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Mensagem por Beat Dom 23 Fev 2014 - 17:03

Relembrando a primeira mensagem :


Convés
O convés principal é grande e possuí diversas atividades recreativas, como várias piscinas, normais e aquecidas, tal como várias cabines de Sauna e algumas banheiras de hidromassagem. Para as crianças um grande escorregador com um tobogã circular se encontra no fim do deck. No canto esquerdo do convés existe uma lanchonete, e no canto direito um bar para adultos. O deck principal dá acesso as cabines de luxo e aos SPA's.
Beat
Beat
Narrador

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Mensagem por Billy M. Currington Ter 11 Mar 2014 - 20:52

Nada que vá segurando nessas mãos trêmulas acabara com sua hesitação. A fraca chuva não deixou pra trás a dor deste céu, afinal,os dias passam devagar. Olhando pra baixo,me pergunto que tipo de sonhos estão escapando?

Lights are fading



Nadar contra a correnteza é pior do que se imagina, por algum tempo ele manteve a esperança de que conseguiria, com todas as suas forças, o preparo físico era bom, mas lutar contra a natureza não é aconselhável à ninguém. Não desistiu, nutriu mais profundamente o lado bom da vida, não iria se entregar a morte e aceitar o desaparecer agonizante entre as águas turbulentas, mas fraquejou. Por um momento deixou de sentir as pernas e logo em seguida veio um formigamento na região, caimbras, exatamente no momento em que não precisava de mais complicações, o destino resolveu jogar na sua cara que ele não era nada mais que um pequeno grão de areia na imensidão de uma praia.

E então uma voz reconhecida brandou em meio à tempestade no exato momento em que pegava seu braço, a voz era de Levine, parecia estar melhor que Gerrard, e ao contar com a situação parecia ter ido para salvar o amigo. - Pode apostar! - brandou confiante sacudindo a cabeça tirando o excesso de água. Contava com a visão de apenas um dos olhos, isso porque a pancada de antes abriu um corte considerável em seu supercílio, e fazia o sangue escorrer diretamente em cima de um dos olhos. Respirou fundo e seguiu as instruções de Levine, submersos era mais fácil desbravar o mar, apesar de não ser uma diferença gritante, a diferença é que não via uma braço maligno de Poseidon para te arrastar loucamente para trás num esforço quase inútil.

Quando emergiu novamente, o borrão laranja já estava tão próximo que poderia tocá-lo, um bote salva-vidas, redenção depois de um acontecimento digno de um filme de 007 ou Duro de Matar. Entrou no bote com ajuda de alguém, não teve tempo para encarar a cara de cada um ali, tudo o que conseguiu fazer foi debruçar-se sobre a borda enquanto recuperava o fôlego e cospia novamente a mistura entre sangue e água salgada em sua boca. A queda para a água não foi o pior, mas sim o golpe certeiro do barril, sentia a cabeça leve ainda, mas a visão foi melhorando aos poucos. Ouviu as palavras de Levine enquanto ainda pensava na maldita falta de sorte e muita sorte que teve nos último segundos. O amigo, exausto, cedeu à fadiga, o ato heróico lhe dava direito a um merecido descanso, mesmo que o cenário não fosse exatamente para aquilo.

Tentou erguer-se e teve uma visão tão angustiante quando a que teve enquanto estava à deriva. Outra pessoa se debatia na água, reconheceu o rosto, Aaron, estudante da Carmel que conhecera em outra oportunidade. Olhou para cada um ali como se esperasse alguma atitude, mas ninguém parecia disposto a fazer tal sacrifício. Aquilo não estava certo, poderiam dizer que ele era inocente demais para se lançar à sorte novamente, ou burro o bastante para brincar com a morte mais uma vez. Espraguejou enquanto tirava os sapatos apressadamente, reconheceu apenas Mary entre todos. Havia um pouco de tensão e medo no rosto de Steven, certo arrependimento pelo o que iria fazer. - Se eu não voltar agradeça a ele pelo esforço, e diga que não morri feito um covarde! - a frase era forte, mas ele estava de cabeça quente e não se importou com nada. Tinha medo não era mentira, mas não ia ver alguém ser deixado para trás, toda vida teu o seu valor.

Saltou sob as ondas do mar revolto, a primeira parte não era difícil, dessa vez a maré estava em seu auxílio e chegar até Aaron foi fácil, o difícil começava agora, ainda mais quando segurou no braço dele e o viu perder a consciência. - To contigo Aaron, não se entregue ainda!! - disse na medida do possível, mas parecia ser inútil, ter que nadar por dois, contra uma tempestade parecia ser assinar sua sentença de morte, mas se em algum momento sua fé foi recompensada foi agora. Segurou Aaron passando seu braço por baixo do oposto dele e lembrou-se do ensinamento de Levine, encarar a maré por cima era querer brincar com o tridente do diabo, mas era um risco necessário graças a eventos alarmantes. Mergulhou, mas era impossível ficar em baixo d'agua por tanto tempo ainda mais considerando carregar alguém que vaga pelo tal mundo das ideias de Platão. Mergulhava só quando uma onda grande vinha em sua direção e com todo o esforço conseguia avançar sob o mar gradativamente.

A vida ficou sob um fio tênue quando foram arrastados para trás. "Não tenha medo Steven, olhe para frente. Se voltar para atrás, irá perder. Se parar, morrerá."; a frase do pai em um dos vários episódios em que saiu para caçar ecoou em sua mente, podia não parecer ter sentido algum, mas perseverança e fé em si mesmo eram um atributo louvável que mantinha tolos ainda no plano dos vivos, ele no caso. Deu um último esforço, um último ato, todas as fichas na mesa, a explosão muscular mais potente que tivesse. Por milagre ou acaso, deu acerto, nadou até o bote e mesmo exausto teve força para suspender Aaron que quase parecia isca pra peixe. Mary e outra mulher que parecia se esconder num casaco tiveram algum espírito solidário para ajudar-lhe e colocar a "Bela Adormecida" dentro do bote. - Por isso nunca gostei do mar... - retrucou no exato momento que colocava a cabeça para fora do bote e vomitava. De resto caiu exausto e torcendo para que a sorte não te abandonasse agora...


Billy M. Currington
Billy M. Currington

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Mensagem por Convidado Ter 11 Mar 2014 - 22:22


S. S. Melissandre
Eu chorava com medo do Nich não voltar, com medo de Milena não aparecer e nem Dexter, felizmente Hanna e Liam já estavam a salvo e abracei preocupada os dois mas com um peso a menos no coração. O meu bote foi enchendo com uma rapidez inacreditável. Eu mal notava, mas estava chorando de desespero. Não se vocês sabem dessa teoria, mas gêmeos são ligados de uma forma inexplicável, se eu perdesse Milena eu perderia parte de mim e eu não queria isso, não queria ser eu mesma pela metade. Senti abraços em torno de mim de pessoas preocupas, foi quando eu despertei e notei o meu estado, eu estava em desespero, eu não podia ficar assim. Enxuguei as minhas lagrimas com a manga do meu cardigan quando vejo que Nicholas está de volta ao bote antes mesmo dele parti. Quando ele senta ao meu lado eu pulo em seus braços chorando, lhe apertando bem forte, um abraço de quem nunca mais soltaria, estava aliviada por estar com ele, por ele está bem e foi enquanto eu passava a mão no seu cabelo e perto da sua testa eu sinto sangue.

- Nicholas. Sua cabeça! - Digo assustada.

Tento manter a calma e pensar rápido, aquilo não pode ficar sangrando assim. Assim lembro do lenço meio cachecol roxo que eu usava no cabelo pra prender, desenrolo ele rapidamente dos meus cabelos, limpo um pouco o local e depois enrolo ele em sua cabeça, conseguindo dar 3 voltas, e amarro bem amarrado, mas não muito apertado, só o bastante para que parasse o sangue e suspiro acariciando seu rosto.

- Você está parecendo um lutador de karatê, daqueles filmes dos anos 80. - Digo de forma calma e libero um pequeno sorriso de incentivo para ele, de qualquer forma eu queria mostrar que tinha um pouco de humanidade no meio daquilo tudo. Por um breve momento fico quieto só observando seu rosto e lembrando da primeira impressão que tive dele, um garoto quieto demais, mas que se aproveitava disso para pegar todos, eu achava ele completamente um descarado pegador, já hoje eu vejo um homem fofo, carinhoso, protetor, inteligente e sensível, bem diferente daquele que eu achava que conhecia no começo. E no meio de tantos pensamentos e lembranças e o beijo. Era um beijo molhado por conta da chuva, cheio de medo, mas também continha esperança e carinha. Eu tinha medo de tudo que poderia acontecer dali pra frente e também tinha esperança de que iríamos sair vivo, nós e todos que nós amamos.

- Nós vamos sair bem dessa, tenho certeza. E mesmo que tenha uma possibilidade remota de algo não sair bem. Saiba que te amo e nunca vou me esquecer de você, nem um pouquinho. Mas eu tenho certeza mesmo que iremos sobreviver, então não considere essa possibilidade de algo dar errado, porque sairemos de tudo isso e seremos felizes. E não dê uma de herói de novo, senti tanto medo de te perder. - Lhe abraço muito forte, mais do que nunca, com a cabeça apoiada no seu ombro. Por mim eu ficava assim o tempo todo, mas eu precisava encarar a realidade. Me afastei um pouco dele mas seguro sua mão bem forte para garantir que não fosse sair. Dois gatotos haviam chegado a nado no barco, um estava também machucado na cabeça e eu reconhecia esse garoto... Era o Gerrard, o garoto da cafeteria e ele apontava um garoto se debatendo, também conhecia ele... Era o Aaron da Carmel! Gerrard falou algo que mal pude entender e olhei pra ele confusa e disse. – Não seja doido! Podemos levar o bote até lá... – Mas já era tarde, o garoto havia pulado no mar. Era um completo doido com reflexo de heroísmo. Agora além do risco de perder o Aaron tinha chances de perder o Gerrard. O Bote todo olhava o salvamento mais do que muito arriscado aflitos, os garotos tentaram remar até se aproximar mais e ajudar eles. Mas eles finalmente chegam razoavelmente bem de volta ao bote. Homens e sua mania de heróis, mas pelo menos foi salvo mais uma vida, mas Aaron parecia muito machucado, mas parecia gostar da visão que tinha de Hanna, o que me levava a acreditar que de algum nível ele estava bem.

