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The Bluebird Cafe

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Mensagem por Convidado Qua 15 Abr 2015 - 0:42

The Blue Bird Cafe

 O lugar é excepcionalmente agradável, apesar de não ser o mais luxuoso dentre os demais lotes comerciais da cidade. O "The Bluebird Cafe" era um bar no estilo country. Todo de madeira, desde o piso ao teto, era o melhor ambiente para se divertir entre amigos. Alguns – se não a maioria – dos frequentadores do local gostavam de aparecer vestidos como cowboys. Camisas xadrez, calça apertada, botas e um bom chapéu. Bebidas de todos os tipos estavam logo atrás do balcão do bar, onde quatro pessoas – dois garotos e duas garotas – atendiam os demais clientes, enquanto músicas tocavam de uma antiga jukebox.

O que mais chamava atenção, era o palco não muito alto, e um painel de karaokê não muito do lado. As pessoas costumavam deixar o meio do salão (ou como queira chamar a frente do palco) para que os ousados cantores aproveitassem ao máximo da apresentação. O dono costuma contratar algumas bandas que estão em ascenção, ainda prestes a estrear uma carreira profissional. Fotos de artistas country's famosos estão espalhados pelo local, enquanto ainda eram iniciantes e tocavam naquele antigo palco situado bem ali, a dispor de quem quisesse usá-lo.
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Mensagem por Billy M. Currington Qua 15 Abr 2015 - 0:44

Country Pride
Olhe adiante, muito além às bebidas quentes e estabelecimento de aspecto limpo. Passando pelo casal fogoso perto da janela, bem ao fundo do lugar, numa rodinha de pessoas, homens e mulheres, dos mais engravatados com o uniforme da Dalton, aos mais relaxados de bermudas sujas. A risada contagiante e as palavras em tom alto não assustavam, pelo contrário, a maioria dos outros fregueses ficava muito à vontade, tudo gracas a pequena reunião de amigos, conhecidos e completos desconhecidos que de curiosos se aproximaram para ver o que se passava. O motivo ficava claro depois de ver um violão de cor escura passar das mãos de um moreno para as de um loiro com boné de basquete, ninguém menos que o nobre Gerrard, vestindo sua camiseta favorita com o desenho de um cachorro salsisha com a frase "A Home without a dog is just a House" e como sempre um jeans muito bem ajustável sobre o tenis branco. Ninguém menos que o próprio Gerrard que na defesa do orgulho caipira tratava de dizer que aquilo não era country. Afinal em que mundo aquela música da Taylor Swift seria country, tava muito mais para um pop moderno.

- Que isso, tá faltando o sotaque. Sabe essa coisa carregada que o povo do norte vai à loucura? É literalmente esse 'cumpadi', 'uai so'. - abordou o autêntico caipira do Mississippi usando do sotaque carregado para fazer a autêntica sonoridade puxada de tais expressões. Certamente se alguém ali pudesse falar de country era ele, há técnicas primordiais para se ordenhar uma vaca e ela não escrever seu nome na lista negra, ou mesmo de pegar a galinha para o almoço sem deixar que ela se torne uma espécie de Ronaldinho Gaúcho e lhe aplique incansáveis dribles. Com o violão em mãos ele mudou a afinação rapidamente e soltou a introdução de El Paso de Marty Robbins, aos poucos mais e mais pessoas curiosas cessavam suas conversas para observar. O som agradável do country que saía da união entre dedos caipiras e violão bem afinado só parou quando um dos envolvidos na rodinha de amigos protestou falando que não tinha dificuldade em tocar tais riffs, eram simples demais. Pra que? Aquilo subiu à cabeça de Gerrard que não era tão impulsivo, mas não deixaria que insultassem sua cultura assim.

Os dedos mudaram totalmente a percussão, um som rápido saía do violão, um tanto pesado, lógico que nos limites do instrumento. Por quase 45 segundos Gerrard tocou um dos solos de Through The Fire And Flames da banda inglesa DragonForce. - Isso é difícil pra você? Isso não passa de fritação, um cara não precisa de mais nada além de um violão e palavras sinceras pra expor sua arte. - defendeu-se mais uma vez fazendo o headbanguer metido a Rapunzel se recolher em olhar indiscretos. Algumas pessoas aplaudiram e assoviaram em apoio à atitude do roceiro. Steven apenas exibiu uma careta descontraída enquanto alguém colocava um chapéu de cowboy em sua cabeça, apesar de suas raízes não era bem fã do acessório, mas não retrucou ou reclamou. - Tá pensando o que rapaz, cê tá achando que me bate na música country é? - retrucou descontraído dando lugar à risadas.
Billy M. Currington
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Qua 15 Abr 2015 - 19:13

live with no lies

You know our love would be tragic. You're my favorite kind of night.

Ohio estava mais parado que posto de gasolina de fim de mundo. Depois da badalada festinha de Tyler, e do que eu teria que enfrentar em seguida, tudo o que eu precisava, era de uma noite tranquila e sem preocupações maiores, ou acabaria surtando. Com Hanna e SanClair de volta a cidade, as coisas pareciam menos densas, mas tudo parecia estar mais intenso. A relação com San parecia ter, finalmente, entrado no eixo certo. Até agora não haviam discutido nem trocado farpas, e isso era um avanço muito grande. Com Hanna, as coisas ainda estavam carregadas. Precisavam conversar e ambas estavam cientes disso, mas deixavam passar. Por seu lado, precisava desse tempo para não ser fria, e acabar tratando-a de forma totalmente desnecessária.

Olhos castanhos chocolate travaram na figura diante do espelho, que olhava de volta. Calça jeans escura com um cinto caramelo um pouco mais grosso que o normal, camisa xadrez vermelha com branco, jaqueta de couro preta e cabelo solto. Estava com botas de cano médio e sem salto. Como era alta, precisava medir bem essa coisa de salto alto, ou acabaria fazendo cosplay de uma girafa. Pegou a chave do carro na aparadeira atrás da porta do quarto, tirando dez notas de cem dólares da minha carteira, e um cartão de crédito. Nunca se sabe o que poderia acontecer em uma noite em Ohio. Era melhor se prevenir. Colocou o dinheiro e o cartão em um dos bolsos internos da jaqueta, puxando o celular de qualquer jeito, jogando-o no bolso de trás da calça um tanto apertada. Já tinha um destino certo. Não tinha frequentado mais que duas vezes, e percebeu que não haveria pessoas conhecidas por ali, que pudessem lhe cercar e tentar puxar um assunto chato. Tudo o que fez, foi agitar a cabeça e sair de casa, em direção ao The Blue Bird Cafe.

Levou em torno de quarenta e sete minutos para chegar. Como morava um pouco afastada de onde os bares e restaurantes da cidade se encontravam, era sempre bom sair mais cedo de casa, e ter tempo de sobra para se divertir. Estacionou o Audi A9 em uma das poucas vagas restantes, sentindo-se um pouco envergonhada. Os demais carros tratavam-se de caminhonetes ou modelos mais antigos e clássicos. Apesar do Audi ser extremamente confortável, Dianna sentia-se um pouco exagerada, nesses momentos. Deu de ombros, comprimindo os lábios ao entrar no recinto.

Havia mais gente ali hoje, do que nos outros dias que tinha frequentado. O barulho de uma música – não tão country – soava da antiga jukebox no canto do bar, e pela voz, poderia jurar ser Taylor Swift. Ela ainda deveria ser considerada uma cantora country? Depois de 1989, ela mergulhou de cabeça no pop. Difícil dizer algo quando não se entende muito dessas raízes. Argh! Como tinha gente! Abri um ligeiro sorriso para uma turma mista entre rapazes e garotas que acenaram mais ao canto. Todos estavam conversando animadamente, e uma leve onda sonora de conversas paralelas recobria a música, me distraindo um pouco. Estava calor, então tirei a jaqueta, pescando as coisas que havia deixado dentro, espalhando pelos meus bolsos da calça.

Como os cowboys aguentam usar essas calças apertadas todos os dias? — perguntou em um suspiro baixo. — Nossa senhora!

Resmungou, conseguindo guardar tudo. Estava próxima do balcão do bar, então se recostou a madeira velha, um dos garotos que atendiam vindo de imediato para pegar o pedido.

Uma água, por favor. — era o que tomaria para iniciar a noite.

Como não havia comido nada, não poderia começar a noite com uma bebida muito forte, ou até mesmo com uma cerveja. Precisava hidratar as células corpóreas para evitar um mal estar. Enquanto aguardava a água, resolveu observar as pessoas de uma forma melhor. Não muito longe de onde estava havia um casal. Eles disputavam animadamente quem aguentava mais shots de Tequila. Era engraçado, o cara já tinha o rosto e pescoço completamente vermelhos, com uma careta. A mulher, sorria como se estivesse sóbria, e se não fosse o brilho incomum em seus olhos – e a parte em que ela quase cuspiu o shot em cima do cara – poderia passar despercebida. Abriu um sorriso, recebendo sua água.

Obrigada.

O rapaz não esperou por um pagamento. Abaixo da água havia uma cartilha, onde o que fosse consumido iria sendo marcado, e ao final da noite, quando estivesse indo embora, prestaria contas com aquele papel. Caso o perdesse, pagaria uma boa taxa para compensar. Abrindo a garrafa, esticou os olhos ao ver que quase do lado, estava o garoto loiro e musculoso que havia encontrado na festa de Tyler. Steven Gerrard. Mais é claro. De todas as pessoas, ele era o único que poderia encontrar ali. Por que não?

Inconformado, cowboy? — tampou a garrafinha, adorando o fato da água estar incrivelmente gelada.

Gerrard tinha uma expressão engraçada. Não sabendo o por que, resolveu implicar. E claro, poderia ter encontrado um parceiro para aproveitar a noite ao melhor estilo de uma raiz que  ele entendia, e muito bem.

I'll give you black sensations up and down your spine.
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Mensagem por Billy M. Currington Sex 17 Abr 2015 - 17:44

Country Pride
De alguma forma parecia que aquele pessoal ali nunca mais iria zoar o country, afinal todos sabemos que para a maioria dos nortenhos, ainda mais aqueles que vivem em grandes metrópoles, vide Nova Iorque e variantes, o country é tido como um estilo musical antiquado, fora do tempo, o que obviamente não é verdade basta Blake Shelton, Lady Antebellum, Florida Georgia Line, Miranda Lambert, Shania Twain, entre outros botem os pés lá e o lugar vai abaixo. É como dizem todo mundo tem um lado caipira quando o banjo começa a tocar, a diferença é que alguns reprimem tal lado, outros não.

Saiu do transe quando alguém pediu para que ele mostrasse como era um "country de verdade", foi então que Gerrard se lembrou que estava num Blue Bird Cafe, o bar temático country originário de Nashville e que já revelara inúmeras bandas e cantores famosos, tendo isso em mente o caipira já cogitava a música que tocaria até uma nova presença mudar completamente o rumo das coisas. Tratava-se de Dianna, dessa vez vestida de um jeito que parecia estar a caminho de um rodeio. Steven arqueou as sombrancelhas ao ver a cena, ela dava uma ótima caipira, diga-se de passagem. - Nem um pouco! - respondeu à ela logo olhando para trás. Naquela direção o palco ainda vazio, da madeira solitária onde o microfone e o aparelho de karaokê estavam a disposição. Mais ao lado a placa luminosa na vitrine indicando que era a "noite do microfone aberto". Tocar por diversão, aquilo já se tornara uma utopia? Encarou Dianna novamente e com o dedo indicador pediu um minuto a quem lhe pedia para tcoar algo.

Saltou de onde estava e com passos apressados chegou até aonde a morena estava, poupou grandes explicações, tinha um lado bem impulsivo e vívido, uma animação particular que justificava o apelido que teve na infância (Jumpin' Jack Jolted, algo como, Macaco Saltidante Eletrizado). - Se bem me lembro você também é de um coral ou sabe cantar né?! - tempo mínimo para respostas, dois segundos depois ele já estaria arrastando-a até o palco nem que tivesse de ser sob os ombros. - Sua hora de brilhar jovem, prove que sabe mais que cantar músicas sem riffs decentes e rebolar. - falou em baixo tom apenas para que ela ouvisse. Pegou o violão conferindo rapidamente a afinação. - Então gente essa aqui é minha amiga Dianna e ela vai me ajudar nessa música. - encarou Dianna pronto para ver a cara de espanto da mesma, Mary tinha deixado bem claro que ele seria o único cantor de country da cidade ou então do estado, então não esperava muito. Se ela tivesse dúvidas poderia acompanhar a música pela tela do Karaokê, em poucas palavras apenas a encarava esperando um aviso para começar.
Billy M. Currington
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sáb 18 Abr 2015 - 9:41

We’ll sing a cheating song just like they used to do!

Okay, okay. Vamos com calma. Em menos de o quê? Dez? Cinco segundos? Fui arrastada por Gerrard em meio a multidão, um pouco confusa. O que ele estava prestes a fazer? Depois de me perguntar algumas coisas, que eu não sabia dizer bem o que tinha sido, já estava com ele em cima de um palco, encarando um pequeno público. Certo, estava me sentindo assustada. Não do tipo ruim, que se sente infinitamente nervosa por que esta prestes a cantar na frente de tantas pessoas. Tinha o csotume de fazer isso no coral, então era o de menos. O engraçado, era a forma como Gerrard estava agindo. Não se lembrava de vê-lo tão enérgico. Se bem, que não o conhecia tão bem assim para saber se este era mesmo o jeito dele, enquanto estava a vontade. Bem, poderia usar a noite para descobrir isso. Tratei de abrir um sorriso, desfazendo a meia careta que estava antes.

Depois de verificar a música que ele havia selecionado, optei por acompanhar na tela do karaokê, já que não sabia dela por inteiro. Sim, já havia ouvido, uma única vez e era boa em captar as sondas musicais. Porém, era um estilo fora de si, não poderia me sair tão bem quanto o cowboy ao meu lado, mas faria a tentativa por ele. Não peguei o microfone, deixando-o ainda no pedestal, para o começo. Olhei para o lado, vendo Gerrard apoiar um violão na perna, e logo deixar seu olhar sob o meu, e ali estava evidente sua pergunta não verbalizada de "podemos começar?" Estava rindo internamente do que ele tinha me dito, baixo, para que apenas eu escutasse. Prendi a língua entre os dentes, assentindo para que ele começasse a canção. Ele parecia fazer questão de entrar no espírito da coisa, já que o karaokê faria o instrumental da música e mesmo assim, ele estava ali, segurando o violão firmemente, acompanhando sem nenhuma dificuldade o começo do que seria o nosso dueto.

