Encerramento das Nacionais 2013
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Encerramento
Beat
Ending the Nationals with Mary!
Dianna olhou pro chão. Não sabia onde enfiar a cara, mais tinha que fazer algo. Enquanto Will tagarelava sem parar, a morena maior parecia estar em um mundo totalmente diferente daquele. Mary seria sua dupla. Não via contradições em cantar com ela, mais sentia-se... Diferente. Mine possuía uma letra forte, e não poderia ser cantada de qualquer forma. As duas passaram a ensaiar todos os dias. Em alguns deles, Dianna tocava o violão, por estarem sozinhas no auditório, sem a ajuda de um músico do coral. Em outros, Mary tocava. E assim, permaneceram até o grande dia. Nervosa, Dianna começou a andar de um lado para o outro. Parou de repente. Não poderia deixar o nervoso lhe corroer, então se acalmou aos poucos. Era a hora de entrar no palco.
A melodia acústica começou, os acordes de violão zumbindo perfeitamente por todo o ambiente. Dianna sentiu as mãos tremerem. O combinado, havia sido esse. Entrava sozinha, dando início a música. Puxou ar para o diafragma.
A melodia acústica começou, os acordes de violão zumbindo perfeitamente por todo o ambiente. Dianna sentiu as mãos tremerem. O combinado, havia sido esse. Entrava sozinha, dando início a música. Puxou ar para o diafragma.
You were in college working part time waiting tables
Left the small town never looked back
I was the flight risk with the fear of fallin
Wondered why we bothered with love if it never lasts
Left the small town never looked back
I was the flight risk with the fear of fallin
Wondered why we bothered with love if it never lasts
A cortina foi levantada, e logo Dianna apareceu pelo lado direito, vinda das coxias. Vinha lentamente, a expressão pensativa, como se o que cantasse, fosse uma lembrança antiga. O olhar estava a sua frente, e depois, encarava seus pés. As mãos entrelaçando-se uma na outra, passando a insegurança da “atuação” pelos gestos. Sorriu para si mesma, de forma disfarçada. Podia reconhecer algumas pessoas na plateia, mais não deixou-se fixar o olhar nelas. Sabia que a interação com o público, era um dos fatores básicos de uma competição, e mesmo que estivesse fazendo apenas o encerramento, seguiria de acordo com os fatos.
I say "Can you believe it?"
As we're lying on a couch
The moment I could see it
Yes yes I can see it now
Parou de andar assim que chegou no centro do palco. Poderia dizer que todos estavam hipnotizados pelo novo ritmo imposto a música. Mine, com toda certeza, era uma música conhecida por todos, por ter uma das letras mais intensas que já se viu. Dianna mirou o olhar em um garoto sentado na primeira fileira, como se perguntasse a ele, como a música transpassava. Desviou o olhar do rapaz, e mais uma vez, passou a olhar o chão, uma das mãos em frente ao peito, como se tentasse convencer a si mesma, de que poderia ver agora.
Do you remember we were sitting there by the water
You put your arm around me for the first time
You made a rebel out of a careless man's careful
daughter
You are the best thing that's ever been mine
You put your arm around me for the first time
You made a rebel out of a careless man's careful
daughter
You are the best thing that's ever been mine
Muitos ali não sabiam, mais pra Dianna, aquela música continha um significado importante. Fazia parte de um dos momentos em que fora feliz. Não que antes não tivesse sido, mais há aqueles em que se pode apenas lembrar, porque não voltaria. Enquanto pensava no tempo em que cantava essa mesma música para que apenas ela lhe lembrasse coisas boas, a única coisa que pôde sentir foi angústia. Fechou os olhos, enquanto cantava. Dava passos lentos de volta para o lado direito, parando um pouco mais a frente de onde estava antes. O ar parecia querer sufocar Dianna, que lutou para afastar a sensação ruim, conseguindo com um certo esforço. Se a música já lhe trouxera coisas boas, é porque apenas pensava em coisas boas. Procurou focar apenas ali, na apresentação. Era a vez de Mary começar sua parte.
Thanks Thay Vengeance @ Cupcake Graphics
Dianna G. Ohlweiler
Ending the Nationals with Dianna.