- Meu Deus, Aaron, Gerrard! Vocês estão bem? Você é doido Gerrard, mas fez um bom trabalho. – Meu olhar era assustado e só fico realmente tranquila quando eles estão em cima do barco. Meu coração está muito acelerado e eu tremia por conta do medo e não por conta do meu corpo molhado de chuva. Eu sabia que minha fala não estava muito coerente, mas quem liga? Poucos humanos são capazes de passar por um trauma desses e não entrar em choque. Eu possivelmente nunca mais entraria em um cruzeiro durante a minha vida. Isso não era uma possibilidade, na verdade, era uma certeza.

Me sento no meu lugar pensando no que fazer com os garotos ali machucados, tentando lembrar das medidas de primeiros socorros, mas minha atenção é totalmente desviada quando vejo uma pessoa boiando no mar de costas, ela era grande e gorda, impossível de ser notada, mas assim que uma onda menor passa e bate a pessoa contra o bote levemente, ela se vira. Seus olhos estavam abertos e havia sinais de sangue dentro de sua boca e nos olhos. Sem duvidas o homem estava morto. No mesmo momento vou para os braços do Nicholas, apavorada, eu não conseguia gritar o dizer nada, só conseguia abraçar o meu namorado e encarar aquele corpo flutuando. Logo me lembrei de Milena e Dexter e que eles poderiam ser mais uma vítima e estar morta nesse momento. Imediatamente comecei a orar e pedir a Deus que eles estivessem bem e vivos e pedi para todas as almas daquele maldito cruzeiro.
thanks rapture
Help!
Apocalipse
Nicholas
Convidado
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Mensagem por Kaíra Keat D'Alleman Qua 12 Mar 2014 - 1:41


 

 


S. O. S. Melissandre

Seguir quietinha encolhida no meu canto, escondida sob meu largo casaco de pele. Agradeci mentalmente por ele ser quentinho e grosso o suficiente para me proteger da chuva de granizo. Em minha volta todos pareciam muito preocupados com as pessoas que estavam fora do bote, alguns com seus amigos e outros com seus parentes, no lugar deles eu também ficaria. Se não me enganava, Nich tinha um irmão chamado Luke, não sabia se ele estava no cruzeiro, mas não pude deixar de me preocupar, afinal de contas, ele também era primo meu. O navio era muito grande, poderia existir pessoas perdidas em qualquer canto dele e se ele virasse mesmo, como ameaçava fazer, seria quase impossível sair. O lugar mais seguro no momento era dentro dos botes. Afinal de contas é melhor prevenir do que remediar. Esperar ele virar para pular na agua também seria suicídio, pois correríamos o risco de sermos amassados pelo casco do navio, por isso sentia que era bom sairmos logo de lá.  

Fitei San com o canto dos olhos, uma amiga dela disse umas coisas bem emotivas e a abraçou. Era engraçado que mesmo morando meses com a morena nunca à vi tão humana quanto naquele momento. Por uns segundos considerei me aproximar e abraça-la também, como a loira havia feito. Diria o quanto à admirava e invejava toda a sua confiança, mas após refletir brevemente, desistir. Ela não gostava nem um pouco de mim. Se eu a tocasse era capaz de ser jogada para fora do bote direto no mar. O pensamento me fez ri, aposto que ela também diria uns xingamentos nem um pouco delicados em francês, era a cara dela fazer esse tipo de coisa. Suspirei esfregando uma mão contra a outra, para me aquecer do frio. Não acreditava que havia sido tirada das ruas há tão pouco tempo, para morrer daquela forma.

Nosso bote já derivava no mar. O balanço nauseante fazia meu estômago revirar, assim como o sangramento na testa do meu primo, Nicholas. No meu tempo de rua sofri vários cortes e um deles deixou uma cicatriz que eu escondia com uma tatuagem em forma de uma corrente de rosas que cobria todo o lado esquerdo de minha cintura, terminando em meu umbigo. Todo aquele sangue apenas me trazia lembranças ruins que eu tanto me esforçava para esquecer. Para o meu alivio a morena do seu lado foi rápida e logo tratou de improvisar um curativo na cabeça de Nicholas com um lenço roxo que, momentos antes, prendia seu cabelo. A cena que se seguiu também me abalou. Não que eu tivesse algo contra casais fofos fazendo "fofagens", muito pelo contrario, apenas era meio desconfortante ver um casal tão apaixonado interagindo enquanto meu coração seguia sozinho. Tentei não me focar neles e me voltei para o navio. Algumas pessoas pulavam do mesmo enquanto ele virava, outras eram atiradas ao mar com brusquidão devido a força com que as ondas golpeavam o casco do navio, que agora estava bem danificado. Nem parecia o mesmo em que havia começado o cruzeiro.

Assim que a morena terminou de falar um outro "colega de bote" se manifestou, pelo que notei seu nome era "Gerrard", assim como Nich ele também estava bem machucado, mas não tinha nenhuma bela dama para cuidar de seus ferimentos e cativa-lo com palavras doces, carregadas de juras de amor. Sair do meu devaneio ao notar que havia outro garoto no mar. O loiro mesmo machucado pulou na agua para salvá-lo. A morena tentou impedir, mas era tarde de mais. O jovem tinha partido. Evitei olhar para cena, não queria assistir a provável morte de ambos os garotos. Porem, não muito tempo depois uma mão surge do lado do nosso bote. Eram os garotos sãs e salvos. Juntamente com a morena me apressei em ir ajuda-los. Ambos estavam muito machucados e um deles totalmente apagado. A namorada do meu primo parecia conhecer o 'dorminhoco', pois se dirigiu a ele pelo seu nome enquanto nós os puxávamos para dentro.

A agitação do momento fez meu casaco de pele escorregar por minhas costas. Se meus primos não tivessem me reconhecido até o momento, com certeza agora teriam feito. Não me importei muito com isso, o mais importante era salvar os meninos. Assim que o garoto, que entendi se chamar Aaron, estava recebendo atenção de todos me aproximei do "herói" — Você é doido, Sim... — Disse em referencia a frase da morena. Meus dentes batiam de frio, por isso todo momento minhas palavras saiam tremidas e quase incompreensíveis — Mas também é muito corajoso... Não é todo mundo que faria o que você fez, ainda mais estando tão machucado! — Disse sem esconder a admiração em minha voz. Mesmo com a tempestade, terminei de retirar meu casaco, ignorando meus medos, e coloquei em volta dos ombros do loiro — Você precisa dele mais do que eu... — Disse de forma educada. No instante seguinte, senti meu corpo tombar para frente, algo grande havia atingindo o bote e quando dei por mim estava sobre o garoto com meus lábios pressionados contra os dele.  

Completamente tomada pela vergonha e constrangimento me afastei dele indo para o lugar vago mais distante do mesmo. Só então notei a tensão no rosto do pessoal a minha volta. Ninguém tinha notado o "acidente", pois estavam entretidos com o objeto que nos atingiu. Me debrucei sobre as extremidades do bote para ver o que tinha deixado os outros tão chocados. No mesmo segundo me arrependi e voltei a me sentar escondendo o rosto entre minhas mãos. Aquilo definitivamente não podia está acontecendo. Boiando na agua se encontrava um corpo desconhecido. Lágrimas de pânico voltaram a deslizar pelo meu rosto. Assim como aquele deveriam ter outros corpos. Crianças, idosos e outros jovens da minha idade que não conseguiram escapar à tempo. Internamente comecei a me perguntar se aquele também não seria o nosso fim... Corpos frios, silenciosos, vazios e sem nenhuma esperança de salvação.

post: 002humor: Assustada!Com: Sobreviventes! clothes: Aqui
tks, the raven@cg!
Kaíra Keat D'Alleman
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Mensagem por Nicholas A. Hertfordshire Qua 12 Mar 2014 - 2:31

Nicholas

Tears, Rain and Drifters


Era o caos, estava tudo se dissolvendo. A ilusão de dias passados, tudo era evanescente. A realidade da lareira na sua casa en Ohio era distante, o natal frio em Londres era uma realidade inexistente. Ao voltar ao barco vi Mary e mais dois rapazes descendo os botes. Aparentemente estavam cheios, mas vi minha namorada tentando atrasá-los talvez, ainda me esperasse. Eu sorri de um jeito que o caos ao redor fosse apenas um detalhe. Eu estava meio tonto, e minha visão estava turva e avermelhada por causa do sangue que escorria. Quando finalemente cheguei a ela. Abracei forte.

Ela notou meu machucado, eu apenas sorri calmamente. Não queria deixar ela nervosa. Apenas disse com a voz meio rouca. - Vai ficar tudo bem... - Não pareci tão convincente. Mas eu queria ser um bom namorado para ela. Talvez, não existisse nada quando a aurora desce lugar a nova manhã. Talvez a vida se estinguisse no mar, assim como as tristezas em águas salgadas de lágrimas. Era isso, estávamos a deriva nas nossas próprias lágrimas. Navegariamos para morte, e nosso destino seria naufragar ao rio estige.