You ain't dolly
You ain't porter
She’s a little bit fuller
Yeah? Well you’re a whole lot shorter
Let’s dance all night and fill the juke box full a quarters

O ritmo era de fato estimulante. Apenas aqueles primeiros acordes unidos ao tom originário de cowboy de Gerrard fizeram meu pé esquerdo ganhar vida própria, enquanto titubeava a frente da bota no piso do palco, seguindo o ritmo enquanto ele aclama o "you ain't dolly" de uma forma até que divertida. Meus olhos não desgrudaram da tela do karaokê, não queria me perder e me colocar em uma situação embaraçosa, envolvendo o louro ao meu lado. Cantei o "you ain't porter" quase falando, olhando brevemente para meu companheiro, voltando a focar na tela. Ele seguiu com o "She's a little bit fuller", deixando que minha voz soasse firme no "Yeah? Well you're a whole lot shorter", executando um vibrato bem afinado no "shorter". Nossa voz se uniu na parte final da estrofe, e não deixei de perceber que poderíamos cantar alguma coisa, sem parecer dois retardados bêbados metidos a caipiras cantantes.

Coz you ain't Dolly
No? and you ain't porter
I noticed you right of the back in them cowboy boots
Who couldn’t help but see you in that rhinestone suit
Well that’s coz I’m the reigning queen of karaoke night

Gerrard voltou a cantar o "Coz you ain't Dolly" sozinho, sua voz em um tom mais descontraído ainda. Isso me fez pensar no quanto ele poderia sentir orgulho do seu estilo, e era como estivesse abrindo meus olhos para que eu pudesse ver que ele também poderia ser divertido, tanto quanto qualquer outro tipo de música. Voltei a olhar para ele enquanto cantava o "No? And you ain't porter", sorrindo um pouco sem jeito, ainda. "I noticed you right of the back in them cowboy boots" foi minha vez de cantar mais uma parte sozinha, e ousei esticar a perna, tocando a ponta do pé no pé direito de Gerrard, em sua bota, não aguentando mais me segurar, movimentando os ombros distraidamente, ao ritmo da canção. Ele deu entrada em sua mais nova parte, resplandecendo um tipo de sorriso (?) à sua forma cantando o "Who couldn’t help but see you in that rhinestone suit". Me virei agora para ele, achando sentido naquela parte que cantaria. "Well that’s coz I’m the reigning queen of karaoke night" Dei de ombros, abrindo um sorriso maior, aumentando uma escala vocal ao cantar a parte do "karaoke night", ouvindo as palmas ritmadas do nosso público.

Well if I get drunk enough to sing hell I just might
But hey now don’t you worry cowboy coz I’ll get your through
We’ll sing a cheating song just like they used to do

Alguns casais dançavam a seu jeito, enquanto cantávamos. Todos pareciam prestar atenção em nós dois. Gerrard parecia confortável em seu canto, enquanto eu ainda estava um pouco deslocada, apesar de tentar não demonstrar. Era a primeira vez que cantava algo deste gênero, e achava estar me saindo bem. E para continuar assim, poderia me livrar da coisa de deslocamento, e estar mais fixa ao lado do cowboy, para parecer alguém como ele. Confiante, e totalmente caipira. Acabei rindo de mim mesma, ouvindo ele cantar o "Well if I get drunk enough to sing hell I just might", engrossando a voz, gerando algumas risadas divertidas com sua interpretação. Tinha caído em um bom momento, ou pensariam que poderia ser louca em estar rindo sozinha. Me aproximei um pouco mais de Gerrard, antes, retirando o microfone do suporte do pedestal, decidindo agir mais firme. Coloquei uma mão em seu ombro, dando dois tapinhas suaves e sem força alguma. Era como um cutucar mais improvisado e menos irritante do que espetar a pele dele com a ponta do dedo. Minha voz tomou o lado divertido, e quase falei no lugar de cantar uma outra vez, o "But hey now don’t you worry cowboy coz I’ll get your through." O loiro tocava brilhantemente, enquanto o karaoke continuava sua execução das letras na pequena tela, os outros instrumentos soando vividamente enquanto arrastávamos o público para uma ocasião diferente, naquela noite. Sua voz tomou o lugar da minha uma última vez, no "We’ll sing a cheating song just like they used to do", antes de repetirmos o refrão.

Coz you ain't Dolly
And you ain't Porter
She’s a little bit fuller
Oh sweetheart you’re a whole lot shorter
Let’s drink all night and fill the juke box full a quarters

Ele ainda estava em seu tempo de cantar, então refez o refrão, com o tom de um bom caipira no "coz you ain't dolly". Voltei a cantar o "and you ain't porter" aumentando outra vez a escala vocal, e usando do bom vibrato que tinha para acompanhar a decência do country e não tirar a boa essência que a canção original repassava. "She’s a little bit fuller" foi cantado por ele ao mesmo estilo de quando recomeçou o refrão. Não sabia para onde olhava, agora. Para Gerrard tocando e cantando espontaneamente, quase como se estivesse mostrando àquelas pessoas que aquela música era uma verdadeira forma de mostrar sua raíz de cowboy, ou para o público, que se divertia a custas de nossa performance. Acabou que eu já estava dançando ao ritmo, enquanto cantava novamente o "oh sweetheart, you're a whole lot shorter" tão a vontade em estar ali, que quem me visse agora - e certamente não me conhecesse -, poderia pelo menos pensar que aquele era o meu jeito. Uma caipira cantante e descontraída. Nos juntamos outra vez no "Let’s drink all night and fill the juke box full a quarters", onde resolvi usar um pouco o palco, caminhando para o outro lado de Gerrard, me sentindo cada vez mais a vontade. Meu corpo se movia estupidamente animado com aquela performance, mas nada que pudesse me deixar fora do ritmo. Muito pelo contrário, estava começando a achar que poderia fazê-lo mais vezes. Nada que a prática não ajudasse a aperfeiçoar, em alguma hora. Mais não pensaria em nada disso agora, queria apenas continuar a cantar e divertir àqueles estranhos cowboy's, enquanto também poderia me divertir com eles e com Gerrard.


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Mensagem por Billy M. Currington Sáb 18 Abr 2015 - 14:22

Country Pride
Soltaram o comboio, só pode! Aquilo já tinha virado muito mais que uma apresentaçãozinha singela e humilde, pelo contário, era praticamente um show, tanto que desde o início da música até a parte onde estava (mais ou menos a metade) o Blue Bird já tinha bem mais visitantes, talvez o número de pessoas tenha crescido em cerca de  cinquenta à setenta por cento. Gerrard não sabia descrever como sentia falta daquilo, o desejo gritante e notório que entalava na garganta toda vez que acordava e se lembrava que daria de cara com um céu cinzento e opaco, sem o tradicional cheiro do orvalho da manhã ou o cantar do galo. As festas country nem se falavam, boates e outras diversões da cidade eram sem dúvida muito boas, mas nada se compara à uma festa local da sua cidade ou um rodeio, e ele tinha experiência para falar isso.

A maior surpresa no entanto foi Dianna, ela obviamente estava meio encolhida e assustada no início, não com medo do palco, mas talvez por estar fora de sua área de conforto, convenhamos só ele cantava country naquele diacho de cidade. A melhor forma de ajudá-la era dando seu melhor e deixando a música falar por si só, You Ain't Dolly and You Ain't Potter era uma das músicas mais dançantes e contagiantes que ele já havia conhecido, aquela típica música para encher o Saloon e bater bota até as solas dos pés estarem latejando de dor. Exatamente o que acontecia no Blue Bird, gostando do que ouviam e de toda animação que exalava do palco as pessoas aceitavam entrar na festa, puxavam seus pares ou apenas seus copos de bebidas e balançavam o corpo aleatoriamente dançando à sua maneira. Dianna era outra que já estava totalmente entregue, Gerrard poderia chamá-la de Dolly ao final que não duvidaria que ela o recebesse com um sorriso de orelha a orelha.

- Vamos lá rapazes, não deixem as moças esperando, chame-as para dançar. - falou ao microfone enquanto um pequeno solo tomava o tempo para respirarem um pouco ou simplesmente deixar a arcária dentária muito bem exibida no largo sorriso dar sua própria mensagem. Empolgado e à vontade com a canção um dos pés batia no ritmo contra o chão enquanto puxava o violão para si para acompanhar melhor o solo, o que não mudava em nada, mas todo guitarrista quando se empolga acabando fazer uma dessas maluquices.

You'll probably see me country singing on The Voice someday
Yeah and I'm the guy they wrote about in 50 Shades of Grey
Why don't you come on back to my place and you can have your way
Well baby that sounds tempting, but I just can't stay
Oh we won first prize cowboy, let's just split the dough
Honey I will always love you, but we'll never know

Dianna puxou o primeiro verso da estrofe, ela tinha um jeito diferente de dar entonação e clímax à música, será que era coisa de artista de cidade grande? Não sabia explicar, talvez o sotaque influenciasse."Yeah and I'm the guy they wrote about in 50 Shades of Grey"; um tom meio cômico tomou suas palavras, era o tempo dele encarar as pessoas dançando animadamente e dar de ombros olhando de rabo de olho para Dianna, ele era um péssimo ator, mas quando estava empolgado sabia tomar bem o espírito da coisa. "Why don't you come on back to my place and you can have your way"; respondeu ela. "Well baby that sounds tempting, but I just can't stay"; aproximou-se de Dianna lançando uma piscadela, mas virou-se rapidamente afastando-se na segunda parte do verso, como fosse um homem preso num dilema entre querer e não poder. Mordiscou o lábio balançando a cabeça negativamente enquanto ela dava prosseguimento à estrofe. Caminhou até a ponta do palco, era tão singelo que parecia mais um tablado que um palco, mas tudo bem. "Honey I will always love you, but we'll never know"; comprimou um sorriso com os lábios e fechou os olhos inclinando um pouco a cabeça para trás soltando a voz um tom mais baixo que o dela afim de buscar alguma aproximação com o público, como se estivesse conversando com um amigo que havia dormido com a garota de um outro amigo dos dois.


Cause you ain't Dolly
And you ain't Porter
She's a little bit fuller
Yeah, and you're a whole lot shorter
We danced all night and filled the jukebox full of quarters
Cause you ain't Dolly
And you ain't Porter, no
No, you ain't Dolly
And you ain't Porter

Voltou a aproximar-se de Dianna encarando-a fixamente para dizer em bom tom: "Cause you ain't Dolly" apontou. Ela protestou. Ele sugeriu: "She's a little bit fuller". E ela naturalmente prosseguiu a observação. "We danced all night and filled the jukebox full of quarters"; dessa vez dividiu o mesmo microfone que o dela para cantar o verso junto, mantinha uma expressão sem igual, parecia um daqueles garotos que tá jogando bola na rua e se esforça todo quando passa uma garotinha que atraí sua atenção na hora. "Cause you ain't Dolly"; fechou a boca deixando apenas um sorriso de canto com sombrancelhas levemente arqueadas. "And you ain't Porter, no"; e enquanto ela cantava tal parte ele deixava claro por meio de um gesto com a cabeça de que Dianna já havia se formado com louvor na escola country, nada com um bom incentivo, não é?! "No, you ain't Dolly/And you ain't Porter"; cantou junto mas ainda baixo para deixá-la tomar o palanque e ficar sob o holoforte, basicamente fez a segunda voz, mas dividiu os aplausos.

A abraçou ainda no palco. - O que foi isso? Desde quando você virou aprendiz da Shania Twan? - comentou em baixo tom apenas para ela e terminou de receber os aplausos do público que assoviava e batucava nas mesas e cadeiras colocando o chapéu de outrora na cabeça de Dianna. - A cerveja é por minha conta... - sugeriu em convite.
Billy M. Currington
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sáb 18 Abr 2015 - 17:41

and you ain't Porter  
like my town with a little trolli of poison nobody knows they're lining up to go insane. i'm all alone i smoke my friends down to the filteri'm all alone, i smoke my friends down to the filter but i feel much cleaner after it rains
___________________________________________________________________
A apresentação se seguiu, e tudo ia de vento em poupa. Mais olha só, alguns minutos no meio de um grupo de cowboys e já esta pensando como eles. Fiz uma pequena reverência ao público, que com certeza havia aumentado desde a hora em que havíamos subido ali para cantar algo. Olhei para o lado, procurando pelo responsável da existência daquele dueto e não o encontrei ali. Então, braços cercaram meu corpo e eu pude relaxar ao saber que Gerrard ainda estava ali por perto. Deixei o microfone de volta em seu lugar, e abri um ligeiro sorriso com sua proposta, retribuindo o abraço da melhor forma que pude.

Ótimo, estou mesmo com sede. —  sai do palco com ele.

Pensei em algo para falar, mas ainda estava um pouco aturdida em ter conseguido completar aquela apresentação, algo que de fato, estava bem longe da minha zona de conforto. Não era algo que envolvia dance, pop e ritmos que eu estava acostumada a trabalhar. Havia sido algo totalmente novo e inesperado. Mais um novo bom. Andei a seu lado, quase flutuando. A muito tempo não me sentia tão... Espontânea. Era cercada de tensões ou muitos afazeres. Não tinha preço passar um momento descontraído. A quanto tempo não cantava por pura diversão? Era sempre tarefas de coral e competições. Cheguei ao lugar onde havia estado antes, o balcão amadeirado do bar. Ali estava um pouco tumultuado, não tão livre quanto antes.

E então, Porter? Mandei bem? — fiz um gesto de cabeça para que ele olhasse por cima do meu ombro.

Antes de alguma resposta sua, me virei para um dos garotos que atendiam, pedindo uma cerveja sem álcool. Estava dirigindo, e não era opção tomar algo alcóolico. Após o pedido, me virei de costas para os atendentes e apoiei ambos os cotovelos na madeira, olhando melhor para o garoto a minha frente. Agora poderia entender – pelo menos um pouco – a coisa toda de Gerrard estar enérgico. Não sabia se isso era uma coisa dele, mas sentia-se cheia de energia, agora.

Acho que fomos a atração da noite. Ainda estão olhando e apontando para nós. — deixei minha cabeça pender para trás por alguns segundos, sorrindo ligeiramente — É sempre assim? Depois de cantar, as pessoas ficam te olhando como se fosse uma caipira famosa? — me permitir rir mais um pouco.

Havia notado alguns olhares nada indiscretos. Por precaução, cheguei um pouco mais perto do rapaz. Não que fosse indefesa ao ponto de arriscar a vida de outra pessoa para se manter em segurança. Como praticava boxe, saberia bem lidar com este tipo de problema, mas hoje era diferente. Era um dia para se divertir além da cota de preocupação. E também, uma nova música voltou a invadir o ambiente, soando mas alta que antes. Uma nova rodada de animação se fez presente.



