que já foi um esforço assustador – Vou contar até três e...  – o queixo de Aurora estava apoiado em seu ombro, de forma que a voz soasse bem próxima do ouvido – E você vai fazer força e se apoiar em mim para ficar de pé. Um... Dois... Três!

Agora, era ela quem teve a sensação de ter quebrado uma costela quando impediu que o corpo de Alex batesse na lataria do Porsche, colocando-se entre ambos. Ignorando a dor, ela o ajeitou no banco de couro – o qual tinha arriado um pouco para deixá-lo mais confortável – e esqueceu o cinto por causa da pressa. – Pronto, pronto – deu a volta e entrou em seguida, dando a partida num arranque brusco. Uma mão mantinha-se guiando o volante e a outra entrelaçada na de Alex.

Foram minutos até chegarem ao prédio da doutora. Então, seria o princípio de uma confusão... Aurora saiu do carro e gritava por ajuda. Dois homens apareceriam para tirá-lo do carro, e pelas vestes, eram funcionários do local, provavelmente os seguranças – grandes o suficiente para carregá-lo, mesmo que com dificuldade.

A subida foi... complicada.

- Podem deitá-lo no sofá, por favor... - ela pediu quando finalmente chegaram no apartamento.

Seu corpo afundaria no móvel macio e cheiroso, diferente do asfalto duro e gelado.

- Srta. Stafford, não seria melhor levá-lo a um hospital?

- Sim, mas ele não quer, e... sei que consigo tratar dos ferimentos dele aqui. E ficará mais confortável também.

- Certo... Qualquer coisa, pode ligar para a recepção e nos chamar.

- Obrigada – Aurora sorriu, realmente agradecida.

Por fim, restavam os dois. Ela voltou até Alex e se ajoelhou sobre o tapete felpudo. Com a iluminação pálida, fraca para não incomodá-lo, ela notava os arranhões no rosto lindo e não conteve-se em beijar cada um dos cortes – Alex...?
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Dom 28 Ago 2016 - 22:19




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'Cause when the night begins to fall I watch the shadows growing tall Feeding my insomnia like a fly on the wall
Ele sentia todos os carinhos, Aurora, e sentia-se nas nuvens por recebê-los. Mas não se achava merecedor de tal ato, não neste momento de extrema precisão. Agora que não conseguia mais projetar nenhuma palavra, o homem concentrou-se na voz britânica que lhe garantia que as coisas ficariam bem, mas, ela havia se afastado. 

Não muito depois, Aurora tinha aproximado o Porsche, lutando para que colocasse o francês - ao menos - sentado, para que pudesse tirá-lo do chão. Claro que o processo não foi fácil, e nem havia um modo do homem facilitar para a doutora Stafford, já que era mais alto e consequentemente pesado demais para que ela pudesse suportar com habilidade. Levá-lo para dentro do veículo foi ainda mais difícil, visto que as condições estavam contra o favor de ambos. Alexander mal conseguia manter-se acordado, quanto mais se atentar ao próprio equilíbrio. Um bom tempo depois ela conseguiu acomodá-lo, e perante aquele conforto - e os dedos entrelaçados aos do seu anjo - ele agarrou-se ao máximo de energia que poderia emanar naquele momento. A chegada ao ambiente desconhecido foi ainda mais complicada, já que para tirá-lo do carro seria outro processo. Mas, dois homens haviam se aproximado para auxiliar a britânica, que trocava algumas palavras com a dupla. Alexander não sabia dizer onde e em que parte tinha caído na inconsciência, mas mantinha-se ciente de algumas coisas. De vozes e poucos reflexos através das pálpebras e ouvidos. O cansaço unia-se a dor, e era impossível manter-se de olhos abertos. Como um bom praticante da medicina, parou de forçar qualquer estímulo, mesmo que isso pudesse deixar Aurora mais preocupada. Se ela o examinasse mais a fundo, perceberia o que estava tentando fazer. 

Mais um pouco de tempo depois, conseguiu pronunciar uma pequena palavra, com a garganta seca e queimando. — Água... — pediu, movimentando a boca o mínimo possível. A dor começava a amenizar - aos poucos - enquanto movia a cabeça de lado. Precisava de um pouco de água para poder reanimar o corpo, e acalmar o fogo que corria internamente. — A camisa... Incomoda. Gruda. — informou, ainda baixo, com a mão na barriga. Ali existia um corte causado pelos diversos chutes e socos, onde o tecido grudava e incomodava a pele. A calça também incomodava, talvez mais do que a camisa, já que os chutes nos países baixos tinham sido quase que completamente atingidos. Por sorte, tinham acertado a virilha e apenas um dos chutes tinha sido direcionado no membro, deixando-o completamente sensível. Quanto a isso, ficaria calado para não se sair como aproveitador ou qualquer outra coisa que fizesse - ou não - sentido, mesmo estando naquela situação. 


 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Seg 29 Ago 2016 - 21:19

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humour: worried
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Aurora não tirava os olhos dele, atenta a qualquer mínima reação que pudesse indicar algum agravamento no quadro de Alexander, por isso, quando o doutor parou de forçar os estímulos, ela precisou controlar a vontade de gritar com o loiro e dizer que não deveria desistir. Agora, acomodado no sofá e longe dos perigos que aquela estrada escura e deserta oferecia, poderia cuidar de Alex sem preocupações externas. Continuava deslizando os lábios pela face ferida, até que escutou o pedido murmurado num tom enrouquecido por causa da garganta seca – Eu vou pegar... – quando se movimentou para ficar de pé, ele murmurou algo sobre a camisa estar incomodando e pressionava determinado lugar do abdômen. Aurora franziu o cenho, preocupada e já deduzindo a razão do comentário. Delicadamente afastou a palma de Alexander, substituindo pela sua, e então, puxou o tecido até revelar a barriga perfeitamente trincada e musculosa do francês. Não, não era o momento... Não era o momento de admirar a perfeição do que ele escondia por baixo da veste. Por este motivo, concentrou-se no corte extenso e que ainda vertia uma boa quantidade de sangue. E os hematomas... eram tantos... A inglesa engoliu em seco, não querendo pensar no tamanho do sofrimento pelo qual ele passou. A dor, o medo...

- Vou tirar a sua camisa.

Os gestos eram sempre muito suaves e cuidadosos. Alexander sentiria o tecido escorregar pela pele suada até chegar na cabeça. Ela esticou os seus braços, poupando-o de fazer maiores esforços, e logo se veria livre da peça cinzenta – Já volto... – de novo, ela sumiria de suas vistas e demoraria cerca de dez minutos, no máximo, para retornar. O aroma doce dominava seu olfato, Alex... O que até agia como uma espécie de bálsamo para você. Será que já entendeu que estava no apartamento da doutora? No banheiro, Aurora buscou uma maleta branca de primeiros socorros, panos limpos, entre outros utensílios que seriam necessários para tratar dos ferimentos – Primeiro... vou olhar a sua cabeça, ok? Vire-a de lado, isso... Devagar... – ela pressionava alguns pontos com os dedos finos e o perguntava se doía... Alexander conhecia os procedimentos – Você tem um corte aqui atrás, mas já não está mais sangrando e não é tão profundo. Machucados na cabeça tendem a sangrar mais do que em qualquer outro local. E vai ficar um galo – falava baixinho, de maneira calma e carinhosa – Vamos ver esse corte aqui, hmm... Vou limpar com soro fisiológico, e irá arder um pouco, mas evitará uma infecção... - forrou uma toalha e posicionou as gases abaixo do corte e depois de um aviso, lavou a lesão, e mesmo que fizesse de tudo para não incomodá-lo, ainda assim doeria. Foram alguns minutos até estancar a hemorragia e ter a certeza de que não havia nenhum corpo estranho na ferida – Não precisa de pontos, ainda bem – pegou uma pomada própria para aquele tipo de corte e aplicou sobre o mesmo, espalhando, e finalizou com um curativo. Realizou o mesmo processo na cabeça dele, porém ali, já pedia por uma compressa de gelo para evitar um inchaço.

Ela sumia e aparecia várias vezes, e numa dessas, retornou com a compressa e uma garrafa cheia de água. Já estava posicionando a mão por baixo da nuca para lhe ajudar a beber o líquido fresco quando...

Teve uma outra ideia.