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Eu estava em casa, mal saia de lá após o baile, estava me preparando para cantar Mine, e minha dupla era nada mais e nada menos do que Dianna. Depois dos acontecimentos eu não estava muito bem, e preferia ficar sem pensar na noite do baile, na Dianna, na doente da Grace. Mine me trazia lembranças felizes e perturbadoras. Coloquei Heart Attack para tocar no meu note, pulei na cama e fiquei pensando em tudo. Durante a semana mesmo treinando do com Dianna me permaneci fechada, um pouco fria, mas não o bastante, mantive tudo como profissional, iríamos representar o ND, precisávamos brilhar mesmo depois de sermos desclassificados.
De repente meus olhos estavam cheios de lagrimas, lembrei da humilhação do baile, me levante e fui a janela para olhas as estrelas, aquilo me fazia bem, eu queria me sentir bem, ainda sentia ódio daquela coisa oxigenada. Mas enxuguei minhas lagrimas e respirei fundo. Amanhã é a nacional e eu não poderia ficar assim, eu devia me mostrar forte.
Eu estava lá atrás do palco esperando minha vez de entrar, minha expressão era séria, pela revolta de se apresentar sem concorrer. Meu cabelo não estava muito totalmente liso e a franja cobria minha testa alinhadamente, sem as ondas que eu tanto gostava, mas não sentia clima para usar, estava ali só para mostrar o quanto o ND era especial pra mim, mesmo esse sendo meu último ano. Sorrio levemente ao perceber que era minha vez de entrar, arrumo o vestido preto, a baixa dourada em minha cintura e entro assim que chega minha vez.
Minha voz permanecia calma eu entrei dando dois passos, mas parando em seguida olho a platéia, ao final da primeira frase. E sigo cantando lentamente, às vezes olhando para as pessoas nos vendo, às vezes eu olhava para os cantos tentando busca algo. Tentando entender, as lembranças me rodeavam, uma mistura de saudade, angustia e outros sentimentos tão confusos. Continuo andando pelo palco, como se Dianna não tivesse ali parada olhando a prateia. Até que em mistake para ao seu lado, mas ao invés de olhar para a moça continuo olhando para frente.
Flash forward and we'd been taking on the worldtogether
And there is a drawer of my things at your place
You learned my secrets and you figured out why I'm guarded
You said we'd never make my parents' mistakes
Fiquei olhando para frente, minha voz fica mais intensa, como se eu estivesse desabafando, e mesmo que eu não estivesse olhando para Dianna, eu cantava para ela, e de alguma forma aquilo tocava as pessoas, sentiam que elas viam uma emoção intensa, forte e angustiante na minha voz. Eu estava segura, eu queria que as pessoas sentissem o que estava sentindo, o baile me magoou, e ver Dianna tão perto da moça antes do acontecido me deixou mais tensa e desconfortável com a situação.
But we've got bills to pay
We've got nothing figured out
When it was hard to take
Yes, yes
This is was I thought about
We've got nothing figured out
When it was hard to take
Yes, yes
This is was I thought about
Em Do you me viro para Dianna e ela faz o mesmo, eu cantava mais intensa e emocionada do que antes. Olho diretamente em seus olhos, tentando enxergar ela por dentro e passar o que eu estava sentindo. Eu sentia as pessoas se questionarem se aquilo era ensaiado ou se estava tudo acontecendo pelo momento. Na ultima frase pego meu punho ainda cerrado e abro a mão sobre meu coração sem tirar os olhos do seu.
Do you remember we were sitting there by the water
You put your arm around me for the first time
You made a rebel out of a careless man's careful daughter
You are the best thing that's ever been mine
You put your arm around me for the first time
You made a rebel out of a careless man's careful daughter
You are the best thing that's ever been mine
Fico olhando em seus olhos esperando uma resposta, ou melhor, que ela continuasse a musica.
Nacionais
Convidado
Ending the Nationals with Mary!
As íris escuras de Dianna estavam miradas ao público, mais logo baixaram até o chão. Não queria olhar pro lado, e ver Mary entrando. Sabia que ela estava chateada consigo, por algum motivo que nem ela sabia. Talvez, ela possa ter visto o momento em que havia estado próxima a Grace. Será que ela chegou a pensar que a morena poderia ter feito parte da armação? O coração de Dianna apertou. Nunca seria capaz de fazer isso com ela. Ouviu atentamente sua voz, já próxima. Podia sentir o olhar da garota queimar sob sua pele, e por um momento, pensou se realmente deveria olhá-la nos olhos, como pedia o combinado entre elas. Mary estava agindo tão fria ultimamente, que as vezes, Dianna precisava fingir que não percebia isso, ou fingia que não se importava.
Do you remember all the city lights on the water?