_______________________________________

We danced all night and filled the juke box full a quarters


There's an old voice in my head that's holding me back. Well, tell her that I miss our little talks soon it will.
Dianna G. Ohlweiler
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Mensagem por Billy M. Currington Sáb 18 Abr 2015 - 18:49

Country Pride
A apresentação foi o engatilhar da arma, depois dela as pessoas pareciam mais a vontade, o suficiente até para subirem ao palco e continuarem se esgoelando no microfone, talvez agora a noite do microfone aberto estava oficialmente aberta. Dianna aceitou o convite e parecia ostentar o andar da vitória enquanto descia do palco, a apresentação não foi apenas boa, foi uma fodenda apresentação, ele conseguia imaginá-la facilmente em algum festival de sua cidade ou até mesmo condado. - Você tá parecendo um esquilo depois de umas xícaras de café. - falou animadamente esbanjando um largo sorriso enquanto se acomodava no assento ao lado dela e debruçava-se sobre o balcão, como fazia costumeiramente. Pediu uma cerveja e aguardou.

Olhou de soslaio para Dianna e nitidamente viu uma pessoa diferente, quer dizer a imagem dela já mudara depois que ele a encontrou na festa na casa de Tyler, e sua residência temporária até então. Por algum motivo as poucas vezes que viu ou ouviu falar de Dianna era sempre que estava acompanhado por Mary e daquela forma criara uma imagem de mulher intocável. Não que ele quisesse entrar em estereótipos, mas no passado duvidou muito que um dia estaria tão próximo dela daquele jeito, pior ainda fazer um dueto country, pareciam vibes diferentes, algo difícil de explicar, mas que veio totalmente abaixo agora. Pode-se dizer que na concepção caipira de Gerrard, Dianna parecia um tanto mais humana, e no presente momento bem mais relaxada do que quando entrou no Blue Bird. Ele certamente não era uma pessoa analítica e que sabia ler as outras com facilidade, mas assim que meteu os olhos nela neste dia até a hora que ela subiu ao palco Dianna parecia um tanto tensa, talvez estivesse errado, mas era certeza que ela estava muito mais à vontade agora.

- Vai dizer que você nunca se apresentou além do coral? Aquelas palmas ou os olhares de antes apenas mostram que fizemos um ótimo trabalho Dianna. - tomou um longo gole enquanto cumprimentava um sujeito qualquer que passou na frente deles gesticulando como se tirasse um chapéu. - Você foi ótima lá em cima, estão todos te olhando como se fosse a Dolly Parton, sem as inúmeras plásticas, e um tanto mais sexy, é claro.. - acrescentou acompanhando suas risadas.

Bebericou mais um pouco da cerveja quando notou Dianna meio desconfortável novamente, tentou traçar uma rota imaginária para o que os olhos da morena teriam percebido e assim observou um grupo de garotos. Nada incomum, em qualquer lugar homens encaram mulheres com olhares sugestivos ou como se tivessem fugido de um hospício. É instinto. Só não poderia contar com a aproximação dela, em resposta executou o mesmo movimento se aproximando mais os corpos, mas não parou por aí. A envolveu em seu braço pousando sua mão sob sua cintura, em outras palavras apenas botou lenha na fogueira, o dia já estava ótimo, não havia motivos para titubear.
Billy M. Currington
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Dom 19 Abr 2015 - 11:31

and you ain't Porter  
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A cerveja havia chegado, e prontamente me virei para pegar. Enquanto virava de volta, minha cintura havia sido rodeada por um braço forte e seguro. Acabei me recostando no braço de Gerrard, sem deixar o peso do meu corpo sobre ele, para não incomodar. Como estávamos bem mais próximos agora, podia sentir o cheiro que ele exalava. Não sabia dizer se era perfume ou um cheiro natural. Era um cheiro engraçado, fazia cócegas na ponta de meu nariz, mas era um cheiro diferente de todos que já havia sentido. Era bom. Enquanto tomou o primeiro gole da bebida, percebeu que o loiro havia passado alguns momentos me encarando com uma expressão meio distante. Ele parecia lembrar de algo que alguém havia lhe dito.

Cuidado pra não babar. — provoquei, pegando o queixo dele, erguendo-o um pouco para olhá-lo nos olhos.

Estava sorrindo para Gerrard em tom de brincadeira. Ergui uma mão, arrumando o chapéu que estava em minha cabeça. Sentia-me relaxada a cada segundo passado, e estava longe de imaginar que conseguiria estar assim em um lugar como aquele, e mais, com Gerrard.

Confesso que não esperava ter ido bem, desse jeito. Foi a primeira vez que cantei em um karaokê, e algo que eu nunca me imaginaria cantando. Você me deixou confortável no palco, obrigada. — mais um gole na cerveja, com um sorriso tímido.

Me virei um pouco de lado, ficando quase de frente para Gerrard, mantendo o sorriso de minutos atrás. O observei brevemente, ali de perto, sem pensar em algo fixo ou que devesse fazer sentido. Estava apenas o olhando.

Então, cowboy. Fale sobre você. Depois, podemos inverter isso e se for do seu interesse, posso falar um pouco sobre mim também. — prendi a língua entre os dentes.

A música havia parado, e alguém subiu ao palco. A nova canção era um pouco menos animada do que You ain't dolly, e a pessoa não cantava tão bem quando eu ou Gerrard. Tive que rir daquilo. Uma verdadeira risada. Uma que não dava a muito, muito tempo.



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Mensagem por Billy M. Currington Seg 20 Abr 2015 - 20:05

Country Pride
O comentário de Dianna o libertou de uma espécie de transe, pode-se dizer que iniciou com a aproximação dela. Aquilo ainda se tratava de fingimento? Se dependesse dele não. Uma sensação confortante e um cheiro agradável lhe abraçaram, ele pareou os olhos timidamente mais abaixo, do volume dos seios ao volume das coxas e arqueou umas das sombrancelhas passando a mão sob o queixo como resposta. O baque do "Cuidado pra não babar"; foi como um verdadeiro direto do Mike Tyson. Seu rosto é formoso, seu talhe elegante, os lábios rosados e a fala de mel. Cabelo com fios combridos de livre bacante e a cintura de anel. Mirou os olhos rasgados cor das safiras, tão serenos e puros da imensidão do mar. Caçou palavras mesmo que num primeiro momento lhes faltaram. Controle-se, controle-se, murmurou silenciosamente, talvez nem mesmo seus neurônios pudessem ter ouvido. Dava o braço a torcer, por alguns segundos tudo o que ela falara passou distante de sua mente, o hálito selvagem lhe queimava a face em seu louco tilintar.

- Se te faz bem, que mal tem?! - comentou usando algum de seus sorrisos fáceis, e que não tinha vergonha de ostentar. Talvez numa medida desesperada a mente recorreu a alguma frase pronta, para sua felicidade, foi uma que combinou com a ocasião. - Quando quiser madame, é só me procurar. - puxou o sotaque carregado de qualquer sulista do interior que se prese, licensa poética para isso, às vezes ajuda a compor a cena, pelo menos dessa vez já tinha a razão no controle dos pensamentos, ou pelo menos acreditava nisso.

O nocaute mesmo veio em seguida, com os rostos separados por uma distância mínina, tortura sublime, daquela forma ele ficava cada vez mais rendido à tentação. Pedir controle a si mesmo não adiantou, o desejo tilintando em tamanha languidez. Pensamentos que ele lutou para reprimir. Um som vibrou em seus tímpanos, ele delirou por um milésimo de segundo, mas não podiriam lhe culpar, a doce respiração que chegava à seus ouvidos era o bastante para fazer o cérebro se perder em realidades desejáveis, mas ainda assim muito além de hipotéticas. A fina malícia, característica de qualquer homem ainda mais na sua idade, tentou lhe enganar e com força sabe-se lá de onde ele saiu vitorioso sob si mesmo. - Bom, acho que não sou tão bad ass quanto a maioria os cowboys de qualquer filme western que se prese, mas bem, acho que sou só uma mistura de peão e fazendeiro que teve sorte de saber cantar... - pensou melhor - ...só um pouquinho é claro. - era um tanto humilde mesmo que a situação econômica da família dizesse o contrário, mas afinal, humildade não é uma rara virtude?

Ergueu o queixo e a encarou de rabo de olho. - Mas e você, o que me diz? Não me parecia muito bem quando chegou... - comentou como quem não quer nada. No fundo agradecia à música ruim, sem julgamentos claro, que diminuiu a carga do ambiente sobre ele, daquela forma poderia se portar e pensar melhor.
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Seg 20 Abr 2015 - 21:14

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Certo, deveria ter mesmo dito aquilo? "Cuidado para não babar?" Por que parecia ter feito o efeito contrário ao qual queria. Ao invés de despertar o loiro, havia-o posto em uma profunda situação de silêncio e olhares dispersos pelo meu corpo. Não consegui controlar a risada. Homens. Tomei mais um gole da bebida, espreitando os olhos assim que ele respondeu de primeira, seguindo com a proposta de que poderia chamá-lo quando precisasse. Ele poderia concertar umas coisas lá em casa. Imagens de um Gerrard sem camisa encheram minha mente, um sorriso de canto riscando meus lábios. Hey! Ele é cowboy, não um faz-tudo. Além do que Shannon preferiria um senhor de idade fazendo isso, de preferência, um que não a comesse com os olhos.

Certo, cidadão do campo. — olhei para o lado, percebendo que o homem que havia encarado anteriormente estava em algum outro lugar dali, longe de minha vista.

Isso significava que não teria mais nenhuma necessidade em estar tão perto de Gerrard, que parecia concentrado em pensar algo. Estava com calor, o ambiente era arejado, mas o fluxo de pessoas de mais se movimentando ao mesmo tempo era algo sufocante, em alguns momentos. Não via nenhum ventilador ou climatizador por ali, e estava levemente assustada com a possibilidade da temperatura continuar aumentando. Já estava ruim o suficiente daquela forma, não poderia piorar, certo? Afastou-se um pouco mais do caipira, sem tirar seu braço do lugar. Estava apenas dando-lhe seu espaço pessoal de volta. Tinha dado-lhe a liberdade para agir confortavelmente, visto que não tinha mais tanto espaço para se mexer. Estava começando a ficar apertado.

Bem, considere que sou uma garota urbana, sem todas aquelas frescuras de ter tudo cor de rosa e sair pisando em qualquer pessoa por causa de birra ao não ter conseguido o que estava querendo. — ri.

Era verdade. Só havia omitido a parte de ser multibilionária, e já ter domínios no próprio nome, se saindo como uma boa empresária jovem de mais para a carreira. Certamente contar algo do tipo, poderia passar a imagem contrária sobre quem realmente era. Isso sempre tendia a acontecer. Não arriscaria. A cerveja estava no fim, e ao último gole, teve um pensamento a risca.

Estava pensando aqui... Você deveria ir na On Fire. Quer dizer, já esteve lá antes? Se não, estou lhe fazendo um convite, peão. Já sabe o que se passa em uma boate, certo? — brinquei.

Esperei por sua resposta, pensando se deveria pedir outra cerveja sem álcool ou uma água. Lembrava-me de não ter comido nada, e por mais que não estivesse com fome, não poderia beber nada a não ser isso. Com o cotovelo direito, me apoiei no balcão, tirando o chapéu de minha cabeça, passando-o de volta para a de Gerrard, sorrindo abertamente.



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Mensagem por Billy M. Currington Qui 23 Abr 2015 - 10:46

Country Pride
Devidamente recomposto e com uma notável vitória da moral sobre o instinto ele estava em pé novamente, felizmente o desejo dissipou-se, ser homem não era fácil não, ainda mais visto as diversas situações que você tem de lutar infinitamente para pensar com a cabeça de cima, e por mais estranho que isso possa parecer, tipo aquelas filosofias de bares fim de carreira repletos de bêbados que não se lembram nem do próprio nome, mas te imploram por mais dois dólares para o próximo copo de whiskey barato, então isso não só parece como é. Em meio à isso e ao afastamento de Dianna ele retirou o braço de onde estava com aquela delicadesa vergonhosa de quando você faz algo e tenta concertar silenciosamente para evitar a vergonha e que as pessoas te notem, mas como podemos concluir ele não era muito sutil em determinados assuntos.

Ergueu o dedo indicador e abriu a boca como se estivesse pronto para dizer algo, certamente seria um pedido de desculpas pela ousadia, mas Dianna falou antes e ele voltou à posição de ouvinte. - Daria uma ótima caipira. - comentou fazendo brotar um sorriso de canto. Ergueu a garrafa de cerveja, notou que já estava vazia, contentou-se com apenas aquela, não era muito forte com bebidas e era por isso que em quase 99% das vezes ele ficava apenas com duas ou três cervejas, e isso já era o suficiente. Uma proposta um tanto quanto diferente surgiu dos lábios da companhia feminina, e, resposta semi-automática ele estreitou os olhos, encarando-a, do mesmo jeito que um esquilo faz quando percebe uma noz no horizonte, talvez ele parecesse um pouco com um esquilo também.

Boate, com certeza não era algo com que Gerrard estava habituado, já tinha tido suas experiências em locais do gênero, algumas proveitosas outras nem tanto. O fato era que sempre se sentia deslocado, até alguém lhe oferecer uma bebida maluca de cor cítrica e com gosto de marmelada com álcool 70% que, quando somada com o efeito psicodélico daquelas luzes endiabradas de boates, que não param num só segundo, ele acaba virando uma mistura de O Máscara com o Ligeirinho. De tais desventuras surgiram ocasiões como na noite em que estava na tranquilidade estudando o ambiente e vidrado numa moça de cabelos cacheados e cheios cuja a cintura parecia ter vida própria e foi apalpado, só não sabia dizer se era pela loira que passou atrás dele ou pelo negão de sexualidade questionável que passou acompanhando a loira, obviamente também poderia ser um anãozinho com cara de gangster/trombadinha que poderia ter algum interesse em sua carteira, águas passadas apenas.

Ajeitou o chapéu na cabeça forçando as abas laterais para dentro. - Dianna, me imagine numa boate. Eu ficaria mais perdido que uma vaca numa tempestade. - só para acrescentarmos, é impossível controlar uma vaca num campo aberto com uma tempestade. Acredite, ele quase quebrou um braço tentando laçar o animal. Fez aquele lance meio engraçado meio descolado que fazia tão bem as sombrancelhas ao tempo que apontava para trás de si. - Além do que, esse aqui é o meu mundo. - deu de ombros. Depois da descoberta do Blue Bird, uma notável franquia de bares country, em Ohio, sua estadia nunca mais seria a mesma. Extendeu a mão. - Mas então, que tal fazermos o que sabemos de melhor? Eu, você, o palco, um violão e dois microfones...ou talvez um só. - brincou segurando a risada. - Se mostrar que consegue ser tão caipira quanto eu posso pensar em ir passar vergonha em alguma boate por aí.
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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sex 24 Abr 2015 - 15:52

what have I done?  
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O movimento dentro do Blue Bird havia aumentado em grande volume. Me mexer era um trabalho tão difícil quanto respirar. Estava começando a achar que a pequena apresentação com Gerrard havia causado aquele tumulto, já que nem todas as pessoas ali, estavam vestidas como caipiras de raízes firmes. Alguns vestiam-se normalmente. Camisa de cor comum, jaqueta de couro e calça jeans. A temperatura estava ainda mais elevada, e eu perguntava-me mentalmente se ninguém estava prestes a derreter, como eu estava. Olhei para Gerrard, ele parecia a vontade naquela calça apertada, como todas as outras pessoas vestidas como eu e ele. Quase não havia prestado atenção no que ele tinha falado, tamanha a quentura que estava ali dentro. A bebida em minha mão já havia se esgotado, e só de pensar em estar naquele calorão sem ingerir nenhum tipo de líquido, me deixava tonta. Então, enquanto Gerrard me dizia algo do tipo "me mostre que é uma caipira de verdade", me lembrei que havia trago uma roupa reserva, já pensando no caso daquela calça apertada me incomodar. Meu sorriso foi gigante. Só não sabia dizer se era pela proposta que ele havia me feito, ou se pelo fato de que eu poderia me livrar daquela roupa.

