FP ~ Brandon Luthor

Brandon nasceu em Nova York, dezoito anos atrás. Seu pai era um famoso empresário do meio esportivo. Sua mãe, apresentadora do maior programa de notícias da tv americana. O destino traçado para Oliver era, sem dúvida, ser empresário como o pai ou ser jornalista como a mãe. Mas, desde pequeno, apresentava perícia como cantor e ator. Sua família fingia ignorar suas habilidades artísticas e procuravam incutir no pequeno garoto uma paixão por atividades mais sólidas. Sem sucesso. Ele interessava-se pela escrita e por outras matérias escolares, mas sempre se saía melhor na matéria de artes e música. Seu pai resolveu então, deixar Brandon fazer o que fazia de melhor.

Aos quinze anos, Brandon conheceu um garoto cujo estudava na mesma instituição que ele, se tornaram grandes amigos e desenvolveram uma espécie de elo bem forte, quase que como irmãos, porém, aquilo não seria, para Brandon, algo como amizade e foi então que descobriu sentir uma atração pelo outro.
Sua mãe sempre fora uma amiga, tirando a parte de optar pelo mesmo a fazer algo com base ao jornalismo. Contou tudo para ela que logo viu que seu filho estava sendo maduro o suficiente para declarar-se diferente. Seu pai só veio a aceitar sua opção depois de dois anos.

Exatos dezessete anos o relacionamento veio a florir de forma lenta, o outro também insinuou a sentir algo pelo jovem, mas tudo não seria um mar de rosas, os pais do garoto eram rígidos e não admitiam que ele fosse seguir esse rumo, não precisaram de esforços para por uma menina na vida do filho, Brandon fora deixado de lado como se um brinquedo quebrado não tivesse mais a sua função de divertir o próprio o que quebrou o menino por dentro...

Seus pais lhe proporcionaram uma vida nova, deram a ele uma chance de crescer e evoluir por si só para aprender mais sobre o mundo, claro, sempre podendo contar com eles quando ele mais precisar. Se matriculou na Dalton, uma escola para meninos que contem um coral próprio, os Warblers, ficou satisfeito com a chance que seus pais lhe deram, então, ele ficou se preparando para sua audição que lhe garantiria uma vaga no coral da academia até o dia que lhe traria a resposta para o inicio de seu sonho.

• NOME: Brandon Luthor

• DE ONDE É?: Nova York

• IDADE: 18 anos

• GRUPO?: Warblers

Era chegado a hora, estava um tanto nervoso para me apresentar, não saberia quem seriam os olheiros do coral, mas eu sabia que tinha que impressioná-los então colocaria minhas emoções pra fora e fazê-los sentir o que eu estava sentindo naquele instante. Minhas lembranças quanto ao maldito garoto que arrancou meu coração, ele teria seu lugar reservado na minha lista negra, daria o primeiro lugar, por isso preparei algo que fosse impressionar um pouco até mesmo os que iriam me avaliar, pois, usaria uma força na interpretação no qual eu estava temeroso em usar, não sabia como eram as coisas por ali, seria como se fosse uma audição as cegas.

Ao subir no palco do auditório vi aquele tremendo espaço vazio com apenas alguns olhares me avaliando, respirei fundo e me apresentei:
- Boa tarde. Sou Brandon Luther e vou me apresentar com a musica, long way to happy da cantora Pink.
Abaixei a cabeça ouvindo o silêncio do ambiente e então comecei na capela.

-One night to you
Lasted six weeks for me... (levantei minha cabeça o final desse pedaço e coloquei minha mão fechada em um punho na direção do meu peito esquerdo, posicionado em cima do coração.)
Just a bitter little pill now
Just to try to go to sleep. (meu tom de voz ainda era baixo, tal como se tivesse conversando com os demais a minha frente, permaneci até o sleep dando uma pausa de cinco segundos enquanto abaixava minha mão para prosseguir com a estrofe.)
- No more waking up to innocence
Say hello to hesitance
To everyone I meet... (pronunciei essa parte da estrofe como sequência sem pausa, não deixando de sair do tom)
Thanks to you years ago
I guess I'll never know
What love means to me but oh (nesta parte fui pronunciando em pausa, as palavras, no ritmo da música até o know. Prossegui falando a última frase até chegar no but oh cujo prolonguei um pouquinho fazendo meu tom subir apenas um tom a mais do que estava antes)
I'll keep on rolling down this road
But I've got a bad, bad feeling (comecei a me movimentar, dei dois passos para frente, meu timbre ia se abrindo de um grave médio para um grave mais aberto. Levantei minha mão novamente agora para frente olhando para o único holofote que estava me iluminando. Ao pronunciar a última frase fechei minha mão em punho novamente e dei dois singelos murros no inexistente enquanto aumentava minha voz pronunciando bad, bad feeling.)