- Precisa ingerir em pequenos goles... – sussurrou.

Respirando fundo e o encarando, Aurora sorveu uma golada e inclinou-se na direção de Alexander até que os lábios tocassem os do francês e... liberou, devagar, o conteúdo no meio da boca entreaberta. Filetes transparentes traçavam trajetos molhados pelos cantos dos lábios do doutor e o nariz arrebitado da inglesinha esbarrava contra o dele enquanto a respiração acarinhava sua face, que também precisava de cuidados, assim como tinha que verificar as pernas longas e fortes também. Porém, vamos por partes...

No momento, estava com a tarefa de saciar a sede do paciente.

- Mais?
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Ter 30 Ago 2016 - 13:16




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Alexander sabia que não estava no hospital, pelo simples fato de estar sentindo o cheiro referente à mulher que vinha tomando seus pensamentos constantemente. Também eram constantes as idas e vindas da doutora, que agia habilmente para o atendimento do seu paciente particular. Já estava sem a camisa, e mais consciente do que quando tinha chego, devido aos cuidados que vinha recebendo. O corte na cabeça já havia sido examinado e devidamente tratado, apesar das caretas e gemidos de dor que tinha soltado, o francês precisava deixar a doutora Stafford trabalhar. O maior incômodo agora era a calça, e ainda a sede que o habitava, mas o segundo fator estava para ser resolvido no exato momento em que Aurora fazia questão de ajudá-lo a ingerir o líquido incolor de uma forma... Íntima. — Mais... — e como um bom homem enfeitiçado pela sua deusa, ele queria prolongar mais do toque dos lábios, do encostar dos narizes, do calor que ela emanava perante uma noite extremamente fria. O que diabos essa mulher tinha para fazê-lo querer sempre mais dela?

Mesmo em um estado caótico e de algumas impossibilidades, Alexander queria aquela mulher. Ele amaldiçoava-se constantemente por estar daquela forma, e também por importuná-la de mais um jeito. As coisas pareciam não ter uma maneira de acontecer, sem que o destino brincasse com ele, ou com o fato de estar dependendo de uma pessoa que queria evitá-lo. — Aurora? Eu preciso ver... — depois de ter a sede saciada - a de água, ao menos, doutora -  ele apontou para o meio das pernas, descansando a mão ali. — É o seu apartamento? Eu preciso ir ao banheiro olhar como está a situação aqui em baixo. — com os olhos atentos aos dela, a intenção era clara, ali: Ajuda. As pernas ainda não haviam conquistado a força necessária para manter o equilíbrio e andar ao mesmo tempo, então o doutor precisaria da inglesinha mais uma vez. Com certa dificuldade, ele se sentou, o peito molhado por alguns filetes de água que haviam escapado no ato de caridade da médica ao ajudá-lo, e desabotoou a calça, baixando o zíper devagar. 


 



Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Ter 30 Ago 2016 - 21:34

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humour: worried
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Buscava os olhos de Alexander conforme aguardava a resposta... que foi, obviamente, positiva. Na verdade, ela o deixou sem opções, porque seria impossível para o doutor recusar aqueles lábios cheios, correto? Assim como a loira não controlou o impulso, consciente do quão íntima tinha sido a atitude. Repetiu todo o processo de saciá-lo, só interrompendo quando ele pediu, satisfeito. Ou não completamente. De forma inconsciente, ela o colocou num outro tipo de tortura, mas se serve de consolo... Aurora passava pela mesma situação. Deixou a garrafinha próxima da maleta e voltou a atenção para Alex, que terminava de falar e... apontava para a região de baixo, e não teve necessidade de maiores explicações quando ele repousou a palma sobre o membro. A luz suave o impediria – talvez... – de notar o calor dominar a face da médica. Não, ela não era ingênua... E, pelo amor de Deus, não seria a primeira vez que lidaria com um homem de cueca. Afinal, embora fosse neuropsiquiatra, já clinicou em diversos momentos para uma variedade de casos diferentes, ainda mais nos plantões. Sem contar que...

Não, não, não.

Esse episódio, em especial e de uma maneira ruim, ela não gostava de pensar.

Todavia, não se tratava mais de um paciente ou do seu ex-namorado...

Era Alexander.

E ela o queria, desesperadamente. Aquelas semanas estavam sendo um inferno porque só conseguia pensar nele, sentir o cheiro dele, a sensação ilusória das mãos em sua pele e... e agora, o tinha ali, ao alcance de seus dedos. Teria a chance de cuidar do doutor, de ficar pertinho e observá-lo, senti-lo...

- Sim, é o meu apartamento. Você não quis ir para o hospital e depois de verificar a ausência de fraturas ou hemorragia, achei seguro trazê-lo para cá. Aqui, comigo... não será incomodado. Então, não se preocupe com mais nada... ao menos por esta noite. Amanhã nós cuidaremos dos detalhes, mas hoje não – sorriu, e era um sorriso pequeno, doce... daqueles que passava um profundo sentimento de paz, como a bonança que surge depois de uma terrível tempestade – Sente dores nas pernas, Alex? Desculpe, eu deveria ter verificado antes. Vou dar uma... Ei! Tome cuidado! – segurou o braço dele, lhe dando assistência para se sentar, embora ele tenha feito a maior parte do esforço. E não só isso... Engolindo em seco, Aurora notou que Alex desabotoava a calça e descia o zíper em movimentos vagarosos – Se quiser, eu posso te preparar um banho... Para você descansar os músculos, dormir com mais conforto... O que acha? Mas antes... Tenho mesmo que olhar as suas pernas. Se estiverem feridas, é melhor tratar logo para evitar uma infecção. Então...

Aurora estava ajoelhada na sua frente enquanto levava as mãos até as laterais da calça, ameaçando puxá-la, mas aguardava a permissão do doutor.

Menos baqueado, ele teria como perceber os trajes casuais da loira, já que o costume era vê-la de jaleco, e apesar dela ficar linda com a peça branca, a mesma escondia as sinuosas curvas da inglesa. A camisa jeans clara estava suja de sangue e poeira, e ela, em algum momento, retirou o cachecol e os sapatos. Os fios loiros estavam presos num coque despenteado, permitindo que uns fujões caíssem ao redor do rosto discretamente maquiado.

Consulta particular e à domicilio.

Aurora M. Stafford
Aurora M. Stafford

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{AS} Wont you save me? Empty Re: {AS} Wont you save me?

Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qua 31 Ago 2016 - 13:22




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As coisas começavam a complicar para Alexander, já que o francês realmente sentia um incômodo na virilha e em algumas partes das pernas. Isso, ainda sim, não queria dizer que ele tinha de dar um show de stripper ao tirar a calça ali, na frente de sua doutora particular. O fato é: Como profissional, ele já tinha lidado com situações daquele mesmo tipo - não que envolvesse desejo com a outra parte, como acontecia com Aurora - e sabia que não deveria se preocupar com isso, mas... Por respeito, tinha perguntado sobre o banheiro. Porém, a mulher fazia questão de examinar o corpo por inteiro, deixando o homem em um estado perigoso de descontrole. — Eu posso... Tentar... Ver. — mas ela já fazia menção de puxar a calça, e ele apenas ajeitou-se para que pudesse ter a peça tirada do corpo sem problemas maiores. — Vou aceitar o banho, e, não se preocupe. Eu já me sinto um pouco melhor. Não foi nada tão sério, só foram covardes demais por me abordarem pelas costas. — comentou, com o tom de voz rouco e um pouco arrastado. Já tinha recuperado um pouco da energia, devido a água que tinha ingerido. E só de lembrar a forma....

Por sorte - ou seria azar, Aurora? - tinha escolhido uma boxer preta para vestir naquele dia, o que mascarava um pouco do volume orbitante ali presente. Voltou a se deitar para ser examinado, agora em completo silêncio, com os braços deitados ao lado do corpo para conceder mais espaço à inglesinha. — Obrigado por não ter me levado até o hospital. Não sei se ia ter algum sucesso no atendimento, com tanta gente em cima. — o homem comentou, olhando para o teto do apartamento, pela primeira vez, parando para se atentar em alguns detalhes. Tudo o que conseguia ver fazia o estilo de Aurora. Delicado, mas que aparentava força e uma personalidade única, com traços de uma beleza inestimável. Ele decidiu fechar os olhos por alguns segundos, enquanto ela terminava o trabalho...