Hey, você! — chamei a atenção de um dos garotos do atendimento — Traga duas cervejas sem álcool, por favor — pedi sem nem mesmo perguntar se Gerrard queria.

Depois de já ter me soltado ao subir ao palco com ele e ter aberto a noite de karaokê, já não tinha mais o que temer. A muito tempo não me divertia daquele jeito, estava distraída de todas as preocupações. Não sabia dizer qual o horário, mas se fosse o caso de chegar em casa junto com o amanhecer, era isso o que eu faria. Me aproximei de peão, tendo que quase gritar ao pé de seu ouvido por conta do barulho ali dentro. Lhe sussurrei um "Volto já!" e pesquei minha jaqueta, indo em direção do estacionamento. Não havia um pé de pessoa ali fora, apenas os automóveis, e não foi difícil encontrar o meu, ja que era o único esportivo luxuoso no meio de tantas caminhonetes. Me aproximei dele, entrando pelo banco de trás, soltando minha jaqueta de qualquer jeito ao meu lado. Liguei o carro, apenas para acionar o ar dentro dele, e me refrescar enquanto trocava de roupa. Não demorei em começar a me despir, demorando um pouco para me livrar da calça, e ao estar apenas de roupas íntimas, peguei a bolsa que estava no banco do passageiro, tirando de dentro a nova muda de roupas. Vesti primeiro a saia, erguendo um pouco o quadril para encaixá-la sob ele, e depois de abotoar o botão do jeans e subir o zíper, passei o cinto de fivela grande pelo cós, para em seguida vestir uma blusa branca de alcinha que ia até metade da barriga. Me abaixei para ajustar os cadarços da bota, que haviam folgado um pouco, saindo do carro ao terminar. Faltava apenas a camisa xadrez e a jaqueta de tecido para o caso de estar frio quando saísse de lá. Do lado de fora do carro, vesti a peça de xadrez em tons de verde água e verde musgo, estando pronta para voltar ao estabelecimento, o fazendo depois de pegar a chave do carro e mais um punhado de dinheiro.

Ao entrar, tive um pouco de dificuldade para achar o cowboy mais chamativo da noite, enquanto era imprensada por tantas pessoas. Lembrei que ele estava perto do balcão, e ao achar sua cabeça loira, e me encaminhei para perto dele, esbarrando em mais pessoas, procurando por espaço para chegar até ele.

Isso aqui está uma loucura! — disse, percebendo que não havia mais nenhum banco disponível ao lado dele.

Arqueei a sobrancelha ao ver um cara alto parecendo um barril caído no banco que eu estava antes. Dei de ombros, me enfiando no espaço entre o braço gordo dele e uma das pernas de Gerrard, me recostando na madeira do balcão, enquanto deixava meu corpo descansar ali, usando sua perna como apoio, estando quase colada a seu corpo. Não sabia se ele havia notado que eu tinha trocado de roupa, mas pelo menos, eu não precisaria me preocupar com a calça apertada e o grande calor que estava sentindo nas pernas. Bem. Se antes, quando estava com os braços em minha cintura ele não havia se incomodado, não o faria agora, ainda mais depois de ter deixado um ogro ocupar meu lugar, mas eu não estava ligando para isso. De forma alguma. Puxei minha cerveja para perto, tomando um bom gole. Sentir o líquido gelado descer pela garganta estava me parecendo o melhor presente dos Deuses naquele momento. Então, lembrei-me do que ele havia dito. Olhei de esguelha para o palco, vendo-o desocupado. Depois de mim e Gerrard, apenas mais três pessoas haviam ousado subir, e de fato, nenhum deles havia superado nosso maravilhoso dueto.

E voltando o assunto... Você não deveria ter me dito isso — pisquei para ele, lhe dando um beijo na bochecha, antes de tirar o chapéu de sua cabeça, pondo na minha e me afastando.

Me aproximei do karaokê, subindo os poucos degraus que levavam ao palco, já ouvindo assobios e algumas gracinhas que fiz questão de ignorar, revirando os olhos distraidamente, enquanto procurava por alguma música conhecida. "Vamos lá, máquina. Me ajude! Eu preciso de uma... Oh. Achei você." Segurar o sorriso foi algo impossível. Aquela era a música de ouro. Já havia cantado incontáveis vezes no chuveiro, o que tinha sido um ótimo treinamento para aquela noite. "É, Gerrard. Você não perde por esperar." Digitei o número 065, que era o código da música para o karaokê, e esperei o nome "Last name" aparecer para confirmar, e ir até o pedestal no meio do palco. Ajustei para minha altura, segurando o microfone com ambas as mãos.

Last night I got served
A little be too much of that poison baby
And last night I did things
I'm not proud of and I got a little crazy
Last night I met a guy on the dance floor
And I let him call me baby

Comecei a cantar ao mesmo tom da canção, minha voz soando firme, a ponto de me deixar um tanto que surpresa por estar tão empenhada, porém, soube disfarçar bem com um sorriso. O "last night, I got served a little be too much of that poison, baby" e pude lembrar de imediato da festa de Tyler, a poucos dias. Meu olhar cercou o pessoal naquela multidão, e o sorriso só aumentou. Poucas eram as pessoas que estavam sentadas de novo, e ao perceber que até o ogro que havia ocupado meu lugar prestava atenção em mim, franzi o cenho, fazendo uma pequena careta. "And last nigh, I did things i'm not proud of and I got a little crazy" se seguiu, enquanto prolonguei o "of"girando o dedo indicador perto do ouvido. Ao cantar o "last night, I met a guy on the dance floor and i let him call me baby" olhei diretamente para Gerrard. A nossa primeira troca de palavras havia sido na pista de dança de Tyler, próximo ao bar. Parecia um lugar familiar para ele, e não foi fácil conter a risada ao pensar isso.

And I don't even know his last name
My mama would be so ashamed
It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know his last name
Woo

Batia a sola da bota no chão do palco, inclinando meu corpo um pouco para frente, enquanto observava mais uma vez minha platéia. Já ouvia gritinhos animados com a escolha da música. Provavelmente alguns daqueles marmanjos achariam que eu estava prestes a escolher um deles para dar uma ênfase melhor à canção. Isso quase me fez rir de novo, e não poderia deixar nada me atrapalhar na demonstração particular para o peão que me acompanhava na noite. Voltei a encará-lo enquanto cantava o "and then it rurned into Oh no what have I done, and I don't even know his last name", deixando a cabeça pender um pouco de lado, subindo uma escala vocal no "last name", agora movendo os ombros no ritmo da música, ouvindo uma nova onda de assobios, os quais interrompi com um "Wooo!" animado, afastando-me um pouco do microfone, ajustando o chapéu em minha cabeça.

We left the club, right around
3 o'clock in the morning
His Pinto sittin' there in the parking lot
Well it should've been a warning
I had no clue what I was gettin' into
So I'll blame it on the Cuervo
Oh where did my manners go?

Voltei a cantar o "we left the club, right around 3 o'clock in the morning" e apontei para o bar, onde um cara forte e com pose de valentão estava bebendo com uns amigos, e seu sorriso quase rasgou o rosto ao ver que eu tinha apontado em sua direção, os outros ao seu redor dando batidinhas em seu peito, como se dissessem "olha cara, ganhou a noite!" e decidi que iria brincar um pouco mais naquela noite. O "his Pinto sitting there in the parking lot, well, it should've been a warning", onde apontei para a porta, fazendo uma careta divertida, dando um tapinha no ar, vendo os amigos do cara rirem e ele dar de ombros, rindo e me encarando. Cantei o "I had no clue what I was getting into, so I'll blame it on the Cuervo", andando para o lado esquerdo do palco, arrastando o pedestal comigo, parando mais ao canto. Desci um pouco o quadril com reboladas sutis ritmadas, subindo ao som do "Oh where did my manners go?", que no lugar de cantar, era falado. Deixei uma risadinha escapar, como se não tivesse me importando com a suposta resposta que teria para aquela pergunta.

And I don't even know his last name
My mama would be so ashamed
It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know his last name
Here we go

Voltei para a ponte, enquanto trazia o pedestal de volta para o centro do palco com um sorriso largo. Meus olhos percorreram de volta para o cara no bar, apontado agora para ele, no "and I don't even know his last name", enquanto ria. Várias pessoas batiam palmas ao som da música, o que me animava a cada novo segundo. Ao cantar o "my mama would be so ashamed" dando de ombros, enquanto olhava agora para um novo cara. Este, parecia quase babar nas minhas pernas descobertas, o que me fez achá-lo tarado de mais. Passei os olhos para o canto direito, encontrando um loiro também alto, de postura respeitável e sorriso fácil. Ele parecia ser gente boa, e não estava encarando minhas pernas tão nítidamente quanto os outros ali. O "It started off Hey cutie where ya from, and then it turned into Oh no what have I done" foi cantado com uma nova animação, algumas pessoas pareciam conhecer a letra, então deixei que eles cantassem a próxima parte, enquanto estendia o microfone na direção deles, findando a parte com o "here we go!"

Today I woke up thinkin 'bout Elvis
Somewhere in Vegas
I'm not sure how I got here
Or how this ring on my left hand just appeared
Outta nowhere, I gotta go
Take the chips and the Pinto
And hit the road
They say "What happens here, stays here"
"All of this will disappear"
There's just one little problem

Notei que o microfone não tinha fio, o que não me impediria de sair do palco, levando-o comigo. E foi o que fiz. Enquanto descia as escadas, um dos rapazes que estavam ali perto fez a gentileza de segurar minha mão livre, para que eu descesse seguramente. "Today, I woke up thinking about Elvis, somewhere in vegas. I'm not sure how I got here" enquanto me aproximava de algumas pessoas, que abriam caminho para que eu fosse até o meio do salão. Havia um cara com a camisa amassada, parecendo um paspalho desgovernado já bêbado. Ao lado dele, um homem mais velho estava me olhando ordinariamente. Sorri sacana no "Or bow this ring on my left hand just appeared, outta nowhere, I gotta go. Take the chips and the Pinto and hit the road", enquanto o puxava pela camisa para perto de mim, que havia virado de costas para ele, simulando que estava levando-o para a saída. Assim que senti suas mãos em minha cintura, findei o gesto, virando de frente, pondo a mão livre em seu peito, deixando-o longe, parando a quase um metro de distância dele, cantando o "What happens here, stays here" fazendo algumas pessoas - se não a maioria - rirem dele, inclusive, até eu ri. Passei direto para o "There's just one little problem"

I don't even know my last name
My mama would be so ashamed
It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know my last name

E lá estava a ponte de novo. Me movi entre as pessoas, que ainda batiam as palmas ritmadas, enquanto eu seguia a passos também ritmados até o bar. Enquanto me aproximava, via o sorriso bajulador do primeiro cara que havia chamado a atenção, que soltava seu copo de bebida. Cantei o "I don't even know my last name", apontando para ele, que tinha os braços abertos, um tipo de bico nos lábios, se gabando entre os amigos. Passei o microfone para a mão direita, apontando para mim mesma enquanto cantava o "my mama would be so ashamed", enquanto esticava o "ashamed". Já quase a sua frente, puxei-o pela fivela enorme de seu cinto, fazendo seu sorriso triplicar. Estiquei o microfone para ele, que cantou o "It started off Hey cutie where ya from, and then it turned into Oh no what have I done" arrancando caretas e até algumas vaias por sua voz não tão bem treinada quanto a minha. Não aguentei, e ri junto com o pessoal, mas isso não o impediu de prosseguir o "And I don't even know my last name", e pude admirar sua coragem por ter continuado.

What have I done?
What have I done?
What have I done?
Oh what have I done?
I don't even know my last name
Well it turned into "Oh no what I have I done"
And I don't even know my last name
Yeah yeah yeah
Woo
MM yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Ohh

Voltei o foco do microfone para mim, ainda rindo enquanto retornava a cantoria. Passei um braço pelo ombro do camarada, que circulou minha cintura, me dando um beijo na bochecha, me fazendo fechar um dos olhos em uma nova careta, mas ainda ria. Ele parecia ter entendido ser uma brincadeira, apesar do aperto nada sutil que tinha acabado de dar em minha cintura. Tirei o braço dele, percorrendo a pouca distância até o cara da vez. E para fechar, tinha que ser ele. Tinha que ser Gerrard. Puxei-o do banco pelo cós de sua calça, enquanto subia duas notas no "my last name", mas não prolongando-a. Fiz seu braço rodear minha cintura, enquanto dançava com ele ao ritmo, não impondo nenhum movimento muito elaborado, já que para o country deveria deixar mais a vontade, principalmente, quando era Gerrard, - o boneco de posto vivo - ali comigo. Dei uma rebolada, virando para ele, as mãos escapando por seu corpo enquanto eu já findava a música. O afastei por poucos centímetros, rodeando seu corpo, sem deixar minhas mãos separarem-se dele.

It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know my last name
Oh yeah

Empurrei-o de volta para o banco onde estava sentado, minha mão traçando um caminho perigoso por seu torso por cima da camisa, sentindo seus músculos sob o tecido, e ao chegar na barra da calça, findei o contato, ouvindo assobios e gritos animados, enquanto voltava para o palco, arrastando toda a multidão, que fazia mais barulho do que o necessário. Cantei as últimas partes sem desviar o olhar de Gerrard, e ao "Oh yeah", todo mundo se revesava entre bater palmas e assobiar. Alguns jogavam os chapéus para o alto, e o pegavam de volta, colocando em suas cabeças de novo. Deixei o microfone encaixado no pedestal, agora tendo vários homens a dispor de pegar minha mão e me ajudar a descer. Como tinha as duas mãos livres agora, aquilo tudo era dispensável. Apenas sorri para eles, passando direto para onde Gerrard estava. Com um sorriso sapeca, o encarei, pegando minha cerveja, dando um novo gole generoso. Como era sem álcool, não teria a preocupação de estar bebendo rápido ou muito.

E então? Acho que vamos nos ver na boate, hm? — sorri — E bem, você não precisa ir para uma boate, específicamente. Podemos passar uma tarde na minha casa, na piscina ou na sala de jogos, ou nos dois, com músicas de todos os estilos. Soa melhor para você, cowboy? — refiz o convite.