It's gonna take a long time to love
It's gonna take a lot to hold on
It's gonna be a long way to happy, yeah
Left in the pieces that you broke me into
Torn apart but now I've got to
Keep on rolling like a stone
Cause it's gonna be a long long way to happy (me senti mais livre no refrão da música, minha boca estava bem amplificada pronunciando as palavras nas duas primeiras frases que entrava junto com a música na versão play back, meus braços também estavam abertos como se pedisse para que alguém me acudisse daquela dor. Assim que cheguei no It's gonna be a long way to happy, yeah deixei minha voz mais levada para o agudo que não era tão alto, meu timbre era rouco que fazia lembrar a voz da cantora só que pra versão masculina. Prolonguei o long na vogal depois seguindo com o resto da frase.
Seguindo no refrão comecei minha interpretação enquanto cantava, não perdia o timbre que voltava para o tom a baixo do cantado na primeira frase. Colocava as mãos a cabeça e bagunçava meu cabelo e logo segurava no colarinho da minha blusa e fui puxando ela que causou na perda de três botões da minha camisa social. Eu o via ali na minha frente, olhava para ele rindo enquanto estava se divertindo com ela, com a garota que destruiu meus sonhos de estar com ele.
Terminava a parte final do refrão de forma mais calma enquanto olhava para os avaliadores de forma séria.)

A música então aumentou o ritmo agora indo para a parte mais sentimental, me virei de costas caminhando pelo palco perdido, via aquele maldito por todas as partes até de repente senti-lo perto de mim, estava ali, parado a minha frente enquanto me olhava nos olhos parecendo querer me ajudar depois de ter me destruído.
- Now I'm numb as hell and I can't feel a thing
But don't worry about regret or guilt cause I never knew your name.(Levei minha mão ao rosto dele que não existia na minha frente e sim na minha mente enquanto cantava a primeira frase de forma baixa. Inclinei minha testa encostando com a dele agora pronunciando a segunda frase que ao chegar no cause I never knew your name o empurrei para longe de mim fazendo aquela lembrança sumir como uma névoa densa soprada pelo vento gélido do sul)
I just want to thank you
Thank you
From the bottem of my heart... (caminhei para trás enquanto meu tom novamente ia subindo para uma nota mais aberta, para uma expressão mais nítida. Juntava minhas duas mãos as entrelaçando pronunciando o agradecimento olhando para o nada, mas ele ainda estava ali. Depois bati de leve no lado esquerdo do meu peito ao pronunciar a última frase seguindo com a música.)
For all the sleepless nights
And for tearing me apart yeah YEAH!! (fui ajoelhando lentamente, abaixei a cabeça tornando minha voz mais grave como se estivesse demonstrando raiva, eu estava, ditando a primeira frase, depois me joguei para trás com os braços abertos caindo no chão desiludido e sem forças, porém, no último yeah gritei com ênfase fazendo minha voz ecoar pela sala e então a música parou.

Me virei para o lado me levantando lentamente e então o som do violão acompanhado pela sombra da guitarra de fundo me fez acompanhar com o restante da música enquanto ficava de pé de forma derrotado pelos sentimentos mórbidos pelos outro.
- It's gonna take a long time to love
It's gonna take a lot to hold on
It's gonna be a long way to happy, yeah
Left in the pieces that you broke me into
Torn apart but now I've got to
Keep on rolling like a stone
Cause it's gonna be a long long way (estava com um timbre mais rouco, novamente me voltando a comparar com o timbre da cantora na versão mais masculina. Pronunciava as letras com mais melancolia até chegar no Left in the pieces que era aonde a música voltava a explodir com a batida me fazendo passar as mãos pelo rosto e voltar a puxar novamente a minha blusa que perdia todos os botões sentindo minha raiva por ter tido algum sentimento pelo infame.
Ao chegar na última frase caminhei para frente chegando ao limite do palco e olhei para o holofote o encarando e voltando a caminhar de costas.)

- It's gonna take a long time to love
It's gonna take a lot to hold on
It's gonna be a long, long, long, long way to happy, yeah (cantava no mesmo tom grave com a rouquidão e me arranhava, na repetição do long bati meu pé no chão as quatro vezes e voltei a ver o outro na minha frente me encarando agora de forma séria e então voltei a ficar próximo a ele e da mesma forma séria pronunciei o resto da música como se estivesse falando pra ele como eu iria me sentir dali pra frente)
- Left in the pieces that you broke me into
Torn apart but now I've got to
Keep on rolling like a stone
Cause it's gonna be a long long way to happy... (cantei no ritmo da música as três primeiras frases olhando para o garoto na minha mente e ao chegar no final da estrofe caminhei para trás enquanto olhava para ele, na minha frente, fazendo meu tom ir abaixando a cada palavra e por fim no way to happy respirei fundo e me virei de costas para agora meu passado indo até o fundo do palco e antes de sair me virei para trás vendo a lembrança se dissipar junto com o som do violão que tocava sua última nota fazendo agora com que minha apresentação se finalizasse.