...E prensava seu corpo contra a parede do outro lado da sala. Com os dois braços contra a parede, ele a beijava bruscamente, sem tomar cuidado com seus machucados, ou com a delicadeza que uma mulher como ela merecia. As mãos fortes estavam de volta com a firmeza de sempre, tomando-lhe as nádegas arrebitadas e com carne o suficiente para encher-lhe as palmas. O movimento havia causado um roçar nada sutil do membro contra o centro da mulher, tendo Alexander se agachado um pouco para conseguir o contato. Mas, ele estava possesso, e não parecia o bastante para se saciar. Então, num golpe certeiro, ele afastou tudo o que havia em cima de uma mesa, jogando tudo ao chão com um movimento feito pelo braço, e logo deitou a sua doutora na madeira fria e...

Abriu os olhos, com uma respiração ofegante escapando entre os lábios finos. Meio atordoado, não tinha percebido que havia caído em um cochilo rápido e traiçoeiro, já que o que a boxer tentava esconder, já não fazia mais efeito agora que o relevo havia duplicado de tamanho, lutando contra o pequeno espaço dentro do tecido. Mesmo assim, Alexander estava longe de se encontrar constrangido, obviamente a britânica notaria, apenas... Ele não sabia dizer exatamente como se sentia. E a vontade de convidá-la para tomar um banho com ele? Calou-se, fazendo o ato mentalmente, esperando pelo que a doutora faria em seguida. 

 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Qua 31 Ago 2016 - 23:19

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- Eu sei que pode, mas não existe a necessidade. Estou cuidando de você, e pretendo terminar... – ela voltou a sorrir, não entendendo a real preocupação do francês – Agora, infelizmente, você não é o médico, e sim o paciente – esticou a mão, deslizando as pontas dos dedos pela linha sensual do maxilar, num breve carinho – Não serei desrespeitosa... – embora... provavelmente, Alexander desejava que ela fosse desrespeitosa, não? Prestes a descer o jeans, Aurora interrompeu-se para fitar o rapaz após suas palavras. E o lábio, de maneira involuntária, tremeu, pois recordava-se dos dizeres assustados e perdidos dele quando o encontrou. Encolhido de dor, desprotegido... Aquela imagem partiu o coração de Aurora... O medo que sentiu ao vê-lo daquele jeito... – Não me peça para não me preocupar... – sussurrou, e dessa vez, não sustentou o olhar do doctor – Porque, mesmo aqui, comigo e sob os meus cuidados, ainda estou apavorada e não paro de pensar que... poderia ter sido pior, muito pior. Então... não diga que não foi nada sério...  Não precisa ser forte o tempo todo, Alexander. Não somos feitos de ferro – arriscou uma olhada para ele, que teria a brecha de enxergar uma feição diferente de Aurora...

Expressão de quem falava por experiência.

- Amanhã, vamos até a delegacia e você vai fazer um boletim de ocorrência.

Ele realmente aparentava uma melhora significativa. Mas ainda assim, seu estado pedia por cautela. Só porque conseguiu se manter sentado não quer dizer que já estava apto para realizar movimentos mais intensos. Uma pancada na cabeça, por mais leve e “inofensiva”, SEMPRE necessitava de observação mais afiada. Ordens médicas, lembra, Alex? Mas, é como diz o ditado... “Em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. Pois é...

- Certo... – sem mais delongas, ela puxou a veste e a deixou dobrada na altura de seus tornozelos, de forma que não tivesse nenhum impedimento para observar cada pedaço do musculoso par de pernas, que no momento, encontrava-se com vários hematomas e alguns arranhados espalhados. E, de propósito, para preservar o funcionamento e ordem dos próprios pensamentos, evitava encarar a única peça negra que cobria o corpo escultural de Alexander – Você tem a pele muito clara, por isso as lesões parecem mais acentuadas... Mas, não estou surpresa que... sinta... dor... e... nossa, eles... eles... – não disfarçou o choque enquanto o olhar estudava uma marca escurecida e próxima da virilha – Vou limpar esses arranhões... – ele se deitou de novo, e com o movimento, acabou livrando-se da calça, enfim. A nova posição permitia uma análise mais detalhada para ela e conforto para o loiro. Molhou um punhado de algodão com o soro e iniciou a limpeza dos cortes e escoriações. Era menos sofrido que o processo anterior, porém demorado, pois havia vários. Mas a inglesa era um poço de paciência e delicadeza. As mãozinhas produziam toques macios e amáveis – Hum? Ah... – um sorriso irônico destacou-se, criando as covinhas pelos cantos da boca – Nós sabemos a resposta. Todas as enfermeiras iriam se estapear para atendê-lo. Ou melhor... Elas estapeariam a mim, claro! Mas... de nada, doutor.

Logo, um silêncio instalou-se entre os dois, e quando encarou Alex de novo, ele estava de olhos fechados e pela forma que o peito subia e descia... acabara adormecendo. Foram necessários mais uns cinco minutos e pronto. Depois do banho, ela finalizaria com os curativos e Alex poderia dormir feito um bebê...

Aurora mordeu o lábio inferior, e aproveitando-se da situação, tratou de observá-lo... detalhe por detalhe. Ela se ergueu o suficiente para sentar na beirada do sofá, mais próxima. O corpo do médico era um labirinto cheio de perigos... Aurora perdia-se com facilidade. Os ombros largos e avantajados, o peitoral definido e a barriga trincada...

Aquele rosto...

Os olhos sérios e ao mesmo tempo provocantes...

As mãos largas e a boca...

Aquela boca...

Não existia nada em Alexander que não atraísse tudo dela.

[...]

Alex, sabe por que Aurora não percebeu a protuberância destacar-se e repuxar a cueca? Pois a doutora, nesse instante, estava inclinada sobre você e a respiração suave e quente acarinhava seu rosto, como uma brisa primaveril, perfumada, doce...

Que entorpece os sentidos...

- Esperou muito...? – ela murmurou numa voz levemente rouca e não te deu chance de sequer raciocinar... o beicinho cheio moldou-se aos seus lábios, iniciando um beijo tenro e cuidadoso, como quem conhece o terreno, ou no caso dos dois, reconhece. Não era como o primeiro contato, explosivo e fervente... Mas o atingiria da mesma forma. Ele seria capaz de sentir cada milímetro da boca sedosa, como as pétalas de uma flor.

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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qui 1 Set 2016 - 14:33




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Ele apenas ficou calado, já que não deveria rebater ao que tinha sido dito pela doutora. Ela estava certa, afinal. Porém, mesmo encontrando-se em um estado débil e praticamente de inconsciência, ele não permitiria que qualquer um daquele hospital chegasse perto da loira, e lhe ofendesse de alguma forma. — Tudo bem, você está certa. — ele suspirou, voltando a ficar quieto enquanto Aurora limpava os ferimentos. Não discordou sobre ter de ir até a delegacia, afinal, alguns papéis do hospital estavam dentro do carro, fora outros bens que não poderia deixar para lá, e só podia prestar conta de cada um deles com um B.O. Tornou a ficar quieto e de olhos fechados, até que a respiração compassada da britânica batera contra o rosto do homem, e logo os lábios tocaram-se, causando uma pequena explosão no peito do francês. Ele poderia dizer que o efeito tinha sido muito mais abrangente do que o que havia sido causado com o primeiro beijo que tinham trocado, a algumas semanas, ainda no hospital. Inerte com o contato, Alexander sugou o lábio inferior vagarosamente, fazendo o mesmo com o superior, para logo lamber cada um deles separadamente. — Não muito... — sussurrou, quando o contato expirou. 

Ele abriu os olhos, focando no rosto feminino a sua frente, próximo demais, exalando o aroma que começava a brincar com sua sanidade. O pedido estava na ponta da língua, ele queria fazer... Queria convidá-la para tomar banho com ele, e prestar mais que uma ajuda. Não referia-se a irem direto ao ato do sexo, mas, ele queria conhecer as curvas daquela mulher. Precisava estar ciente do perigo que ela ofertava por baixo de vestes que lhe eram uma barreira de proteção para cada homem ou mulher que ousasse desejá-la. — Obrigado. — ergueu uma das mãos, acariciando o maxilar delicado encoberto pela tez macia e atraente da doutora Stafford. — Vou precisar de um apoio nas costas, será que...Você poderia entrar comigo? — sonhar era algo completamente grátis, não? De certo, apesar do desejo, realmente não tinha uma segunda intenção no pedido, afinal, aquela era a única parte do corpo que ainda doía um pouco. 