Sabia que ele poderia se sentir fora do lugar, e não queria proporcionar tal coisa ao garoto. Queria vê-lo confortavel, do mesmo jeito que ele havia me deixado, desde o momento que havia o encontrado no balcão do bar. Abri um novo sorriso, respirando, retomando todo o fôlego que havia perdido enquanto cantava.






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Mensagem por Billy M. Currington Sex 24 Abr 2015 - 23:10

Country Pride
"Certo Gerrard você acabou de espantar esta jovem"; o primeiro pensamento surgiu cintilante em sua mente quando Dianna entendeu a proposta ousada, talvez fosse muita pressão para a moça cantar sozinha uma música country no palco, se bem que ele poderia facilmente ajudar no violão, mas tudo bem, acontece, experiência para a próxima, entendia perfeitamente que ela preferisse ir em bora rapidamente do que insistir ali. O "volto logo" não lhe convenceu muito, mas ver a mesma voltando com uma aparência bem mais reparável que a de antes era realmente algo para se surpreender. Ela se aproximou e só Deus sabe o quanto ele tentou não encarar aquele decote, mas por favor, era um senhor decote, um decote de respeito. - Nossa senhora... - murmurou com os olhos arregalados num primeiro momento e levando a mão na boca que rapidamente prosseguia o movimento coçando o queixo e a barba por fazer.

A expressão de Dianna era melhor que o meme de "Challenge Accepted"; ela subira no palco decidida, mas Steven via nos seus olhos que ela ainda não tinha nada em mente. Quase se virou com o cara do seu lado para fazer uma aposta de que ela iria travar a qualquer momento, mas não era algo sadio a se fazer. Rachou a cara quando Dianna escolheu a música e parecia muito confiante com isso, as primeiras estrofes foram afrontas diretas à ele, era como se ela atirasse uma flecha bem no meio do seu nariz dizendo algo como: "Chupa essa ae que agora eu canto country"; e o efeito foi muito poderoso. O bar estava cheio, cheio demais, mas só os bêbados que já estavam entregues aos braços de Morfeu não prestavam atenção na apresentação, metade do povo assistia animadamente cantando ou dançando enquanto os outros ficavam babando pela cantora. Não era difícil né?! Você, homem, íntegro, no auge da forma, vê uma mulher cantando country bem, com um rostinho bonito e curvas acentuadas é normal que ocorra aquela tradicional babação de ovo. E não se enganem, o menino Gerrard era um desses, só não estava tanto quanto os outros porque conhecia a opção sexual de Dianna e admitia que ela pegava mulheres melhores que ele.

Esticou o dedo indicador fechando a boca de um garoto que estava à sua esquerda, o moleque estava completamente estático olhando a cena, quando Dianna desceu no palco o garoto parecia ter feito promessa para todos os santos possíveis para que ela mexesse com ele, o que felizmente não aconteceu, a criança poderia ter tido um ataque cardíaco no meio disso. Gerrard cedeu à cerveja que lhe esperava no balcão, abriu a garrafa com extrema categoria e virou tudo como se sua vida dependesse disso. Voltou a procurar as atitudes ousadas de sua convidada ao mundo popularizado por filmes de faroeste, mas naquele exato instante o celular tocou. Conseguiu arregalar ainda mais os olhos com o nome e número do visor do que quando viu Dianna entrar no Blue Bird com as coxas amostra e um decote bastante atrativo. - Alô... - falou quase balbuciando, torcia intimamente para que aquilo fosse uma espécie de trote, mas não era. A voz do outro lado da linha era bem conhecida e sua mensagem quase fez com que precisassem trazer um desfibrilador para reanimá-lo. - Clare, pera ae... - o telefone ficou mudo, foi uma mensagem breve, mas bem clara. Sério Deus? Ele já tinha tanta coisa pra cuidar e mais essa agora?!

Voltou à Terra quando sentiu uma mão em seu cinto e se tocou que Dianna magicamente surgiu na sua frente fazendo movimentos nada felizes à sua frente. É uma tortura jovem, ele parecia aquele sujeito do clipe Anaconda da Nicki Minaj quando ela dá uma surra de bunda no cara e o pobre nem tocar pode. Gerrard apenas comprimiu o sorriso, fechou os olhos e virou a cabeça, por mais que tudo acontecesse ali pela música a única música que tocava em sua cabeça era "You Can't Touch This". Fase passada com sucesso Dianna voltou para o palco afim de colocar o microfone no lugar e o mesmo garoto de antes virou-se para Gerrard comentando.

- Que sorte você tem irmão...
- Sorte nada, ela pega mais mulher que eu...
- Então vocês não são namorados?
- Olhe nos meus olhos e diga-me se estou com cara de quem tá feliz da vida com as relações amorosas.
- Ah entendi, foi mal amigo. É que depois que ela fez aquilo para você...
- Vai com calma cowboy, essa mulher é uma força da natureza capaz de levar qualquer homem à ruína.
- Boa sorte.
- Valeu, mas na próxima vez faça o bigode antes de sair de casa.

Foi um diálogo rápido, o garoto saiu de vista em seguida, talvez estivesse acompanhando ou totalmente desmotivado com Dianna e agora tentaria uma sorte maior com tanto peixe no mar. Foi o tempo de Dianna voltar com o sorriso da vitória. - O que eu posso fazer?! Perdi no meu próprio território... - comentou com uma careta. - Eu vou na boate contigo, sem problemas. Mas falando sério nós formamos uma boa dupla, podíamos... - pausa dramática - ...sei lá... - pausa dramática o retorno - Nos apresentarmos em algum lugar nos finais de semana ou então nos juntarmos e compor, você tem o country na veia. - brincou, mas era verdade.
Billy M. Currington
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Mensagem por Clare Gerrard Sáb 25 Abr 2015 - 23:58


Sexy, dangerous and Clare


Eu ouvi dizer que você é popular, mas eu sou as luz que mantém a rua ligada. Notei que você é do tipo que gosta de se manter numa trela. Eu sou conhecida por andar sozinha, mas estou sozinha por um motivo. Confie em mim, você precisa de mim.
Eu sou confidente mas não sou arrogante. Por que você acha que todos eles enlouquecem comigo?

"Atenção passageiros, favor desembarcar próximo a plataforma cinco F. O destino foi concluído, bem vindos à Ohio."
Meus fones de ouvido davam-me a inspiração para a passagem dentre as pessoas do saguão de desembarque para a saída do aeroporto, pude notar evidentemente as olhadas que os homens davam em mim, pouco me importava para as outras que também demonstravam espanto com a forma do meu andar. Os quadris se moviam em sincronismo com a batida de I Don't Need a Man das Pussycat Dolls. Esperava que meu querido e amado irmão estivesse preparado para a minha chegada, tinha lhe informado que estava para descer em sua cidade dentro de algumas semanas e agora lá estava, meus lindos Scarpins pretos da Rita Hayworth Heels tocavam o solo não tão brilhante quanto eles, mas, mostravam a minha presença exuberante para os seus moradores.
A bolsa da Channel com detalhes em prata e franjas de couro preta. acompanhando meus óculos de lentes degradê de um preto para o transparente da marca Prada faziam o trabalho todo chamando mais atenção, gostava de me sentir assim, poderosa, perigosa...Uma diva.

Após meu teste para as Harmonizers e a aprovação para o coral tive que correr com a minha mudança, iria me habituar na casa do tal amigo gostoso dele, Tyler, um pedaço de mal caminho tatuado que infelizmente joga no lado colorido da força, uma perda cruel para nós. Tive que contratar um capataz para ficar na fazendo de meus pais, lógico que alguém confiável e bem... Digamos... Bonito. Claro que a minha surpresa para Steven era falar pessoalmente que ficaria coladinha nele. Outra parte de mim que não conseguia controlar, tinha uma queda pelo meu próprio irmão, algo bastante estranho, mas, prazeroso. Sentir isso era como brincar com fogo bem perto e em questão de fogo eu sempre fazia as labaredas subirem mais ainda.

Entrei no táxi fazendo o motorista ter uma leve hipnotização com minha aparência, revirei os olhos e tirei os fones guardando em minha bolsa, peguei meu iPhone 6 Plus de cor dourada e disquei para o telefone de Steven, era de noite e eu estava exausta, esperei dar uns dois toques e assim que ele atendeu senti uma turbulência de fundo.
- Só pra avisar que cheguei, queridinho. - desliguei sem deixar ele prosseguir, aquilo me fez ficar atiçada, o motorista após acordar de seu hipnose me perguntou:
- Para onde... Ér... - ele engolia a seco.
- Vocês sempre fazem essa cara quando chega uma pessoa nova na cidade? - me coloquei ao meio dos bancos e mordi meu lábio inferior de propósito respondendo:
- Para essa rua aqui. - lhe entreguei o bilhete e voltei a me sentar no banco normalmente, rapidamente o motorista se alertou e tocou para a casa do tatuadão.

O taxista esperava, após ter resolvido tudo com o porteiro do prédio luxuoso que Tyler e meu irmão moravam pedi para que minhas coisas fossem levadas para o andar e voltei ao carro novamente entrando nele, tinha buscado alguns possíveis locais que estariam em movimento como tinha percebido no telefone ao falar com meu irmão, tinha um tal de...
- Me leve a esse tal Blue Bird Cafe. - o pneu cantou no mesmo instante e após alguns vinte cinco minutos chegamos, ao sair do carro lhe entreguei o dinheiro e me virei, e novamente estavam os olhares dos homens sobre mim, como era bom ser linda e poderosa.
Caminhei até a entrada do bar, adentrei ao espaço e pude ver uma movimentação bem grande, era impressionante como a passagem para mim era aberta tão fácil, finalmente reparei o garoto loiro de costas com sua roupa sexy, como aquilo me atiçava, o abracei por trás e beijei seu pescoço.
- Achei você!
Me afastei e esperei ele se manifestar.

Post {01}. Clothes {Sexy}. Listen {I Don't Need A Man}. Talking {Irmão}. Place{The Blue Bird Cafe}.


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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Dom 26 Abr 2015 - 14:42

what have I done  
like my town with a little trolli of poison nobody knows they're lining up to go insane. i'm all alone i smoke my friends down to the filteri'm all alone, i smoke my friends down to the filter but i feel much cleaner after it rains
___________________________________________________________________
O sorriso sapeca fora impossível de ser controlado, quando ouvi a nova proposta de Gerrard. Sério mesmo que ele tinha dito aquilo? Não me imaginava compondo ou cantando por aí, mas até que não seria má ideia, apesar de saber que não faria uma coisa dessas.

Eu não sei se isso é uma boa ideia. — soltei uma risada leve, tomando mais um gole da cerveja recém chegada.

Olhei de relance para o lado, encontrando o olhar de vários rapazes sobre mim. Já era de se esperar, depois de fazer uma performance louca no meio daquela multidão de marmanjos. Ri internamente, sabendo que já deveria estar fora dali. O fato de não ter avisado a Shannon que havia saído, e feito tanta coisa naquela mesma noite, parecia uma coisa errada, muito errada. Porém, dei de ombros. Nada tinha sido feito com intenções de prejudicar o relacionamento, e não fizera nada de mais para causar tal dano. Afastou-se do rapaz prestes a se despedir, quando uma bela moça loira lhe beijou o pescoço, e ao percorrer os olhos sobre ela, foi difícil não rir. Ela parecia uma modelo exclusiva de uma marca famosa qualquer, chamativa e de fato, linda. Mais era engraçado a forma como ela estava agindo. Ela não estava combinando em nada com as demais coisas ao nosso redor. Com um sorriso pequeno, a observei enquanto tomava outro gole da cerveja. Discretamente, soltei a garrafa ainda pela metade em cima do balcão amadeirado, me virando de lado, ainda tendo que prender o riso.

Peão, chegou minha hora. — tirei uma nota de cem dólares do bolso da saia, deixando para o cara do atendimento. — Isso deve pagar tudo e dar uma boa gorjeta ao cara que nos atendeu — deixei de lado o fato dele querer me pagar uma cerveja.

Tirei o chapéu de minha cabeça, devolvendo à dele. Não tínhamos algum tipo de contato fora daquele lugar, e não ter o número do telefone dele seria um problema, caso fôssemos mesmo a boate. Porém, ele conhecia Mary. Poderia pedir algum dos meus contatos a ela. Olhei para o relógio na parede atrás da prateleira de bebidas, vendo que já passavam das duas da madrugada.

Te vejo em breve. — pisquei para ele — Bem vinda a cidade, madame. — passei os olhos para a loira atrás dele.

Ainda prendia o riso, mas tinha a expressão bastante controlada. Não esperei uma resposta de algum deles, apenas me enfiei pelo meio da multidão, indo para o estacionamento, engolindo a gargalhada que certamente me ocorreria se não tivesse tamanho controle sobre mim mesma.  



_______________________________________

We danced all night and filled the juke box full a quarters


There's an old voice in my head that's holding me back. Well, tell her that I miss our little talks soon it will.
Dianna G. Ohlweiler
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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Qui 30 Abr 2015 - 0:23


rule number one

 Que tal se, de repente, você conseguisse lembrar cada segundo de seu passado inteirinho? Não apenas acontecimentos dignos de serem marcados em sua memória, aqueles que todos se lembram – mas daqueles que por algum motivo estúpido, sua memória simplesmente se recusava a lhe mostrar. Como quando você descobre que suas únicas primas com quem você pareceu dividir parte de sua infância tornam-se suas meias-irmãs. Ou a primeira vez em que você se apaixona por um estúpido, porém adorável, francês – que já não achava o suficiente ser “o garoto” do fundamental, e usou a você e sua popularidade para subir mais e mais.
Eu sabia que, para alguém tão avoada quanto eu, toda aquela súbita “benção” era ótima. Mas eu também sabia que com toda benção vem uma maldição. Com aquela nova memória atordoante e impecável, eu teria que me lembrar de cada segundo daquela noite de outubro, enquanto tragava de modo inquieto ao Camel Ultra Light ao fim de uma rua lateral da obscura e isolada Ohio ao anoitecer.
 
O cenário parecia se projetar por entre a densa fumaça do cigarro que pairava ao ar gélido da rua. Um acampamento. Uma festa espetacular – daquelas, dignas de matéria exclusiva nas páginas da Us Weekly ou People. Fantasias para todos os lados, máscaras e maquiagens grotescas. E então, o beijo. Era quase perturbador como eu podia sentir o gosto amargo dos lábios de Demétrio Ghödshy. Suas formas braçais robustas envoltas de minha silhueta invejavelmente magra, suas mãos perversas tateando minhas costas, nuca e cintura enquanto eu respondia a tudo, pouco sóbria. E depois tudo parecia rápido demais para ser registrado. Dianna estagnada atrás de nós, balbuciando algo pouco audível. Demétrio deixando-me e correndo atrás do menino de olhar traído e confuso. Charlie. E depois, aquele olhar traído havia sido transferido a mim, e por todo o resto da noite eu havia me deixado levar por longos goles dos mais amargos drinques, fumado em cerca de cinco – talvez menos – baseados, e, findei a noite com aquele desastroso acidente. Estúpida!
 