You saw me start to believe for the first time
You made a rebel of a careless man’s careful daughter
You are the best thing that’s ever been mine.
Oh, oh, oh
You saw me start to believe for the first time
You made a rebel of a careless man’s careful daughter
You are the best thing that’s ever been mine.
Oh, oh, oh
Retribuiu o olhar intenso, continuando a música. Pegou nas mãos de Mary, virando-a de frente para si. Na parte do You are the best thing that's ever been mine, Dianna a olhou no fundo dos olhos, deixando transpassar o quanto se sentia mal por ter que ver Mary daquele jeito. Fria, fechada. A verdade era, que após a saída de Mary, Dianna havia ido tirar satisfações com Grace, e tentado entender o porquê de tudo. Mais, a morena não iria dizer isso. Se Mary achava que ela tinha parcela de culpa, não seria Dianna a fazê-la pensar o contrário. Afastou-se dela, iniciando o próximo verso.
And I remember that fight 2:30 AM
When everything was slippin' right out of our hands
I ran out crying and you followed me out into the street
Braced myself for the "Goodbye"
‘cause that’s all I’ve ever known
Then you took me by surprise
You said, "I’ll never leave you alone."
Parou de andar alguns passos a frente. Estava de costas para Mary, olhando a multidão, como se não os vissem ali. Parecia pensativa, como se tornasse daquele momento, uma lembrança antiga. Fechou os olhos, reprimindo algumas lágrimas. Sabia que isso chegaria a acontecer, mas logo tratou de prender as lágrimas, o que foi mais difícil do que ela pensava. Virou para trás, olhando Mary de onde estava, os próprios olhos ainda cheios de lágrimas. Voltou a olhar o chão. Para o público ou até mesmo Mary, estava sendo uma ótima atuação. Para Dianna, não passava da mais pura verdade.
Thanks Thay Vengeance @ Cupcake Graphics
Dianna G. Ohlweiler
Ending the Nationals with Dianna.
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A coreografia não estava exatamente como nos ensaios, dessa vez eu estava vendo emoção, sentimento e até mesmo um esclarecimento. Quando os olhos de Dianna se encheram de água, pensei que talvez eu estivesse sendo cruel. Foi difícil vê-la dançando com aquela garota antes do baile, mas eu não a culpava, eu só queria que ela tivesse vindo a mim e não à ela depois do incidente.Fiquei parada o no mesmo lugar trocando olhares com a garota na minha frente. Meus olhos se encheram de lagrima, minhas mão estavam soltas. Deixei minha voz bem calma ao ritmo da musica. Eu estava sendo mais sincera do que nunca naquele trecho. E olhando nos seus olhos negros eu queria passar aquilo. Segui o ritmo calmo e baixo do violão até em que "ever been mine" aumento o tom da minha voz deixando-a mais aguda em mine.
You said
"I remember how we felt sitting by the water
And every time I look at you is like the first time
I fell in love with a careless man's careful daughter
She is the best thing that's ever been mine"
Andei até Dianna em um ritmo lento, ao contrario da musica que agora estava um pouco mais rápida e intensa, mas os passos lendo eram por medo,eu sentia que ela estava cansada da minha frieza. Minha voz continuou aguda enquanto cantava, dessa vez meus braços seguiam o ritmo. Ao chegar perto da moça olho para baixo, mas em seguida em "Never turn back" olho para ela, estávamos bem perto, mas não coladas, só o bastante para que ver bem as expressões da outra.
Hold on
Make it last
Never turn back
You made a rebel out of a careless man's careful
daughter
You are the best thing that's ever been mine
Make it last
Never turn back
You made a rebel out of a careless man's careful
daughter
You are the best thing that's ever been mine
Seguro em sua mão, quebrando o muro de ressentimento que eu havia criado entre nós duas e continuei cantando com a voz bem intensa, e aguda no final de cada frase, mas eu não deixava de olhar em seus olhos. E na ultima frase, em "And I can see it now" Nossas vozes se unem em uma só. Eu não sabia o eu estava sentindo no momento, mas eu queria fugir com ela, para um lugar que poderíamos ficar sozinha e conversar.
Do you believe it?
We're gonna make it now
And I can see it yeah yeah
And I can see it now.
Nos viramos para o publico, sorrimos como se tudo aquilo tivesse sido planejado, apesar de sentir que o publico havia percebido algo de verdadeiro e sentimental naquilo. Mas saímos do palco rapidamente. Eu só não queria representar bem o ND, mas também o que eu estava sentindo para Dianna.
Nacionais
Convidado