A observei calado enquanto ela fazia um curativo improvisado. O seu perfume estava na bandagem. E o jeito que ela se preocupava comigo, me fazia sentir bem. Eu tinha certeza, que se morresse nauqela noite, tragado pelas pronfundezas: o último rosto que gostaria de ver seria o dela. Eu trocaria minha vida pela dela se os deuses quisessem. Eu morreria feliz, para vê-la segura. Um segundo ao lado dela me valia mais que os anos de vida sem ela. Era como um cego voltar a enxergar a luz do alvorecer, um surdo escutar a melodia de uma bela canção, e você tocar a pele daquele que ama pela primeira vez. Essa era sensação ao vê-la...morrer assim não parecia tão ruim.

Mas eu não poderia partir até que ela estivesse em segurança. Minha visão se confundiu por segundos. A tontura quase me derrubou, mas eu me me segurei para não assustá-la. Sorri ao seu comentário de um ator de filme de karatê. Talvez um Daniel-san errado e sem arte alguma. - Você está com frio. - disse ao vê-la tremer. A noite era assustadora. Tirei a jaqueta que ainda estava meio seca e quente por dentro, sendo de couro não molhava com tanta facilidade e coloquei ao redor dela. - Esquente-se anjo, vai tudo ficar bem. Sei que está pensando na Milena. Mas...ela está bem. Assim como Luke e todos os nossos amigos. - olhei em volta e vi uma menina que no fim era tão desconhecida como familiar. Minha prima Kaira, estava ali comigo. Não largaria a Mary mas estiquei a mão para ela. - Hey, sei que vai ficar tudo bem. - tirei uma corrente dourada do bolso da calça e lhe entreguei, fechando-a em sua mão. Abracei a Mary. - Era de nossa avó; Eliza. Ela sempre culpou minha tia por ter perdido você no mundo. Ela nunca esqueceu de você, até mesmo criou um quarto para você em Wuthering Heights, que são as terras da família. Verde até onde a vista alcança o horizonte. Todo natal, todo aniversário ela colocava uma boneca no quarto esperando que voltasse. Que minha tia se arrependesse e dissesse o que tinha feito com você. Ela morreu quando depositou a décima quarta boneca, teve um Avc. Diferente da sua mãe...a nossa avó sempre te amou. Mesmo sem conhece-la. Quero que fique com você. - era uma corrente em ouro branco com uma pérola em pingente com uma inscrição pequenina em letra fina. - "dance a música do mundo". - Ela fora uma grande bailarina. - disse terminando a conversa.

Mary parecia mais calma conforme o tempo ia passando, a chuva fina não dava tregua. E a uma distância o navio mergulhava na imensidão azul. Pensei em todos os meus amigos. Em Luke e Milena. Beijei a testa dela. - Amor? - chamei sua atenção. - Terá que me prometer que se tiver a chance de sobreviver, fará de tudo que puder. Mesmo que seja me deixar para trás. Prometa para mim... - digo beijando seus lábios.



Nicholas A. Hertfordshire
Nicholas A. Hertfordshire

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Mensagem por Silver W. Blackheart Qua 12 Mar 2014 - 11:36





"The Travel"
"It's my life, it's now or never"


O sangue do corte que tinha no joelho em contacto com a água do mar, ardia, de tal maneira que só pressionava os lábios para não dizer asneira. A forte ondulação me puxava para fora dos destroços... o cenário era horrível comparado com o que brevemente poderia enventualmente acontecer.

Mas no momento, nem com a minha vida eu me preocupava, só queria saber se as pessoas estavam bem, se Blaine estava bem... queria chorar mas as gotas de água que escorriam por todo o meu rosto ocupavam o espaço de algum sitio do rosto que estivesse seco.
A minha cabeça latejava... o meu corpo já não tinha muito mais energia para chegar ao menos a terra firme... as ondas iam e vinham, e eu ia atrás, conforme a sua "vontade"... já não pensava em mais nada. O meu tempo chegava ao fim, ou pelo menos parecia chegar. O pedaço de madeira onde me segurava forte com os braços, era a única coisa que me mantinha á deriva agora... mas foi quando tudo piorou...


~DUAS HORAS ANTES~

O Sol era fraco com algumas nuvens pela frente, mas era o suficiente para me deixar relaxado. As vozes dos jovens dentro do Melissandre eram audíveis em todo o convés. Na proa, eu permanecia de pé, olhando para o horizonte. Pensava se Blaine estava embarcado ou não. Não percebi o porquê daquela minha procupação, era orgulhoso, e minha mente dizia que passaria bem sem a sua presença, o que contrariava meu coração.
Num gesto ignorante de ombros, apanhei no celular Samsung Nexus 5.0 preto, que meu pai me dera no Natal passado. Nada... nem uma mensagem... nem uma chamada.

Suspirei, e revirei os olhos voltando-me para trás. Olhei algumas das pessoas... umas caras conhecidas, outras nem por isso. Não tinha incentivo sequer de meter conversa com quem quer que fosse. Queria permanecer sozinho, pois estava um tão irritado com a situação. O sangue parecia ferver que nem lava a escorrer por minhas veias. Voltei a virar-me para o horizonte, e passei as mãos na cabeça, fechando os olhos e respirando fundo enquanto sussurrava:

- Calma Sebastian, calma...

Segurei firme o celular de novo e comecei a escrever

"Blaine? Bom Dia... bem era só para saber se tu está dentro do Melissandre, Amor. Tenho que estar com você... as pessoas daqui me deixam demasiado entediado. bjs"

Suspirei e cerrei os dentes dentro da boca fechada, mantendo aquela pequena tristeza omissa aos olhos de quem me poderia ver. Voltei a olhar e a ler a mensagem mais uma vez, estava prestes a carregar em "Enviar" quando uma pedra de gelo do tamanho de meu punho, caiu sobre meu celular espatifando o mesmo no chão. Abri a boca espantado e olhei em redor tentando identificar o/a culpado/a. Ninguém se acusou.
Franzi as sobrancelhas, e senti meu coração bombear raiva por todo meu corpo. Ia gritar, quando o inesperado aconteceu...

Mais daquele tipo de granizo caia do céu acertando no barco. Algumas pedras daquelas era bem pequenas, outras, um pouco maiores, mas ainda assim ao senti-las nos braços e cabeça, não me demorei em correr até á porta que dava passagem para o interior do barco. Fechada!
Não pensei mais, e com o ombro tentava arrombar a mesma... nada feito. Suspirei ao ver que tinha falhado na tentativa. Me encostei então á porta e olhei em redor, as pessoas estavam em pânico de um lado para o outro sem saber o que fazer e outras já se preparando para entrarem nos botes, e para piorar mais, foi quando o grande barco cambaleou de um lado para o outro cada vez com mais intensidade.

Tentei acompanhar o balouçar do Melissandre, mantendo o equilibrio ora numa perna ora noutra, acompanhando os movimentos também com os braço. O céu era escuro como a noite, e as ondas tinham o objetivo de querer arrombar aquele grande barco. O topo de algumas das ondas já entrava pelo barco deixando o local mais inundado ainda. As pedras de gelo não paravam de estalarem ao embaterem em todo o transporte.
O balouçar tornava-se mais forte, quando então uma grande onda embateu no barco, fazendo-me perder o equilibrio. Cai e inesperadamente bati com a cabeça no chão.

As vozes... os gritos.. tudo se ouvia ao longe. Minha visão começara a ficar turva, e já não conseguia distinguir o que era perigoso do que era seguro. Não pensava em nada... estava mais centrado em tentar ver bem... em tentar levantar-me, desligando todo meu ser, daquela dor que vinha da minha cabeça... uma dor aguda que me atormentava e parecia obrigar-me a desmaiar.
Minha força de vontade era maior, então urrando de dor, embati com as palmas das maos no solo, e fiz força para me conseguir levantar. As coisas estavam más, e para ficarem péssimas, ainda havia outra coisa que me impedia de levantar. Era uma dor diferente, dor essa que tinha sido abafada com a tortura da cabeça, e que me impedira de já ter reparado. Olhei para a minha perna esquerda e vi... um grande pedaço de vidro cravado na mesma.

Queria chorar, berrar, gritar, queria morrer! Assim que a dor se tornou sentida por mim, pensei por fim que não podia haver mais nada pior que aquilo. Olhei para cima lentamente, tentando ver de onde tinha vindo aqueles cacos de vidro, quando reparei na janela da sala do comandante partida. Provavelmente tinha estalado e quebrado com o estrondo da última e gigante onda!

Suspirei, e fechei os olhos cerrando os punhos e os dentes numa expressão dolorosa. Virei-me muito lentamente, tentando me equilibrar o mais que podia devido aos movimentos do barco. Como não conseguia, me arrastei até á beira do barco, encostando-me. Não perdi tempo e rasguei o tecido quase inteiro das calças de ganga, mais precisamente na perna esquerda. Não tinha muita habilidade com primeiros socorros, mas pelo que já tinha ouvido falar e visto na tv, tentei fazer o que estava ao meu alcançe para estancar a ferida. Era agora ou nunca!

Com o tecido das calças ainda na minha mão, torci duas vezes, e mordi o mesmo com a máxima força que podia. Olhei o grande caco de vidro na minha perna e fechei os olhos, sabendo pelo que iria passar. Apanhei no mesmo com as duas mãos, e comecei a tira-lo sentindo cada parte do objeto cortante, deslizar pelas bordas do corte. Urrava alto de dor, sentindo as minhas lágrimas escorrerem rápido pelo rosto já molhado. Quando dei por mim, já havia tirado aquilo e jogado longe olhei mais atentamente a ferida, tirando o tecido da minha boca, soluçando devido ao choro. O sangue não parava de escorrer, e me apressei em enrolar o tecido de ganga em torno da perna, fazendo um nó na parte do ferimento. Respirei fundo e esperei um pouco que o barco não se movimenta-se tanto. Agarrado á parte do ladeamente, que separava as pessoas de um imenso mar, levantei'me aos poucos aproveitando que os movimentos não eram tão intensos. Cerrei os lábios aguentando a dor, deixando escapar mais algumas lágrimas de pavor.