Firmei uma das mãos no volante, enquanto a outra saltava da chave presa a ignição para a marcha, lançando-a para a ré. O centro comercial de Ohio se estendia pelas calçadas enquanto eu atravessava a pista com o pedal do acelerador fundo na ponta de um legítimo par de Betsey Johnson. Uma curva mais tarde meus ombros já não estavam tão tensos, o ar transitava de modo sereno de meus pulmões aos meus lábios entreabertos e eu já não sentia o abrupto ódio por mim mesma que havia nutrido a quilômetros atrás. Sim, eu havia machucado muitas pessoas por meses em coma. Sim, eu havia sido imprudente aquela noite. E todas aquelas afirmações me faziam querer me desculpar, com todos afetados.

E quase que de imediato meus olhos captaram a algo do outro lado da calçada, bem mais adiante dali. Melodias animadas do que parecia um banjo, ou talvez violão, encheu meus ouvidos enquanto do lado exterior – talvez num estacionamento minúsculo – uma figura alta, de pele em tom caramelo e cabelos espessos caindo pelos ombros retos e firmes inconfundíveis me fez frear o carro e manobrá-lo de modo violento naquela direção. Era mesmo Dianna. Subitamente fui tomada por uma sensação de desconforto, mas também alívio. Dianna era uma das pessoas que mais havia sido afetada pelo meu acidente, e o que eu fiz após despertar? Fugir. Correr para longe de Ohio e retornar somente para ser mantida longe.  Seus olhos selvagens atravessaram o estacionamento, observando a mim, a recém-chegada, e por meio segundo aquele olhar me intimidou. Era obvio que ela havia reconhecido o meu Prius branco a dois carros de distância.
 
Movi o lenço perolado atado de modo lateral a meu pescoço, de repente parecia tão apertado. Capturei um chapéu negro no banco traseiro, ajeitei a saia branca, sentindo-a de súbito curta demais. Eu podia sentir o peso da jaqueta jeans sobre meus ombros, escondendo parcialmente a blusinha listrada, de um rosa tão forte que podia facilmente ser confundido com um vermelho vibrante. Saltei do carro, dobrando os ombros e jogando os fios alourados para trás antes de tomar a coragem para saltar do carro – que parecia tão protetor, como se eu estivesse estado invisível ali dentro. — Bar Country, Overwhelming? Que surpresa, não? Talvez não. Ou talvez sim. Eu não esperava lhe encontrar na verdade. Mas... Precisamos conversar, por favor. — Quando parei de falar desejei não tê-lo feito. Eu parecia nervosa, meio alienada enquanto falava tudo sem sequer fazer contato direto com a morena, ou pausar dignamente para ditar a frase. Dianna pareceu não acreditar, seus olhos escuros me encaravam enquanto ela parecia processar toda aquela surpresa. Caminhei em sua direção, atravessando o espaço ao seu lado enquanto ia a caminha da entrada do bar, conversar com ela rodeada de estranhos era melhor que em um estacionamento vazio e frio.
 
Quando meus orbes capturaram o cenário interior do estabelecimento eu engasguei. O ambiente era quente, o cheiro de cerveja e suor dominava o local, ou talvez só a região onde eu me encontrava estagnada. Encarar a todas aquelas pessoas trajadas como caipiras legítimos era pouco perturbador, se não fosse pelo meu senso único e inabalável de estilo eu estaria extremamente envergonhada – até mesmo Dianna estava trajada como uma menina de garota associada a country. Lancei os ombros para trás e ajeitei o chapéu negro no alto de minha cabeça, deixando-o pender de modo genuíno por meus fios arrumados bem abaixo de meus ombros, talvez na altura de meu peito. Meu olhar correu afilado, enxerguei o bar, enxerguei uns assentos – até enxerguei uns caipiras dignos de segundas e terceiras olhadas –, mas o que me chamou mesmo a atenção foi o branquelo de cabelos cor de mel – pelo menos era o que parecia – e finos lábios arqueados. Não era a primeira vez que eu o via desde a minha volta, eu o tinha observado na festa de Tyler Levine a semanas atrás, mas era a primeira vez que eu conseguia lembrar-me dele.  Ele era o mesmo menino que eu havia conversado por toda a noite e dançado na boate On Fire há bastante tempo atrás. Era o mesmo menino que havia devorado SanClair, e o seu decote, na primeira vez que o vimos no Breadsticks no ano passado. Steven Gerrard. Lancei-me em meio à multidão, esquivando de figuras corpulentas e alguns que ousavam tentar interromper-me para simplesmente lançar cantadas baratas ou oferecer cerveja. Olhares cortantes provindos de mim surtiam mais efeitos que gritos furiosos de “Mova-se”, e graças a isto eu consegui alcançar as proximidades do palco onde Gerrard estava.
Gerrard! Eu... eu lembro de você! —Foi o pouco que consegui dizer antes de me obrigar a calar a boca ao notar que o rapaz estava acompanhado. Uma loira encarava-o com malícia e expectativa, aquilo me pareceu tão íntimo que foi inevitável não recuar um passo, somente para que meu corpo tombasse contra algo e um par de mãos prendesse minha cintura. Era Dianna. — Oh, Dianna. E-eu lembro de tudo agora. — sussurrei, engolindo em seco enquanto sentia minha cabeça girar, de repente sentindo o ambiente cheio demais, barulhento demais. 

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Mensagem por Billy M. Currington Qui 30 Abr 2015 - 20:49

Country Pride
Tá bom, vamos com calma, foi muita coisa acontecendo num momento curto demais. O calafrio veio como um baque direto, uma flechada em seu pescoço, poucas pessoas sabiam como aquilo realmente nervava ele, não tinha explicação exata, algumas pessoas não gostam que as cutuquem, ele simplesmente tinha um ataque de nervos quando beijavam-lhe a nuca, um arrepio que começa na nuca e rapidamente se espalha pelas costas e braços. O abraço logo em seguida e a voz que veio junto delatavam com facilidade quem havia chegado. Era Clare, por algum momento ele relutou, mas não podia acreditar no que a irmã tinha feito. Era totalmente impensável a atitude dela, ainda mais agora depois do acidente com o patriarca Gerrard.

Sem tempo para grandes reações Dianna se despedia lhe devolvendo o chapéu e colocando o dinheiro referente às bebidas no balcão. - Você espera aqui. - falou rapidamente virando-se para Clare e pegando a nota de cem dólares deixada pela morena. Não era exatamente um cavalheiro, longe disso até, mas se tinha uma coisa que aprendera nas poucas vezes que foi num bar ou festa com os amigos ou com o finado irmão mais velho é que nunca, jamais, deve-se deixar uma mulher pagar a conta. Podemos classificar como etiqueta social dos caipiras até. Se esgueirou entre as pessoas do bar lotado e conseguiu alcansar a moça antes que ela saísse. Segurou seu pulso colocando a nota em sua mão. - Não tão rápido madame. Fique com seu dinheiro que o prazer da sua companhia foi suficiente. - falou como pôde já que o som era abafado pela quantidade de vozes estridentes ali dentro.

Com aquilo resolvido voltou-se para Clare. O simples regressar e encarar a irmã que certamente estaria meio chateada visto que ele acabou dando mais atenção à Dianna do que a ela era compreensível e, aliás, algo com o que ele já havia aprendido a aceitar, eram mais de 15 anos convivendo com a peça. Ergueu o indicador pronto para falar, mas precisava beber algo antes, interrompeu o som que sairia e debruçou-se sobre o balcão pedindo uma cerveja, das bem geladas. Respirou e largou lentamente o ar dos pulmões. - Jesus Cristo, Clare. O que diabos você tá fazendo aqui? Logo agora que meu mundo tá de ponta a cabeça e o pai quase morreu. - comentou apoiando a carveja na madeira e dando o mesmo destino ao chapéu. Ficou em silêncio por alguns segundos, encarando-a, mas no fim deu de ombros. Alguém tinha que ser a rebelde da família e essa era sua irmã. A abraçou. - Como você é teimosa e irresponsável... - contra tudo e contra todos, no fim das contas era sua família e em toda a temporada que esteve em Ohio como sentiu falta de seus familiares e de seu pequeno e humilde mundinho no Mississippi. - Como é que você me faz uma coisa dessas? Andou comendo minhocas?

Cedeu ao tique de passar um dos dedos sobre uma das sombrancelhas meia dúzia de vezes. Preparou-se mentalmente para ouvir qualquer justificativa ou história que ela contasse em que certamente ela seria a vítima, como era de costume. Verdadeiramente ele já estava meio fatigado, apesar dos acontecimentos e do dueto com Dianna terem sido uma boa diversão, ele ainda estava exausto e a atitude de Clare era algo com que ele não queria ter de lidar, pelo menos agora, logo aceitar era mais fácil. Só que como um touro feroz que não deixa que nenhum peão corajoso fique mais de 4 segundos em seu lombo outra visitante do Blue Bird surgiu magicamente do nada, quase fazendo o queixo dele ir ao chão. Os cabelos loiros e o corpo esguio, Hanna. Não tinha uma grande relação com ela, algo um pouco menos breve como com Dianna, que curiosamente conheceu no dia do acidente de Hanna e Tyler. No entanto, para completar o pacote de surpresas ela estava um tanto diferente, poderia parecer impressão sua, mas talvez o trauma tenha deixado um estigma nada favorável na mulher. Mesmo ali Gerrard podia sentir o cheiro inconfundível do tabaco vindo dela, bem como a expressão de choque.

Encarou Dianna que surgiu logo atrás da loira como se buscasse alguma resposta ou explicação, lógico que mascarando a expressão que tinha de quem não estava entendendo merda nenhuma. Que dia maluco era aquele afinal de contas?
Billy M. Currington
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Mensagem por Clare Gerrard Sáb 2 maio 2015 - 1:00


Sexy, dangerous and Clare


Eu ouvi dizer que você é popular, mas eu sou as luz que mantém a rua ligada. Notei que você é do tipo que gosta de se manter numa trela. Eu sou conhecida por andar sozinha, mas estou sozinha por um motivo. Confie em mim, você precisa de mim.
Eu sou confidente mas não sou arrogante. Por que você acha que todos eles enlouquecem comigo?

Vejamos... Eu estava me sentindo totalmente fora do local em que havia acabado de pisar, me vi em um ambiente cujo me fazia lembrar do lugar que eu vim, mesmo que não me familiarizasse com o ambiente hostil em que morei sempre me senti acolhida mais pelos rapazes de lá, digamos... Cowboys avantajados, calças jeans apertadas e peitorais amostra, isso meu querido irmão tinha o gosto de fazer, mas ao me deparar com ele tive uma pequena surpresa de vê-lo um pouco mais magro e pelo que me aparentava, mais cansado também.

Não me importei com quem estivesse me olhando, nunca me importava, eu gostava de atenção e isso eu conquistei até mesmo da morena que quase saiu de perto de nós, se não fosse pela atitude tão majestosa de Steven de se dar ao luxo de pegar os cem dólares do balcão e devolver pra menina, mas vamos cortar essa parte e voltar para o momento em que ele simplesmente me coloquei em uma situação mais justa que o meu vestido e isso não me agradou nenhum pouco.

Cruzei meus braços e apenas o observei tendo seus ataques de histeria por me ver, acho que ele não percebeu o real motivo de ter ido parar naquele fim de mundo, em tal hora da madrugada, morta de cansada e ainda ouvindo mimimis do meu irmão que não vejo a praticamente sei lá quantos mil anos...
Cruzei meus braços e o encarei sorrindo de forma debochada:
- Papai está aos cuidados de uma enfermeira particular, a fazendo tem dois capatazes e mais alguns funcionários e nossa mãe e nosso irmão mais novo estão bem, obrigada.- revirei meus olhos.
Bem direta e sem mais o que falar, pra mim não interessava o que ele estaria passando, agora eu tinha minha vida que iria se resumir a estar junto dele enquanto eu terminar minha estadia nas Harmonizers... Levei meu dedo até o queixo e olhei para cima pensando: Será que ele já sabe que estou em um coral e que ficaremos bastante tempo juntos? - dei de ombros e respirei fundo sentindo ele me abraçar, maldito Steven e seu abraço caloroso que me fazia ficar derretida. Me rendi ao seus braços não tão muito musculosos e coloquei os meus em torno dele novamente sorrindo.
- Ain que bom! É essa a recepção que eu queria...
Nesse exato momento fomos interrompidos pela chegada de mais uma pessoa, tirando a que já estava por ali, a tal morena.

A chegada da tal garota loira me fez a olhar com certa profundidade, encará-la conforme encarava as metidas da minha antiga cidade, Gerrard sabia muito bem que meu porte de patricinha mimada era apenas uma capa, mas, matei muita cobra, cacei muito sapo e adorava domar cavalos, então, qualquer semelhança com a mão na cara dela seria muita coincidência. Não me propus a causar tal agressividade, mas que eu queria, eu queria. A forma com que ela chegou me mostrou que alguma coisa entre os dois poderia ter acontecido ou estava para acontecer. Será que minha personalidade psicopata estava tão grande assim?
Ter ciumes todos tem, mas da forma que eu tinha pelo Gerrard, acho que só mulher com marido cujo tem amiguinhas piranhas, tinha.

- Oi! Sou Clare, irmã de Steven, prazer conhece-las... - estiquei minha mão para cumprimentá-las de forma educada, mesmo não querendo.
Voltei a ficar ao lado de Gerrard me apoiando em seu ombro após as apresentações e esperei o rumo daquela situação acontecer.

Post {01}. Clothes {Sexy}. Listen {I Don't Need A Man}. Talking {Steven e estranhas}. Place{The Blue Bird Cafe}.


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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sáb 2 maio 2015 - 9:17

Know something now I didn't before

 Após ser puxada por Gerrard e ter tido seu dinheiro devolvido, Dianna havia conseguido chegar até o estacionamento após quase dez minutos, tentando passar pelas pessoas - a maioria já em um estado deplorável de embriagez. Fazer um esforço para sair daquele terrível calor já era um fato para se louvar de pé, e assim que  conseguiu, fez questão de puxar uma grande quantidade de ar para os pulmões, quase como se não tivesse feito isso pelo tempo em que estivera dentro do bar. Soltou o ar vagarosamente, sentindo as pernas doerem um pouco, por causa da posição que havia ficado, entre Gerrard e o cara grande. Abriu a porta do carro pela porta esquerda de trás, tirando o celular do banco. Haviam muitas notificações no WhatsApp, emails, facebook, twitter, snapchat. Certo. Precisava bloquear algumas pessoas de suas redes sociais e diminuir o fluxo de mensagens que lhe eram enviadas.