 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Qui 1 Set 2016 - 21:49

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Na verdade, seria uma baita hipocrisia colocar a culpa de sua ação num mero impulso, quando desejara aquele beijo desde que trocaram o primeiro. Experimentar a sensação de novo, e de novo... até cansar – embora tivesse a certeza que isso não iria acontecer...pois seria o mesmo que cansar de... respirar. Estar na presença de Alexander era suficiente para despertar instintos que Aurora não tinha noção de existirem na casca que ela chamava de corpo. Se ele tivesse a mínima noção do controle que exercia sobre a doutora...

Os lábios continuavam a se mover lentamente pelos de Alex, ainda mais quando teve uma resposta positiva dele. A mão direita estava no sofá, se equilibrando para não cair em cima do homem – apesar na ideia não ser nada ruim... – enquanto a outra encontrava-se deslizando por um dos braços, apenas com as pontas dos dedos. Um gemido arrastado fugiu pela brecha que surgiu do toque assim que o loiro lhe chupou o lábio inferior, e depois o superior. Aurora ia retribuir a gentileza, mas a língua sagaz do homem tomou seu fôlego ao lamber os locais anteriormente capturados. Nesse instante, Aury interrompeu o caminho da palma, aplicando um aperto nervoso numa região próxima do ombro de Alexander. Antes de terminarem o beijo, ela apertou um último e demorado selinho e os narizes ficaram brincando um com o outro, num roçar suave, para só então, Aurora abrir os olhos e encontrar os do francês, e o azul das íris estreitas a fizeram prender um fôlego que já não enchia mais os pulmões.

Ela sorriu com os dizeres atrasados e não resistiu a uma risadinha baixa. Quase em seguida, Alexander a tocava no maxilar, acariciando a área e a agradecia. Aurora apenas mostrou novamente o sorriso meigo, gesto que seria mais explícito e sincero do que qualquer palavra.

O pedido a surpreendeu, mas ela não negaria. Não tinha nem sequer passado por sua cabeça dizer “não” para o doutor. Então, devagar para não incomodá-lo, ela ficou de pé e... esticou as mãos para ajudá-lo a se levantar também – Vem comigo, dr. Kowaleski... – obviamente falou para implicar, outra característica que não era típica da doutora. O que estava fazendo mesmo era desviar o foco para ganhar alguns minutos de vantagem e recuperar o controle. Um beijo... Apenas um beijo... E ela estava assim, como se pisasse num campo minado e não tivesse o menor receio de encontrar uma bomba.

Enfim, o trajeto até o banheiro não era longo, porém por causa do estado de Alexander, eles demoraram um pouquinho. Ainda mais que... Aurora o levou para o que ficava em seu quarto. A loira, que circulava a cintura de Alex com um dos braços conforme mantinha o outro livre para alguma eventualidade. Parada diante da porta de madeira branca, ela respirou fundo e girou a maçaneta, finalmente o abrindo...

E te levando para o mundo particular dela.

Onde o cheiro, as cores, os detalhes... Cada partezinha era uma parte da doutora.

Tons delicados, assim como a mobília e os apetrechos prevaleciam na decoração.

- Sente aqui, ok? - falava da cama - Eu vou preparar o seu banho, então seja um bom menino e não apronte nada... - o beijou na testa e em seguida, desapareceu por uma nova porta, mais ao canto e escondida.

Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sáb 3 Set 2016 - 8:53




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Um esboço de sorriso ameaçou partir dos lábios do doutor, ao ser chamado daquela forma comum - que para Aurora estava tendo outras dimensões. Haviam demorado um pouco mais que o normal, já que o caminho até o banheiro não pareceu ser tão longo. O único - e surpreendente - detalhe, fora o fato de que aquele quarto era o da inglesinha. O aroma doce e delicado - assim como cada coisa dentro do cômodo - lembravam algo dela, distraindo-o do tempo em que ela poderia passar para preparar o banho. Alexander levantou-se, testando os movimentos antes de dar qualquer passo. Se movesse o corpo devagar, não sentiria tantas dores e teria um equilíbrio mais consistente, o que lhe agradou bastante, porém... As costas realmente doíam. Ao alcançar um ponto próximo de uma estante, observou os detalhes do quarto mais a fundo, notando que a delicadeza do cômodo escondia uma personalidade forte, apesar de uma tranquilidade emitida dali. E por experiência própria, ele sabia que de tranquila Aurora não tinha quase nada. 

Tomou em mãos um pequeno frasco, do que deveria ser de alguma loção ou produto facial que ele não saberia para que funcionava, mas era como se o francês visse aquilo na médica. Como se ela estivesse tocando as mãos sobre as dele, e mostrando-lhe a finalidade do produto, e onde ela mesma aplicava. Soltou, e naquele instante a atenção voltou para o volume repuxando o tecido negro da boxer, no qual ele puxou um pouco para baixo e tentou arrumar o membro, falhando miseravelmente. Estava nos planos dele entrar com a peça no banho, para não abusar da paciência e da linha de respeito pessoal pela britânica, não só por desejá-la, mas pelo simples fato de ser uma mulher. Um sorriso abriu-se espontaneamente nos lábios finos do homem, ao lembrar do beicinho que ela costumava fazer, e por vezes era um gesto imperceptível para ela. Mas, para ele e -  infortunadamente - para os demais, não. Ao repensar naquilo, o sorriso morrera, dando lugar a uma carranca desmedida e completamente rígida. Ainda lembrava dos olhares lançados à doutora Stafford pelos marmanjos desocupados do hospital, deixando-o atordoado e muitas das vezes, de mal humor. A vontade dele era sempre a mesma: Reivindicar pela mulher, não importando-se em ter de quebrar alguns órgãos com os próprios punhos se fosse preciso. O grande problema... Era a posse. Não podia reivindicar o que não lhe pertencia. Pelo menos, não da forma que deveria pertencer. 

Soltou o objeto no mesmo lugar que tinha pegado, aproximando-se agora da janela, olhando para o lado de fora. E pensar que deveria estar preocupado com o próprio estado de saúde, mas tudo o que conseguia digerir e deixar resplandecer, era o poder que Aurora exercia sobre si. Quieto, ficou observando o lado de fora enquanto esperava pacientemente pelo banho que viria a seguir. 

 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Dom 4 Set 2016 - 23:56

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Realmente parecia um quarto de princesa... E combinava com Aurora. Era possível vê-la dormindo ali, naquela cama, toda encolhidinha e confortável, rodeada pelos adornos suaves que embelezavam o ambiente. Apesar da personalidade forte, a doutora era um poço de delicadeza... nos movimentos, na maneira de caminhar e falar... até quando é mais “agressiva” com alguém, ainda assim não perde a compostura e a doçura mesclada a rigidez típica. Por isso era tão fácil amá-la... como também detestá-la.

Conforme Alexander ia se locomovendo pelo cômodo, conhecendo os detalhes, se inteirando... e apreciando o feminino e distinto aroma que preenchia o local, teria como escutar os discretos ruídos vindos do banheiro, e em determinado instante, quando já encontrava-se na frente da janela, o som da água e um leve vapor destacavam-se e o convidavam a se aproximar. A doutora estava na beirada da banheira, ajustando a melhor temperatura para o conforto de seu paciente especial daquela noite/madrugada. E ela estava demorando mais do que o necessário... Afinal, seria uma baita teste de autocontrole pelo qual passaria – ainda mais depois do tenro beijo que trocaram na sala. A sensação da boca de Alex saboreando a sua, os chupões deliciosamente aplicados nos beicinhos cheios... Com os dedos molhados, Aury tocou os lábios e inspirou fundo, muito fundo.

- Certo... Onde eu guardei? Ah...

Ela caminhou até um dos armários e escolheu alguns frascos específicos para o banho, e logo retornou até a banheira, deixando os mesmos pela margem, de forma que estivessem acessíveis para quando fosse usá-los em Alexander. Bem... esperava que ele não se incomodasse em ficar com cheiro de... leu o rótulo das embalagens e riu, balançando a cabeça...