Olehi em redor e reparei nos botes, cujos já tinham alguns partido para o alto mar, e outros estavam quebrados. Olhei para o céu ignorando o pequeno granizo que já nem tinha efeito em mim e falei baixo numa rouca voz pausada:

- Minha estadia no inferno, será adiada... Bitch!

Nao esperei mais e num impulso, agarrei-me á pequena grade de limite, subindo aos poucos, e por fim saltando.

~ AGORA ~

Balançei a cabeça, segurando o destroço de madeira, e levei uma mão á mesma, sentindo algo escorrer. Olhei para os dedos e vi sangue. Suspirei com uma expressão enojada, e sussurrei baixo:

- Merda...

Olhei para o horizonte vendo que as ondas acalmavam, mas minha visão destorcia novamente. Era agora... revirei os olhos e estes fecharam automaticamente, tombei com a cabeça no destroço, perdendo os sentidos, desmaiando.




"One Beauty Day"

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Silver W. Blackheart
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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Qui 13 Mar 2014 - 17:11


The Cruise.


with: ### All my lovers

outfit ~ Here.
I don't wanna lose you.

Para a minha sorte, encontrar a Milena não fora a tarefa difícil. Em meio a todo aquele caos eu ainda conseguia raciocinar, planejar minhas táticas para não acabar me perdendo e ainda assim achar a uma garota perdida.  Decide refazer meus passos, correndo diretamente para onde eu e Milena estávamos, conversado com Charlie, foi então que eu a vi. Naquele momento agradeci a Milena por ser sido autêntica o bastante para colorir seus cabelos de rosa, sendo fácil diferencia-la em meio as demais garotas, nenhuma tinha cabelo rosa, nenhuma era a minha Milena.

Corri na direção da garota que estava encolhida próxima a uma piscina. Estávamos longe, o que me custou a chegar nela, e nesse meio tempo foi o necessário para outra onda invadir o convés. Desta vez estava determinada a não me entregar tão fácil. Eu tinha que sair dali junto a Milena. Antes que a onda nos levasse, puxei Milena fazendo com que ela caísse dentro da piscina comigo, evitando assim o impacto da onda.

Nossas cabeças emergiram na superfície e eu segurei os ombros de Milena, lhe sacudindo freneticamente. - Você está bem? Milena. Onde está Charlie? Precisamos sair daqui, agora. - Apertei a garota num abraço, sentindo-me feliz por tê-la achado, agora precisávamos voltar para o bote.

Os granizos que caiam do céu pareciam maiores, e mais vorazes, ao se chocarem com o piso do convés causavam um enorme estrondo e rachaduras. Notei um destes glóbulos de gelo cair sobre um garoto que no exato momento desfaleceu-se no chão desacordado. Soltei um grito desesperada e puxei Milena, para que corresse mais rápido, além de ter que fugir das ondas que invadiam a embarcação tínhamos que fugir de granizos, ótimo.

Com muita dificuldade, eu e Milena chegamos as bordas no cruzeiro. Alguns botes já estavam ao mar, sendo levados pela correnteza para direções diferentes. Os rostos familiares de Mary, Nicholas e os demais presentes em um dos botes me chamou a atenção. O bote deles estavam mais próximo da embarcação, alcançaríamos com rapidez, se nada nos impedisse, claro. - Pronta pra nadar? Sereia. -

As pessoas estavam tão desesperadas que a proteção estava em último plano par alguns ali. Alguns coletes de salva-vidas estavam jogados ao chão, furtei dois e entreguei um a Milena. Junto a garota, gritamos ao nome de Mary, chamando sua atenção para que nos ajudasse. Segurei a mão de Milena e juntas saltamos contra a água congelante gélida do mar.

Nadar naquela água congelante era quase impossível. Meu corpo parecia ficar dormente a cada braçada que eu dava, mas eu não me entregaria. Milena estava bem ao meu lado, igualmente  a mim nadava com certa dificuldade, mas não demorou para que chegássemos ao bote. - Nenhuma McCain fica pra trás. - Murmurei a Mary que atentamente correu para nos ajudar a subir o bote. Meu corpo tremia de um modo intenso, assim como Milena, abraçamos a Mary ao mesmo tempo, o que foi engraçado por um instante, até se tornar sentimental demais. Mary e Milena eram como duas irmãs para mim, ou no caso uma já que ambas tinha o mesmo semblante. Eu amava tanto as duas e se algo acontecesse a ambas eu não me perdoaria, eu me condenaria por não poder ajudar mesmo que não tivesse ao meu alcance.

Deixei que as gêmeas conversassem e me voltei aos demais presentes. Notei a presença de dois novos tribulantes, um conhecido, Steven. O outro garoto mesmo que despertando parecia desnorteado, completamente túrbido. - Não serei a única a precisar de uma cirurgia plástica. Gerrard, você esta... ferido. - Expressei-me da forma mais gentil possível. O garoto estava num estado muito diferente do que eu me recordava dele.

Ajoelhei ao seu lado e retirei ao casaco. Vendo que ele já estava agasalhado, cobri ao outro garoto. Pelo que parecia seu nome era Aaron. Toquei ao rosto dele, na tentativa de conferir se estava acordado, não obtendo tal resposta. O rapaz parecia inconsciente, abria os olhos de leve e os fechava novamente. - Aaron?  - Segurei ao rosto dele, encarando-o de perto. Os pingos que caiam de meus cabelos tocavam-lhe a face e parecia surtir efeito, ele parecia sentir aquilo. - Gerrard, você está bem? - Perguntar aquilo naquele momento não me parecia certo, ninguém estava bem de fato. Toquei de leve ao rosto dele com o tecido úmido de minha blusa, retirando ao excesso de sangue que marcava seu rosto.

Novamente olhei ao redor, algo parecia assustar ao pessoal. Segui o olhar de uma garota ruiva que estava encostada no canto e cai sentada com um sobressalto ao ver aquilo. Um homem morto, boiando ao mar. Tampei a boca com as mãos para abafar o grito, meus olhos ligeiramente se encheram de lágrimas. Aquilo havia saído do controle. E se algum conhecido estivesse na mesma situação daquele homem morto?    

The apocalipse?
Hanna Mensdorff-D. McCain
Hanna Mensdorff-D. McCain
Needed

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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Qui 13 Mar 2014 - 17:54

Don't hold back...
It's time to begin, isn't it?
E quanto mais tempo se passava, mais gente gritava e corria de um lado para o outro no navio. O desespero já tinha alcançado muita gente, e tudo o que eu sentia, era meu peito doer com aquela situação. Ninguém imaginaria. Olhei para o bote. Nicholas havia voltado, uma menina ruiva tinha chegado, pessoas se movimentavam, querendo entrar. Já não tinha mais espaço, então provavelmente o bote viraria, por conta do limite de peso. Sam havia saído para buscar Hanna, e ainda não tinha voltado. Meu estado de desespero estava conseguindo alcançar um outro patamar, até então desconhecido. Meu peito subia e descia constantemente, até que o vi chegar e ocupar o lugar atrás de SanClair. Ele olhou para a lateral do meu rosto, tinha lágrimas nos olhos. A camisa estava com pequenos rasgões. As ondas começavam a ficarem ainda mais violentas. Pessoas que tentavam alcançar os botes eram atingidas a todo momento, e eram lançadas diretamente no mar. 

Como se previsse que algo poderia nos acontecer, Nicholas começou a baixar o bote. Porém, antes, ouvimos gritos conhecidos. Pelo menos eu conhecia tão bem quanto qualquer outra pessoa dali. Virei em direção a Hanna. SanClair já não pressionava mais o pano em minha testa, já havia estancado o sangramento. Todos olharam em direção para onde ela vinha. Estava machucada, e trazia consigo... Milena. Me levantei, a respiração pesada de mais. Ela parecia estar mal, os cabelos rosa grudavam na testa, mas pensando bem... Quem não estava? Elas entraram no bote, e meus olhos se desviaram. Ouvia Hanna falando com alguém, no mesmo momento que via um corpo caindo em plena queda livre do navio. Eu o conhecia. Ele demorou algum tempo para retornar a superfície, agarrando por sorte, um destroço.

Sam levantou também, gritando o nome de Sebastian. Nicholas já havia descido o bote, nos colocando em mar aberto. Meu ouvido zumbia, coisa que acontecia quando estava com medo. As águas furiosas começavam a levar o bote pra frente, para um lugar desconhecido. Teríamos sorte se chegássemos a algum lugar, se assim por dizer. Foi então, que Sebastian soltou o pedaço velho de destroço, e começou a afundar. 

Meus sentidos se alarmaram, olhei para Sam, que estava vidrado no lugar, parecendo não acreditar. SanClair começou a gritar, numa tentativa falha de fazer com que ele ouvisse, mais nada. Já estava afundando. Me virei para eles.

Cuide da SanClair, Sam. Cuide da Hanna, também, caso eu não volte. - Os abracei rápido, passando por Hanna, beijando sua bochecha sem dizer nada. 