Bloqueou a tela sem olhar nenhuma das notificações, e estava prestes a entrar no veículo, quando um cantar de pneus chamou sua atenção. Sua feição tornou-se quase que transtornada. Estava sozinha em um estacionamento de bar pequeno, com um provável louco metido a corredor de rachas. A mão direita apertava a chave do carro com força, a esquerda havia sido deixada de lado do corpo, segurando o eletrônico que antes tinha observado. Passou os olhos pelo agora quase estacionado carro. Prius branco. Só havia um Prius branco em Lima, e sabia a quem ele pertencia. Mais, isso só poderia ser uma peça pregada por seus olhos. Não poderia ser ela ali, assim, de repente. Jogou a jaqueta no banco traseiro e fechou a porta do audi, dobrando as mangas da camisa xadrez até os cotovelos, enquanto via a figura passional e extremamente bela sair do carro, a quatro metros de distância. O choque de vê-la ali havia sido ainda maior do que apenas encarar o formoso automóvel leitoso, mas tão rápido quanto estivera surpresa, a frieza chegara para mascarar todo o dano que àquela menina havia deixado. Dianna sentia como se houvesse fogo em suas veias, como se fosse um poder especial, mas ele havia sido colocado nela, sem que pudesse ser usado. Como uma maldição.

Sentia uma selvageria absurda dentro do próprio corpo. Por um momento, era como uma tola qualquer. Parecia uma personagem de filmes de ficção científica, e esperava apenas uma raiva crescente se impor, para que virasse alguma fera perigosa. Porém, sua realidade era mais aprimorada e aflorada do que isto. Não era preciso uma raiva crescente para se tornar uma fera. Não mesmo. Viu os passos ligeiros e nada parecidos com os da graciosa McCain loura levá-la para próximo de si, mas ainda sim, vira a leveza e a elegância em que ela se portava. Ao estarem perto, uma nova posição fora tomada pela menina alva de olhos azuis, que disparou a dizer coisas, deixando uma Dianna perplexa em seu interno, e totalmente inexpressiva ao externo. Não sabia bem o que tinha lhe deixado daquela forma. O "precisamos conversar", ou o "por favor". Sem muito o que fazer, ligou o modo automático. Hanna havia passado ao seu lado, e por pouco seus olhos se encontraram uma segunda vez, ligeiramente. Estavam modificados. Mais, até a própria Dianna havia mudado, e por este motivo, não questionaria, apesar de ser só um de tantos outros.

De fato, o barulho ensurdecedor do Bluebird parecia muito mais acolhedor do que estar ali fora, levando em conta o horário em que tudo estava se passando. Sem muito o que fazer, seguiu Hanna para dentro do ambiente, suspirando pesadamente. Locomovia-se quase como uma felina sensitiva, desviando de bêbados irritantemente alegres e dançantes - o que já não lhe agradava mais, como a minutos anteriores - e três quase banhos de alguma bebida podre. Pelo rumo que Hanna ia, pôde perceber que ela acabaria chegando até onde Gerrard estava com a moça recém chegada. Um rapaz de mais ou menos um metro e sessenta e três aproximou-se da loura, estava perto o bastante para encostar seu dedo imundo em um lugar nada apropriado. Estava um tanto que afastada, apenas acompanhando-a pelo olhar, quando o notou. Estava quase lá, quase acertando-lhe um tapa na bunda. O sangue ferveu, o fogo ainda corria nas veias. Em menos de meio segundo, já havia empurrado o homem, lançando-lhe um olhar firme. Mais dois tentaram a mesma graça, mas Dianna havia decidido que hoje não era o dia de sorte daqueles camaradas. Fora apenas dado olhares mortíferos, e ninguém mais ousara chegar com ousadias pelo momento. Suavizou um pouco a expressão, se é que tinha uma, e parou de súbito ao ver que a loura havia encontrado o peão conhecido. Ou nem tanto, já que para Hanna, ele era apenas um garoto do mato e amigo de sua meia irmã. Ter passado pelo trauma de entrar em coma por meses havia-lhe designado uma também maldição. Suas memórias retrogradas haviam sido eliminadas, não terminantemente, mas não havia esperanças de que um dia voltariam.

Não prestou atenção ao que era dito no momento, estava concentrada em fitar a insolente acompanhante de Gerrard, que de fato era uma insolente muito bonita, que encarava a McCain quase como se pudesse estar lhe acertando tapas mentais. Ou quem sabe, mais que isso. Teve a atenção recobrada para a menina Hanna quando viu seu corpo tomar um novo movimento, agindo precisamente em segurar sua cintura com ambas as mãos. Sentiu um formigamento percorrer a ponta dos dedos, agradecendo por ela não ter tirado a jaqueta, o que evitou um contato direto de pele a pele. Mais, nem isso seria tão chocante quanto o que veio a seguir.

Oh, Dianna. E-eu lembro de tudo agora.

Uma onda de gelo corroeu todo o corpo moreno, e o primeiro estímulo cerebral fora conectado diretamente à seus dedos, os quais apertaram a cintura fina de Hanna, quase perfurando sua jaqueta. Havia percebido o olhar de Gerrard, como se a perguntasse "do que ela esta falando?" Mais, estava atordoada, e percebendo que demonstrava de mais, mesmo que apenas para o peão e sua acompanhante - já que Hanna estava de costas contra seu corpo - tratou de voltar a postura intocável, e engoliu a avalanche de questões e pontos difusos. Fez o melhor para não sorrir amargamente para o mais novo amigo, que não tinha nada haver com o que se passava consigo. Deu de ombros quase que imperceptivelmente. A primeira coisa que queria dizer, era: "você precisa fazer uma bateria de exames, é preciso saber se seu cérebro esta recebendo estímulos benéficos que trouxeram suas memórias de volta, ou se há algo sobre isso", mas não sabia se queria estar de volta ao hospital, com Hanna nele, sendo novamente a paciente. Não queria voltar para o percalço de dois meses, o sofrimento e o cansaço. Esse tempo havia servido para adquirir a frieza que precisava para continuar no estágio, mas era difícil saber que isso havia sido conquistado por cima de uma fuga. Tudo o que fez, foi ficar calada por uma fração de tempo. Afrouxou o aperto na cintura de Hanna, ou acabaria marcando e não faria nada do tipo com ela, apesar de querer castigá-la de alguma forma. Parecia tentador, era só voltar a apertar e... Fechou os olhos por dois segundos, respirando fundo.

E sabe dizer se isso é algo bom ou ruim para você? — foi o que conseguiu dizer, a voz translúcida, como se fosse um estilhaço de pedras de gelo afiadas, bailantes, ao tilintar de um copo, onde estavam supérfluas.

Estava a ponto de soltar a cintura de Hanna, como se o contato estivesse lhe enviando pequenas descargas elétricas, e foi o que fez, mas não de imediato. Ela parecia sucumbir ao ambiente, ou até, pela novidade dita em voz alta. O que poderia fazer, agora? Resolveu a decisão mais óbvia. Esperar pelo que ela tinha a dizer. Baixou as mãos, deixando-a livre do contato, mas permaneceu próxima, para caso algo saísse do lugar. Seguiu o olhar para a outra loura, abrindo um sorriso apertado nos lábios, em um mesmo ímpeto deixado por ela. Fazia forçadamente.

O prazer é nosso, Clare. Sou Dianna Overwhelming, e esta é Hanna — indicou a menina a sua frente com um gesto rápido de cabeça, dizendo não mais que isso. Hanna poderia complementar caso desejasse.

Não estava com muita vontade de ser cortês, os olhos castanhos estavam um pouco mais claros naquele dia, quase como mel derretido e devidamente trabalhado para parecer cremoso, e fundido ao bronze, mas também, não seria mal educada com a recém chegada à cidade.
Dianna G. Ohlweiler
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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Dom 3 maio 2015 - 21:56


rule number two

 Olhares. Por consideráveis instantes todo o cenário em que estava envolvida resumiu-se a silenciosas mensagens transmitidas por expressivos olhares. O primeiro olhar ao qual me prendi fora os olhos azulados do único menino dentre três meninas. A baixa iluminação que o cercava inibia o brilho dos orbes de Gerrard, mas não mascarava o quão confuso ele estava ali. E quem não estaria? Quem não ficaria confuso quando uma pessoa surge do nada e lhe dirige palavras sem senso algum? Seguidamente vinha o olhar da desconhecida. Seus olhos, semelhantes aos do sujeito ao seu lado, pareciam me atravessar, como se pudesse ver meu interior e caçasse algo que ela parecia querer encontrar, algo incriminador, talvez. Para este olhar eu não pude conter o arquear de meu cenho, mas consegui prender um argumento em minha garganta. "Quem é você, afinal?" Para minha surpresa, não tardou para que a resposta viesse. Clare. Irmã de Gerrard. Repeti aquilo em mente duas ou três vezes, certificando-me que não esqueceria.

E então veio o olhar da única morena em nosso meio. A selvageria que dominava os orbes acastanhados parecia dar lugar a algo divergente, como se houvesse um vestígio de uma desagradável surpresa ali. Seus dedos firmavam um aperto na altura de minha cintura — o que certamente deixaria uma marca —, e somente após afrouxar ela se pronunciou, e foi naquele momento que eu me arrependi de ter lhe dito o que disse. Sim, era pouco egoísta que eu me sentisse feliz por Dianna entender o que eu havia dito, mas era também irritante que eu não houvesse me contido. Pigarreei, obrigando-me a tomar o controle sobre mim mesma. — Uh, Clare. Sou Hanna McCain.   — Foi somente o que eu disse, e era o necessário, até, aquelas duas últimas palavras era sinônimo de respeito e poder para quem era digno de entender. — Se é bom ou ruim eu ainda não sei. Mas uma bebida seria ótimo neste momento. — Desta vez fora Dianna a quem havia me dirigido; guiei meu olhar para a figura esguia detrás de mim e lancei-lhe uma subliminar mensagem com os olhos. "Laters, baby."

Debrucei-me contra a bancada de mármore, prendendo o olhar do barman ao meu, enquanto cogitava o que eu precisava beber. — Acho que me contento com um pequena dose de Whisky. Muito gelo, por favor. — E ali estava um homem aparvalhado sob o meu feitiço. Sorri dócil e a desconcentração do homem com suas tarefas me vieram em troca. Ótimo! Eu estava de volta. Familiarizados com o ambiente, Gerrards? Melhor que a boate On Fire, certo, Steven? — Um sorriso sugestivo desenhou em meus lábios, meu olhar oscilou do menino para sua irmã, e então pairou em Dianna que parecia petrificada em seu lugar. — Sem bebidas pra ti, Overwhelming? — Balbuciei, permitindo-me manter o olhar contra o seu mais que o necessário, buscando qualquer rastro do que ela poderia estar pensando aquele exato momento.

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Mensagem por Billy M. Currington Seg 4 maio 2015 - 12:39

Where Trouble Is
A treta vem quando Clare lança aquele olhar para Hanna e Dianna, as duas podem não saber, mas ele sabia bem, era o mesmo olhar que Clare lançava para aquela pobre garota gordinha com aparelho dentário freio de burro, óculos fundo de garrafa e pinta de piranha que era infinitamente bullynada no colegial. No entanto a situação presente pedia mais que um problema, pedia ainda uma espécia de Hanna de um universo alternativo, Steven não estava por dentro do assunto apenas sabia que a loira tinha passado por algum acidente e entrado em estado de coma, como a data coincidiu com o acidente de Tyler e com várias circunstâncias infelizes que surgiram em sua vida feito uma bola de neve, vide o coice que tomou e quase perdeu duas costelas e o infarto do pai, sua mente parecia uma liquidificador com vitamina de abacate azedo e a hélice emperrada. O que ele sabia certamente é que Hanna havia se recuperado, ou como podia ver agora, não totalmente.

O olhar para Dianna não teve resposta, e sem respostas você apenas pode se tornar um espectador inativo, algo que Gerrard mais odiava em ser e algo que jamais poderia se permitir a ser. Dada a apresentação de Clare e a resposta das duas tudo parecia que poderia caminhar por bons caminhos, mas o último comentário de Hanna antes de pedir a bebida e o sorriso recheado de segundas intenções certamente seriam sinais que Clare não deixaria passar. Conhecia bem a irmã e o ciúme que sentia, mesmo não entendendo as origens desse ciúme ele havia melhorado quando Steven iniciou o namoro com um moça que curtia o estalar do chicote, mas desde o término repentino e que deixou umas marcas nada agradáveis na pele do caipira o ciúme de Clare voltava a ativa como um artilheiro lesionado que volta pra ganhar todos os prêmios individuais da liga em que joga.

Gerrard não necessitou de uma pequena pausa reflexiva para se recordar das memórias agradáveis da boate, mas foi certamente uma lástima que o relacionamento tivesse terminado assim, não que tivesse tido um relacionamento definido, mas bem, ele era como aquele boxeador que não desiste mesmo sabendo que está perdendo, o capitão do time que na final do campeonato está perdendo de 4x1 e mesmo aos 45 minutos do segundo tempo pega a bola e chama o time pro jogo. Só que bem, todas as vezes que tentou evoluir suas chances para mais que a lembrança de uma noite receptiva com Hanna, ele se tornou o soldado abatido carregado pelos companheiros para longe da linha de fogo, ele mergulhou na zona das trevas, na área que homem algum aprecia, a temida Friendzone e com o desdém da loira e seu interesse amoroso em outro jovem que não era um caipira Steven soube colocar bem na cabeça que aquilo não era uma luta a qual ele poderia vencer. Geralmente quando você, homem, encontra sua ex numa situação dessas você se enche de orgulho ao ver que ela está na pior, mas isso não era do feitio de Gerrard e muito menos Hanna era sua ex, logo eliminemos tal visão preconceituosa.

Livrados de tal rodeio os neurônios de Gerrard conectaram a situação, bastava olhar para Hanna para saber que ela não estava nada bem, o sol que outrora ela representava parecia ter seu brilho resumido a uma vela trêmula. Encarou Dianna novamente e esta ainda parecia estar absorvendo o choque pós-traumático da situação. Em todo caso Steven tinha evoluído de alguma forma, tinha pouco mais que 17 anos, caminhava para o ingresso numa universidade ou mesmo assumir de vez o negócio da família, não era especificamente um adulto, mas a vida acabou lhe forçando a saber agir feito um e naquele momento a impulsividade se misturou com o senso de responsabilidade ou apenas a revolta em não querer ser apenas um espectador. Puxou um sujeito próximo de Hanna com um olhar extremamente devorador em direção a loira e que se aproximava furtivamente. Segurou-o pela gola da camisa e as palavras saíram natural. - É melhor dar meia volta campeão. - comentou com um olhar e timbre totalmente irreconhecíveis. O elemento pareceu entender a mensagem e com isso Gerrard apenas bateu no balcão atraindo a atenção do atendente. - Suspende a bebida dela e me dá a chance da sala lá de trás. - brandou quase como uma ordem, já que era quase um morador do local e conhecido tanto do dono e dos frequentadores a chave voou até sua mão.

