{FP} Chloe Eve Campbell - University of Julliard

Verão, calor, sol, praia, novas pessoas. Assim era a vida de Chloe, no Rio de Janeiro. Filha de representantes brasileiros da linha Mackbook Air, da marca Apple, distorce-se em diferentes personalidades. Não é o que se pode chamar de bipolar, como a própria gosta de dizer, ela age de formas diferentes, perante cada caso que se encontra. Se está em uma briga, torna-e uma pessoa extremamente violenta e agressiva. Se está em um momento de flerte, é perigosamente amável e afetiva. Chloe tem muitos contatos, costuma cantar por pura diversão, e vive por aí, fazendo algazarra com os amigos. Porém, isso só acontecia nas férias. Na maior parte do tempo, Chloe viajava para a Austrália, onde fazia aulas de dança, em uma academia particular. Fazia balé desde pequena, mais não como um ritual. Gostava de levar alguns afazeres como hobbies. Fora a dança e o canto, o que mais gostava de fazer, era fotografar. Viajava com frequência, atrás de novas paisagens. Havia cursado o ensino médio no Canadá, em um internato feminino. Ainda mantinha contato com todas as amigas, e também, com os vários garotos que muitas vezes burlavam as regras do internato, e entravam  as escondidas para promoverem as mais incríveis festas.

Havia ido parar em New York, onde havia mandado uma carta de recomendação para a Julliard Graduation School. Não era a primeira opção, mas, era a que oferecia vagas no momento, então tentou. Queria ir para Yale, e cursar fotografia, porém, havia ficado para depois. Estava com a carta na mão, passando pelas portas da grande universidade. Tinha uma bolsa pendurada no ombro, o celular na outra mão. Estava a passos de dar um rumo a própria vida.

• NOME: Chloe Eve Campbell

• DE ONDE É?: Brasil.

• IDADE: 19 anos.

• GRUPO?: Julliard.

Havia sido chamada para fazer a audição em Julliard, e não tinha um momento mais feliz para condizer com o estado em que se encontrava agora. Estava com uma calça legue preta, uma regata branca com alguns dizers de Los Angeles, os cabelos presos em um rabo de cavalo bem feito. Nos pés, converse de couro, também preto. Eram de cano longo, se fundiam ao legue. Na cintura, um casaco Gap azul petróleo. Estava com um fone em um dos ouvidos, escutando Valentine, do Cody Simpson. Cantarolava baixinho, esperando ser chamada. "It's the first of february and I can't get you outta my head..." Uma menina saiu das portas escuras de vidro, os olhos repletos de lágrimas. Chloe mordeu o lábio, sem saber se eram lágrimas de felicidade ou de tristeza. Muitas pessoas já haviam saído da sala aos prantos, e não se intimidaria por aquilo. Mais algumas pessoas entraram e saiam inexpressivas. Pensou se não deveria mesmo se intimidar, mas não obteve tempo para uma auto resposta. Descobriria agora, já que havia sido chamada.

Seguiu uma mulher loira até uma sala grande, ocupada por apenas 3 pessoas e um grande piano. Em frente a suas mesas, estava minha ficha. Com o homem que estava na ponta direita, encontrava-se minhas recomendações. Holly Baker, Gregory Sullivan, Dimitri Berbatov e Katy Winston. O homem da ponta esquerda estava com minha ficha escolar do ensino médio. Já a mulher que havia entrado comigo, sentou-se ao meio, e estava com uma folha de preenchimento em branco. Com dificuldade, viu que era a folha de matrícula, caso fosse aceita na audição. Engoliu a seco, abrindo um pequeno sorriso.

- O que está esperando, garotinha? - O homem da esquerda foi curto e grosso.

Pigarreou, arqueando a sobrancelha direita. O encarou, as mãos atrás do corpo, segurando o pen drive com a música que usaria como audição.

- Que você parasse de ler. Aprendi que interromper as pessoas é falta de educação. - A mulher abriu um sorriso discreto, e anotou algo em um bloquinho.

- Uh, Chloe, certo? - Assentiu para a mulher. - Mostre-nos o que sabe fazer, mocinha. - Com o polegar, ela indicou o aparelho de som.

Encaminhou-se até onde ele estava, e plugou o pen drive em uma das entradas. Selecionou a música editada para um começo com um intervalo de 30 segundos, para que conseguisse se afastar um pouco dali, e pudesse se posicionar para começar.


Antes que a melodia da música começasse, se aproximou do piano que havia ali. O meu maior temor, era que não houvesse um. Em pé, começou a dedilhar as notas iguais as da canção, enquanto apenas dublava para si mesma a canção, não precisava cantar. Mexia-se para os lados devagar, no ritmo.


Com um pé a frente do outro, foi se afastando das teclas, dando a volta pelo piano, girando algumas vezes o próprio corpo. Enquanto cantava o "Real hard, it's so hard", abriu os braços e se encostou-se no piano, ainda se movendo para os lados, deixando apenas metade da cabeça visível, olhando para um lado, depois para o outro, ainda seguindo o ritmo.


Se afastou dali, parando em frente aos três. Esticou a perna esquerda para o lado, e impulsionou o restante do corpo para o mesmo lado. Esticou agora a perna direta para o lado direito e impulsionou o corpo para este lado. Repetiu ambos os movimentos sem pausa, enquanto movia os braços cada um para um lado, rebolando algumas vezes.


Correu até estar perto de um pilar da sala, segurando-se nele como na letra dizia. Girou-o brevemente, de costas, depois de frente, sempre girando o próprio corpo. Alguns fios de cabelo soltavam-se do rabo de cavalo, enquanto dançava. Botou as mãos no quadril e se balançou para os lados e logo depois caminhou para o lado do piano novamente. Colocou uma mão sobre a cabeça, subindo pela nuca até estar no topo, enquanto dava pulinhos curtos.


Voltou até a frente dos três, e se inclinou em frente ao homem da esquerda, o qual havia sido curto com a garota. O encarou, sentando em cima da mesa, sem se importar. O olhou nos olhos, dublando a parte da canção, junto com a voz de Ariana Grande. Fez uma careta a qual indicava que não se importava com ele, sabia que era um risco o que estava fazendo, mas não era de levar desaforos para casa. Apontou o piano, e se desvencilhou da mesa, e ao chegar perto do piano depois de correr, se impulsionou e sentou em cima dele, balançando as pernas como uma criança.


Espalmou as mãos no piano, enquanto ainda balançava as pernas, como se pudesse cair dali. Se deitou, e mexeu os braços, como se estivesse na neve e pudesse fazer um anjo no chão. Levantou-se e pulou, saindo dali. Assim que voltou ao chão, foi serpenteando o corpo lateralmente pelo lado esquerdo da sala, logo depois, voltando pelo direito. Ao completar a coreografia, parou no meio e começou a rebolar em movimentos de 180º com a cintura, para um lado, depois para o outro. Quebrava cada rebolada com um pulo curto.


Esticou as mãos para cima, e fingiu se segurar em algum lugar. Logo depois girou, esticando as pernas para os lados, tocando os pés com suavidade no chão, se movendo para os lados, enquanto movia a parte superior do corpo para os lados, fazendo um tipo de "shake". Colocou uma mão na cintura, usando o dedo para negar, como dizia a letra. Girou sobre si, bem no momento em que a última nota da canção soou, indicando que a audição tinha acabado. O homem da esquerda estava com uma expressão fechada, carrancudo. O da direita tinha um sorriso mínimo, enquanto a mulher me encarou com os olhos inexpressivos.