Cheiro de baunilha e lírios.

Seu cheiro... nele.

Sentiu um comichão na altura do ventre, o que a fez morder o interior das bochechas, punindo-se pelo pensamento.

A mão deslizou pela superfície líquida e esta estava quente o suficiente para acomodá-lo, não ultrapassando o insuportável. Alex teria seu banho quentinho e poderia relaxar por quanto tempo desejasse... e encher a inglesinha de inveja, pois era a vontade dela desde que saiu do hospital e foi arrastada para um bar. Se bem que...

Graças ao convite de Serena que ela, na volta, encontrou o doutor.

Desligou as torneiras, mas antes de chamar Alexander, ela permaneceu no degrau, com os joelhos dobrados e a expressão tão perdida quanto o olhar.

Alexander...

Isaac...

Como duas pessoas podiam ser tão parecidas e, ao mesmo tempo, incrivelmente diferentes?

No começo, a semelhança de ambos a deixou chocada, porém agora...

Passou as mãos da testa até o alto da cabeça, bagunçando o coque.

Nesta noite, ele ficou tão vulnerável e dependente dela... como acontecera, há muito tempo atrás, com Isaac, seu antigo paciente.

Desde que conheceu Alexander, e ele passou a ocupar uma grande parte de sua mente, Aurora não...

Hmm...

Aurora não viu mais Isaac.

E não sabia se isso era bom... ou assustador.

Os minutos corriam e... Alexander certamente estranharia a ausência prolongada da mulher.

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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Ter 6 Set 2016 - 20:00




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Tudo agiu de um modo que parecia... Automático. O aroma que erguera-se junto com o ar chamou a atenção de Alexander, fazendo-o rastrear o caminho até o banheiro, por mais que pudesse vê-lo. Ao seu ritmo, foi chegando no novo aposento, embriagado pelo cheiro vindo dali de dentro, atentando-se o suficiente para saber que era o mesmo cheiro de Aurora, que provavelmente era nativo de sais de banho - e que iria sentir na própria pele pelo resto do tempo que durasse o aroma. Em silêncio, o doutor parou atrás da jovem médica, inclinando o rosto para alcançar seu pescoço, e aspirar aquele mesmo cheiro partindo de sua pele, só para se certificar de que era o mesmo perfume. 

Mas ele já tinha essa certeza....

Os lábios deslizaram pelo pescoço alvo e fino, alcançando o ombro, onde depositou um número incontável de beijos, deixando que o silêncio perpetuasse entre ambos. As mãos grandes estavam nos braços da doutora Stafford, descendo até estar um pouco inclinado em sua direção. Estava disposto a tomar aquele banho, por mais que a coluna ainda exigisse de uma certa atenção cuidadosa do próprio Alexander, ele podia esperar o melhor e acreditar que sim, Aurora entraria no banho com ele. Então, ele segurou um de seus braços, fazendo-a ficar de pé, descendo do degrau, para poder fitá-la sem fazer muitos movimentos. Permaneceu olhando-a por uma certa quantidade de tempo, deixando claro o convite para que ela o acompanhasse, e deu mais alguns passos a frente, tirando a cueca com calma, para não fazer nenhum movimento brusco e acabar prejudicado com mais alguma coisa que poderia ser salva, caso continuasse agindo com calma. Jogou a peça no chão, virando-se de lado para poder ocupar a banheira, até estar sentado, virando a cabeça para olhar a mulher, esperando pelo que ela faria a seguir.



 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Qui 8 Set 2016 - 22:06

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Continuava sentada no degrau e com os joelhos ainda dobrados, de forma que a testa pudesse descansar sobre os mesmos sem maiores problemas, formando uma posição encolhida... e vulnerável – o que era extremamente raro para aquela mulher singular. Permaneceu assim por um tempo que fugiu do seu controle... e de tão perdida que estava na bagunça que era a sua mente, ela não percebeu a aproximação de Alexander, porém não assustou-se quando a ponta do nariz reto deslizou pelo pescoço, aspirando o delicioso aroma que dominava a região e agora atordoaria – mais – os sentidos do doutor. Aurora não desfez a pose, mas os dedos cravaram-se nas mangas da camisa jeans, reação instintiva da súbita invasão de seu espaço pessoal.

Aproveitando-se das brechas oferecidas pela veste, Alex substituiu o nariz pelos lábios e traçou um caminho lento até o ombro, onde mesclou uma série de beijos, arrancando vários suspirinhos da loira. As mãos largas a seguravam pelos braços finos e a traziam para mais perto. Então, com facilidade, apesar do estado fragilizado, Alexander puxava Aurora, erguendo-a bem a sua frente. Mesmo com o degrau de vantagem, ainda assim precisava inclinar a cabeça para fitá-lo nos olhos, e era o que fazia no momento. Não precisavam de palavras... Tudo que queriam dizer estava desenhado na troca de olhares. E o beicinho projetado que tinha o poder absurdo de mexer com as mentes mais castas... encontrava-se presente.

Ela entendera o convite, Alex.

Conforme o francês avançava alguns passos, Aurora lhe dava espaço para passar, descendo da elevação e... ganhando uma visão privilegiada das nádegas alinhadas do doutor, pois ele... hmm, não se acanhou, no instante seguinte, de retirar a cueca, jogando-a em qualquer lugar.

Aurora prendeu a respiração.

Todas as linhas que compunham a estrutura digna de um viking mexiam com cada traço do corpo dela. Ele era... perfeito.

O rosto quente não a impedia de olhá-lo com interesse, atenção...

E que se dane...

Com desejo.

Um desejo que lhe era desconhecido, arrebatador...

A encarada o acompanhou até mesmo quando Alexander, por fim, acomodou-se no interior da banheira, que embora fosse grande o suficiente para recebê-lo, a ação provocou um rebuliço nas águas, que movimentarem-se de maneira brusca, molhando os degraus e parte do chão ao redor.

Após isso... ele voltava a fitá-la, ainda prolongando a quietude.

A inglesinha engoliu em seco.

...

Ignorando os tremores gerados do nervosismo, Aurora foi abrindo a fileira de botões, um a um. Logo, mexendo sutilmente os ombros, a camisa escorreu pelos braços e caía ao chão, próxima da boxer preta do homem. Sem olhar na direção de Alex – mas consciente de que ele a devorava -, ela retirou a calça e a empurrou com o pé esquerdo assim que esta alcançou a altura dos tornozelos. Agora, as únicas peças que cobriam o lindo e sinuoso corpo da médica era um conjunto branco e rendado de sutiã e calcinha. O tom do tecido era tão claro quanto a tez pálida da médica, confundindo-se de leve com a textura macia e perolada...

Infelizmente, ela não te dará tempo para uma checada completa, pois não demorava a subir os dois degraus e tendo cuidado para não escorregar, sentou na beirada da banheira, mas dessa vez afundou as canelas na água quente, sentindo um indescritível prazer com algo tão simples.

- Isso é loucura, Alex... – esticou a mão, tocando a bochecha dele carinhosamente – Mas... – o indicador pressionou a boca do doutor, e passou a contorná-la, devagar – Não consigo mais evitar... – balançou a cabeça – Não consigo mais não desejar estar com você quando, na verdade, é a única coisa que tem atormentado a minha mente nessas últimas semanas... – olhou para o lado, escondendo o rubor que cobriu a face delicada diante da revelação.

Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sáb 10 Set 2016 - 8:36




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Os olhos acompanhavam todo o trajeto das mãos da mulher, travando o maxilar com cada pedaço de pele exposto. Renda nunca tinha sido tão sexy como naquele momento, na visão do doutor. Um suspiro pesado escapara de seus lábios, enquanto os cobriam com a ponta da própria língua, completamente enfeitiçado pela deusa a sua frente. Aurora ultrapassava os limites da beleza, e isso era uma certeza arrebatadora não só para ela mesma, como também, para os que lhe cercavam. Tão logo ela subiu os degraus, fazendo-o respirar fundo. 