E antes que alguém pudesse me segurar, pulei no mar. A primeira coisa que senti, foi a temperatura incrivelmente gelada. Tive vontade de voltar para o bote no momento em que atingi a água, mas já tinha dado um passo. Teria que ir até o fim. Tinha praticado natação por parte da minha vida, e poderia fazer algo rápido, mais a temperatura da água não ajudava. Fui jogando os braços pra frente, movendo as pernas, tudo o mais rápido que conseguia. Não estávamos tão longe de onde ele tinha caído. Em um segundo, tomei uma longa golfada de ar gélido, desaparecendo abaixo do mar. 

xXx

Por alguns segundos, longos segundos, procurei pelo corpo dele, e não consegui achar nada que não fosse pedaços de árvore lascadas. Voltei para a superfície, tomando mais uma golfada de ar, voltando a mergulhar, indo um pouco mais fundo. Girei debaixo d'água, e estava quase desistindo, quando o encontrei afundando  a alguns centímetros de onde estava. Meus braços e pernas estavam começando a formigar. Se passasse mais alguns segundos na água, sofreria hipotermia, e paralisia muscular. Seria difícil conseguir sobreviver. 

Alcancei-o, puxando para perto, seu corpo era pesado de mais para mim, então mudei a posição. Com dificuldade, coloquei os braços dele por cima do meu ombro, e mergulhei. Fui batendo os braços ainda mais rápido, já que era quase impossível mover as pernas. Nadei sem querer pegar um pouco mais de fôlego, o que me fez começar a ficar sem ar. Faltava pouco. "Vamos, você consegue!" Era como se eu pudesse ouvir minha própria voz me incentivando. Porém, eu não tinha mais fôlego. Senti a cabeça se chocar contra a parte de baixo do bote, e logo o corpo dele não estava mais sobre o meu. 

Se eu tivesse forças, sorriria. Tinha conseguido. Porém, tudo o que fiz, foi encarar a escuridão que me dominava, e sentir meu corpo ceder dali, como se estivesse sendo levado pelo vento, para um lugar melhor. Ouvi vocês conhecidas, gritando meu nome, enquanto sentia alguém comprimir meu peito, enquanto mãos me colocavam sobre algum lugar. Me entreguei ao escuro, estava cansada de mais para lutar contra.

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Mensagem por Billy M. Currington Qui 13 Mar 2014 - 20:47

Nada que vá segurando nessas mãos trêmulas acabara com sua hesitação. A fraca chuva não deixou pra trás a dor deste céu, afinal,os dias passam devagar. Olhando pra baixo,me pergunto que tipo de sonhos estão escapando?

Lights are fading



Esforço bem merecido, solidariedade retribuída, era certamente um equívoco do destino, antes ele é quem se encontrava na posição de lutar contra a morte e agora ele surgia como álibi, salvando um breve conhecido. O que comandou os sentidos não foi a razão, mas sim o instinto, o lado mais abstrato da alma, o lado que te faz ver uma pessoa precisando de ajuda e aí você não pensa duas vezes em fazer de tudo para ajudar. Há quem diga que foi maluquice, afinal, tinha dois ferimentos abertos no rosto, sangrando consideravelmente e a água com sais do mar, apenas prejudicava o estancamento da ferida. Aquilo não importou antes e sequer importara agora, não havia orgulho maior que subir ao bote tendo salvado alguém. Tudo o que conseguiu fazer foi mostrar um sorriso forçado para Mary e a outra jovem de cabelos ruivos que desconhecia, estava exausto, mas ainda vivo. A cabeça latejava a ponto de parecer estourar, entrou em confronto consigo mesmo para se manter acordado, considerando a perda de calor corporal, a reação mais natural do corpo era apagar completamente e resgardar as funções para se manter quente, mas ele era teimoso demais para ficar inútil ali.

A ruiva se aproximou, e exausto do jeito que estava tudo o que Steven fez foi olhá-la por baixo, o corpo estava pesado. - Toda a vida tem o seu valor... - foi tudo que conseguiu comentar antes de ela e o casaco tombarem em cima dele. Sentiu os lábios se tocarem por um leve instante, acidentes acontecem, não se ludibriava com nada disso. A mulher se afastou e logo em seguida estava chorando pela visão do corpo boiando na água. Gerrard apenas balançou a cabeça e encarou o mar, esse dia era uma lástima para todos, que ao menos salvassem quem pudessem salvar e honrassem a memória dos mortos, mas não agora. Tocou o ombro de Kaira, não tinha como consolá-la, era uma visão pesada para qualquer um. - Agradeço, mas não sou do tipo que que deixa uma mulher assim, mas se não se importar vou deixar o casaco com o Levine, ele precisa mais que eu... - comentou esperando o consentimento dela para cobrir o amigo ainda desacordado.

E assim foi que mais uma conhecida foi falar com ele, era a jovem loira que chegou com a de decote grande no mesmo dia que conheceu Mary. No geral tinham duas pessoas inconscientes, e agora a possibilidade de mais uma, voltou-se para Hanna e fez o possível para abrir um sorriso largo no rosto e parecer bem, o que era contrário de como encontrava-se no momento, mas não costumava se deixar abater. - Ah obrigado. - dizia ao vê-la limpar um pouco de seu sangue, mas voltaria a escorrer pelo rosto ocasionalmente. - Estou bem, não se preocupa não, Gerrards são raça ruim de morrer!! - algo bem do tipo, o passado te condena, ainda mais de histórias de familiares, mas que não vem ao caso agora. Hanna também pareceu se abater ao ver o cadáver flutuante, o espírito de tristeza não poderia tomar os sobreviventes, se não iriam se juntar aos que já partira. Virou Hanna em sua direção, encarou-a nos olhos e assim que falava apontando para Aaron e Levine. - Ei, é dificil, mas primeiro vamos nos preocupar com os vivos. Os que partiram terão seus dias de luto, mas só se nós estivermos aqui para chorar por eles. - tinha que pensar positivo, tentar enxergar a necessidade de ajudar quem ainda estava ali.

As palavras cessaram quando ouviu o som de mais alguém mergulhando na água, teve vontade de ir ajudar, mas tinha certeza que se mergulhasse talvez não conseguisse mergulhar. Talvez Deus já tivesse gastado sua cota de benevolência diária com ele hoje. Ficou an borda, na torcida para que a mulher conseguisse, mas no fim, eles sumiram, até que Steven notou um corpo boiando e afundando próximo ao bote. Respirou fundo, juntou um punhado de coragem, contava com a ajuda dos outros ali, porque sozinho não iria conseguir mais que um epitáfio caótico. Mergulhou novamente, mas dessa vez sem a necessidade de enfrentar longas distâncias a nado e a maré. Pegou primeiro o rapaz e o estendeu. - Ajuda aqui!! - brandou, e assim que trataram de puxar o garoto ele olhou para os lados, faltava a garota que havia pulado antes.

Sentiu os dentes baterem, mas os trincou numa tentativa de diminuir o choque, lógicamente em vão. Mergulhou procurando a mulher, e apesar da escuridão da água, a encontrou com certa facilidade. Sentiu a ferida arder, era como se alguém a cutucasse com um bisturi, os sais da água efetuavam a osmose, como se temperasse um pedaço de carne, pelo menos ali, seu olho era lavado do rastro de sangue que escorria. Voltou a superfície com Dianna sob o ombro e se agarrou ao bote para não afundar com ele, o corpo fraquejava mas a teimosia não! Contaria com ajuda de alguém para colocá-la no bote e subir à bordo, além de suas orações mentais para aquele pingo laranja na imensidão do mar não tombar pela onda ou pelo peso. Tomou fôlego. - Acho que ela engoliu água demais, ainda sabe das aulas de primeiros socorros? - indagou rapidamente com Mary, a resposta era positiva. - Você faz a massagem cardio pulmonar e eu a respiração artificial então, ok? Vamos lá!! - agindo em conjunto era mais fácil que em solo. Cooperanto o tratamento, primeiros-socorros, era mais efetivo. Não sabiam quanta água ela teria engolido, se poderia ter algum trauma cerebral ou cervical. Então agindo em cojunto com Mary executaram o procedimento básico de massagem cardio-pulmonar e respiração boca-a-boca até que a mulher recobrasse os sentidos e comessasse a expelir a água engolida.

Só então ele pôde tombar para trás, estava meio pálido, com frio e não sentia alguns dedos da mão e do pé. Forçou os olhos visto que a as imagens tornaram-se turvas e a cabeça ficou extremamente leve. Notou um espasmos muscular, mas com sorte não era nada alarmante. Tudo o que precisava era descansar e talvez conseguir recuperar algum calor corporal, no entanto, lutava para não perder a consciência, com medo de não conseguir recuperá-la depois. - Mary tenha certeza que ela cuspiu toda a água, e ajudem o garoto depois... - as palavras faltaram-lhe por alguns instantes. Agora era certo e oficial, depois daquilo viraria um inútil, tinha certeza que se tentasse se levantar não conseguiria, nem com intervenção divina.


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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Qui 13 Mar 2014 - 22:25

Honestly...
I just wanna see you be brave
Tudo estava realmente escuro. Me pergunto por onde estava, já que a segundos atrás, me encontrava em meio ao caos de um naufrágio. Vi Sam falar comigo. Estávamos em uma de nossas saídas para curtir o final de semana. Logo em seguida, eu, SanClair e Hanna em minha casa, jogadas em minha cama, enquanto víamos um filme na TV. As imagens passavam por minha frente, como se eu estivesse vendo um longa metragem dos últimos meses da minha vida. Então senti algo me sugar, como se eu não pertencesse àquela escuridão. Por um lado, não quis ir. Ali estava muito mais calmo. Porém, em poucos segundos, eu estava com os olhos abertos, colocando água pra fora. Em grande quantidade. 

Puxei ar violentamente, sentindo falta da respiração regularizada. Estava muito frio. Vi Mary em minha frente, sua expressão estava um tanto desolada, ela estava tensa. Segundos depois, um garoto loiro, com cortes pelo rosto. Olhei ao redor, confusa. Estava procurando por quem? Ao encontrar o par de olhos claros me fitando, não tive dúvidas em ir para junto. Sam me abraçou, estava chorando? Ainda tossia um pouco, colocando respingos de água gelada pra fora do meu corpo. Ele me indicou o garoto que havia me tirado da água. 