- Vocês vem comigo. - falou para as três sem esperar nenhuma respostas puxando Hanna pelo pulso e abrindo caminho frente a multidão até uma sala de tamanho razoável atrás do palco. Ali era o local onde era guardado alguns equipamentos de limpeza e de som, como caixas de som que não eram usadas, microfones reservar, tripés e todo um aparato. Como era a noite do microfone aberto havia um bom espaço ali dentro, rodeado pelos equipamentos e as prateleiras lotadas de ferramentas e coisas do tipo. Fechou a porta assim que as três entraram e guardou a chave no bolso de trás. Cruzou os braços e passou o olhar nas três, Clare só estava ali porque obviamente não podia deixar a irmã num bar lotado e cheio de caçadores a procura de calor na noite. - Agora alguém me explica o que tá acontecendo aqui e por que ela... - apontou para Hanna - ...está aqui, claramente sem estar 100% recuperada, e ainda querendo beber. - aguardou respostas enquanto escorava as costas na porta.
Billy M. Currington
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Mensagem por Clare Gerrard Sex 8 maio 2015 - 18:05


I'm Trouble!


Eu ouvi dizer que você é popular, mas eu sou as luz que mantém a rua ligada. Notei que você é do tipo que gosta de se manter numa trela. Eu sou conhecida por andar sozinha, mas estou sozinha por um motivo. Confie em mim, você precisa de mim.
Eu sou confidente mas não sou arrogante. Por que você acha que todos eles enlouquecem comigo?

Tomar certas atitudes premeditadas poderia acabar me colocando em maus lençóis antes mesmo de me adaptar naquele novo mundinho em que me coloquei, claro, se não fosse pelo meu lindo e gostoso irmão estaria praticamente longe daqui. Vejamos bem, novamente, a morena se apresentou como Dianna Overseiládasquantas enquanto a loirinha metida a cópia da minha pessoa se chamava de Hanna McCain que cairia melhor como McDonald's. Uma gargalhada maligna soou dentro de mim, porém, minha expressão se mantinha a mesma, um sorriso forçado puxado para o lado mais falso.

- Satisfação em conhecê-las, garotas. - meu olhar fulminante ainda estava voltado para a loirinha de olhos azuis cujo tentava se manter na pose de garota safadinha do bar, pois, foi o que ela me mostrou ao se debruçar no balcão do bar encarando o barman, arqueei a sobrancelha olhando nesse momento para Gerrard que fazia cara de que não estava entendendo nada, como se eu não conhecesse o que exatamente aquele olhar queria dizer e foi nesse momento tão alegre da conversa que ela soltou uma frase que ao final penetrou em meus tímpanos mesmo com a barulheira que estava dentro do ambiente.
- Não sabia que meu lindo irmão agora frequentava boates. - olhei pra ele mostrando brilho nos meus olhos junto com meus dentes brancos e alinhados na demonstração de um sorriso. "Ah! Gerrard... Se rendendo aos bons infernos da cidade não tão pacata?" pensei pra mim mesma metralhando o outro mentalmente.

O bom era que a surpresa não acabava ali, fui obrigada a assistir de camarote meu lindo irmão ter uma crise de ciumes impedido seja lá quem for de não se aproximar da loirinha McDonald's, fiquei tipo; Como é que é? Fechei os olhos e cruzei meus braços, a ira subia minha cabeça e minha pele doce se arrepiava o que raramente acontece.
Me aproximei dos dois e me coloquei na frente de Gerrard olhando para o barman:
- Se você pensar em suspender essa bebida, tenha certeza de que esse bar não será mais o mesmo quando eu resolver me alterar. - encarei Gerrard arqueando a sobrancelha e pisquei mordendo meu lábio inferior.
A bebida chegava e eu virar o copo de uma vez, coloquei sobre o balcão sacudindo minha cabeça de leve e respirei mais uma vez fundo e quando me dei por conta estava sendo praticamente obrigada a seguir Gerrard, a moreninha lindinha e a sebosa McDonald's. Não sei o porquê não fui com a cara dela? Ah! Lembrei...

Enquanto caminhávamos eu fuzilava cada vez mais aqueles dois, juntos, de mãos dadas, caminhei mais depressa passando pelas pessoas junto aos demais e chegamos em um local "reservado", o cheiro de guardado me fez sentir uma breve tontura e de imediato tampei meu nariz por alguns minutos até me acostumar com o ambiente e lá se dava mais um início de perguntas sem necessidade.
- Simples, Steven, cheguei na cidade para morar com você, enquanto isso ao invés de ir me esperar no aeroporto ficou aqui se divertindo com sua amiga ali. Só que de repente sua irmã chega no mesmo local que você estava se divertindo e acaba sendo telespectadora de algo não muito agradável, que não prefiro nem comentar o que é.- dei uma pausa respirando e continuei. - Agora estamos em uma sala de coisas guardadas que mais parece um porão de casa abandonado tentando entender o motivo disso tudo, sem contar na sua preocupação com a Hanna McDonald's. - me virei para ela fazendo uma cara de desentendida - É assim seu nome? - pisquei algumas vezes.

Já não estava querendo mais fazer parte daquele circo, que seja, revirei os olhos dando uma meia volta com minha silhueta e jogando meus cabelos para o lado vendo agora apenas a morena.
- Gostei de você, mais simpática, podemos marcar para conhecer a tal boate que meu irmão foi, vou adorar cantar e dançar lá. - me inclino beijando seu rosto e saio da sala, antes de fechar a porta me virei e olhei para Steven.
- Eu me viro, não se preocupe, da mesma forma que te encontrei posso encontrar o apartamento do tatuado. - ao sair bati a porta com tudo caminhando novamente pelas pessoas.
Nesse decorrer das passadas um loiro lindo, alto de olhos verdes chegava no bar, dei dois toques em seu ombro e ao me olhar pisquei para ele o puxando forçadamente para um beijo fogoso no qual fora retribuído de imediato, mais alguns minutos e me soltei dele caminhando jogando meu quadril de um lado ao outro recebendo assovios.

Parei um táxi e lhe informei as coordenadas de onde eu havia saído, infelizmente Steven quis assim, ao invés de querer paz, houve-se a guerra e ele sabia muito bem que iria ganhar...

Post {03}. Clothes {Sexy}. Listen {I Don't Need A Man}. Talking {Steven e estranhas}. Place{The Blue Bird Cafe}.


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Mensagem por Dianna G. Ohlweiler Sex 8 maio 2015 - 21:57

Know something now I didn't before

 Agora era oficial. Estava totalmente fora do lugar, e sem entender mais nada. Gerrard havia mudado da água para o vinho, agindo como um bom e velho badass. Aquela pose de valentão havia lhe deixado engraçado, não combinava em nada com ele. Teria rido, se não estivesse tão confusa. Hanna tinha este poder sobre as pessoas. O de mudar o humor, a forma de agir, e principalmente, o de confundir mentes. O que de fato, era um perigo. As coisas estavam acontecendo rápido de mais, e acompanhar tudo estava se mostrando um trabalho extremamente difícil. Tão rápido como havia afastado alguns caras - de forma silenciosa - Gerrard fazia o mesmo. Mais, diferente de como tinha feito, ele não havia se preocupado em ser silencioso. "Isso esta mesmo acontecendo? Sério mesmo?" Era o que mais se repetia em meus pensamentos. Encarou a loura ao lado, vendo-a murmurar algumas palavras, inclusive, o nome McDonald's em referência ao McCain. Arqueei a sobrancelha, fazendo um barulho de "tsc", que não fora ouvido, por conta do volume perturbador em que a música atual estava tocando. Hanna havia me dito algo, provavelmente sobre bebida. Não tinha ouvido bem, e antes que eu pudesse responder, Gerrard já havia lhe tirado de perto. De mãos dadas, os dois seguiram por um caminho curvilíneo, e preferi não pensar muito sobre isso. Nem tinha o que pensar, afinal de contas. Clare havia virado um drink, sem nem mesmo saber do que se tratava, depois de ameaçar o irmão. Ela disparou atrás dos dois. Olhei para o lado, encarando o ogro que havia ocupado meu lugar, mais cedo. Ficar ali com ele parecia bem tentador, agora.

Já sem a companhia do trio de louros, tentei me livrar da tensão. Sempre que tentava fazer tal coisa, acabava por me tornar inexpressiva, e completamente vazia. Era como um efeito colateral. Teria como a coisa ficar pior? Duvidava muito. Depois de algumas respirações profundas, tomei o rumo do caminho que eles haviam seguido, podendo ver a fisionomia de Clare ultrapassar a frente de uma porta, enquanto ela dizia algumas palavras ao irmão. Se Gerrard havia dito algo anteriormente, não saberia dizer o quê, muito menos se Hanna teria falado algo. Fechei a porta ao passar, sentindo de imediato o mal cheiro daquele cubículo. Estava um tanto que apertado para quatro possíveis adultos, e mais uma porrada de materiais de quê? Limpeza? Aquilo que acabou de passar ali do lado, era um rato? Estava em um devaneio tão profundo, que só havia entendido algo, quando um beijo fora estalado em minha bochecha direita. Clare estava me convidando para ir a On Fire? Céus, não tinha como ficar mais confuso.

Uh, sim, claro. — respondi quase que mecanicamente, abrindo um sorriso curto e direto.

Assim que o furacão Gerrard saiu, procurei me situar. Estava em uma sala pequena, com um odor extremamente desagradável, esperando por alguma coisa que parecia não me dizer respeito. O que eu mais queria fazer? Era sair dali, e imediatamente. Ainda havia dado alguns passos para frente, no intuito de alcançar a porta, mas ao encarar a expressão do cowboy nato, foi como se eu pudesse ter ouvido a voz de Hanna murmurar em minha mente, um sonoro "não vá, por favor." Olhei para o meu canto esquerdo, não muito longe de onde a loura estava, e acabei por ficar ali, sem saber qual seria minha serventia para o momento. Continuava inexpressiva, os olhos percorrendo Gerrard por um tempo, para depois migrar para Hanna.

Quer que eu vá embora? — havia me aproximado mais da dona dos cabelos dourados e curtos, perguntando baixo.

Esperava que Hanna guiasse bem aquele momento, estava começando a ficar com uma má impressão, de repente.

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Mensagem por Hanna Mensdorff-D. McCain Sex 8 maio 2015 - 23:09


rule number three

 Sabe quando você sente seu rosto queimar, ou sua nuca, talvez. E é tudo tão súbito que você não pensa em mais nada para explicar o súbito rubor senão o fato de alguém estar lhe olhando, lhe observando. Eu não precisava olhar para saber de quem provinha o olhar fuzilante. A menina de cabelos loiros não precisava de muitas palavras para expressar o que sentia, era fácil captar isto em seu olhar, mas não que qualquer coisa provinda dali me chamasse atenção, se eu piscasse os olhos eu conseguia não vê-la. E, ainda que insignificante, o olhar de Clare não era o único a me fuzilar. Sentia o olhar de Dianna sobre mim também, assim como o do menino defronte a mim, e pela primeira vez em tempos desejei ser invisível. — Oh. Eu acho melhor eu... — eu? De modo abrupto todas palavras sumiram de minha mente, minha voz havia soado tão baixo que sequer eu havia escutado, nada além de um resmungo abafado, até tudo ficasse atado sob minha garganta e meu olhar afilado seguir a todos os movimentos que me rodeavam.

Um movimento ágil, uma olhada feroz, eu podia jurar ter visto Gerrard rosnar para o homem corpulento com um odor enjoativo de cerveja. Tardei a entender aquilo, mas quando o olhar caído do rapaz pairou sobre mim como se desejasse uma aprovação minha as coisas se esclareceram. Gerrard havia o atacado para evitar que chegasse a mim!? Pisquei. Um baque forte fez meu corpo tremer e a voz, ainda feroz, do loiro fez eu me encolher por puro instinto por meio segundo. De repente as coisas pareciam tão anormais. O bar já não parecia tão acolhedor, a música não fazia meu quadril balançar nem a sola de meus saltos tamborilar contra o piso. Até mesmo as vozes pareciam mais altas, inclusive a voz entridente da Gerrard. Permite-me rolar os olhos, bufar e até mesmo jogar os fios dourados para trás dos ombros quando ouvi o péssimo trocadilho com meu sobrenome. McDonald's, sério? — Oh, querida. É McCain. Mas não me surpreende que alguém como você,mocinha de roça, conheça o quão esse sobrenome é poderoso. Mc-Cain. — E ali estava o sorriso torto, com a leve mordida no lábio inferior e o balançar de meu cenho. Uh, bow down, bitch.

Em um segundo no controle, no outro sendo controlada. Só notei que estava sendo arrastada quando quase tropecei por entre a multidão. Senti a vontade de me soltar, de retornar ao bar e tomar minha bebida, mas não ousaria puxar meu pulso do aperto firme da mão quente de Steven, somente segui com aquelas passadas firmes, com os ombros retos e o olhar cortante, como se nada estivesse errado. Quem derá não estivesse. Só pude registrar o lugar onde havia sido levada após parar de andar, de resto, toda a boate parecia um borrão. O cômodo parecia mais quente que o exterior, o som abafado das batidas e dos acordes do banjo pareciam tão distantes que por um instante pensei ter sido levada para um lugar fora do bar. Em tropeços, me apoiei na parede dali, cruzando os braços e obrigando-me a concentrar no que importava; Gerrard em seu súbito estado autoritário, e Dianna, que só estava ali por minha culpa, tão confusa, de um modo que eu jamais havia visto. Clare havia ido, e demorei pra registrar isso, não me importando muito a este detalhe. Suspirei, me sentindo cansada demais, arrependida de ter posto os pés ali. Eu sabia o que aconteceria ali, pelo menos eu pensava saber. A voz de Dianna sussurrou em meu ouvido, tirando minha atenção de Gerrard e de seu questionamento. — Fique. Eu preciso falar! — Exclamei.

Olha. Gerrard, eu estou bem. Estou recuperada. Então, não me olhe como se eu fosse quebrar a qualquer momento. Eu juro, estou bem, cowboy. E eu acho que lhe devo desculpas, por ter ganhado de ti naquela competição na piscina, no clube. — Sorri, era tão bom pensar no momento e vê-lo claramente em minha mente, sem lacunas, todas minhas memórias de volta. — Foi bom lembrar de você, só não lembrava o quão feroz você é. — Outro sorriso casto. Gerrard não parecia inteiramente o mesmo de minhas lembranças, ou talvez eu não era a mesma e todos pareciam diferentes para aquela nova eu. — E e-eu quero pedir desculpas, Dianna. Por sumir, por fugir. Por voltar e sumir novamente. — Sem sorrisos desta vez, meu olhar não sustentou o olhar da morena e meu corpo não se mostrou mais leve, como eu esperava após "desabafar". Talvez estivesse fazendo algo errado, afinal, tudo parecia errado para mim agora.

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