As palavras ecoavam no cérebro atordoado do homem, que processava as informações com cuidado. Ela o queria? Mesmo tendo-o ignorado por tantos dias? Em silêncio, Alexander procurava o jeito certo de dizer o que queria, sem prolongar-se tanto. Porém, permaneceu em silêncio, com os olhos queimando sobre os dela, enquanto tinha os lábios contornados. Sutilmente, mordeu a pontinha, dando um beijo em seguida, para logo depois chupar a ponta do dedo da britânica vagarosamente. — Então não evite. Preciso ser mais claro sobre querer tê-la comigo? — questionou, firme e com certo tom de exatidão. — Pelo sim ou pelo não... Eu desejo você, doutora Stafford. Desejo de uma forma em que nunca desejei outra mulher antes.agora tinha sido claro o suficiente, inglesinha? Ele poderia ter perdido o olhar no corpo feminino, claro, mas estava completamente concentrado naquele diálogo que havia sido trazido a tona por ela. — Tenho certeza de que não preciso comentar sobre os pequenos surtos enciumados dentro do hospital, não é? De fato, não quero aquele maldito enfermeiro miserável sujando as mãos por sua causa. — um rugido foi abafado no fundo da garganta do médico, enquanto as mãos tateavam as pernas longas da mulher, chegando a proporcionar um aperto nada suave, mas que não lhe deixaria nenhuma marca. 

Com um suspiro prolongado, relaxou as mãos e a coluna, movendo as mãos pela água, sentindo o aroma emanar dali como uma cortina gasosa mágica, com os olhos focados ali. Todo o corpo encontrava-se dolorido, e por mais prazeroso que era a temperatura da água, sentia ardências e queimores demais para prestar atenção somente em prazer. — Você não deveria ter me ignorado. Fiquei exposto como um pedaço de carne no meio de abutres. — finalmente havia subido o olhar de volta para ela, fixando-o nos orbes claros, transparecendo certo desapontamento com a atitude da doutora para com o peso da situação. Ainda sim, não lhe julgaria por desconhecer os motivos pelo qual teriam levado-a agir daquela maneira.

 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Seg 12 Set 2016 - 21:41

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Só o fato dos olhos de Alexander buscarem cada pedaço de seu corpo era extremamente excitante, ao ponto de Aurora precisar respirar fundo e se concentrar. Ela não era hipócrita... Tinha consciência da própria aparência, e o que a mesma provocava nas outras pessoas... No entanto, estava longe de colocar os atributos físicos no topo de suas prioridades, porém... agora, nesse exato e singular instante... Aury apreciava a maneira que Alex expunha o desejo de tê-la apenas com uma faminta observada. Não queria que ele só a achasse bonita, mas também ansiava ser capaz de atordoar todos os seus sentidos... numa vingança pessoal e compartilhada.

Afinal, eles eram escravos dos mesmos efeitos.

Embora tenha o evitado nessas últimas semanas, Aurora não costumava ficar de joguinhos ou indiretas, e por tal razão, literalmente expôs seus medos para o rapaz, ciente que isso a tornaria vulnerável perante a ele, mas não se importava mais. Talvez fosse a pressão da situação de perigo pela qual passaram ou por tê-lo em seu apartamento, ao alcance das mãos, mas... Ela não se calou. As bochechas coradas e os lábios emburrados revelavam um constrangimento que a deixava encantadoramente frágil. Não era fácil intimidar aquela inglesa geniosa... e o francês fizera exatamente isso. Encurralou Aurora num labirinto e ela virara um novelo de lã, que Alex desfazia pouco a pouco...

Após a fala, permaneceu contornando o desenho da boca sensual do doutor enquanto os olhos eram capturados pelos do homem. Pela forma que o cenho dele estava franzido, ela deduziu que Alexander certamente tentava absorver as informações, o que a deixou ainda mais corada. Por fim, em resposta ao carinho, primeiro teve a pontinha do dedo mordiscada e acompanhada de um beijo e... Aurora engoliu em seco de forma notória diante do chupão lentamente aplicado. Ela sentiu o gesto da cabeça até os pés e não bloqueou um gemidinho baixo e arfante, semelhante a uma respiração profunda.

Ele tinha essa absurda capacidade de fazer o seu coração parar de bater e ao mesmo tempo de acelerá-lo com a facilidade de uma piscada.

Como agora, por exemplo...

Incrivelmente, pelo jeito que os lábios se separaram, enfatizando a expressão chocada... a doutora parecia... surpresa.

Chegou a mover a boca, mas interrompeu o som da voz de sair, pois Alexander não havia terminado. Não condizendo com seriedade sobre o que ele lhe confidenciava, Aurora soltou uma risada baixa e musical e balançou a cabeça – Eu não tive oportunidade de perceber, pois... a minha concentração estava em outro lugar, dr. Kowalewski. – Então, era nesse instante que o doutor distribuía apertos intensos pelas pernas perfeitamente modeladas e sedosas... De novo, ela teve dificuldade para dar ritmo a respiração e isso ficou expresso no olhar azul. Mas ele logo as recuava, e começava a deslizá-las pela superfície. Como pressentiu que Alex ainda tinha mais coisas para falar, prolongou o silêncio, resumindo-se na maravilhosa atividade de apenas observá-lo... evitando determinadas regiões. Quando os orbes subiram até os seus, Aurora já o esperava, paciente.

Não teve como não notar que a escolha de evitá-lo causou algo mais do que um mero desconforto em Alexander, e... num sentimento egoísta e arrependido, Aurora sentiu-se... satisfeita, mas independente de qualquer coisa, seu pedido de desculpas foi sincero.

- Sinto muito...

Existiam muitos detalhes que Alex precisava saber sobre sua vida, e acreditava que o mesmo devia se passar com ele.

Mas... Não era o momento adequado.

- Tenho certeza que encontrará uma forma para me perdoar... Hmm... – Aurora finalmente afundou na água, de joelhos dobrados e imersa da cintura para baixo – Acho que exagerei um pouquinho... – referia-se ao fato de ambos estarem cobertos por uma considerável quantidade de espuma, que de acordo com os movimentos, aumentava de tamanho – É, acho que só um pouquinho... – ela sorriu, provocando as covinhas no canto dos lábios – Bem... O mínimo que devo fazer para compensar o transtorno é esfregar as suas costas, certo?

Sem esperar a permissão óbvia, ela se levantou e esperou o doutor dar espaço para ajeitar-se em suas costas e envolvê-lo com o belo par de pernas, como se para mantê-lo na posição.

Como se precisasse...

A delicada mão deslizou pela pele musculosa conforme os olhos curiosos e serenos alimentavam-se da visão daquele homem.

Aurora inclinou a cabeça e sorveu uma gota que escorreu até o meio das costas, a impedindo de seguir o percurso natural.
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Qui 15 Set 2016 - 11:11




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'Cause when the night begins to fall I watch the shadows growing tall Feeding my insomnia like a fly on the wall
O arrepio tinha se instalado no corpo do homem desde o momento que tivera as pernas da doutora por cima das suas, funcionando como uma espécie de prisão. Estava completamente preso, sim, e sem menções de querer sair para algum lugar, mesmo se estivesse em condições para isso. Em silêncio, fechou os olhos bem ao momento que a língua macia da jovem britânica tocava-lhe a pele, fazendo-o trincar o maxilar ao sentir o movimento em outra região. Uma respiração profunda teve de ser tomada, no intuito de controlar os efeitos causados por aquela princesinha perigosa, tendo certa dificuldade, já que certos instintos eram difíceis de controlar. — Aurora... — Em um sussurro, tentou alertá-la do que aquele gesto poderia causar, recobrando o mínimo de lucidez que ainda tinha, mas que começava a se perder. 

O homem deixou os braços por cima das pernas alongadas da doutora, subindo a ponta dos dedos até onde podia. A imagem - ainda que rápida - da doutora de pé, trajando apenas um conjunto branco de uma lingerie estava lúcida em sua mente, o que não seria uma coisa boa para um instinto específico, enquanto sentia a textura macia, junto com o aroma que subia daquela mesma banheira que compartilhavam. — Talvez eu a perdoe, se me acompanhar em um jantar, quando me recuperar um pouco deste maldito incidente. — apesar de ter soado tranquilo, um pouco de raiva havia escapado pelos lábios finos do doutor, que não esperava sofrer uma abordagem violenta como aquela em algum dia de sua vida. Porém, um fato acabava de lhe ocorrer. Aurora vinha pelo mesmo caminho, pouco tempo depois de ter sido abatido. Não queria nem imaginar se fosse exatamente o contrário, e fosse ela a passar primeiro por aquele caminho o qual evitaria de todas as formas a partir do dia que voltasse a passar pela rota. Ao puxar suas pernas, Alexander fizera uma boa quantidade de água escapar pelas bordas, ao trazer o corpo da médica para o mais próximo possível, tratando de puxar as mãos delicadas para deixar sobre a própria barriga trincada com alguns relevos e pequenos cortes nos quais ela havia cuidado. Ardia um pouco, mas nada que não pudesse ignorar. — Sabe, agora pensando aqui, estou feliz de ter sido o alvo daqueles covardes. Afinal, você vinha pelo mesmo caminho, e realmente não quero imaginar se fosse o contrário. Você passando primeiro, digo. — um suspiro irritado escapa traiçoeiramente, enquanto ele movia as mãos pequenas da inglesinha através do próprio tronco. 