Fraquejando, fui até ele. Estava mais fraco que eu, os cortes pareciam piorar, tinha quase certeza de ser por conta do sal do mar. Respirei fundo, tocando seu braço, um pequeno sorriso desenhando meus lábios. Não tinha a menor vontade de rir. Via vários corpos passando ao redor do bote, o qual agora era praticamente arrastado pelas fortes ondas. Sorrir era praticamente a última coisa que alguém faria agora. Mas eu precisava. Apesar da situação, ainda tinha educação. E ele não iria entender se despejasse palavras de agradecimento. Agora, os gestos eram o que mais contavam. 

- Obrigada. - Minha voz não havia passado de um sussurro falho. 

Olhei para Mary, eu poderia abraçá-la. Poderia agradecer. Mas apenas a encarei. Ela entenderia o agradecimento contido ali, era tudo o que se tinha a fazer. Sorri fraco, e antes que pudesse voltar, ela chegou mais junto de Nicholas, e pediu que prestassem atenção no que falaria. Disse coisas sobre esquentar uns aos outros, abraçando todos ao mesmo tempo. Não foi preciso que ela repetisse uma segunda vez. Formamos duplas, cada um abraçando alguém em cantos do bote. Não poderíamos ir todos para um lugar só, ou ele viraria. Olhei para os lados, e meu corpo entrou em estado de choque. 

A maioria das pessoas ali, já estavam abraçadas. Inclusive Milena, que se encarregou de puxar Aaron, o qual eu tinha acabado de ver. Ela arrumou o garoto que tinha me ajudado, Steven, amigo de Timothy e Sebastian. Ficou perto de todos eles, enquanto olhei para o lado. Não tinha que ter orgulho agora. Não tinha que ter nada, além do senso de sobrevivência. Me aproximei de Hanna, passando os braços ao redor dela, de uma forma vagarosa. Não lhe encarei. Recostei o queixo no topo de sua cabeça, apertando o abraço. Era a minha forma de afastar uma interação direta aos olhos. 

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Mensagem por Convidado Sex 14 Mar 2014 - 0:41


S. S. Melissandre
No momento não havia mais o que se fazer, mas Nich comigo me deixava mais calma, mesmo com aquele corpo boiando ao nosso lado. Eu tremia em pensar na família que perde seu parente e eu com os meus perdidos no navio. Escuto o que o Nichola diz para Kaíra, pouco se ouvira o que os dois falavam, eu só ouvia mesmo porque estava perto de ambos. Ficava feliz por saber que meu namorado era apegado assim a sua família e seu jeito protetor era encantador. E Kaíra parecia estar com sorte, completamente beijou o Gerrard. Apesar que sorte é uma palavra irônica nesse momento. Mas achei educado me apresentar pelo menos para a garota, de alguma forma indireta éramos parentes. – Prazer... Sou a Mary. - Sorrio para a moça desajeitada. Um sorriso parecia um ato humano demais para o momento. E me aconchego no colo do meu namorado, não só pelo carinho, mas também pelo calor de nossos corpos, o que era muito importante no momento. Até que ouço sua voz chamando minha atenção e me viro pra ele.

- Eu prometo fazer de tudo para me salvar. Mas te deixar para trás, nunca prometeria isso. Já deixei Milena e Dexter, já é duro demais pra mim isso, não vou deixar você para trás. – Digo engolindo a seco quando digo de Milena e Dexter.

Mas logo observo gente falando e me viro novamente para descobrir o que é. Quando olho vejo de longe um cabelo rosa e outra loira que estava se aproximando. Quem mais podia ser? Milena e Hanna. Meu rosto se ilumina com um pouco de esperança e vou até onde elas estão para ajudar elas a subir no bote. Uso uma força que eu nunca imaginei ter antes para puxar elas rápido para o bote e logo puxo Milena para um abraço bem forte, eu não sabia se sorria ou se chorava. Mas eu me sentia com uma felicidade injusta em ver minha irmã viva ao meu lado. – Milena, onde você estava? Nich foi te procurar, eu te gritei e nada... Senti tanto medo de ter acontecido algo com você mana, já passamos anos separadas, não queria passar a eternidade. – Digo com um peso no coração e ao mesmo tempo alivio. Logo vou abraçar Hanna também e digo. – Fico feliz por estarem bem, obrigada por me trazer Milena. – A família estava quase completa, faltava só Dexter, estava ainda tão preocupada com ele, de alguma forma eu me sentia a mais velha da família, a mais protetora e precisava de todos. Nunca tive um dia tão movimentado na minha vida. Ainda dava para ouvir gritos vindos do navio e isso me assombrava.

E de longe vi alguém pulando perto do nosso bote, não perto demais. Mas perto. Conhecíamos aquele ser de algum lugar e logo nos desesperamos ao vê-lo pulando. Dianna, mesmo machucada imediatamente pulou no mar atrás do garoto. Muita gente gritou para ela, entraram em desespero e tudo que havia direito. Sentimos um pouco de alivio ao ver que ela pegou o menino e voltava. Mas no fim do trajeto, já no lado do bote ela perdera a consciência. Gerrard imediatamente pulou na água sem pensar duas vezes. Uma atitude louca, já que estava desesperado. Ajudo Gerrard a trazer Dianna e Sebastian para cima e também ele. Ambos estavam desacordados. Suspiro tentando manter a calma. Vejo um sorriso dela de agradecimento e sorrio de volta. Me sentia tão bem e motivada depois de ter salvo uma vida.

- Alguém ajuda aqui com o Sebastian, por favor? – Digo olhando para todos ali. Imediatamente dois vem ajudar enquanto eu e Gerrard cuidamos de Dianna. O combinado era um faz massagem cardio pulmonar e o outro fazer respiração boca a boca. Eu massageava seu peito na esperança de ajudar em seguida Gerrard fazia a respiração. Foram três tentativas até que Ela cospe água. Suspiro aliviada. Não podia negar minha história com a Dih, mas ainda éramos grandes amigas. Sento no bote ao lado do Nicholas respirando fundo, segurando as lágrimas e digo vendo que Gerrard não estava bem.

- Kaíra, cuida do Gerrard, por favor? – Digo tentando ficar mais calma.

- Então... Todos... Acho que deveríamos nos abraçar, para manter a temperatura do nosso corpo equilibrada, isso ajuda bastante. Também vamos tentar tratar um pouco os machucados dos outros. E não sabemos o dia de amanhã, então aproveitem que está chovendo para se hidratar. Porque agora nosso objetivo é sair vivos daqui. – Digo em um tom alto o bastante para todos escutarem, volto a abraçar o Nicholas enquanto rezava baixinho comigo mesma, pedindo para que tudo desse certo.
thanks rapture
Help!
Apocalipse
Nicholas
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Mensagem por Dexter F. Schuester Sex 14 Mar 2014 - 2:08

Convés do Melissandre, 14 de Março de 2014, tempestade. ADEUS.

"Não seja legal comigo, Matt. Eu me tornei uma pessoa ruim, magoei pessoas, fiz coisas erradas. E você sabe qual o maior problema disso? É que eu não tenho mais treze anos. - Jenna Rink"

Dream of Me - Part 1



Olhei para além do convés. A brisa gélida parecia percorrer cada parte do meu corpo, com tamanha intensidade a me arrepiar completamente. O barulho das águas sendo cortadas pela velocidade do cruzeiro a avançar, faziam com que eu me segurasse firme ao ferro. Distribuídas pelo perímetro, alguns poucos jogavam conversas fora, alguns namoravam, e os como eu, apenas olhavam para além do que nossa visão poderia contemplar. Me auto-abracei, envolvendo meus braços por cima do tronco. Ao fazer isso notei um certo inquietamente no mar, por mais que fosse comum as águas estarem revoltas naquela época. Fechei os olhos a sentir a brisa gélida contínua, que me trazia lembranças, maus e bons momentos. Tal qual uma orquestra, aquele vento parecia tocar de forma inaudível uma bela melodia. Eu não precisava de nada física, nada além do subjetivo.

De um piano imaginário, fizeram-se as notas suaves, acompanhadas pelo som de uma lira singela. Aos poucos era notável a chegada de demais instrumentos. Em contraposta à bela orquestra, aqueles pensamentos me tomaram a mente de forma bruta. Traído duas vezes, término de namoro recente, ver todos ao seu redor amar. E o pior de tudo? Olhar-se no espelho e fazer a simplória pergunta todas as noites - "Qual o meu defeito?" - Embora eu sempre me questionasse, até mesmo as respostas eram incertas e aumentavam o vazio. Era uma sinfonia melancólica, misturada aqueles sentimentos que tanto me cortavam violentamente no interior da alma. Com a voz a fraquejar, entretanto sussurrante e afinada, cantei calmamente:

Let me sleep
For when i sleep i dream that you are here
Your mine
And all my fears are left behind...


Fazia uma harmonia baixinha com a voz e pus as mãos nos ferros de proteção do cruzeiro ao sentir um balançar brusco e intenso. Interrompendo a canção de forma rápida, engoli seco e senti outro solavanco.Guiando meus olhos para a frente, eis que notei as águas mais revoltas que anteriormente, e talvez até mortíferas. Os ventos pareciam vir de diferentes regiões, de modo a convergir conosco. E fez-se o pânico. Eu estava estático e totalmente imobilizado ao ver a revolta da natureza naquele momento. Era possível ouvir gritos de pessoas já a desesperar-se e prantos não faltavam, acerca do medo da possível morte. Apitos, sim apitos, eles soaram alto e alguns homens pareciam tentar organizar toda algazarra. Muitos corriam para dentro, ou tentavam se segurar em partes significativamente fortes do cruzeiro. "Sai daí, corra para refúgio." - Soltei subitamente o ferro protetor e tentei correr, sendo impedido pela visão obscura daquele lugar. Ao notar o clarear límpido de um relâmpago, as formas da ilha se modelaram claramente diante de minha visão, agora amedrontada. Não pela morte, ou pela dor, mas pela circunstância, pelas minhas irmãs e prima Hanna. Por Taylor, meu grande amigo:-Gente. - Sai gritando pelo convés em meio as pessoas desesperadas - Mary, Mimi, Hanna.