 



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Mensagem por Aurora M. Stafford Seg 19 Set 2016 - 22:03

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Ela instantaneamente notou o efeito que sua língua contra a pele de Alexander produziu, e não conteve o sorrisinho de pura satisfação com o fato. Agora eram os lábios que encontravam a carne úmida, e ela os esfregava de um lado para o outro, sentindo a textura, o sabor... Cada pedacinho de Alex, que parecia o paraíso, embora fosse quente como o inferno. Então, a doutora pressionou um beijo no momento que ele sussurrava seu nome, numa espécie de aviso... porém não a intimidava – Sim...? – murmurou de volta, espalhando novos selinhos pela região, podendo dessa forma, sentir os músculos contraírem em resposta aos carinhos. Logo, as mãos do doutor voltavam a tatear as pernas macias e era a vez de Aurora ficar afetada por um simples toque - que de simples... não tinha nada, claro. Naquela altura das circunstâncias, ela já estava inteiramente em combustão.

Mas sua atenção se desvia para as seguintes palavras de Alex, e ele... a convidava para jantar. Por causa da posição, o homem não teria como ver os olhos arregalados e surpresos da médica. Não que fosse algo absurdo... Na verdade, pensando de maneira “normal”, era o desfecho óbvio. Dois adultos, solteiros e interessados um no outro, mas... Mesmo assim, numa atitude estupidamente juvenil, ela percebeu o coração mudar de ritmo com o pedido.

Além do sorriso estúpido que sombreou a boca cheia...

- Então... vamos começar com um encontro até que eu consiga o seu perdão, doutor.

Ela notou o tom alterado de Alexander, e não precisava analisar muito para entender a razão da raiva. Com certeza, o episódio ficaria o atormentando por um longo tempo... como também seria o caso de Aurora. A imagem do francês jogado no chão, vulnerável e ferido... Se pudesse, o apertaria entre os braços e não o deixaria mais se afastar. Porque embora fosse incalculavelmente mais frágil que o doctor... Aurora queria tanto protegê-lo, pois quando o encontrou machucado, as dores de Alex doeram nela.

Pensativa, fez uma concha com as mãos unidas e as encheu d’água para molhar um dos ombros do homem e aproveitar para deslizar os dedos pela área, como se dedilhasse um instrumento, entretanto não demorava a apoiá-las de novo nas costas dele, sempre numa busca constante para tocá-lo, como desejou desde a primeira vez, apesar de não ter admitido. Mas, uma hora... a máscara cai, Aurora.

Era só questão de tempo, correto?

De súbito, Alex envolveu seus punhos e a puxou, de maneira que a parte frontal de Aurora encaixasse na traseira do francês, e o movimento brusco espalhou uma considerável quantidade de água para fora da banheira. Uma linha surgiu entre as sobrancelhas russas, indicando confusão com o gesto repentino... mas esta foi sanada quando, automaticamente, Alexander expôs algo que sim, poderia ter mesmo acontecido.

Aurora, por poucos minutos, escapou de ser a vítima, e o destino da inglesinha teria sido diferente...

Provavelmente pior.

Não havia a menor chance de se defender dos bandidos, essa era a única verdade.

As palmas estavam abertas contra o abdômen trincado e cortado de Alex. Ela tomava cuidado para não lhe causar incômodos desnecessários, apesar de ser o próprio doutor que conduzia as mãozinhas da loira. Ela apoiou o queixo na curva do pescoço masculino, de um jeito que os rostos ficassem colados. Cerrou as pálpebras conforme um suspiro escapava dos lábios delicados – Eu... Queria ter chegado antes, Alex... Talvez, nós dois... – mordeu o canto da boca – Fiquei com tanto medo quando vi que era você... – subia as mãos, ainda cobertas pelas do doutor, até alcançar o peitoral, onde mesclou alguns afagos antes de cruzar os braços para abraçá-lo, fazendo dali, o lugar mais seguro do mundo...

Para os dois.

Dentro daquele abraço.
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Sáb 24 Set 2016 - 8:34




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Ao decorrer de tantos toques e palavras sendo ditas conforme o tempo passava, já não era mais preciso preocupar-se com temores de revelações feitas perante os gestos, os quais palavras não seriam o suficiente para demonstrar a real situação. Alexander não precisava dizer mais nada, visto que Aurora havia entendido suas palavras, enquanto o carinho nas costas perdurou, mexendo com o seu corpo e não somente com ele, reagindo diretamente com o subconsciente pesado e amistoso do homem. Estava tão concentrado em manter a sanidade no ponto em que estava – por um fio, diga-se de passagem – para prestar devida atenção nas palavras da doutora, que sempre o atingiam de formas diferentes, e de fato, inesperadas. Suspirando, o homem não se moveu por um bom tempo, apenas ouvindo o som da água movendo-se na banheira, transbordando para o chão do banheiro enquanto os dois moviam-se vez ou outra em busca de um bom espaço. Mas, no momento em que os braços finos e macios adornaram-lhe os ombros, ele sentiu-se de uma forma que jamais havia acontecido com outra pessoa: Em casa. Ali, Kowalewski soube que não havia outro lugar no qual queria estar, se não, com Aurora. A inglesinha passava-lhe toda a confiança de que precisava, para mantê-la ao seu lado. E começaria a realmente tentar no encontro marcado para o jantar. 

Ele encarava o par de pernas sobre as próprias coxas, servindo de alicerce para o corpo feminino, tal como a porcelana da banheira de luxo na qual estavam. Sentia que deveriam sair dali, por conta do alto-horário e o tempo que já tinham passado dentro da água, o que não lhe era muito querido. — Não... Por favor, não, Aurora. As coisas deveriam ter sido deste jeito. Você pode imaginar o tipo de atrocidades que aqueles canalhas poderiam ter feito a você, caso estivesse no momento. Mesmo comigo. Eles eram um grupo, e não haveria muito o que fazer, se não, nos rendermos. Não quero pensar nas mãos imundas deles em você. — as mãos firmes do homem apertaram a pele macia, uma linha rígida surgindo com a forma do maxilar trincado. — Eu não quero nenhuma mão de outro homem em você. — ele externou, exasperando-se em um suspiro longo. 

Os dedos dos pés começavam a ficar dormentes, devido a quantidade de tempo dentro da água. — Podemos...?? — ele apontou com o queixo para fora da banheira, após um minuto em silêncio. Alexander já havia desistido de impedir que as palavras saíssem da forma em que pensava, já não tinha mais o que perder, apenas o que lucrar, caso suas ofertas para com a doutora fossem bem-vindas. 

 



Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Qua 28 Set 2016 - 23:11

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Continuava o abraçando, de maneira suave e carinhosa, arranjando um espaçozinho no meio do gesto para apoiar o queixo no ombro dele, deixando as bochechas praticamente coladas, respirando fundo com o contato áspero da barba contra a tez sensível. As pernas esguias seguiam sobre as de Alexander, mantendo-o preso, embora não houvesse necessidade de qualquer força – Alex, ela bem sabia, já estava tão cativo quanto a própria Aurora. Por estar com o rostinho tão perto, quase podia sentir as mudanças nos traços faciais conforme ele retrucava suas palavras. Aurora prolongou um suspiro, recusando-se a concordar com o doutor, teimosa, mesmo que no fundo soubesse que o francês tinha a razão ao seu lado. Realmente... Se a vítima fosse a jovem médica... – Alexander... – Ela umedeceu o lábio inferior diante da última frase, que veio carregada de posse e uma expansiva irritação – Eu... Eu não quero outras mãos me tocando... – Aurora murmurou, aproveitando para roçar o beicinho pelo lóbulo da orelha de Alex antes de depositar um beijo longo logo atrás da mesma.

Afastou a cabeça e aos poucos, o soltava do abraço. Com a menção para saírem, Aurora concordou. A água estava esfriando e Alex precisava descansar... numa cama e não dentro da banheira... mesmo esta sendo tão confortável e acolhedora.

- Já ficamos tempo demais... Você tem que dormir e ser medicado.

Logo, as pernas deslizavam em movimentos sinuosos até se afastarem, e ao fim, ele sentiria falta do corpo macio e curvilíneo pressionado ao seu. No entanto, o lado bom seria a vista...

Uma bem interessante.

Ela tomava cuidado para não escorregar nos degraus e pedia para o homem esperar um pouquinho enquanto buscava algo para ele se secar. A lingerie clara estava visivelmente transparente e quando Aurora, depois de pegar duas tolhas e um roupão dentro do armário, apareceu diante do doutor, ele notaria os mamilos se destacarem contra o tecido branco do sutiã. Estendeu uma das toalhas para ele, o esperando ficar de pé e ajudaria caso houvesse necessidade.

Aliás, existia determinado detalhe...

Aurora esforçava-se para não encarar o membro exposto de Alexander, chegando a engolir em seco.

As gotas que escorriam pela pele pálida, como pequenos cristais, formavam uma poça d'água aos pés de Aury, que aguardava as próximas ações de Alex.

- Acho que esse roupão deve servir, mas ficará apertado, hm... ou pode amarrá-lo ao redor da cintura... – acrescentou assim que fez uma nova análise – Eu deveria ter roupas para receber uma visita inesperada... Acho que não sou um exemplo de anfitriã – censurou-se, sorrindo em seguida.
Aurora M. Stafford
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Mensagem por Alexander G. Kowalewski Ter 4 Out 2016 - 21:27




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Alexander se levantou e avançou para pegar o roupão em mãos, sem se dar tempo para mais gestos ou se quer algum tempo para pensar. Não prendia a respiração, mas também não estava agindo de forma coerente devido ao fluxo que corria diretamente para seu membro. A forma em como as gotículas de água corriam pelos ombros finos e delicados da doutora estavam testando-lhe a boa vontade de abrasar a vontade avassaladora de fazê-la sua naquele exato momento. Tal como os lábios cheios e muito bem desenhados, combinando com o rosto angelical e o par de mamilos visíveis através do tecido transparente do sutiã que apenas serviam para esconder o anjo caído que aquela mulher era. — Não entraria nem no braço. — o tom de voz estava uma oitava mais grave, enquanto engolia a saliva de forma rebuscada, suspirando profundamente. 

O que diabos estava acontecendo? Que tipo de feitiço Aurora tinha lançado? 

Amarrando o roupão ao redor da cintura, caminhou para perto da inglesa, ciente de que não deveria estar tão perto. Os olhos azuis não tardaram em acompanhar o corpo feminino em todos os lugares, demorando-se nos locais que apresentavam transparência - os seios, por exemplo - e segurou-lhe os ombros, apertando com as palmas fortes. Logo estava aproximando o rosto, passando a ponta da língua para capturar uma gota que vinha pelo pescoço tão lentamente que poderia traçar o caminho que ela percorreria muito antes deste acontecer, e foi o que fez. Baixou uma das alças da lingerie, beijando a pele alva devagar. A barba bem aparada roçava contra a pele delicada, arranhando em um ponto um pouco para cima do seio direito da mulher, onde ele voltou a passar a ponta da língua e deixando mais um beijo. — ...Não consigo ficar longe de você. — confessou, baixo e rouco.

Fraco

Mas... Afastou-se para que pudesse exalar um suspiro mais longo, subindo o rosto para olhar nos orbes cristalinos de sua doutora particular. Ele a queria mais do que qualquer coisa no mundo, e nada ou ninguém seria capaz de ficar permanentemente em seu caminho. De forma breve, selou os lábios aos dela, sugando cada um demoradamente, para mordiscar o inferior e puxar até que não estivesse mais preso entre os dentes. Aproveitou para se afastar, esperando para ser conduzido até o lugar onde dormiria. — Posso dormir no sofá. É bastante confortável. — completou, não desviando os olhos de sua médica por nenhum segundo. 

 



Alexander G. Kowalewski
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Mensagem por Aurora M. Stafford Seg 17 Out 2016 - 15:50

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Notava uma entonação diferente no olhar de Alex, e imaginava qual era a razão... Ela própria, obviamente, afinal... podia reconhecer os efeitos que provocava nele, porque o contrário também acontecia. No entanto, manteve a postura e os olhos fixos aos do loiro, embora a tentação de descê-los por todo aquele corpo maravilhoso e robusto fosse quase impossível de conter.

Ela sorriu quando Alex falou que a peça não passaria nem pelos braços. Considerando que os do francês eram o dobro dos da doutora... É, sem a menor chance do roupão servir no homem, nem mesmo apertado porque simplesmente não entrava, e ele ficaria desconfortável. Porém... o tom ainda mais enrouquecido não soou despercebido para Aurora, que encarou Alexander de um jeitinho confuso, como se procurasse algum problema. Será que ainda sentia muita dor? Enquanto isso, ele amarrava a veste ao redor da cintura, acatando a sugestão da inglesa... Não que tivesse outras opções – ou melhor, existia sim...

Então, encurtando a distância em rápidas passadas, o homem posicionou-se na frente dela e não hesitou em baixar o olhar para fitar cada pedaço do corpinho tentador e perfeitamente sinuoso da doutora, porque verdade... ela tinha os traços faciais digno de um anjo, mas as curvas... eram o caminho certo para o Inferno, Alex. Notava a atenção concentrada nos seios, e estes reagiram... o colo esquentou e os mamilos intumesceram ainda mais, sensíveis. Aurora não desviava os olhos do rosto másculo, até mesmo quando as mãos grossas apertaram os ombros quebradiços conforme o doutor aproximava os lábios do pescoço fino, interrompendo o deslizar de uma gota d’água com a língua... Aurora cerrou as pálpebras e gemeu perante o gesto tão leve e sensual. As pontas dos dedos encontraram os músculos dos braços, segurando-se ali, para manter o equilíbrio. Instintivamente, ela pendeu a cabeça para trás, expondo mais a garganta para facilitar o acesso. Logo, ele escorregava a alça do sutiã e beijava o ombro, causando uma sucessão de arrepios e estes alcançaram a nuca delicada e visível, além de provocar novos gemidinhos manhosos. A barba... Ah, aquela barba áspera... Ele a usava como fogo, liberando chamas conforme traçava trilhas pela tez da doutora, num ponto acima de um dos seios, avermelhando a área frágil. Algum tempinho depois, a pelugem aparada era substituída pela boca tentadoramente séria. Em resposta, os dedos encontraram a cabeleira russa dele, arranhando o couro de maneira carinhosa e lenta – Não fique... – devolveu num timbre igualmente baixo, porém mais suave.

Fraca.

Alex afastou-se o suficiente para encará-la nos olhos, e enquanto liberava um sonoro suspiro, o de Aurora era mais discreto, e... não ajudou na passagem de ar. Mais uma vez, precisou fechar as orbes para receber o beijo, tendo os lábios detalhadamente sugados. Quando os dentes liberaram o inferior, ela o contornou com a ponta da língua, sorvendo os resquícios do gosto do doutor. Assim que ele ameaçou se distanciar, Aurora segurou a mão dele, entrelaçando os dedos – Sim, é bastante confortável... Mas, acredito que a minha cama seja mais, Alex...

Apenas o soltou para vestir o roupão, mas sem se preocupar em fechá-lo. De novo, capturou a mão dele e passou a guiá-lo para fora do banheiro, fechando a porta com a desocupada – Hmm, acho que cabe nós dois... concorda? – inclinou-se até o biquinho roçar na orelha do médico – Se a gente dormir bem juntinho, não vejo problema nas condições de espaço... – finalizou o sussurro com um beijo aplicado na lateral do pescoço, na área exata da pulsação.

Rindo, soltou-se do francês para seguir até o closet e escolher uma roupa macia para dormir.

Ao lado... dele.
Aurora M. Stafford
Aurora M. Stafford

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