Não demorou até eu ver a grande onda se formado além mar, caminhando assim para chocar-se de encontro com o cruzeiro. Senti meu corpo gelar e gritava:-Tay, cadê vocês? - Passei as mãos pelos cabelos em desespero. Nenhum rosto conhecido. Oh Mary e Milena, minhas doces irmãs e tão pouco tempo que tivemos tornara-se inesquecível, e por mais que outros me adornassem pensamentos, era nas faces delas que eu pensava. Eu, que toda vida fui só, pela primeira vez senti que se preocupavam comigo:-Mary, Milena. - Gritei com a voz mais grave e chamativa que podia. - Não houve resposta. Numa tentativa, talvez derradeira, corri dando a volta para a parte do convés em que estava antes. Foi em meio dos rostos diferentes que vi seus cabelos negros e logo seu rosto:-Mary. - Alguns gritos de desespero foram ouvidos a brandir e apontar para trás de mim. Num gesto esticando a mão para mim ela gritou:-Dex. - Apressei os passos para chegar nela, entretanto do alto barulho fez-se o silêncio. Das angústias, a plenitude do desconhecido. E o que acordado estava, fechou os olhos. Apenas senti a água me empurrar abaixo.


(...)


-Dexter, o que faz aí sentado só? - Vovó apareceu na soleira a olhar-me inquiridora. Com a boina cinza na cabeça, virei-me com meu sorriso doce:-Acho que o papai vem me buscar hoje. Vi num desenho da Disney ontem que podemos desejar coisas secretamente, e elas acontecem. - Subitamente as feições de vovó mudaram de curiosidade, para algo mais brando, e eu arriscaria dizer, dó. Aproximando d banco de mármore a qual estava sentado olhando para o portão, com nada mais que a mochila nas costas, ela olhou para a entrada:-E quer ir embora, petit? Não está feliz comigo? - Através dos olhos azuis, encarei-na e depois baixei o rosto:-Só quero um pai, uma mãe. Eu posso trocar a minha voz, igual a Ariel. Eu posso. - Senti as lágrimas tomarem a minha face e as bochechas esquentarem, à medida que vovó colocou as mãos a dar tapinhas nas minhas costas:-Dexter, há coisas complicadas na vida, principalmente quando se trata do seu pai. Olhe para mim. - Ainda em reluta, ergui os olhos mareados e encontrei os seus. Segurando posteriormente em minha mão, ela prosseguiu:-Algumas coisas na vida são para doer, e essa dor faz crescer. Sei que é ruim querer algo que não se tem, mas é a sua vida. Talvez compreenda coisas mais a frente, entretanto para além dos filmes, você é apenas o meu menininho perdido da terra do nunca francesa. Não queira coisas tão grandes agora. Vai ficar tudo bem. - Passando os braços em torno de mim, ela me abraçou no momento em que chorei. E aquela cena se repetiu pr vários anos, até que entendi que ele jamais me buscaria.


(...)


Meus olhos abriram rapidamente, bem como, uma dor forte na perna direita, anunciava um machucado forte. Alguns rostos estavam distantes, alguns sons me confundiam. Haviam zumbidos em minha cabeça, que girava como um carrossel. Desta vez observando meu tronco nu, com parte da camisa rasgada, eis que com dificuldade me sentei, logo visualizando o corte na perna. Meu corpo tremia de forma deliberada, e involuntariamente elevei uma das mãos para a parte de trás da cabeça, espantando-me com o sangue que nela veio. Olhando para a mão suja em vermelho forte, senti lágrimas caírem pela face. Zumbidos, eles continuavam fortes e persistentes. De todas aquelas sensações, havia apenas uma que se sobressaia, o vago, branco. Como aquele sangue havia parado ali? E o corte na perna? E quem eram todos aqueles?- Passei a tremer mais e mesmo com dor, abracei os joelhos com medo. Eu não sabia de nada, porque nem ao menos eu lembrava. Tudo havia se perdido.
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Mensagem por Kaíra Keat D'Alleman Sex 14 Mar 2014 - 3:10


 

 


S. S. Melissandre

Quando tirei as mãos de meu rosto notei que a embarcação estava mais cheia, ou era apenas o meu cérebro brincando comigo. Bem, se fosse o caso eu realmente estava perdendo a razão, pois a namorada do meu primo tinha virado duas... Seus rostos eram iguais, mas suas roupas, assim como o cabelo, eram bem diferentes. Tentei controlar minhas lágrimas, mas não conseguir. Tinha perdido as esperanças, sabia que esse seria o nosso fim, não tínhamos como nos localizar, como nos alimentar, hidratar ou qualquer coisa básica para sobrevivência. Tinha vivido tempo de mais nas ruas pra saber quando uma situação não tinha saída, e pelo visto a nossa seria a mesma do corpo boiando fora do bote. Instintivamente levei a mão a minha cintura, não dava mais para sentir minha cicatriz e graças a tatuagem nem ao mesmo dava para notá-la. No dia que à "ganhei" também acreditei que era o meu fim, no entanto me enganei, ainda estou aqui, viva. Talvez eu também estivesse enganada agora, talvez como daquela vez, um milagre nos salvasse. Era isso o que eu mais queria, mas infelizmente não tinha força para ter fé.

Algo tocou meus ombros, se eu não tivesse tão fragilizada meu reflexo natural iria me fazer bater primeiro e olhar depois, mas considerando a situação apenas me voltei na direção da mão que me tocou e acompanhei a extensão do braço até chegar ao rosto do sujeito. Era Gerrard de novo. Não sabia o que dizer, me sentia mal por ter caído em cima dele, afinal de contas o garoto já estava machucado e ainda me sentia envergonhada por tê-lo "beijado". O que eu posso dizer, tecnicamente não tinha sido um beijo, mas de qualquer forma nunca tinha sentido os lábios de um homem junto aos meus e definitivamente não era daquela forma, muito menos em uma situação como aquela que eu imaginava. Desviei os olhos do rosto do garoto e pensei em me desculpar, mas ele se adiantou agradecendo pelo casaco que havia lhe emprestado. Por dentro me sentir aliviada por ele não ter tocado no assunto e apenas assentir com a cabeça ao responder sua pergunta. Era claro que ele poderia cobrir o pobre garoto que o salvou, momento atrás, com ele. Nunca fui apegada a bens matérias e não era naquele momento que começaria a ser. Além do mais todos nós iríamos morrer mesmo, não faria diferença com quem meu casaco estaria quando nossa hora chegasse.

Assim que Gerrard se afastou sentir uma mão tocando a minha, dessa vez era meu primo. Saber que aquela podia ser a ultima vez que agente se via, me fez ficar terrivelmente arrependida de não ter permitido a entrada dele em minha vida. Meu coração começou a doer e as lágrimas rolaram sobre meu rosto com mais intensidade. Ele parecia tão seguro quando falou que tudo ficaria bem, no momento quase acreditei, mas tinha um vazio em meu coração que sempre fazia eu achar que no final, mesmo quando as coisas acabavam bem, elas tinham acabado da pior maneira possível. Era estranho, mas eu nunca me sentia satisfeita, sempre acreditava que as coisas tinham quer ser diferente, sempre procurava por algo que eu nem ao menos sabia o que era. Nicholas retirou algo do bolso e colocou contra minhas mãos. O gesto inusitado me assustou, não estava acostumada a receber nada das pessoas, elas apenas tiravam tudo que eu conseguia, por toda a minha vida foi assim não esperava que isso mudasse. Com a mão livre tentei enxugar meu rosto enquanto Nicholas começava a falar da nossa avó, era estranho pensar que tive uma, não me lembrava de alguma vez ter me imaginado com uma. As palavras que se seguiram me tocaram profundamente. Era prazeroso e ao mesmo tempo assustador ter descoberto que tinha alguém que me amava, que "comemorava" meus aniversários, que se importava comigo. Alguém que cuidaria de mim se eu não tivesse sido largada no pior lugar do mundo pela minha mãe. Quando o garoto terminou de falar eu não sabia o que fazer, todo o meu corpo tremia e meu coração batia descontroladamente. Assim que ele me soltou, trouxe minha mão para perto do meu rosto para poder fitar o objeto, era a coisa mais linda, delicada e valiosa que eu já tinha visto em minha vida, pois o valor sentimental do objeto nunca poderia ser pago por dinheiro nenhum no mundo. Tentei falar e só então me dei conta que tinha esquecido de respirar. Tomei ar com a boca algumas vezes e murmurei em um fio de voz — Obrigada por isso... primo. — disse tentando formular algo coerente para dizer, mas nada vinha em minha mente. Nada mais importava, nem o morto, nem a tempestade, nem as pessoas a minha volta. A única coisa que conseguia fazer era ficar lendo e relendo a frase que tinha na corrente. — Obrigada, de verdade... — Agradeci mais uma vez com sinceridade. Momentos depois a namorada dele se apresentou como "Mary" — Prazer, Kaíra... — Disse apenas, sem desviar os olhos por um segundo da corrente.

[...]
O tempo foi passando, de novo Gerrard salvou uma pessoa. Dessa vez foi uma mulher, junto com a morena que agora sabia que se chamava Mary, foi incrível ver os dois lutando lado a lado para salvar a vida da garota que eu nem ao menos conhecia, mas logo ela despertou e isso fez com que as pessoas no bote ficassem mais aliviadas. Muitos pareciam conhecê-la e eu apenas me sentir bem por não ter que ver outro corpo sem vida. Mary se apressou em dizer para eu cuidar de Gerrard e por um momento a fera que dormia dentro de mim se manifestou querendo saber quem tinha elegido ela a líder, talvez as palavras de Nicholas tivessem me trazido de volta a vida e aquele colar fosse a esperança que faltava em mim, porem nada disse. Ela estava certa, eu era uma das poucas pessoas no bote em bom estado de saúde, tinha que cooperar.

Guardei a correntinha em minha bota, junto ao meu canivete que sempre levava comigo pra onde quer que eu fosse, sabia que ali ela não seria perdida e me aproximei de Gerrard. O ultimo salvamento acabou de vez com o "ki" dele e talvez nem mesmo uma semente dos deuses o fizesse levantar — Acho que tá na hora do "guerreiro sayajin" que vive em você descansar — murmurei baixinho apenas para ele ouvir, não podia correr o risco de SanClair ouvir minha piada sem graça, ela me rotularia como nerd pelo resto da vida.  Fitei o garoto de cima abaixo, não tinha reparado antes que ele era tão bonito, infelizmente estava bem machucado e eu não sabia ao certo como iria ajuda-lo — Aonde dói mais? — Perguntei gentilmente, tirando o cabelo que cobria a testa dele para avaliar melhor os machucados da região. Atrás de mim pude ouvir Mary voltar a falar e de novo ela estava coberta de razão. Cheia de vergonha me aproximei do garoto, não tinha muito o que fazer em respeito aos machucados dele, mas como a morena disse, podia aquecê-lo. Com cuidado para não machuca-lo mais, o envolvi com os braços — Não se acostuma não, Trunks... — murmurei de modo que apenas Gerrard pudesse ouvir  — E nem tente nenhuma gracinha... — Disse decidida, mas tinha plena conscienciosa que o garoto não poderia fazer nada no estado em que ele estava. Assim que me sentir mais aquecida, o cansaço tomou conta de mim e sem poder fazer mais nada, apenas me deixei levar pelo sono e em pouco tempo adormeci.

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Kaíra Keat D'Alleman
Kaíra Keat D'Alleman

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Mensagem por Adm Sex 14 Mar 2014 - 7:07


trouble on
Sea
Naufrágio • S.S. Melissandre • con no one •

Olhei para o céu ao ouvir as palavras de Dianna e ela tinha razão. O céu estava se enchendo de nuvens tempestuosas, o mar estava se revoltando e a tripulação estava correndo pelo convés.
-Vou descobrir o que está acontecendo. Vá para um lugar seguro. Falei apertando o ombro de Dianna levemente e caminhando rapidamente para a ponte de comando.
Assim que pisei na parte interna do navio ele se sacudiu e se não tivesse me segurado na parede teria ido para o chão. Água começou a passar entre minhas canelas. Me voltei para o caminho que tinha vindo e corri.


Cheguei no bote em que estavam as garotas e me acalmei um pouco pois todas já estavam lá. O bote foi colocado no mar, pessoas gritavam por socorro, outros tentavam forçar a entrada nos botes. Mas o que mais chocou a todos foi Sebastian se jogando ao mar. Me preparava para ir até ele quando Dianna num roupante de loucura se atirou ao mar. Nunca deixaria ela fazer isso sem tentar salvá-la. Ela queria se matar?

-San, Hanna eu vou atrás dela. Se não voltar em 20 minutos continuem sem mim e mandem procurar a Dih. Falei tentando conter o desespero em minha voz. A situação já estava ruim, não queria piorá-la.

Me lancei ao mar, indo na direção que tinha visto Dih seguir, lutar contra a correnteza era difícil, mas eu tinha uma motivação maior. Continuei a nadar, cada braçada que eu dava me fazia engolir água salgada. Parei de nadar e girei a cabeça em todas direções a procura de algum sinal da garota.
O que eu vi me fez ficar aliviado e mais desesperado ao mesmo tempo. Os cabelos dela.
Usei a maior força que consegui para alcançá-la. Ela estava desistindo e eu não deixaria isso. A segurei pela cintura e puxei para se agarrar em mim.

Ambos estávamos fracos quando achei o bote novamente. Ela por ter ficado ao mar e eu por lutar contra o mar por ela. Passei ela para as pessoas do bote primeiro, afinal ela era a prioridade ali. Uma onda forte passou e me puxou para baixo, embaixo da água tudo parecia mais calmo, dava até uma certa nostalgia.
Quando voltei a superfície bati a cabeça levemente no bote, causando um ferimento que começou a sangrar. Segurei a mão que foi oferecida e me puxei para o bote. Tinham deitado Dih. Me ofereceram uma igual mas recusei e fui até seu lado.

-Você não vai se ver livre de mim tão cedo Dih. Comentei com dificuldade para a garota deitada. Minha visão estava levemente turva por conta do corte. Apertei sua mão e me virei. Sebastian estava encostado num dos cantos, ao que parecia tinha conseguido alcançar o bote.
Todos estavam ali. Pelo menos os que eram importantes para mim. A maioria abraçado ao seu par ou amigo. Me encostei ao lado de Dih e a última coisa que me lembro antes de apagar é do rosto preocupado de SanClair. E de Mary agindo como uma mãe e tentando tomar conta de todos.


thanks ♡♡♡
Adm
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Mensagem por Beat Sáb 15 Mar 2014 - 20:42



S. O. S. Melissandre


Exaustos, cansados, feridos e amedrontados, quem não estaria? A viagem dada como comemoração transformou-se numa verdadeira tragédia, cujas lembranças dificilmente irão desvanecer com tanta facilidade. O drama foi ainda maior na hora da fuga, quantos não conseguiram encontrar a salvação? Quantos serão esquecidos e engolidos na imensidão do deserto marinho, sem ninguém para erguer uma lápide ou escrever um epitáfio. Mas não era hora de chorar para os mortos ainda não!

Na água as coisas tornavam-se mais infernais, surgiram heróis para salvar aqueles que tinham a vida por fio, prontos para ter o coração pesado na balança de Anubis. A intervenção humana trouxe salvação, fosse pela ação rápida de Noah ao fazer uma espécie de resgate enquanto o Navio rangia para seu fim, ou a bravura de Gerrard que apesar de ferido lutou contras ondas para salvar seus companheiros, no fim os esforços de todos foram recompensados, a vida se prendia a eles com esforço.

Afetados pela hipotermia, traumas psicológicos e algumas escoriações leves pelo corpo todos se juntavam afim de passar o calor, principalmente para os membros inconscientes, como: Sebastiam Smythe, Aaron S. Venturi e Steven M. Levine. A lua no céu, sequer chegava a ser vista, as nuvens formavam uma camada invejável e choravam água condensada em memória aos mortos. E quando a esperança parecia brotar no olhar de cada um deles, o destino fez questão de lembrar que outros tentaram sobreviver e não tiveram tamanha sorte, portanto nada seria fácil. A seleção natural faria seu trabalho, até porque a morte era a maior probabilidade.

Passaram 3 horas à deriva no mar aberto, boiando em meio ao desconhecido, quando Cody, Milena e Mary perceberam algo diferente, uma barbatana se mostrava em volta do bote de cada um dos grupos e então rapidamente mergulhava. Logo em seguida algo se chocava contra os botes, não foi o suficiente para derrubar ninguém, mas tinham mais que uma suspeita sobre tubarões. Ao longe alguém podia ver um borrão negro, ERA TERRA FIRME!! Uma praia, longe, à alguns kilometros, mas era a esperança brotando em meio às desventuras. Só que nada vem fácil, uma lição que eles deveriam aprender desde já.

A correnteza finalmente ajudou, conseguiram se aproximar mais da ilha, mas então um problema veio à tona. Um cinturão de pedras e rochas guardava a praia em que iam em direção. Com a velocidade e a força da correnteza o choque deixaria um estrago, o suficiente para ceifar a vida de alguns menos desafortunados, tentar lutar contra o mar já era uma decisão suficientemente louca, e vocês provaram disso na façanha que foi sair vivo do naufrágio ou se atirar ao mar para tentar salvar algum companheiro. O relógio ia contra todas as chances, tempo não era um aliado, dificilmente era. A distância ia diminuindo cada vez mais, lutar contra as probabilidades deve ser algo que vocês já aprenderam, por isso todos esperavam pelo pior, talvez meia dúzia de incrédulos ou persistentes não esperava pelo pior, mas fora isso o consenso era geral.

Tudo piorou quando após o balançar do bote, vocês viram uma onda grande se formar ao horizonte, nada de Tsunami, longe disso, no entanto era uma daquelas típicas ondas que surfista algum quer perder. Cada vez mais próxima, só agora vocês tomavam magnitude do que estava por vir, a onda tinha pouco mais que 4 metros de altura, mas por sorte (sim sorte porque poderia ser pior), ela parece que irá quebrar pouco depois de vocês, mas não nas pedras. Eram duas escolhas, pular do bote ou permanecer, em qualquer uma delas as chances eram poucas. A onda vem, puxa o bote até metade da sua altura, forma o túnel/canudo com vocês na metade e então quebra.  A água os engole de forma voraz, alguns apagam na hora, outros conseguem alguns poucos segundos para ver o desastre que seria antes de ficar inconscientes. Praticamente todos se chocam contra as pedras, o impacto é suficiente para agravar a situação. Nada além da imensidão da escuridão regendo seus corações, luta contra o ceifeiro. Quando finalmente acordam os grupos estão prontos, com sorte algumas pessoas permaneceram juntas e todos aparentam estar vivos.



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